NOTA: Estou apenas revisando essa fanfic. Senti uma vontade incontrolável de mudá-la toda, não apenas algumas frases, porém vou me manter fiel a verdadeira história. Não, não a nada de novo. Um beijo a todas, e até uma próxima (e nova) e fanfic.
oOo
E com a costumeira dor no coração anuncio...
Inuyasha não me pertence... mas prometo que até o fim da fic eu consigo ter ele em mãos xD!
Espero que gostem da fic! Boa leitura!
Ambição, luxúria, inveja, cobiça e desistência. Kagome Higurashi joga apenas para ganhar. Tão fatal quanto os dados que fizeram a sua fortuna e, por fajuta ironia, talvez também... geraram sua sublime derrota
Lugar tumultuado, cheiro incessante de cigarro e mulheres com vestimentas curtas e chamativas. Charutos, apostas, arrogância, sarcasmo. Ela traga o cigarro pisando no recinto com um ar divertido. Um olhar superior mostrando que ela chegava pra ganhar. Kagome Higurashi, nome forte, renovar e conhecido.
A morena se apóia na mesa de apostas com as pernas cruzadas, e num gesto suave lança os dados rubro-negros sobre o veludo verde dando palminhas com as luvas de seda ao ver que acertara. Com um sorriso genuíno de uma criança que ganha um presente recolhe as fichas, porém o sorriso se desmancha ao ver as madeixas prateadas se aproximarem e apanhar os dados sobre a mesa. Como de costume, chegando para atordoar, seu pior concorrente tanto em vida quanto em jogo.
Sorriu travessa para o dono de lindos olhos cor âmbar, ignorando a irritação por encontrá-lo tão cedo. Ficou em pé o encarando ofendida, brincando com os olhares. Ela estava ali, ele também e aquilo seria um desastre.
# Ambiente pesado para você. - Comentou sarcástico enquanto arremessava os dados. – Deveria freqüentar um barzinho mais razoável, ou quem sabe...- Abriu um sorriso não muito cruel enquanto puxava algumas fichas para si. – Um parque de diversões. - Ela riu pegando os dados graciosamente. Fez um movimento arremessando-os com arrogância.
# Sinceramente, você parece sempre mais interessante de boca calada. Por que não experimenta um dia desses? – Perguntou enquanto mordia os lábios esbanjando uma expressão festiva ao notar os dados apostados virando na mesa. – Infelicidade já te conhecer, senão poderia te dar uma segunda chance. - Ele riu, mostrando os dentes bem alinhados enquanto se colocava indiscretamente ao seu lado.
# Ao menos me conhecendo sabe que meus comentários perante tais questões são verdadeiros.- Ela pegou uma mecha dos cabelos do hanyou os puxando, logo deixando-os cair.
# É uma pena que se engane tanto. - Suspirou um fajuto ar de tristeza. Em seguida, riu sardônica e se virou para o carteador de lindos olhos azuis-safira acompanhado por um sorriso gatuno que não abandonava da própria face.
# Dobre a aposta... 17000 ienes contra o nosso amigo de olhos encantadores...- Kagome deu um longo trago no cigarro como se desfiasse o jovem de madeixas prateadas a entrar no seu jogo... com um olhar lascivo para o decote da morena. – Espero que não sinta-se acanhado. Sabe bem o como eu facilito quando necessário. – Olhando áspero para ele, apenas notou um olhar de desdém.
# Pode agir como quiser... vejo que vou lucrar essa noite, e apenas isso me basta. – O sorriso do Hanyou brilhou sensualmente revelando os caninos característicos de sua raça enquanto colocava a pilha de fichas no número nove e doze.
# Sempre os mesmos números meu cãozinho... por que eu estou com a impressão que quer me entregar essa bolada como um pedido de desculpas pela indireta? - E riu. Jogou os cabelos sensualmente sobre os ombros de modo seco. Esses poucos meses jogando a faziam se sentir liberta, por mais que isso a indiretamente aprisionasse. Apenas o maldito meio youkai a tirava de sério, mas não poderia culpá-lo. Ele a colocou neste mundo, agora ela não poderia retribuir de outra forma a não ser aturá-lo.
# Indireta? Que indireta?- Perguntou ele debochadamente. - Acho que você deveria parar de jogar e ir a um médico, conheço ótimos psicólogos na região. – Ela arqueou a sobrancelha.
