disclaimer:Saint Seiya The Lost Canvas é obra de Shiori Teshirogi e Massami Kurumada, isso é apenas um 'empréstimo' sem fins lucrativos!u_u

Aviso: Conteúdo YAOI, não gosta? Vaza!xD

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Olá meu povo!

Eis que voltei a dar às caras por aqui!

Demorou, eu sei, mas estou tão atolada de coisas

pra fazer no dia à dia que acabo ficando em débito com

as fanfics :(

A Cura não está em hiatus eterno, peço muita paciência a todos que a leram,

afinal, tenho a criatividade desgastada todo santo dia no meu emprego escravo --" rs

Bom, fiz esse singelo oneshot que me surgiu em mente há um tempinho atrás.

Tive ajuda do meu amado amigo Dimmi para desenrolar esta pequena fic,

espero que gostem!

E não se esqueçam dos reviews! Estou curiosa pra saber se ainda agrado com esse casalzinho

que eu tanto amo *-*

Beijos!


ps: Eu estava sem beta pra corrigir a fic, portanto, ignorem os errinhos x_x


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Manhã de novembro

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Era mais um dia corriqueiro no santuário grego. Mais um dia de treinamento logo no início da manhã. Não eram nem seis da matina, e ele já estava no coliseu treinando uma série de chutes e socos com o auxilio de um boneco revestido de couro.

Kardia tinha verdadeira paixão por combates, de preferência, onde seu adversário possuísse o nível de força equivalente a sua própria. Gostava de superar-se a cada instante.

Talvez se apegasse a isso como refúgio para sua enfermidade...

Apesar de possuir um físico invejável, Kardia de escorpião carregava consigo um mal incurável dentro de seu coração.

Tal doença atingia diretamente o sistema cardiovascular do escorpiniano, refletindo em altíssimas febres. Febres que somente se cessavam com a intervenção do cavaleiro que domina o gelo: Dégel de Aquário.

Calmo, silencioso, sutil. Voz baixa e aveludada. Preferia dialogar ao invés de lutar com quem quer que fosse, sempre seguindo a razão, e por vezes, sua própria intuição. Dono de longas madeixas avermelhadas, Dégel era o que se podia rotular de "o oposto de Kardia".

Apesar de todas as diferenças, ambos os cavaleiros se davam muito bem. Talvez tal "fenômeno" se desse pelo fato de que Kardia gostava de falar, enquanto Dégel preferia escutar.

Inconscientemente, o tratamento de resfriamento, produzido por Dégel, também havia os unido em partes.

O aquariano conhecia uma faceta do escorpião desconhecida por todos ali. Ele sabia o quão doce Kardia conseguia ser quando queria.

Dégel Julgava conhecer o amigo como a palma de sua mão, contudo, jamais devemos substimar um escorpiniano, e talvez o aquariano fosse descobrir tal fato durante aquela manhã de novembro, quando chegou ao coliseu poucos minutos após Kardia.

Muito mais do que só o acaso o trouxera ali. Seus passos calmos não faziam o menor ruído, logo seu amigo não poderia ouvi-lo.

Encontrar Kardia ali fora tão inesperado que Dégel optou por não incomodá-lo. Poderia se juntar a ele no treinamento, mas já tinha uma boa idéia do que poderia acontecer.

Observava atentamente os movimentos do colega dourado, segurando cada vez mais o ímpeto de se fazer presente. Talvez quisesse que Kardia soubesse de sua presença no inconsciente e não fisicamente.

Ao mesmo tempo em que sacudia sua cabeça com tal pensamento, o aquariano decidiu continuar seu propósito: treinar.

Mesmo que seus pés o tenham levado ao coliseu, quase que inconscientemente, eles o guiavam a Kardia.

O som de seus passos parecia surdo, devido ao barulho desprendido pelo pobre boneco, que se possuísse vida, urraria a cada seqüência de golpes.

Apenas um leve olhar e Kardia voltara ao seu boneco com mais ganância e voracidade. Mostrar aos outros o seu poder era quase tão nostálgico quanto uma boa luta.

Ainda mais para Dégel, que sempre preferia as palavras.

Atrair os olhares das pessoas era fácil para o escorpiano, e por algum motivo isso era incompreensível para Dégel.

Torcer os finos lábios em desaprovação e suspirar, lentamente: era o maximo que Kardia conseguia de seu amigo.

Dégel era como lenha em uma fogueira, apenas fomentava a vontade de Kardia de fazê-lo invejá-lo. Pensava por vezes que esse sentimento era a resposta inconsciente ao tratamento que o amigo lhe prestara, mas nem ele mesmo poderia confirmar isso.

Por fim o boneco foi resumido a pó e não havia nada a ser feito, se não, olhar para Dégel, que se aproximava lentamente com a mesma faceta de desaprovação já conhecida. Kardia, ao contrario, sorria meio contido, mas de forma sarcástica.

Enquanto observava-o, Dégel apenas andava, e agora que Kardia o encarava, pensava seriamente em voltar às sombras. Encarar os olhos do escorpiano era como se transformar em uma presa do poderoso predador. Por fim, tomou a única decisão que lhe cabia: entrou no ringue e retribuiu o olhar de Kardia com certo divertimento e um leve ar de constrangimento.

