Olá, pessoal! Essa é a segunda fic que publico nesta categoria. Curto esse casal! A capa não foi feita por mim, mas pela usuária angiezinha. Divirtam-se!

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Dean Winchester sentiu algo duro encostado em suas nádegas. Fechou os olhos e disse para si mesmo, embora a outra pessoa pudesse escutar:

- Deus, espero que seja um rifle.

- Não, só estou feliz em vê-lo – uma voz feminina e jovial retrucou com sarcasmo e levantou um pouco a arma na altura das costas.

Beleza. Era só o que lhe faltava. Ser encurralado pelo chamado sexo frágil. Não que ele fosse machista a ponto de negar o poder feminino. Contudo, aquilo era frustrante!

Sam e ele estavam ali para atender a um pedido de ajuda de uma tal de Ellen. Bom, na verdade, um pedido de socorro a John Winchester deixado na caixa de mensagens de seu celular. Mas com a morte do pai, era inevitável que eles assumissem o problema.

O pai estava morto não fazia nem três dias e o mundo já começava a clamar por salvação. Será que as pessoas não podiam esperar um pouco? Ou será que caçadores não tinham direito nem de chorarem por seus mortos? Embora ele se negasse a admitir até para si próprio o quanto a perda do pai o afetava por dentro.

E era aquilo o que recebia. Uma espingarda apontada por uma mulher em seu lindo traseiro dentro do que parecia um velho bar no meio do nada.

- Não se mexa – tornou a dona da voz ao notar um pequeno movimento do caçador.

- Não estou, entendido – esticou os braços para os lados em sinal de rendição – Você errou em uma coisa. Quando se aponta um rifle pra alguém, não se aponta nas costas dele. Fica mais fácil de fazer... – num movimento rápido, girou e tomou a espingarda das mãos de sua interlocutora -... Isto.

Por um segundo, achou que estava no controle da situação. Teve um rápido vislumbre da moça que o emboscou. Era loira de cabelos longos e lisos, os olhos castanhos escuros e o rosto fino de proporções harmoniosas.

Porém, foi tudo o que pôde reparar. Em resposta, sua oponente lhe deu um soco bem no meio da face, pegou a arma de volta e tornou a apontá-la para ele. O golpe deixou o loiro tão atordoado que teve que se abaixar.

Dois a um para ela.

- Sam, preciso de ajuda aqui! – gritou rendido – Nem consigo ver.

- Desculpe, Dean – Sam saiu pela porta de outro espaço do estabelecimento com as mãos na cabeça – Não posso agora, estou meio ocupado aqui.

Uma mulher apontava um revólver em sua nuca. Era de estatura média, cabelos longos e loiros e tinha o dobro da idade da jovem que ameaçava Dean.

- Sam? Dean? – perguntou a tal mulher surpresa ao ouvir os dois caçadores se tratarem pelos respectivos nomes – Winchesters?

- Sim – responderam ao mesmo tempo

- Filho da puta! – exclamou com certa fúria

- Conhece esses caras? – indagou a mulher mais jovem

- Acho que eles são filhos de John Winchester – era uma afirmação com uma ponta de dúvida.

Os dois assentiram. A esse gesto positivo, ela abaixou a arma e sorriu amistosamente para ambos.

- Oi. Me chamo Ellen. E a minha filha é Jo.

A moça abaixou a espingarda mais relaxada, embora com certa desconfiança .

- Oi – cumprimentou a Dean meio seca

- Você não vai bater em mim de novo, vai? – perguntou ele antes de abaixar os braços

- Me dê um bom motivo e eu o farei – tornou com um imperceptível sorriso forçado.

Ela lhe deu as costas e foi guardar o rifle no depósito do local. O loiro apenas a observou com curiosidade e um misto de admiração.

Que garota era aquela?

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