A minha vida é completamente normal, uma menina de 17 quase 18 anos, estudante que ainda estava um pouco confusa com o que queria seguir na vida. Faculdade parecia algo tão complicado e difícil sem saber o que seguir.
A minha família é incrível. O meu pai trabalha numa escola como professor de inglês, é um homem muito inteligente e romântico. A minha mãe trabalha numa loja de antiguidades e sempre foi muito trabalhadora e compreensiva. O que um não tinha o outro compensava e complementavam-se como se fossem um só. Se eu queria algo era encontrar alguém com quem ter uma relação assim.
"Olá mãe!" Grito quando entro em casa depois do último dia de aulas. Era oficialmente uma rapariga livre de trabalhos e exames. Bem-vindas férias!
"Olá querida! Podes vir aqui." A minha mãe diz da sala.
Eu começo a ficar preocupada tanto o meu pai como a minha mãe estavam sentados no sofá como um olhar um pouco sério. Felizmente não era o "sério" de chateados.
"O que se passa? Fiz alguma coisa?"
"Não querida. Está tudo bem, mas temos de ter uma conversa muito séria. É sobre o teu futuro." Diz a minha mãe.
"Mãe… eu já disse que não sei o que quero seguir. Tu disseste que podia esperar um ano para decidir." Os dois trocaram um olhar.
"Nós temos algo para te contar."
"O quê?" Eu sento-me num assento do outro lado da mesa de frente para eles.
"Nós não contámos nada disto antes porque era mais seguro manter segredo e porque a certo ponto fomos forçados a contar-te agora. Eu peço que compreendas que fizemos isto para te proteger e fazer a tua vida o mais normal possível."
"Mas o que é?"
"Eu sou feiticeira Aria."
"O quê?" Eu ri. "Isto é uma piada?" O sorriso rapidamente desapareceu quando percebi que ela não estava a brincar. "Porque me estás a dizer isso? Isso não existe são histórias."
"Aria é verdade… é uma longa história. O teu pai é um humano normal, mas nós somos especiais."
"Espera! Nós? Eu e tu?"
"Sim tu tens dos dois sangues."
"Isto continua sem fazer sentido para mim."
"Quando eu e o teu pai nos conhecemos foi difícil… nós passamos muito tempo longe porque… os feiticeiros não se podem namorar com os não-mágicos. Eles deixaram-me voltar, mas não posso fazer magia."
"Quem?"
"O grande concelho."
"Eles tiraram-te a magia?" Eu ainda não sabia o que pensar.
"Eles não podem tirar totalmente o poder, mas está muito fraco e uso-o para suprimir a tua magia."
"A minha magia? Porque não me contaram antes?"
"Eu fiz de tudo para teres uma vida o mais normal possível… já pensaste como seria ser a única criança diferente na escola por causa da magia? Ou pior… eu tive medo de te perder… que te levassem de mim." Pensar numa vida sem a minha família era horrível. Eles esconderam isto de mim, mas eu amo-os muito para ficar chateada.
"Ok e voltando ao inicio. Porque me estão a contar isso agora?"
"Lê." Ela entrega-me uma carta de papel antigo. Na frente apenas tinha o meu nome com uma insígnia que dizia "Wizards School". Abri desconfiada.
Cara menina Aria Montgomery,
A pedido do Grande Concelho a Wizards School tem o prazer de a receber para o novo ano lectivo e para os restantes anos da sua formação sem qualquer custo.
O nosso programa apresenta os melhores resultados no mundo dos feiticeiros. Assim que assinar esta carta receberá o livro com todas as regras que deve cumprir e tudo o que necessita para começar o seu percurso.
Será um gosto recebe-la na próxima semana.
Diretor Isac Cooper
Assinatura da estudante:
"Eu ainda não acredito. Eu não vou… eu não sei nada sobre magia."
A minha mãe deu-me outra carta. Esta era dirigida a ela.
Li rapidamente o texto, mas foquei-me na parte principal.
Caso a sua filha não compareça na instituição como previsto terá de ser retirada da família permanentemente.
"O quê? Não podem fazer isto…"
"Eles podem fazer tudo… podem apagar a tua mente com um piscar de olhos a tua magia ainda é muito elementar para te protegeres." Diz a minha mãe.