# Claro! Deve freqüentar vários para tentar se curar de tanta prepotência. – Ele a ignorou, continuando a falar.
# E se eu fosse cachorro eu não estaria cobrindo a sua aposta e colocando mais 3000 ienes pra fechar o meu dia. – Inuyasha colocou mais um punhado fichas em seu bolo de apostas. – É insegurança que vejo em seus olhos, Higurashi? – Perguntou de forma ousada. Ela apenas negou, não retribuindo o sarcasmo.
# Acho que está me confundindo com alguém... – Apanhou os dados com pontos dourados num gesto lânguido depois de marcar os números oito e cinco com pilhas de fichas amarelas e pretas. – Além do mais... será que pode parar com tamanha rudez? Assim pode me magoar. – Encarou o olhar de puro escárnio que ele lhe enviou.
# Magoar prostitutas nunca me fez mal algum. - Kagome balançou a cabeça em negação.
# Por isso mesmo... – Tragou o cigarro logo o jogando no chão. – Você não esta lidando com uma prostituta, meu caro.- Mordendo os lábios ele não encontrou os orbes azuis dela.
# Talvez aja alguma pouca diferença. - Ela jogou os dados suspirando com cautela.
# A diferença é apenas a de quem compara, e olhe só a ironia.- Riu forçadamente. – Você quem está a me comparar. - Ele arregalou os orbes enquanto o sorriso dela aumentava. O homem que estava recolhendo as apostas também sorriu, esse de cabelos negros curtos e olhos azuis. Kagome colocou as mãos nas fichas puxando-as pra si. – Que pena, acho que você perdeu... de novo. - Ela sussurrou no lóbulo de sua orelha
# Não passa de uma bruxa!- Rosnou ele. Ela continuou encarando o que havia ganhado fingindo não notar a frustração do outro.
O meio-youkai apenas apertou o próprio punho tentando não deixar transparecer a raiva que sentia; isso o fazia sentir-se humilhado.
# Aceita uma rodada?- Convidou ele apontando para o bar. Ela o encarou curiosa, mas apenas manteu a pose ereta.
# Não, obrigada. – Respondeu com certo desdém. – Antes só que mal acompanhada, já me diziam. – Sentindo o sangue subir a cabeça, Inuyasha tentou manter a serenidade.
# O que seria ser "mal acompanhada" pra você? - Se aproximou dele, alisando seu terno.
# Hanyous são má companhia, se é que me entende. - Piscou um olho vulgarmente. Virou-se então sem esperar uma resposta e recomeçou a andar, porém sentiu um tranco quando as garras afundaram levemente em seu pulso, fazendo-a virar de volta para si.
# Eu não perguntei, eu afirmei, sua estúpida. – Ele parecia realmente irritado agora, ela sentiu. -Vamos tomar uma rodada antes que eu a obrigue a fazer isso. – Seus dentes apareceram em um rosnar, o que acentuou sua visão agressiva.
# E como pretende me obrigar? Inuyasha, me faça um grande favor e poupe meus ouvidos!- Tentou puxar seu braço e desvencilhar-se do hanyou, mas ele apenas apertou mais forte com a ação.
# Essa é uma das formas, a mais simples delas, eu diria. Ainda existe a mutilação e outra mais interessante ainda, que envolve eu tirar de você esse longo vestido. - O olhar dele brilhou provocante. – E tenha certeza que se você continuar insistindo nisso eu não hesitar em usar qualquer uma delas. – Suspirando longamente ela deixou o outro braço cair ao lado do corpo.
# Se faz tanta questão assim eu...- Antes que pudesse terminar a frase sentiu seu outro braço cair com rapidez, ato que a fez tombar um pouco seu corpo. Com um gesto rápido ela entortou um pouco pra trás, logo recobrando sua postura. – Mas da próxima vez, seja um mínimo delicado, se é que você é capaz disso.
# Não faço questão!- Disse com desdém. – Eu atingi minha meta dessa forma, então acho que não me convém mudá-la.
# Bem digno. - Sussurrou a morena se apressando á frente de Inuyasha enquanto massageava o pulso dolorido. – Digno para imbecis como você!- Finalizou, sentando-se elegantemente enfrente ao bar.
# O que deseja?- Perguntou o servente de cabelos negros enrolados em uma trança. A face bela do homem parecia desgastada aquela noite. Kagome apenas lhe sorriu.
