Rurouni Kenshin não me pertence. Mas, e daí? Isso não me impede de brincar um pouco com seus personagens, venhamos e convenhamos. E a música também não é minha (Nem quero mesmo!), é do Rei Raul Seixas.
Essa songfic é um presente pra K-chan258. Tomara que você goste, Tecelã de Tinta!
Legenda:
- Fala –
"Pensamentos de Battousai"
Narração [Será tudo do ponto de vista do Kenshin. Só pra avisar].
Música
(coisas da madama aki n.n')
Num gesto sagrado de amor
Mais um simples dia em Tokyo. Todos nós do dojo estamos indo ao Akabeko para almoçar, mas encontramos alguns artistas de rua cantando e tocando um instrumento de cordas, cujo nome Yutaro-dono diz ser "violão". Paramos e ouvimos o instrumento, que parecia tocar as últimas notas de uma melodia. Yahiko e Sano não ficam muito animados em ter que atrasar o almoço. Às vezes, este servo se pergunta se os dois só pensam em comer e lutar... É, este servo acha que sim.
- Kenshin! – Kaoro-dono olha para este servo com os olhos brilhando como os de uma criança.
- Sim, Kaoro-dono? – Este servo só consegue responder isso, quando, na verdade, queria tomar aqueles lábios rosados com os seus, enlaçar aquela cintura fina, beijar aquele pescoço macio e... MELHOR PARAR POR AÍ! (HENTAI! Kenshin, seu sem-vergonha! Desse jeito vou ter que mudar a classificação de K+ pra T!).
- Kenshin? Kenshin? Está me ouvindo? – Kaoro-dono agita uma de suas delicadas mãos em frente ao meu rosto. Este servo sabe que esta fazendo cara de sonso.
- Oro? – Ainda bem que Kaoro-dono não consegue ler mentes.
- Kenshin! Você anda tão distraído! – Ah, Koishii. Se você soubesse o porquê... Mas nunca saberá, nunca – O que foi? Aconteceu alguma coisa? – Você, Koishii. Foi você que aconteceu – Tem alguma outra múmia ameaçando o governo? (A. K. A. Shishio)
- Não. Não tem ninguém ameaçando o governo, Kaoro-dono. Este servo anda pensando demais, de gozaru yo.
- E no que você anda pensando? – Sano olha com malícia para este servo. Baka.
- Não enche, Sano! – Yahiko chega bem na hora. Às vezes ele consegue não atrapalhar (Nossa, parece que o Yahiko só sabe atrapalhar... O.O''') – Provavelmente o Kenshin está pensando em melhorar sua técnica com a espada! – Sim, Yahiko e Sano, com toda a certeza, só pensam em comer e lutar.
- Depende de qual "espada" nós estamos falando... – Este servo já falou o quanto odeia a malícia de Sano? (Também odeio. Cara, isso é fic K+, ok? Pessoas inocentes, ou nem tanto assim, vão ler isso!).
- Pare com isso! – Kaoro-dono interrompe, corada – Responda a minha pergunta, Kenshin! – Ótimo, este servo trocou seis por meia dúzia. E agora?
- E qual foi a pergunta, de gozaru ka? – Kami-sama! Não deixe que Kaoro-dono fique brava! Senão vai sobrar pra cabeça deste servo!
- Tchi, você realmente esta distraído! – ONEGAI, ONEGAI! NÃO DEIXE KAORO-DONO BATER NESTE SERVO, KAMI-SAMA! (Cara... Pensando bem, até eu teria medo da Kaoro se ela estivesse com raiva. O.O''') – Eu estava te perguntando se podemos pedir àqueles artistas de rua uma música pra gente ouvir. – Este servo ficou tão aliviado que quase soltou um suspiro. Quase.
- Tudo bem, de gozaru yo. – Olhei para os dois "esfomeados". Este servo não se importaria de ficar ali, ouvindo uma bela canção, embaixo de Sakuras, com Kaoro-dono. Mas eles iriam reclamar o tempo todo.
- Tanto faz. Desde que a gente chegue logo no Akabeko! – Sano deu o braço a torcer (Momento retardado da autora: Tomara que não tenha doído demais. Tadinho do Sano! ú.ù). Yahiko só assentiu. Este servo se virou para falar com Kaoro-dono, e qual não foi a surpresa em ver que ela já conversava alegremente o loiro do grupo?
