Ela é sempre tão feliz.

Sempre tão cheia de vida.

Porque será que agora chora escondida no quarto abafando os soluços agora?

Os passarinhos que ela tanto amam, lanças seus pequenos bicos na janela a chamar por ela, e as flores que ela tanto gosta enfeitam o jardim para que ela passe.

E ela os ignora. Como se estivesse paralela a este mundo enquando as lágrimas abafam seus gritos de dor e ódio.

Porque ela chora? Porque está triste?

Vai se casar com o homem mais cobiçado e rico da cidade, vai morar em uma casa tão grande que será capaz de se perder nela, e isso a deixa triste?

Seu futuro marido é tão gentil e a ama tanto que seria capaz de dar a vida e muito mais pela felicidade dela, e ela ainda chora?

É invejada por todas as belas damas da cidade, mas seus olhos estão tão inchados que ela nem parece se dar conta das maravilhas que acontecem ao seu redor.


Você não sabe que eu te amo

Capitulo I: Um feliz casamento?

Choro.

É a única coisa que pode ser ouvida do quarto naquela bela manhã, além dos soluços abafados pelo travesseiro.

"Não quero me se casar... porque mundo é tão injusto?" Era a única coisa que sua mente conseguia repetir enquanto as lágrimas corriam livremente pelo seu rosto.

-Kagome... - Alguém batia a porta chamando pelo seu nome.

-O que desejas mãe? - Ela perguntou sem emoção na voz, tentando evitar o soluço enquanto falava.

-Saia desse quarto e venhas almoçar!

-Não tenho a mínima fome.

-Não lhe perguntei.

-Nunca se preocupou nem com meu estado. Porque agora se preocupas tanto com minha alimentação?

-Precisa estar composta para o seu futuro marido! Se ele lhe ver pálida pensará que não a alimentamos direito!

-Então toda preocupação é com o que o meu futuro marido pensará?

-Kagome... não seja infantil...

-Não quero comer! Não quero sair do quarto! Eu não quero casar! - Ela falou em gritos baixos de desabafos, mas que foram ouvidos por sua mãe.

-Sabe que não tem escolha. Devia agradecer a Deus por lhe dar um homem tão gentil e que lhe ame tanto...

-Devia agradecer por ele ser rico também?

-Kagome, não piore as coisas, quer ver sua família na rua da amargura tendo que pedir comida aos vizinhos para sobreviver?

-Eu não o amo mamãe...

-Mas ele aceitou se casar com você sem dote, e será sócio do seu pai, esse casamento é perfeito Kagome, não encontrara um marido como ele nunca mais...

-Não quero um marido como ele, quero um marido que eu ame...

-De que adianta amar se todo o resto lhe faltara, se com não se casar com ele?

-Sem amor nada existe, eu não o amo, como serei feliz com ele sem ama-lo?

-O que tanto lhe atormenta? Você pode aprender a ama-lo...

-Não pode-se encher um copo que já está cheio...

-Está insinuando que ama outro homem, Kagome?

-Sim mamãe, um cavalheiro, justo, honrado, elegante, um homem de caráter porém... -

-Não tem onde cair morto! - Completou a mãe com um tom de indginação. - Trate de se desiludir e descer para o almoço, precisa estar bem bonita para o casamento!

A senhora bufou após ouvir o soluço da filha e resolveu se retirar sem dizer mais nenhuma palavra. Não havia o que se fazer, estava tudo feito e a filha seria muito feliz, só precisava de um pouco de tempo para se dar conta disso.


Ouviu o ruido da maçaneta da porta e virou-se na busca da origem do som.

-O seu casamento é assunto da cidade inteira meu nobre cavalheiro... - Comentou a moça entrando nos aposentos do jovem rapaz.

-Sango! Que bom lhe ver! Sua expressão calma me tranquiliza...

-E porque estaria nervoso?

-Estou tão nervoso por estar prestes a casar, mas também mal me contenho de tanta felicidade...

-Seus olhos brilham como o raiar do sol meu rapaz. Seu casamento será bem sucedido se depender do seu amor...

-Farei de tudo para deixa-la feliz, darei o que ela quiser... pois só o sorriso dela me faz ser mais feliz do que jamais pensei que poderia ser...

-Bem... vejo que a paixão realmente o alcançou, mas só vim mesmo dar os meus votos de felicidade pessoal antes da cerimônia.

-Muita gentileza sua...

-Desejo que sejas muito feliz, porque você merece...

Eles se olharam profundamente, um olhar cumplice, amigo, ele merecia ser feliz, e ela sabia disso perfeitamente.

Ela se aproximou dele estendendo a mão, que ele pegou e encostou os lábios em um gesto cavalheiro.

Ela sorriu, fazendo-o deixar de cerimônia e levantar da cadeira onde estava sentado para dar um abraço na moça.

-Sabes que sou uma moça de família? - Ela perguntou irônica pelo ato atrevido dele.

