- Provavelmente a fanfiction abaixo possui spoilers de "A Cadeira de Prata" e de "A Última Batalha" -
"Crônicas de Nárnia" pertence única e exclusivamente a C. S. Lewis.
- Eternidade -
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Você a viu chorar àquela vez e se sentiu inquieto. Você poderia ter feito alguma coisa para impedir. Mas não fez e você se culpou por isso. Você tentou remediar e tentou fazê-la se sentir melhor. Do seu jeito. Mas aquele sermão não foi a melhor ideia que você já teve. E sentiu isso quando ela o interrompeu furiosa.
No entanto, ela estava sendo mal agradecida. Você só tentara ajudar. A culpa não era sua se ela não queria ser ajudada. Suas intenções eram as melhores.
Enquanto ela soluçava a um canto, você pensava no quanto ela era fraca, sem fazer nada para mudar aquela situação desagradável que vez ou outra se mostrava tão cruel como das outras vezes.
E então ela notou o quanto você tinha mudado e, quando você se deu conta, já falavam sobre Nárnia. Ela pensando que você era um tolo, sem se dar conta de que a tola era ela. Nárnia era fantástica. Mesmo que você tivesse se frustrado um pouco por não conseguir ir para lá quando bem entendesse.
Quando menos vocês esperaram, entretanto, lá estava a porta que milagrosamente estava destrancada. E em um piscar de olhos, lá estava Nárnia.
E vocês tiveram que procurar por Rilian, filho do Rei Caspian. E Aslam estava certo sobre tudo. Até mesmo sobre vocês – sem que o soubesse. Jill se mostrou uma ótima companheira de viagem, embora egoísta e um pouco resmungona.
Pelo menos ela parecia mais forte depois de um tempo e você ficou feliz em ver sua amiga crescer tanto quanto você crescera em sua outra viagem.
E quando vocês retornaram a Londres, mal podia esperar para vê-la agindo mais obstinadamente contra aqueles fanfarrões do colégio, o que aconteceu muito em breve.
Quando voltaram à Narnia, vocês dois foram bastante heroicos e quando tudo estava acabado, quando vocês mereciam descanso, vocês o tiveram. Era um pouco assustador aquilo tudo, toda Nárnia se desfazendo em um piscar de olhos. Mas a nova terra que se mostrava, pedindo para ser explorada, fazia-os esquecer, completamente, de todo o resto.
E então Jill sorriu. Alegre, com um brilho bonito nos olhos que você jamais pensou que veria.
Você não queria que ela parasse de sorrir nunca e estava disposto a se fazer de um grande pateta se fosse preciso para vê-la sorrir daquele jeito de novo. Mas não seria preciso. Quando Aslam encarou-os, vocês tiveram a certeza de que tudo seria muito melhor dali em diante e que muitos sorrisos brilhantes ainda viriam. A eternidade seria longa o suficiente para que eles se tornassem uma realidade mais vezes.
N/A.: Esse final ficou bem fraquinho, mas, né, eu gostei. Achei uma gracinha. ;D