# Um whisky duplo, por favor.- Inuyasha se pôs ao seu lado.
# Vodka.- Emendou ele. Bankotisu lhes deu um aceno e espontaneamente observou o decote da morena com um sorriso generoso. Enfim, virou-se ao mesmo momento em que um sorriso crescia nos lábios do meio-youkai. – O mais interessante em você nunca passa despercebido não acha?- Ela suspirou.
# Foi isso que viu naquele dia? Ou a figura de outra mulher?- Sorrisos se cruzaram, olhares também.
# Não tenho culpa que se parecia com ela, apesar de ser mais magra e feia também. Se ela é mais velha, a culpa é sua por parecerem um pouco. - As bebidas vieram, os sorrisos diminuíram e a intensidade das palavras aumentou.
# Não que isso me incomode, ou que já veio a me incomodar.- As mãos um pouco fechadas denunciaram-lhe o nervosismo. Apanhou o copo e o levou a boca, tomando um pequeno gole do conteúdo do mesmo. - Não sou de me importar com muitas coisas. – Pronunciou.
# Apenas com velhos namorados que te bateram um dia?- Ela engasgou por um segundo.
# Sim... como eu disse...- Deu mais uma golada. – Não sou de me importar com muitas coisas, aliás!- Disse batendo na mesa com as atraentes luvas. – Não seria bem uma importância, apenas um "incomodar", bem leve.
# Maldita mania sua de mudar as palavras. - Ele degustou a pouca vodka existente no copo, observando a cada movimento da bela dama, tão bela por fora, e apenas por fora.
# Não as mudo de modo algum!- Disse com um ar de indignação. –Não sou suficientemente boa para assim o fazer. Mas em todo o caso não vejo motivo para parar. – Colocaram o copo ao mesmo tempo na mesa.
# Eu também não vejo!- Ela arqueou a sobrancelha.
# Concordamos em algo então, cachorrinho? – Ele negou prontamente.
# Não, de forma alguma. – Ele se aproximou um pouco dela. –Mesmo se disséssemos a mesmíssima coisa eu não gostaria de ser comparado a você. - Ela sorriu.
# Claro, meu caro senhor. – Abriu a ele um meio-sorriso. – Nada que mais jogatinas, mais bebidas e uma boa noite de sono resolvam. - Ela começou a rir. – Amanhã serei uma nova pessoa. - Ele fechou os olhos juntamente com as mãos.
# Mais uma?- Por um breve momento os orbes azuis encontraram-se em confusão.
# Como?- Ele a encarou fixamente e então notou as próprias palavras. Com certo charme tentou fazer daquilo apenas uma brincadeira.
# Não vejo necessidade de me explicar. Agora, se me dá licença vou tomar um ar.- Ela piscou-lhe um olho.
# Uma boa sorte, perdedor. – Inuyasha sorriu.
# Também desejo, perdedora. - Pegou sua mão em um gesto nobre a beijando delicadamente. Como se aquilo a atordoasse, o passado voltou, fazendo com que ela puxasse sua mão com leveza.
# Agradecida, mas pode ficar com ela. - Virou se juntando a mesa de pôquer. Com um sorriso hilário riu alto enquanto sentava-se em meio a tantos homens, um deles que sempre lhe oferecia cigarros.
Sabia ela que aquilo lhe dava certo ar marginal, mas aquilo a divertia mais do que a importava. Afinal de contas...estava ali pra que?
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O ponteiro marcou nove horas da manhã. Um horário péssimo para acordar depois de uma noite dura dentro de um cassino turbulento. Abriu um olho logo após o outro, não escondendo sua irritação. O relógio sempre a acordava com aquele toque absurdamente agudo.
Se isso não bastasse, pertencente ao vizinho, que em sua própria opinião era tão alto que até mesmo um surdo seria capaz de ouvir.
Colocou os pés no chão enquanto se despreguiçava. A porta que separava os quartos era de bom uso, afinal a camisola curta dava uma visão privilegiada de seu corpo, e ela não desejava isso.
Era irônico saber que dividia o quarto com um homem, mesmo que este fosse se mudar no dia seguinte. Não que não estivesse satisfeita, mas quando disseram que no primeiro mês pagaria menos com certeza não previu que era por que JÁ havia um morador ali. Escovou os dentes lembrando dos ienes que conseguiu a noite passada e riu ao espelho.