"Isso quer dizer que tenho mesmo de ir… isto não é uma piada, pois não?"
"Não queríamos que fosse assim docinho, mas infelizmente os 18 anos era o limite que tínhamos e a partir dessa idade o poder só vai crescer mais." Diz o meu pai.
"Mas eu vou continuar a viver aqui certo? Onde é mesmo esta escola?"
"Querida… vais ter de ficar no dormitório a escola é noutro mundo. Eu vou levar-te lá." Diz a minha mãe. "Temos muita coisa para comprar antes e o ano começa em menos de 4 dias."
"4 dias?"
"É para o teu bem querida, vais estar perto de pessoas iguais a ti e vais aprender a dominar a magia."
"Não sei se me sinto mais segura."
"Podes voltar na altura das festas e podes escrever." Diz o meu pai.
A minha mãe entrega-me uma caneta. "Vai ficar tudo bem." Eu não queria ficar sem a minha família.
Como magia a carta desapareceu assim que a assinei e apareceu um livro com uma grande insígnia da tal escola. Pela primeira vez estava a acreditar.
"A Wizards School é a melhor escola de feitiçaria, eu não andei nela porque é muito cara." Diz a minha mãe.
Abri a primeira página. #1 Nunca faça magia perto de um não-mágico. A feitiçaria é um segredo que pode ser utilizado para o mal.
"O que quer dizer com usado para o mal?"
"Fizeram uma grande caça a feiticeiros há muitos séculos atrás… morreram muitos de nós."
"Eu posso ver isto mais tarde." Fecho o livro que parecia bastante antigo. "Talvez não seja assim tão mau ir para essa escola. Não sabia bem o que fazer durante o próximo ano de qualquer maneira."
A minha mãe sorriu. "Vais-te sair bem."
Acordei com a minha mãe a abrir a janela. "Ainda é muito cedo mãe." Eu virei-me. "É o primeiro dia de férias."
"Querida! Já te esqueceste que vais começar as aulas de magia em 3 dias? Temos de ir comprar tudo o que precisas."
"Comprar o quê?"
"O material para as aulas."
"Ok… 10 minutos e já vou."
"Despacha-te."
Levantei-me e vesti umas jeans e uma blusa, não estava com paciência para grandes arranjos. Prendi o cabelo num rabo de cavalo, lavei a cara e coloquei corretor para disfarçar as minhas olheiras.
Desci para comer alguma coisa antes de sair. "Panquecas?" Eu sorri.
"Despacha-te vá." A minha mãe reclamou.
Comi avidamente. "Estou pronta."
Segui a minha mãe para o carro, ela conduziu por cerca de 20 minutos para uma zona da cidade que eu mal conhecia. Não vi lojas, mas também não perguntei nada. Depois de estacionar ela levou-me para um beco sem saída.
"Ok eu não quero ser chata, mas não íamos às compras?"
"E vamos, mas o que tu precisas não se vende aqui." Ela tirou uma varinha da mala. Era bonita com muitos relevos que pareciam plantas e folhas. Ela sempre teve aquilo? "conteram per" Ela disse. Os tijolos começaram a mover e uma porta apareceu. "Fecha a boca." Diz-me a minha mãe. As duas entramos no que parecia ser uma taberna suja. Segui a minha mãe de perto não me queria perder num sinto tão estranho como este.
"Que língua foi aquela que usaste?"
"Latim, quase todos os feitiços são assim. Não te preocupes, vais ter latim também."
"Que maravilha…" Já me lixei. Pensei. Chegamos à rua. Tudo parecia tão antigo como se tivesse saído de uma história. Haviam lojas por todo o lado, mas apenas algumas tinha bastantes pessoas por perto. No geral todos pareciam humanos normais, mas haviam também pessoas que tinham grandes orelhas ou um grande nariz ou muito altas e até uns quantos anões.
"Aqui. Primeiro o uniforme." A minha mãe abriu a porta de uma loja para mim.
"Uniforme? Tenho de usar um uniforme?"
"Sim, entra."
"Olá?" Perguntei quando não vi ninguém.
"Olá! Aqui em cima!" A mulher estava a flutuar no ar.
"Bom dia! Estamos à procura de alguns uniformes para a Wizards School." A minha mãe empurrou-me mais para a frente.
