Este foi o meu sonho.
Estava um dia quente quando fui ao centro comercial. Não sei que tinha ido lá fazer… Só sei que estava com a minha melhor amiga.
A rapariga que toda a gente gostava… a popular, a linda, a divertida, a minha perfeita melhor amiga.
De repente, só me lembro de toda a gente do centro comercial começar a atirar balões de água umas às outras, por brincadeira. Entrei na brincadeira um pouco e fiquei completamente molhada. Não me lembro de nenhuma cara.
Estava no primeiro andar, a passar pelas escadas para o segundo.
"Hey" disse uma voz. Olhei para o cimo das escadas e estava lá um rapaz, que tinha, por volta de 17 anos. Não me lembro da cara dele, mas sei que era lindíssimo.
"Eles estão todos no terceiro andar." Respondi ao estranho, pensando que estava a tentar procurar as outras pessoas. Ele tinha as roupas molhadas e estava com falta de fôlego. Subi as escadas e ele sentou-se ao lado destas; encostou-se à parede, sentado, arfando.
Sentei-me ao lado dele e ele virou a cara para o lado oposto, parecendo verificar alguma ferida ou assim.
"Carla." Disse, erguendo a minha mão à frente dele. Ele tomou-a e olhou para mim.
"Duarte." Respondeu. Sorri.
"Que estupidez." Disse-lhe
"É completamente maluco." Respondeu.
Mais um espaço em branco na minha memória e/ou sonho.
Só me lembro de estarmos a andar pelo centro comercial. Pelo segundo piso, onde não estava ninguém.
Estávamos a falar. Esqueci-me do assunto…
De repente, aparece a minha melhor amiga. Que cumprimentou-o e depois… desapareceu.
Continuamos a falar e a andar. Parecia não me fartar de estar com ele, e ele também não.
"não gostas dela?" perguntei-lhe, referindo-me à minha melhor amiga.
"uhm, nem por isso. Demasiado popular para o meu gosto. Demasiado perfeita. Prefiro raparigas com falhas. Não existem pessoas perfeitas, por isso ela deve ter um grande, grande defeito escondido." Sorri.
"A sério? Pensas mesmo isso?" perguntei-lhe, incrédula. Nunca conhecera ninguém que não a adorasse só de a ver.
"Sim." Ele sorriu para mim e eu senti-me a derreter ao seu gesto. "Gosto de pessoas como tu." Disse, inclinando para pôr a sua cara a meu nível, sorrindo. Sorri-lhe de volta.
E aí, acabou o meu sonho.
Onde estás Duarte?