-Sabes que é a amada do meu melhor amigo?

Ela sorriu debochada com o comentário dele.

-Se seu melhor amigo por acaso é Miroku. Saiba que ele não tem amada, têm amadas. -

Dessa vez os dois sorriram se separando um do outro.

-Devia dar uma chance a ele...

-Preocupe-se com o teu casamento por enquanto meu amigo, porque o meu caso com ele... acho que nunca chagará a esse ponto.

O olhar dela por alguns minutos demosntraram a tristeza que o coração sentia.

-Não fique assim... ele te ama mesmo...

Ela deu um sorriso fraco.

-O que acha deu ajudar-lhe com os preparativos do casamento, afinal... precisa-se de onsdens femininas nesta casa! - Ela respondeu cortando o assunto.

Ele afirmou com a cabeça vendo surgir um belo sorriso na moça.


O choro não cessou até o momento em que a garota ouviu o estalo de uma pedra que acertara a janela do seu quarto.

Respirou fundo tentando enxugar as lágrimas, e correu para o espelho mais próxima patra tentar parecer composta, apesar de não ter solução viável para o inchaço de seus olhos.

Depois de desamassar parte das dobras do vestido com as mãos correu até a janela abrindo-a com um enorme sorriso, o primeiro que dera por toda manhã.

O moreno a olhava com um ar elegante e um sorriso menino.

-Kouga! - Ela exclamou com espanto na voz apesar de já saber que era o rapaz.

-Como está a dama mais bela e amada da cidade?

-Feliz em ver o cavalheiro mais galanteador da cidade.

-Ah, senhorita Higurashi, não sabe como cada uma de suas palavras soam como musicas para meus ouvidos...

Um belo sorriso surgiu na face da moça.

-Mas precisamos conversar, teria a nossa bela donzela um tempinho para o seu amado? -

Ela sentiu uma pontada no peito ao voltar a realidade.

Não ela não podia sair do quarto a não ser que fosse para a cozinha comer algo.

Mas...

-Se você esperar alguns minutos, me vestirei e direi a minha mãe que vou ao jardim...

-Esperarei.

Ela deu um último sorriso ao rapaz antes de sair da janela.

Trocou de vestido, pois o outro além de estar amarrotado estava molhado por suas lágrimas, penteou os longos cabelos negros e desceu para encontrar com uma mãe satisfeita ao ver a filha mais composta.

-Refletiu? - A mãe perguntou parando o pequeno xale de tricô que fazia para olhar a filha.

-Sim mamãe.

-Quer comer algo?

-Não senhora. Gostaria de ir ao jardim...

-Se isso fizer seu humor melhorar, seja como quiser...

A garota assentiu com a cabeça e correu para fora da bela casa dos Higurashi´s.


Assim que chegou ao jardim o moreno a olhava ansioso.

Com um belo sorriso no rosto ela se aproximou averiguando se ninguém a seguia mesmo com o olhar.

-Que saudade Kagome, eu pensei em você todos os dias... - Ele declarou sentindo o corpo da mossa a pouco centimetros dele agora.

-Eu também estava com saudades Kouga...

-Eu, eu falei com o tenente, preciso viajar de novo em outra guerra, mas talvez nessa eu consiga um cargo novo...

Esse era o momento que ela tinha vontade de sorrir mas o destino lhe forçava a chorar.

-O que foi? Não ficou feliz? Aagora poderemos nos casar... não era isso o que queria?

-Claro o problema é que eu...

-Não quer mais casar comigo?

Ela engoliu seco olhando nos olhos do rapaz.

-É o que eu mais quero no mundo...

-Então qual é o problema? Não importa qual seja ele, nós o resolveremos juntos...

-Nós não...

-Kagome, não existe nada que possa me dizer que vá acabar com o que eu sinto por você, por nada nesse mundo eu deixaria de te amar, então pode dizer, seja o que for... diga.

Ela tinha se preparado durante dois dias para essa conversa mais agora a palavra se negava a sair.

-É que... eu tenho medo...

-Medo?

-Sim. De que você vá pra essa guerra e se machuque ou aconteça algo pior, e a gente não possa se casar...

-Kagome, ningém pode conseguir me matar ou me ferir em um campo de batalha, ninguém pode tirar a minha vida, porque a minha vida é você, e só me tirando você é que podem acabar comigo...

Sentiu novamente aquela vontade incontrolável de chorar.

-Eu te amo Kouga...

-Eu te amo também...

Após algum tempo eles esqueceram assustos sérios e voltaram a falar sobres seus antigos encontros, Kouga acreditava que depois dessa última viagem finalmente seria feliz com ela, e ela se sentia a cada momento mais deprimida por saber que aquele era o último momento que poderia ter com ele.


Olá.

Bom, eu estou com um pouco de pressa então, eu espero que vocs apreciem e mandem reviews