A mulher ficou à minha frente. "Tenho o prefeito para si menina. De alguma classe em especifico?"
"Ainda não." Diz a minha mãe.
"Classe?" Perguntei baixinho para a minha mãe.
"Mais tarde eu explico."
"Aqui! Experimenta." Diz a mulher apontando para um provador.
Vesti a camisa branca que tinha a insígnia da escola no bolso e saia preta rodada que me fica perfeita na cintura pelo comprimento do joelho. Comprida demais, mas não me ficava mal. Vesti os collants de vidro do tom da minha pele e os sapatos pretos com fivela. Não me ficava mal, mas não me via vestir assim todos os dias…
Abri a porta do provador e as duas olharam para mim. "Perfeita só falta uma coisa." A mulher vem até mim, levanta a gola da camisa e coloca uma tira de tecido preto e faz um nó à frente e volta a ajeitar a gola. "Que nome devo bordar na camisa?"
"Aria Montgomery." Diz a minha mãe.
"Montgomery?" A mulher olha para a minha mãe.
"Sim."
"Claro." Diz a senhora. Ela tira a sua varinha e em poucos segundos o meu nome estava em cima da insígnia da escola. "Não podes vestir nenhuma cor enquanto não tiver classe. O tecido é especial e mudará de cor quando escolher a classe nenhum uniforme na Wikards School é igual excepto o dos iniciantes claro."
Fiquei mais contente por não ter um uniforme igual aos outros por muito tempo.
"Acho que é tudo então, vamos levar e mais alguns suplentes." Diz a minha mãe. "Vai trocar vou estar lá fora à espera." Diz a minha mãe.
Assim que saí vestida as roupas voaram da minha mão para uma mala de viagem. "Tem tudo aqui menina, a mala vai segui-la. Boa sorte!"
"Obrigada."
"O que é isso da classe afinal?" Perguntei quando me juntei à minha mãe.
"Tu vais saber os feitiços de todas as classes, mas tu vais começar a destacar-te numa delas e vais ser extremamente poderosa com essa magia."
"Eu não sou capaz de fazer magia nenhuma…"
"Tu vais conseguir com o treino e quando retirar a magia que fiz contigo."
"E depois o que acontece quando escolher a classe?"
"Tens quatro grandes classes ligadas com os elementos."
"Fogos, água, terra e ar?"
"Exacto e também existe um quinto elemento. É muito raro, mas essas pessoas podem controlar mais do que um elemento sem dificuldades e pelo seu poder são protegidas e guiadas para o grande concelho e passam a gerir a harmonia do mundo. Por ser raro só conheci uma pessoa assim e estava na minha classe. Existem sempre alguns desafios e jogos de equipa dentro e fora da escola e a minha equipa ganhava sempre quando não era contra a Wikards School. A escola onde vais andar é de elite, os melhores dos melhores entram na equipa."
"Qual era o teu elemento?"
"Eu era de terra vegetal também existem terra animal e mineral. Cada elemento também tem divisões. Tu vais aprender isso muito rápido, no livro das regras também tem as divisões. Estou muito ansiosa para saber qual vai ser o teu, depois a tua roupa terá a cor da tua classe e a tua varinha e vassoura vão mudar à medida que vais evoluindo."
"Achas que isso vai demorar muito?"
"Eu ainda demorei alguns meses, mas algumas pessoas sabem mais cedo ou pode ser de família. Depende querida, mas eu diria que o teu será diferente do meu."
"Porque dizes isso?"
"A nossa família sempre se misturou com várias classes ao longo dos séculos. O poder é sempre um mistério."
"Começaste com que idade?"
"Aos 8 anos."
"Oito? Eu tenho quase 18… isso não é muito tarde?"
"Não te preocupes os básicos aprendes muito rápido em breve estarás ao mesmo nível dos jovens da tua idade. Aqui!"
Entramos na loja de varinhas e vassouras. "Isto vai ser bom."
"Bom dia minhas jovens. Ella?"
A minha mãe sorri. "Sempre com uma memória fantástica Sr. Petrick. Apresento-lhe a minha filha, Aria Montgomery."
"Aria Montgomery! Então é verdade…"
"Sim, vimos encontrar uma varinha e uma vassoura para ela."
"Sim. Vem aqui minha querida. Já tens uma classe ou és tão confusa quanto o resto da família?"