Kardia não fazia idéia do que fazer. Se o amigo não estivesse ali para treinar, seria um erro fatal atacá-lo. Seu sangue corria fervente em suas veias, seu coração acelerava ameaçadoramente, suas mãos suavam. Seus olhos gravavam cada traço, cada posição do aquariano e seu desejo de atacá-lo aumentava exponencialmente. Era impossível refreá-lo por mais tempo, Kardia se prepara para desferir uma seqüência de golpes em Dégel, quando o mesmo aparece em sua frente, usando a velocidade da luz, desferindo contra ele golpes precisos em diversos pontos.

O sorriso largo de Kardia abria na mente de Dégel uma vulnerabilidade aproveitada por si, e de atacante, Dégel passa a defensor. Kardia aquecia mais e mais seu corpo, alimentando-se com a adrenalina de provar que era incrível, aumentava a velocidade e a potencia de seus golpes, quase que cegamente. Dégel não tinha muitos problemas em desviar dos golpes, mas a velocidade sempre foi o trunfo do escorpião rei, e contra ele, Dégel contava apenas com a imobilidade de seu frio.

Kardia parecia uma locomotiva a vapor, suava e avançava imponente para cima de Dégel com tanta veemência, que realmente chegava a impressionar. O aquariano estava com seu cosmo quase no ápice, e mesmo assim Kardia vazava sua defesa. Pensou por um segundo em congelar-lhe um membro, apenas para assustá-lo. Kardia então aponta o telson (ferrão) para Dégel, passando seu indicador com facilidade pela defesa do aquariano, chega com sua agulha no meio do externo do amigo o atacando.

Dégel se espantara, nem mesmo viu tal ataque acontecer. Contudo, tal espanto tornou-se ainda maior ao perceber que Kardia não havia parado para livrá-lo do ataque, mas por estar com o rosto pálido, quase espectral e com os membros, aparentemente, sem sangue. O escorpiniano estava em crise.

Com movimentos rápidos, Dégel concentrou seu cosmo nas palmas de suas mãos e espalmou o peito do escorpiano, com tanta força, que o mesmo voara alguns metros, caindo no chão desacordado. Sua fraqueza nunca aparecia durante batalhas, o que fez o aquariano desesperar-se com as más possibilidades que aquilo poderia vir a acarretar.

Correu ao encontro do amigo no chão. Kardia encontrava-se largado no solo, com o peito coberto por uma leve neve esbranquiçada. O aquariano, ao perceber que Kardia não respirava, se curvou de imediato a cima da cabeça do amigo para lhe prestar o socorro devido. Quando poucos centímetros os separavam, Dégel vê Kardia abrir seus orbes, tomando fôlego. E quando tornou a fechá-los, o aquariano continuou a descer.

Um sorriso vitorioso se estampou nos lábios do escorpiniano. Seu plano havia dado certo.

Tendo o amigo a sua mercê, o astuto escorpião o envolveu com seus braços fortes, o apertando contra si enquanto tomava seus lábios em um beijo ardente.

Beijo que vinha sendo adiado há tempos.

Dégel, por sua vez, sentiu o coração falhar uma batida com a investida repentina do amigo. Pouco tempo para se assimilar o que estava ocorrendo. Momentos atrás estava aflito com o suposto ataque de Kardia, e agora estava sendo praticamente engolido pelo mesmo.

Ele não sabia explicar o porquê, mas correspondera o beijo desde o início.

Após saciar sua vontade, Kardia direcionou ao amigo seu típico sorriso carregado de sarcasmo, dedilhando suavemente o rosto do mesmo.

O aquariano, por sua vez, permaneceu estático após o rompimento dos lábios, fitando o amigo com expressão de incredulidade.

Permaneceram alguns instantes em silêncio, apenas se fitando mutuamente.

- Ganhei. – O escorpiniano resolvera quebrar o silêncio.

- Ganhou o que? – indagou com um tom de voz abobado, típico de quem havia sido "despertado" repentinamente.

- Ganhei essa batalha, meu caro Nerd – replicou, estreitando os olhos felinamente.

Dégel o mirou confuso, buscando compreender o significado das palavras de Kardia. Logo, o escorpião o enlaçou nos braços, mirando novamente seus olhos azulados.

- A minha batalha interna, na qual a dúvida a respeito do que esperar de você após beijá-lo, me intimidava dia após dia. – confessou em um sussurro, próximo ao ouvido de Dégel. – mas agora, vejo que meus receios eram tolice...

- Como pode estar tão certo? Não o entendo... – respondeu um tanto confuso.

- Não tem que entender, Dégel, a vida não é feita somente de raciocínios lógicos! Eu o beijei e senti que você me correspondeu desde o início, logo, seu corpo demonstrou o que você não precisa dizer...

- O que quer dizer com isso? – indagou sobressaltado

- Que você me quer tanto quanto eu te quero... – sussurrou em resposta, trazendo o rosto do aquariano de encontro ao seu, abafando a resposta do amigo com um novo beijo.

Dégel Julgava conhecer o amigo como a palma de sua mão, contudo, jamais devemos substimar um escorpiniano, e de fato o aquariano descobriu tal fato durante aquela manhã de novembro, quando chegou ao coliseu poucos minutos após Kardia...

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FIM

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N/A: Amado povo meu!:D
E ai? Gostaram?_

asuhaushiasauhshahsiuas

Reviews, please!

beijão ;*