Olá pessoal.
Nota: Fic nova chegando, bem, essa história é um pouco diferente. Espero que gostem.
Nota (2): O Naruto não me pertence, mas com o Itachi é outra história. FATO*
"I am the son
And the heir
Of a shyness that is criminally vulgar
I am the son and heir
Of nothing in particular."
The Smiths • How Soon Is Now?
.x.
Chegou em seu enorme apartamento, entediado. Não havia nada para fazer lá, que droga. Era sempre assim, passava algumas horas do dia na empresa, de vez em quando saia e chegava em sua casa e não tinha mais nada pra fazer. De vez em quando contratava alguma companhia, se é que me entendem.
Seu nome era Uchiha Itachi. Um poderoso empresário de 29 anos. Tinha dinheiro o bastante para fazer qualquer coisa que quisesse. Tinha uma fortuna incalculável no banco que daria para suas próximas 10 reencarnações viverem em pleno luxo.
Sinceramente, de que porra aquilo adiantava? Era isso que pensava. Nada daquilo parecia prender sua atenção. Itachi queria desafios, mas com o dinheiro que tinha, tudo que conseguia era de mão beijada. Se queria uma mulher, não precisava de prostitutas, mas era excêntrico. Nem sempre contratava prostitutas para sexo. Às vezes contratava-as, alugava um filme e só. Chegava a ser ridículo, mas ele também achava patético. De qualquer forma, todas aquelas regalias em sua vida, eram por causa do dinheiro.
- Sr. Uchiha, tem certeza de que não quer nenhum agradinho a mais?
- Não, pegue seu dinheiro e faça o favor de sumir daqui. – ele dizia acendendo um cigarro.
Itachi era solitário. Mas não era melancólico, revoltado... Ele apenas vivia assim porque era assim que desejava, ponto.
Apesar de viver se certificando para não criar laços com alguém, às vezes se sentia extremamente só. Oras, ele era um humano. Discava para alguma prostituta de luxo e variava. Às vezes sexo, às vezes um filme, às vezes apenas chamava alguma para observar com ele a vista da cidade.
Tinha apenas um amigo verdadeiro, Kisame. Uma pessoa que sabia de tudo sobre Itachi, de suas manias, de seus sentimentos. Não que Itachi bebesse até cair e fosse choramingando até Kisame para contar suas frustrações. Ele demonstrava seus sentimentos de um jeito indiferente. Ele escondia se estava triste, ou com raiva. Era um mistério, mas um mistério que Kisame já aprendera a desvendar. A questão era que Itachi não era mal, era um pouco frio e distante sim, esse era seu jeito e não mudaria nem com uma lavagem cerebral, fato.
- Se não é o todo poderoso. – Itachi odiava quando Kisame era assim, irônico e sarcástico.
- Me poupe das duas malditas ironias.
- Oh sim, me desculpe, mi lorde. – Kisame deu uma risadinha – Enfim, vamos dar uma saída hoje?
- Não estou afim.
- Vai chamar as prostitutas para uma sessão cinema na sua casa?
- Quem sabe... – ele acendeu um cigarro.
A vida dele se resumia em se prender a empresa. Mas ele não podia fazer mais nada lá. Era uma empresa que agora estava no automático, ele não precisava fazer mais nada e ela iria sozinha.
Já pensara em mil e uma possibilidades para tornar sua vida interessante, tudo era chato e monótono.
Já havia cogitado em ir viver na Mongólia, e se tornar monge. Ok, aquela opção estava fora de seu alcance.
Cogitou então em doar todo o seu dinheiro para a caridade ou para algum mendigo na rua e ir viver em uma favela. Quem sabe teria mais ação ou coisas mais interessantes pra fazer.
Imediatamente parou com aquela idiotice.
Resolveu por ligar para alguma prostituta. Não demorou muito e a mesma chegou. Era uma bela mulher. Os olhos verdes, o cabelo ruivo, o corpo escultural.
Itachi resolveu fazer o tradicional aquela noite. Aquela mulher era incrível na cama. Ele tinha que admitir isso. Fazia tudo com maestria, era incrível, realmente. No final de tudo, ao abrir a boca, se revelou fútil e ignorante.
- É como dizem, beleza não se põe na mesa. – Itachi suspirou
Claro que gostava de mulheres bonitas, mas odiava mulheres que contavam com sua beleza apenas. Será que elas não sabiam que daqui trinta anos, caso não tivessem um cérebro, elas não poderiam fazer mais porra nenhuma? Ficava satisfeito quando contratava alguma menina inteligente, mas dificilmente conseguia isso. Quer dizer, o raciocínio era lógico. Se você é inteligente, o que diabos você vai fazer entrando na prostituição? Era o que ele pensava. Pelo menos ele pensava que mesmo pobre, não faria algo assim, mas espera aí, aquela era uma idéia interessante.
Ficou com aquilo na cabeça o resto da noite. Não tinha nada a perder, faria algo interessante e diferente. Algo que não envolveria sua grande fortuna. Ela que se lascasse.
Pela manhã, resolveu que faria aquilo mesmo. Ninguém ficaria sabendo, oras. E mesmo que soubessem o que aquilo influenciaria? Que tudo fosse para o quinto dos infernos.
Itachi era assim mesmo, havia um bom tempo que não ligava para a grande fortuna que acumulara. Não ligava para a empresa, não ligava mais para a boa comida e o vinho que custava uma fortuna. Não ligava mais para as roupas Hugo Boss e Armani. Aquilo tudo era trivial.
Resolveu colocar sua idéia em pratica naquela tarde. Saiu mais cedo da empresa e foi para um bairro inferior, numa loja inferior. Comprou uma camisa e uma calça jeans surrada. "Minha sanidade deve ter ido para o quinto dos infernos. E logo minha reputação vai junto...", riu com aquele pensamento, mas quando colocava algo na cabeça, dificilmente tirava. Era assim que ele era. Sinceramente, odiava ter que voltar atrás em uma decisão. O que estava feito, estava feito.
Pensou se não estava meio velho para fazer algo assim. Mas pensou quando fora a ultima loucura que havia feito? Nunca, nunca havia feito algo que chocasse as pessoas. Viver perigosamente... Era uma forma atrativa de se viver. Agora só precisava achar onde eles contratavam. Andou e andou até achar um host club. Ali estava.
Logo que entrou, todas as atenções se focaram nele. Itachi era um homem bonito. Tinha os cabelos longos até um pouco abaixo do ombro. Geralmente prendia-os, mas revolvera deixar solto. Os olhos eram negros e seus traços eram fortes. Na verdade, a cara de Itachi mostrava um tédio tão profundo e uma seriedade tão grande que chegava a ser atraente. Em algumas aquele tipo de seriedade assustaria. Mas em Itachi aquilo parecia mais um imã para as mulheres. Um imã, para todos.
- Pois não? Já aviso que não atendemos homossexuais, nem curiosos ou etc. Aqui é só para mulheres. – disse o homem.
- Eu sei. – ele disse. – Eu vim aqui pra ver se tinha uma vaga.
Espero que tenham gostado. Comentem pra eu saber se tem algum erro, se vocês têm alguma sugestão, critica... Flores e pedras são aceitas. Mas ao lerem, deixem um review. Beijos