"Eu não tenho classe."
"Bem, as varinhas são escolhidas pelo poder e pela personalidade. Uma varinha para cada pessoa é como se ela fizesse parte de ti. Nenhuma é igual apesar de parecer à primeira vista. Diga baculum magicum Ella."
"baculum magicum" Diz a minha mãe com a sua varinha na mão.
Várias varinhas voam até mim e ficam à minha frente no ar. "Escolho uma?"
"Uma delas vai escolher-te a ti. Vai pegando nelas diz-me o que achas."
Peguei nas duas primeiras. "Não sinto nada." Elas voaram novamente para uma estante alta. Peguei em mais duas. "Nada. Isso quer dizer que é esta." Quando pequei na última deu-me um choque. "AHH!" A varinha voltou para o seu lugar. "Isto quer dizer que não tenho uma varinha?"
"Estão a ouvir?" As orelhas grandes do senhor moveram-se. Ele corre rapidamente para um corredor e do nada uma varinha voa para mim e eu apanho-a no ar. Ela brilhou, apenas tive tempo para tapar os olhos. Não achei normal então larguei-a e ela caiu no chão. Peguei nela novamente e felizmente não aconteceu nada.
"Vê!" Diz o homem. "Curioso… muito curioso." O homem aponta para a varinha.
O meu nome estava gravado na varinha. "Querida, nunca tinha visto algo assim." Diz a minha mãe.
"vimina pythonissam" Uma vassoura veio e o senhor gravou também o meu nome nela. "A partir de agora ela apenas vai responder quando tu chamares por ela. Diz vimina pythonissam"
"vimina pythonissam" Nada aconteceu. "vimina pythonissam" Nada. "Estou a dizer mal?"
"Não… provavelmente é do encantamento que fiz." Diz a minha mãe. "magicae retro" Ela apontou a varinha dela para mim. "Tenta agora."
"vimina pythonissam" A vassoura veio imediatamente para mim.
"Só falta um animal." Diz a minha mãe.
"Eu sugiro uma coruja pequena ou um coelho" Diz o Sr. Petrick.
"Obrigada." A minha mãe pagou os objectos.
"Boa sorte menina Aria."
"Obrigada." Digo antes de fechar a porta da loja e voltamos para a rua. Entramos na loja da frente onde tinha alguns animais.
"O que procura menina?" Diz-me um vendedor atencioso.
"Uma coruja ou um coelho talvez."
"Se tiveres uma coruja também podes enviar cartas com ela." Diz a minha mãe. "Vai ser assim que vamos falar a partir de agora."
Olhei para as corujas. Havia uma que me chamou a atenção… era mais pequena que as restantes. Era castanha e bege com grandes olhos castanhos amarelados. Aproximei-me dela e toquei-lhe a medo… a última coisa que queria era que uma coruja me picasse. Ela foi dócil e fechou os olhos. Quando parei ela não tirou os olhos de mim. "Eu acho que já escolhi."
O homem colocou o pássaro numa jaula que eu escolhi. Foi picado duas vezes na tentativa, tive de ser eu a colocar a coruja lá entro.
"Já escolheste um nome?" Perguntou a minha mãe.
"E se for… Scott?" A coruja não parava de me observar.
"Eu diria que ele gosta querida."
"Vamos enviar tudo isto para a escola."
A minha mãe trata de tudo e voltamos para a tal taberna de onde viemos. "Achas que o Scott fica bem?"
"É uma escola muito cara eles cuidam bem dos animais quando os donos não estão."
"Eu não vou ter livros e cadernos?"
"Sim isso já está na escola. Agora escuta, tu nunca te podes separar da tua varinha aconteça o que acontecer. Ela protege-te enquanto fores iniciante."
"Mas… a varinha foi com o resto."
"Não." Ela tira a caixa com a varinha da mala e entrega-ma. "Vamos para casa."
Espero que já estejam a achar interessante... estes primeiros capítulos vão ser mais relacionados com o ajustamento dela e com as amizades. O nosso fantástico casal ainda vai aparecer não se preocupem ;)
Sigam para saber quando sai um novo capítulo! Não se esqueçam de dar o vosso super apoio. Muito obrigada, beijinhos e até ao próximo capítulo!