- Kenshin! – Acena para nós. Aproximamo-nos e este servo notou que aquele grupo consistia em quatro mulheres e três homens. Uma delas ficava com os olhos fechados e possuía uma cicatriz no olho esquerdo e era ruiva – Gin-san disse que vão tocar uma música para nós! – Kaoro-dono esta animada. Este servo nem precisa dizer como ficou incomodado com aquele "Gin-san". – Essas são as gêmeas Sayo-chan e Sayako-chan, – Kaoro-dono aponta para duas meninas ruivas idênticas. (É óbvio. Elas são gêmeas, o que você queria?) – esse é Gin-san, Shigure-san, Hakku-san, Makoto-chan e... – Aponta para o loiro, para os morenos e para uma moça de cabelos castanhos, respectivamente.
- Saskia. – A ruiva responde em seu lugar. Sua voz era grave, como se já tivesse sofrido muito. Ela não abria os olhos... Será que era cega? Ela devia ser mais ou menos da minha idade. (Ta velho, hein, Ken-san?)
- Nee-san! – Uma das gêmeas interrompe os pensamentos deste servo – Vamos logo!
- Hai, hai. Não seja impaciente, Sayo. – Como raios Saskia-dono conseguiu diferenciar? "Nem mesmo meus olhos de hitokiri conseguiram ver alguma diferença!". "Fique quieto, Battousai! Este servo não quer discutir com você agora!". "Na verdade, eu sou você, então você ia discutir com si mesmo". "Cale a boca, maldito!" – Vamos começar. Ichi, ni, san... – E começam a cantar.
Foi lá na beira do pantanal
Seu corpo tão belo enterrei.
Foi lá que eu matei minha amada
Sua voz na lembrança eu guardei:
Aquilo parecia familiar a este servo... Lembrava este servo de uma coisa que acabou mau... Tomoe. Este servo não a matou na beira de um pantanal, mas sim no meio da neve. Neve manchada de sangue. Sangue dela.
"Por que meu querido,
Por que meu amor,
Cravaste em mim seu punhal?
Meu peito tão jovem sangrando assim,
Por que este golpe mortal?"
Não usei um simples punhal. Cortei a mulher que amava com um único golpe. Com minha espada. A espada que deveria fazer justiça.
Assassinei quem amava
Num gesto sagrado de amor.
O sangue que dela jorrava
A sede da terra acalmou.
Eu a assassinei. Usei minha procura pela justiça como desculpa. Desculpa de tê-la matado. De ter jorrado seu sangue.
E lá onde jaz o seu corpo
Cresceu junto com o capim
Seus lindos cabelos negros que eu
Regava como jardim.
Ela tinha cabelos negros. Parece que mulheres de cabelos negros me atraem. No fim, seus cabelos negros foram misturados com aquela neve. Neve rubra.
A lei dos homens me condenou
Perpétua será tua prisão
Porque fui eu mesmo quem calou
Com aço aquele coração
Foi pela minha lâmina. Matei-a. E a minha punição é o arrependimento e o desgosto que carrego e carregarei. Até a morte.
E eu preso aqui nesta cela
Deixando minha vida passar
Ainda escuta a voz dela
No vento que vem perguntar:
Eu tento esquecer, mas é impossível. Não importa o quanto eu viva, nunca irei me redimir. Por isso decidi não me relacionar com ninguém. Esse fardo é meu. Não quero que se repita. Não deixarei que se repita. Não importa como.
"Por que meu querido,
Por que meu amor,
Cravaste em mim seu punhal?
Meu peito tão jovem sangrando assim,
Por que este golpe mortal?"
Pelo jeito, a música acaba aí. Minha tristeza deve estar em evidência, pois Koishii me olha com compaixão. Eu havia contado a ela sobre Tomoe. Graças à Kaoro, consegui manter minha promessa de não matar, ao mesmo tempo em que consegui ficar mais forte que já era. Porque tinha a quem proteger. Saskia levanta-se da esteira, ela é alta (Pra você todo mundo é alto, Ken-san. Até o Yahiko está te passando!), e eu tenho que levantar a cabeça pra poder ver suas pálpebras fechadas. Seus olhos se abrem lentamente. Olhos vermelhos, que demonstravam certo sofrimento. E, mais do que isso, eram olhos de um hitokiri.
Uhuuuu! Três estréias de uma só vez! Minha primeira songfic, primeira dwo-shot (É assim que escreve? XP) e primeira fic de Ruroken! K-chan, tomara que você goste desse primeiro capítulo. Afinal, eu fiz essa fic pra você, Tecelã de Tinta!
Façam uma "Maluca Beleza" feliz e deixem um review! Pode ser até algo como: "Vai arranjar alguma coisa pra fazer, desocupada!".
Ass.: Kurara Black