# Sim! - Festejou mordendo a escova e fazendo um gesto comemorativo enquanto ridicularizava uma dança qualquer. Cuspiu a espuma em sua boca logo após a enxaguando. Ouviu batidas insistentes contra a porta e então vestiu seu roupão, caminhando até ela e abrindo uma pequena fresta. O homem simpático abriu um grande sorriso.
# Olá Kagome, vim lhe dar uma boa despedida à você! - Para ela? Raciocinou um pouco e então lembrou que ele se mudaria.– Desculpa se a acordei!- Ela se postou na parede.
# Não foi você, e sim mais precisamente o seu despertador.- Ele a encarou confuso. –Mas enfim, dê-me um abraço! – Abriu então os braços em um convite com um sorriso singelo, o recebendo. Ele a apertou forte.
# Tchau Kagome-Chan, juro que venho te visitar sempre. – Balançou a mão feminina sorrindo amarelo para ele.
# Ora Houjo, não há necessidade. Mas nunca me esquecerei de você, viu?- Notou seu olhar apaixonado assim que se soltou completamente do abraço.
# Eu também nunca me esqueceria... nunca. - Ele puxou o ar fundo em seus pulmões antes de continuar. –Queria muito te dizer algo, algo que é importante pra mim e espero que para você também. É que eu... - Ela arregalou os orbes.
# Meu Deus, meu café esta queimando! Me desculpe mas tenho que entrar. Boa mudança Houjo, saudades!- Lhe deu um último abraço rápido e depositou um beijo em sua face, fechando a porta em um movimento rápido enquanto se encostava a ela aliviada. – E agora, gastar. – Falou voltando a sorrir.
Deu alguns passos e abriu seu armário, procurando uma roupa e o observou. Um olhar sério a invadiu quando fixou seu olhar em uma peça de roupa.
# Inuyasha...- Suspirou vendo uma roupa masculina pendurada. – Preciso devolver a ele, como pude me esquecer?- Seu olhar não demonstrada sentimento algum, mas fez menção de desviar rapidamente seu olhar. Puxou outra e balançou rapidamente a cabeça como se tentasse esquecer. – Como se isso me incomodasse...- Parou com uma expressão pensativa tomando-lhe o ser.
Flash Back
Chovia em Tókio. A garota morena corria desesperada por entre as ruas enquanto chorava pedindo por socorro, algo que não ocorria normalmente. Foi quando ao virar a esquina que sentiu seu corpo colidindo com outro. Ela tentou o empurrar, ainda em choque, porém o mesmo, de longos cabelos prateados e olhos cor âmbar a abraçou fortemente, como se não a quisesse soltar acima de circunstância alguma.
# Kikyou...- Sussurrou sorrindo enquanto a abraçava mais forte,ignorando a forma como ela se debatia em seus braços. Logo os orbes cerraram-se, alterando sua expressão.
# SAI DAQUI!- gritou sem pensar em quem seria ou o que desejava. – Eu não me chamo Kikyou, ME LARGA, SEU LOUCO!- Gritou o estapeando enquanto seu rosto molhava-se mais pelas lágrimas que pelo forte temporal e, mesmo assim o forte homem não desistiu de a abraçar.
A empurrou levemente para trás colando seus corpos; a chuva ainda molhando a ambos e uma parede de tijolos serviu de apoio para que o Hanyou tentasse lhe capturar os lábios que por sua vez fugiram dos seus. Com toda a força que conseguiu ela virou um tapa certeiro na face do meio-demônio.
Ele parou e a encarou longamente, logo após prendendo seus pulsos e a beijando com ardor. Dessa vez os lábios dela se movimentaram junto aos dele. As mãos fortes passaram dos pulsos para sua cintura fina e a apertou ainda mais contra si.
# Kikyou, o que houve para estar delirante? Quem foi o bastardo que a fez chorar?- Perguntou enxugando suas lágrimas, mesmo que confundidas com as gotas da chuva. – Vamos para o cassino, nossa casa está longe meu amor, ao menos por lá poderemos nos acolher até que esse temporal cesse. – Seu sorriu débil ainda estampava sua face, e em segundos a apanhou no colo com carinho.
Ela o encarou hipnotizada e ao mesmo tempo extremamente contrariada. Quem seria ele, afinal?
O hanyou deu longos pulos parando em frente a um local luxuoso e completamente extravagante. Apenas ao avistar ela voltou a arregalar os olhos, perguntando-se porque permitiu que ele a levasse para outro lugar.
