Oi!
Quanto a esta fic, devo realçar que, para além de ser inspirada num sonho, tem certos aspectos que podem ser considerados um pouco "dark". Apesar disto, espero que gostem e que não deixem de enviar reviews!
E para aqueles que poxam ter visto esta história no AnimeSpirit, devo-lhes informar que não estou a plagiar, pois sou a mesma pessoa só que com um pen name diferente - Emeraude.
Kisses
Capítulo I
Ino, uma rapariga linda e esbelta de cabelo loiro e olhos azuis, considerava-se uma pessoa feliz. Estudava numa das melhores escolas secundárias do país, tinha um namorado, o Sai, que a adorava (ou assim ela o pensava), e via na sua família, no pai Minato, na mãe Tsunade e na irmã gémea Inai, o seu maior pilar. Era nela que estava a sua força para enfrentar todos os obstáculos da vida, para além de que eles sempre estavam lá para a apoiar no quer que fosse. Eram uma família unida.
Inai, a irmã gémea, por outro lado, tinha outra perspectiva da vida, pois considerava-se o oposto da irmã. E, como gostava do Sai, de tudo fazia para o conquistar. Desde pequena que ansiava ser sua namorada, só que ele preferiu a sua irmã. Desde então que nutre um certo ódio pela Ino. Porquê que o único rapaz por quem realmente se apaixonou tinha que gostar da sua irmã, ainda por cima gémea? O que é que a Ino tinha que ela não? Não conseguia compreende-lo…pelo menos era um pouco mais madura que ela. Mas porquê que o Sai não enxerga isso?
Quanto aos pais, Minato, um homem loiro de olhos azuis, tratava-se de um grande empresário, que apesar de tudo nunca deixou de amar a sua família. Já Tsunade, uma mulher robusta, loira de olhos castanhos, era uma dona de casa excepcional, que trabalhava de vez em quando, como babysitter, na casa de uma vizinha, e que amava muito o seu marido e as duas filhas, chegando a considerá-los o seu maior tesouro.
[…]
– Ino, Inai! Despachem-se! Olha que se não vão chegar atrasadas! – gritava Tsunade da cozinha, um pouco impaciente.
Ino e Inai estavam no quarto a prepararem-se para ir para a escola.
– Já vamos, mãe! – Inai dirigiu-se para Ino – E tu, vê lá se te despachas. Olha que não vou ficar de plantão à tua espera.
– Eu sei! – Ino tentava se vestir o mais rápido que podia.
Inai já havia saído do quarto e descido as escadas em direcção à cozinha.
– Ah…vejo que já resolveram sair do quarto! Ca dê a tua irmã? – Tsunade acabava de preparar o pequeno-almoço e juntou-se ao seu marido à mesa.
– Já vem. Está só a acabar de se vestir. – Inai também sentou-se à mesa.
– Se isto continuar assim, vou começar a proibir as conversas à noite na internet até a altas horas. – afirmou Minato de forma autoritária.
– O pai não pode fazer isso! Eu não devo pagar por tabela pelos atrasos da Ino!
– Minato…até parece que já não foste da idade delas… - disse Tsunade toda melosa.
– Tsuande… - Minato repreendeu-a – não comeces a tentar-me logo pela manhã!
– Tu sabes como adoro tentar-te. – Tsunade aproximou-se do rosto dele e deu-lhe um beijo.
Inai tomava o pequeno-almoço um pouco às pressas, mas sentia-se um pouco incomodada com aquele beijo dos pais. «E que beijo! Será que eles nunca ficavam com falta de ar?»
– Já acabei de me preparar! Bom di… - Ino ficou pasma com a cena que viu – Será que interrompo alguma coisa?
Minato e Tsunade se afastam um do outro, apressados e envergonhados.
– Não querida, tu não estás a interromper nada. Senta-te, por favor, e despacha-te. – Tsunade tentava agir o mais natural possível.
