Olá pessoal! Essa é minha primeira fic publicada, é meio forte, bem estilo naturalista, espero que gostem e comentem! Seria um grande orgulho saber que o que eu escrevo agrada a mais pessoas! Ou desagrada... Por enquanto não vão haver cenas de sexo, mas eu não garanto o resto da fic. Poderão haver muitas cenas de violência gratuita, cabe a você decidir se quer ler ou não.

De antemão aviso que Harry Potter não irá aparecer nessa fic, embora talvez seja citado.

O universo mágico está um caos porque Harry não aceita que deve ser uma assassino, e Voldemort não consegue mata-lo. Uma guerra está sendo travada, e em guerras não existem heróis e bandidos, só existe o seu lado e o resto. Tenham isto em mente enquanto lêem essa fic.

Até o próximo capitulo!

Beijos,

Priscila Marvolo

Disclaimer: Harry Potter e todo o seu universo pertencem a J.K., e eu jamais iria querer essa responsabilidade sobre mim. Todos os novos personagens pertencem a mim. Essa foi uma idéia minha, por favor não copiem.

Prólogo

Retirado do Diário de Beatrice Snowheart.

Ontem, eu fui informada que havia um corpo no Ministério da Magia para eu identificar. Eu fui acompanhada por dois Aurores, que não me lembro mais os nomes, ou as faces; a menção da morte, possivelmente de uma pessoa próxima, me assustou.

Confesso que não sou a pessoa mais corajosa quando se trata de matar, tirar a vida de um ser é importante demais, embora exceções devam ser abertas. Ás ordens do mestre sempre serei capaz de matar ou fazer o que quer que seja necessário, mas por mim não mataria. A não ser que eu tenha um bom motivo.

O fato é que assim que eu cheguei fui levada a uma sala, de tão nervosa não saberia dizer o nome que a deram, nem em que andar ficaria, mas se você perguntar na recepção sobre os corpos de prováveis Comensais vocês irão saber onde essa sala fica. Eles estavam se gabando por ter pego um, mesmo que ainda não tivesse sido confirmado se era ou não um Comensal. Eles. Os Aurores.

Grande erro quem pensa que eles são bons. Que são justos. Se vocês acham Comensais cruéis é porque vocês não conheceram os aurores do jeito que eu conheci. Naquela hora. Naquele lugar.

Por onde passava ouvia risos abafados, eles apontavam para mim, cheguei a ouvir uma frase; "É ela. A mulher do verme!"

Vocês não podem imaginar como me senti naquela hora, minhas entranhas gelaram, meu coração deu um pulo desesperado, e depois caiu dentro de mim, naquele momento cheguei a pensar que o houvesse perdido para sempre.

Como cheguei à sala não saberia dizer, sinto que meu corpo, provavelmente, ligou o meu piloto automático. Eu estava em pânico.

Entrei lá, e o Auror que havia me acompanhado até ali acenou com a mão e me deixou sozinha com um senhor de idade vestido de branco. Eu lembrei de uma frase que havia escutado alguma vez; Os mensageiros da morte vem de branco.

A partir daquele momento eu voltei a raciocinar mais claramente. O homem, que era alto, mas enrugado me perguntou. Ou melhor afirmou. Era esse o tom ao meu ver. Esse é Marius Drosnin? Enquanto falava apontava um homem coberto por um lençol, que provavelmente antes fora totalmente branco, manchado de vermelho escuro, como sangue minha mente gritou.

Dava somente para ver o rosto do homem. Era ele. Era Marius. Meu Marius. Morto.

Sendo o que eu sou, uma comensal altamente observadora, identifiquei na mesma hora o feitiço que haviam usado contra ele. Sangria Totalus. Ele dava Azkaban na mesma hora. E não era para menos, fazia a pessoa morrer tendo o seu sangue saindo por cada poro de seu corpo. Quando trouxeram Marius aqui, ele ainda estava vivo... Foi meu único pensamento.

Eu não tinha mais forças. Quase desmaiei. Ninguém entende como eu amava aquele homem. Foi demais para mim. De minha boca apenas saiu uma frase.

Eu quero sair daqui.

Tudo ficou escuro, antes de fechar os meus olhos ainda vi aquele velho dar um demonstração de agilidade e me pagar no colo. Eu senti nojo. Ele é um dos que havia feito isso com Marius. Ele e todo aquele maldito sistema protetor dos sangues ruins.

Quando acordei demorei segundos para lembrar do que aconteceu. Mas quando consegui absorver tudo só deu tempo de falar uma coisa antes de virar e vomitar ao lado da maca em que eu estava.

Por que?

Eu me sentia enjoada. Enjoada por ter sido tocada por aquele velho, por ter ouvido as palavras suas dos Aurores. Dos prepotentes Aurores.

Uma enfermeira de branco veio me ajudar a deitar novamente. Não deixei ela me tocar. Tinha nojo do branco.

Levantei e recuperei o meu senso de orientação. Onde eu estou? A mulher me respondeu que na ala de Emergências do Ministério. Eu assenti com a cabeça e ela me ofereceu um copo d'água. Rejeitei. E voltei a me sentir enjoada por terem oferecido a mim um pouco daquela água suja de hipocrisia.

Me levantei e sai. A mulher disse que eu não podia. Eu não dei atenção. Procurei em meus bolsos por minha varinha. Ao constatar que ela não estava lá, lembrei vagamente de alguém a ter pego para fazer a pesagem.

Peguei um corredor, que por sorte, dava em frente aos elevadores. Entrei em um e falei autoritariamente, com meu tom de voz normal já voltando a ativa. Atrio.

Cheguei lá em pouco tempo. Não queria saber das historias que iriam me contar. Peguei minha varinha com um cara gordo e sedentário que me olhou com desejo.

Novamente as náuseas vieram e sai de lá o mais depressa possível. Aquele olhar me enjoava profundamente. Aliás, como qualquer coisa dali.

Antes de alcançar a saída eu tive meu braço seguro por um par de mãos fortes. E uma voz alcançou os meus devaneios.Estamos de olho em você, mocinha. Cuidado para não acabar como seu noivinho. Sentir vontade de dar um tapa na cara daquele homem, pelas roupas, um Auror. Ele continuou; Seria um grande desperdício perder tamanha beleza.

Juro que tive que me segurar para não vomitar novamente. Mas eu era sensata. O que fiz foi perguntar. Me solte. O que aconteceu? Realmente meu tom de voz não foi dos mais amigáveis, assim o cara se assustou e me solto depressinha.

Fomos prender ele. Tínhamos um mandato. Ele resistiu. Tivemos que usar a força. Ele deu um sorriso em escárnio.

Obrigada pela informação. Foi o que respondi e sai de lá a passos firmes. Cheguei na rua de minha casa aparatando e fiz o resto do caminho andando. Andar sempre me ajudou a assimilar coisas difíceis. Havia sido assim quando era criança, quando minha mãe havia morrido. E estava sendo assim agora.

Entrei em minha casa. Agora moraria lá sozinha. Marius me deixara, mesmo que sendo contra a vontade dele. Eu estava sozinha lá. Senti algo quente e peludo em minhas pernas. Em meus ouvidos sensíveis chegaram um miado agudo. Meu gato, Naraku. Inferno. O nome de meu querido companheiro se encaixa perfeitamente no que minha vida havia se tornado a partir daquele momento. Inferno.