# Me deixa ir embora, ME DEIXA! –Voltou a gritar aflita. – O que quer de MIM?- Perguntou indignada. Ao se afastar acabou tropeçando e caindo no asfalto. Ao notar, ele rapidamente se agachou e ajudou se levantar.
# Apenas quero que fique bem...Kikyou- Desistindo de lutar ela o seguiu tremendo, encharcada da cabeça aos pés. – Tenho uma blusa aqui. Uma vez deixei-a com o Miroku, logo peço para ele apanhá-la para você. - Ela sorriu em agradecimento pensando que o hanyou não seria de tamanho mal caráter, apesar de paranóico. - Mas espere..., você esta..., machucada? Espere, esse cheiro não é... você não é a ...- Ele a encara longamente em um suspiro. – Entre logo menina, antes que pegue a droga de um resfriado!- Ela se assustou devido à sua mudança rápida de comportamento.
# O quê? – Indagou curiosa.
# Cale a boca, droga. Como ousa me enganar menina? – O barulho estridente de um tapa pôde ser ouvido, e logo uma mão cobriu a parte que queimava. A garota o olhava perplexa. Por que satânicos ele havia lhe dado um tapa na face?
# EI! O QUE PENSA QUE ESTÁ FAZENDO SEU HANYOU ESTÚPIDO? – Gritou com tons a mais que achou que seria capaz. Por encontrarem-se na porta do cassino, Inuyasha arregalou os olhos e a tampou na boca, pegando-a no colo em seguida. Saiu dali e logo chegou a um prédio abandonado.
Prestes a responder a provocação e a forma rude que lhe foi dirigida a palavra, o tempo parou ao encará-la de perto. Com o olhar arregalado ele notou o corte longo e profundo em seu braço que ainda sangrava e seu corpo que, apesar de muito belo estava repleto de...
# Hematomas...!
Ela o olhou e se encolheu, abaixando o olhar antes de deixá-lo desfrutar-se o olhar repleto de mágoa.
# Desculpe, eu não sabia que... eu não sabia. – O Hanyou a encarou sem palavras. Ela havia sito espancada?
Sentiu-se completamente culpado por acertá-la. Nunca havia feito isso com mulher alguma, e ela não tinha culpa por sua frustração.
Ela nada falou apenas levantou o olhar e sorriu. Um sorriso triste que parecia que nunca a abandonaria. Não por ele, mas apenas por si mesma.
Fim do Flash Back
# Eu não deveria ficar pensando nessas coisas.- Resmungou sozinha no quarto sem qualquer vestígio de emoção. Observou um lindo vestido vermelho jogado por cima de uma cadeira. Suspirou caminhando até ele. – De toda a forma, não me importa mais. Toda essa loucura morreu absolutamente em meu passado.- Deu uma curta risada enquanto continuava a se vestir.
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# Ela ainda está me devendo uma blusa.- Murmurava um ser masculino jogado em uma cama de solteiro enquanto folheava uma playboy. – Não que a camisa faça falta, mas a diferença entre ter falta e estar com "ela", justamente com ELA, é o que me faz querê-la de volta!- A camisa velha, branca e rasgada que ele estava o fazia aparentar um ar de vagabundo. O quarto bagunçado e totalmente sujo ajudava apenas a manter a impressão.
Levantou-se jogando a revista por cima das outras pilhas e pilhas de revistas que seriam vistas novamente apenas depois de alguns demorados anos. Foi até o banheiro e colocou a escova na boca. As olheiras o faziam ficar realmente tenebroso, mas não lhe importava, um espelho quebrado não lhe faria diferença.
Nada lhe fazia diferença.
O telefone tocou. Cuspiu a pasta presente em sua boca resmungando algum novo palavrão. Atendeu o telefone completamente irritado.
# Alô...- Disse "tentando" não ser muito rude, afinal, poderia ser sua mãe no telefone.- ALÔ?- Chamou mais alto já perdendo a calma e então escutou um "click". Saiu de perto do telefone e então o ouviu tocar novamente. – ALÔ?- Ele já estava aos berros por tão pouco. Uma risada cínica lhe despertou a atenção.
# Inuyasha! – A voz cintilante da mulher fez com que sua testa enrugasse. – Sabe quem é?- Perguntou com o costumeiro tom de provocação. Ele rangeu os dentes contando mentalmente até dez.
# Kagome?- Perguntou. Queria fazer alguma piada infame, mas não estava com tempo pra isso. – O que quer?- Perguntou-lhe ríspido.
