Steve observava como as suas costas expostas subiam e desciam com a sua respiração. Seus cabelos morenos até os ombros estavam puxados para o lado, expondo seu pescoço e os olhos de Steve subiram dali para o seu maxilar, até a sua boca rosa entreaberta. Seus olhos verdes estavam fechados, as mãos fortes agarrando o travesseiro na sua cabeça. Um fino lençol branco era tudo que escondia a sua nudez.

Ele se sentou na beirada da janela de quarto, pendurando uma perna para fora, o ar gelado de Nova York fazendo seus pelos se arrepiarem. Os carros lá em baixo de seu apartamento buzinavam, se preparando para mais um dia na cidade que nunca dorme. O sol nascia em um tom alaranjado, alguns raios fracos fazendo o seu caminho pela janela aberta até o homem adormecido em sua cama, o iluminando.

Steve pegou o seu caderno mais próximo, um dos muitos que ele tinha na bagunça de seu apartamento, e destampando uma caneta preta, ele começou a definir seus traços no papel.

Steve não percebera o tempo passando até que pagina estava quase completamente preenchida.

O homem se mexeu de leve, abrindo seus olhos com o que parecia ser dificuldade. Steve estendeu uma mão para ele.

"Na, na, na" Ele tentou falar, mas segurava a tampa da caneta em sua boca. Tirou-a. "Não se mexa. Estou quase terminando."

Ele olhou para as mãos de Steve, lançando um olhar de curiosidade para o seu caderno, mas obedecendo a ordem, fechou os olhos.

"Você sempre costuma desenhar os homens que você conhece em bar em uma noite e leva para cama?" Ele disse preguiçosamente, suspirando contra os travesseiros.

Steve sorriu de leve. "Não, na verdade. Só que..." Ele deu de ombros.

"Sou extremamente atraente, eu sei." Ele bocejou.

Ele riu de leve. "Não fique tão convencido, Bucky."

O homem franziu a testa, ainda um pouco sonolento. "Quantas vezes eu já falei que meu nome é James?"

Steve sorriu com um dos cantos dos lábios, apenas erguendo os olhos por um segundo de seu desenho. "Algumas."

"Não o suficiente, aparentemente."

"Você tem cara de Bucky."

"E você tem cara de ser um babaca. Nem por isso vou ficar te chamando de babaca." Ele falou, mas o sorriso brincando em seus lábios o contradiziam.

Steve riu. "Depois de ontem a noite você pode me chamar do que você quiser."

Bucky abriu os olhos, erguendo uma sobrancelha. "Ótimo. Me envolvi com um cara que desenha os casos de uma noite dele e não tem respeito por nomes."

"Bem," Ele estalou os lábios. "Se te faz sentir melhor eu desenho praticamente qualquer coisa que respira." Steve falou, fechando o caderno e colocando a caneta de lado.

"Posso me mexer agora?" Ele falou, se virando de barriga para cima.

"Não ainda." Steve disse, um sorriso perverso ameaçando sair. Ele se levantou da poltrona vermelha e se dirigiu a cama.

"O quê? Você nem vai me mostrar o desenho?" Ele se espreguiçou, botando os braços atrás da cabeça, seus músculos definidos se contraindo. Steve não pode evitar de seguir seu movimento com os olhos.

"Talvez outro dia." Ele subiu no pé da cama, se arrastando lentamente por cima de Bucky, uma mão repousando em sua perna.

"Isso é um convite?" Bucky perguntou, olhando para Steve que agora se inclinava em seu abdômen, a boca sobre sua pele.

"Depende. Você quer que seja?" Ele falou sem interromper a linha de beijos subindo pelo seu corpo.

Um dos cantos dos lábios de Bucky se virou para cima antes de se perder nos dele.