# Saber como está, se tem novidades!- Ranger de dentes. Ele suspirou longamente tomando postura.
# Eu não tenho novidades...ou melhor, tenho sim!- Ela soltou um suspiro desinteressada. – Eu te amo hoje, ainda mais do que ontem. - Ela riu.
# Eu sei que sou irresistível. - Ele começou a bater as garras na mesinha.
# Sim...mais irresistível que você apenas a Kikyou.- Algo a fazia odiar aquele nome, mesmo não conhecendo quem seria a famosa Kikyou. Arqueou uma sobrancelha apertando o telefone com força. – Agora poderia dizer o verdadeiro motivo de estar gastando dinheiro com essa ligação inútil?- Ela soltou o telefone aos poucos.
# Eu quero saber quando vem buscar sua blusa, mon cherri. – Ele revirou os orbes..
# Por que você não a trás? Estou sentindo falta dela, humana inútil. - Ela balançou a cabeça em negação, pena que ele não pode presenciar o feito.
# Não sei se você se esqueceu, mas você não sente falta de nada. De toda a forma eu não a levo porque você simplesmente não me diz aonde mora. - Ambos levantaram uma sobrancelha. Ele coçou a garganta.
# Me procure hoje a noite, e se possível a leve. -
# Isso tudo apenas para não vir em casa buscar? Ou pra não me passar o endereço?-
# Isso tudo apenas para não ir à sua casa buscar!- Confirmou tossindo. – Agora com licença que eu tenho coisas mais importantes pra fazer!-
# Mais importante que falar comigo?- Perguntou fingindo mágoa. – Você é cruel, Inuyasha. - Ele riu desligando o telefone antes mesmo que ela pudesse responder.
# Cruel serei quando você vier em casa- Suspirou voltando para a pia. – Quem brinca com fogo...é por que quer se queimar!- Galenteou. Não tinha planos, ele sabia que não. A única que poderia entendê-lo seria Kikyou, isso é, se não tivesse o deixado.
Com um sorriso deslavado na face voltou a pensar o mesmo da noite passada. O maior defeito de Kagome era o de ela ser bela. Inimigas "gostosas" eram tudo o que o Inuyasha menos prezava, porém um maldito obstáculo a mais não faria diferença.
Ah, e claro. Ele queria sua blusa de volta.
--'
Kagome retocou a maquiagem novamente. Passou um batom vermelho por sobre os lábios rosados e gostou do que viu. A expressão parecia mudar, ela sentia-se rejuvenescer. O vestido era decotado e em forma de "X" nas costas. Era curto, vinho e ia até metade da coxa
Murmurou algo ao espelho subindo em suas sandálias generosamente altas. Olhou-se novamente arrumando os cabelos soltos e reforçando o lápis negro. Sorriu, apanhou a blusa em cima da cama e foi em direção ao seu porshe.
Acelerou o carro não se preocupando com o excesso de velocidade. Chegou ao cassino entrando com o queixo erguido, mostrando orgulho e superioridade. Encarou uma moça de cabelos castanhos e um lindo vestido azul escuro curto, decotado que continha algumas pequenas fendas do lado. Sentiu por um momento inveja, inveja por ver Inuyasha conversando com ela tão espontaneamente. Pigarreou irritada e sentou-se ao bar. Cedo ou tarde ele perceberia sua presença ali, se é que já não a percebeu e no momento a ignorava.
Preferiu acreditar na segunda opção, a qual seria mais realista. Pediu um drink e cutucou levemente o hanyou que a encarou assustado.
# Bela dama, desculpe-me, não a tinha visto!- Ela riu arqueando uma sobrancelha.
# Receito-lhe óculos, pois então!- A mulher que estava sentada ao seu lado sorriu. – Logicamente estava se preocupando em me ignorar!- Ele fez um gesto de indignação.
# E posso saber por que cometeria tal ato cruel?- Ela pegou o copo bebendo um gole da deliciosa libertação enquanto apontava um dedo pra ele de modo nobre.
# Talvez por que você não passe de um idiota?- Ele suspirou.
# Idiota posso talvez ser, mas nunca faltou-me educação!- Kagome o encarou esnobe ainda com um meio sorriso. – Essa é Sango Takashine, uma de minhas melhores amigas desde a faculdade!- Sango estendeu uma mão, a qual foi apertada por Kagome.
# Começa hoje por aqui? – Perguntou Kagome a ela, sentindo uma estranha curiosidade pela outra mulher.
#Não, eu sempre pertenci a esse lugar. - Inuyasha se levantou em um gesto rude, encerrando o diálogo das duas por algum motivo que a morena não soube decifrar qual.
# Me trouxe a camiseta?- Ela o encarou desentendida.
# Não me pediu nada, a não ser comparecimento para me passar certo endereço...- Sango cutucou Kagome divertida.
# Ele mora no Prédio 4 Almas!- Notou que o amigo ficara furioso, mas mesmo assim não desistiu de continuar. – Faça uma visita a ele, antes que morra afundado em tédio. - Ele chamou a atenção delas enquanto tentava manter a calma.
# Eu sei que está na sua bolsa, eu sinto o cheiro. - Ela suspirou estendendo a camiseta. - Se a rasgasse iria pedir outra!- Ela fingiu não irritar-se com ele.
# Não sou do tipo de mulher que rasga os pertences de outra pessoa, por mais desprezível que ela seja. - Inuyasha sorriu sedutor.
# Eu não sou desprezível.- Parou e forçou uma expressão pensativa. – Na verdade...sou sim!- Sango se colocou entre os dois.
# Deixem de briguinha besta e vamos fazer algo mais excitante que isso! Não se cansam dessas mesmas caras sempre? – Moldou-se um sorriso. -Alguém esta a fim de hoje mudar a "brincadeira" de todos os dias?- Inuyasha arqueou uma sobrancelha curioso.
# E qual seria essa mudança?- Ela suspirou.
# Apresentar a Kagome o nosso "queridíssimo" strip pocker!- Ele sorriu largamente.
# Uma de minhas especialidades?- Ela afirmou.
# Exatamente!- A outra suspirou jogando o dinheiro no balcão. Com um olhar exageradamente desinteressado expressou-se.
# Creio que prefiro jogar dados. – Inuyasha apanhou o pulso dela como fizera na noite anterior.
# Todos os dias joga dados!- Com um sorriso débil ela concordou.
# Exatamente!- Um homem juntou-se a roda sem esperar convites. O olhar completamente abusado combinava com a expressão maliciosa. Suas vestes eram parecidas comicamente com as de um monge e os cabelos caiam-lhe graciosamente em uma franja sobre seus orbes azulados.
# Posso perguntar a que se deve essa graciosa reunião?- Perguntou notando o olhar de completo desgosto de Kagome.
# Estão loucos para jogar Strip Pocker, Miroku.- Anunciou irônica. – Imagine apenas o absurdo, preciso de alguns Ienes, certamente não lucrarei nada se assim o fizer. - Miroku olha o corpo de Sango interessado olhando excêntricamente para os demais.
# E por que não?- Notando que fora completamente ignorada pelo amigo apenas resolveu desistir. Se o mais ganancioso daquela roda aceitara de forma tão natural, ela poderia fazer o mesmo.
# Bom, se as apostas envolverem dinheiro, eu entro na brincadeira. – Anunciou. – Um dia não irá me matar, de toda a forma.
# O que estão esperando?- Perguntou estendendo a mão. – Sigam-me, amores. - Miroku sorriu malicioso segurando a mão da púbere a seguindo. Os olhares desafiantes de Kagome e Inuyasha se cruzaram fazendo um impacto quase geral. Kagome abaixou a cabeça se colocando em frente ao hanyou.
O que afinal esperaria aquela noite?
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Olá pessoas!
Sim, comecei outra fic, e realmente gostei da história!
Pode ainda estar muito confusa, mas logo vocês entenderão tudo crianças xD! (Começo de fics têm sempre a mania de serem confusas! .)
Tudo será dependente da opinião geral. Se as pessoas gostaram da idéia, não vejo realmente de o porquê não prosseguir com a fic!
Queria agradecer a Kagura17 e dar-lhe pequenas desculpas x)! Ela me ajudou no começo do capitulo, com minha idéia já formada, e eu realmente amei a colaboração dela! Aproveito aqui pra fazer propaganda de nossa fic em parceria, espero que todos gostem xD!
Também agradeço a Petit Pelle que me ajudou no Flash Back! Sim...ela é boa nisso ¬¬!
Beijos a todos! Espero que tenham gostado, e claro.. qualquer pergunta ou sugestão estão sendo aceitas!
Até!
(Obs: A todos os que lêem Vingança em dose dupla, informo que penso em continuação, caso o contrario, mandarei um aviso ok?)
Kissus!