– Fala por ti! – disse Minato para si próprio.
– Disseste alguma coisa, querido?
– Não, nada. – Minato levantou-se e preparava-se para sair – E vocês meninas, vêem lá se se despachem. Ok? Isto, se quiserem que vos leve à escola.
- Já acabei pai. Vou contigo. – Inai acabara de beber o pouquinho de leite que ainda restava na caneca, pronta para pegar na mochila de tiracolo.
– Até logo, querida! – Minato deu-lhe um selo na boca e sussurrou-lhe ao ouvido – E depois acabamos o que começamos ainda agora.
– Pervertido! Mas cuida-te, tá?
– Adeus, mãe! – despediu-se Inai. Minato já havia saído de casa – Espera por mim, pai!
– Ei! Esperem por mim! – Ino acabou de tomar o pequeno-almoço às pressas – Adeus mãe! – deu-lhe um beijo na cara e saiu a correr.
[…]
– É incrível! Hoje chegaste horas!
Hinata, como já se havia habituado aos sucessivos atrasos da amiga, nem queria acreditar que ela havia finalmente chegado a tempo à primeira aula da manhã.
– Hinata não gozes, tá? Já foi tortuoso ouvir os queixumes da Inai sobre o meu atraso, enquanto vínhamos no carro para a escola! Mas o que eu hei-de fazer? Sou preguiçosa por natureza ao acordar.
Ambas desataram-se a rir.
Sai, que estava a vir do outro lado do corredor, quando as viu foi logo ter com elas. Ele naquela escola era muito popular, deixava a mulherada em delírio com o seu cabelo curto e preto, com os seus olhos igualmente pretos e com o seu lindo sorriso. No entanto era aquela miúda, em específico, a pessoa por quem se havia apaixonado.
Ino também havia reparado nele. Não conseguiam afastar o olhar um do outro, enquanto este ia ao seu encontro.
Sai chegou ao pé dela e a cumprimentou.
– Olá, Ino! – dirigiu-se para a amiga desta – Olá, Hinata!
– Olá! – disseram as duas amigas em uníssono.
– Amiga, pelos vistos acho que estou a mais…vou indo para a sala de aula. Depois vai lá ter, ok? – Ino acenou que sim com a cabeça. Hinata estava com alguma pressa em ir-se embora. Queria deixar os pombinhos sozinhos, o mais rápido possível – Adeus, Sai! Foi um prazer voltar a ver-te! – Hinata saiu dali em direcção à sala de aula.
– A Hinata é mesmo uma rapariga estranha! – exclamou Sai para Ino, enquanto ainda olhava na direcção que a rapariga tomara.
– É, não é? – Ino perguntava-se, se ele saberia o quão intimidada ela ficava cada vez que estava ao pé dele.
– Anda, vem comigo a um sitio que eu conheço. – Sai levou-a, apressadamente, até ao local menos improvável de encontrarem alguém conhecido da escola. Chegados ao local, Sai encostou-a à parede e começou a beijá-la arduamente. Ino sentia-se nas nuvens. Amava-o e só queria estar ao lado dele a todo o momento.
– Ai…Ino…tu deixas-me louco! – Sai beijou-a de novo, agora com mais intensidade – Nem fazes ideia das saudades que sinto quando não estás comigo a tempo inteiro.
– Sai… - Ino estava com falta de ar - Tu sabes que eu também sinto o mesmo…mas somos de turmas diferentes…o que é que querias que fizéssemos? –Só não entendo uma coisa…porquê que não nos podemos beijar em frente dos nossos amigos?
– Tu sabes…eles começariam a xingar…a falar do que não sabem sobre a nossa relação…e não é isso que eu quero. O que eu quero, agora, neste momento, és tu…e a tua linda boca… - desta vez o beijo que ele deu foi mais intenso que os anteriores, tendo direito a introdução de língua.
Aquilo estava a aquecer até serem interrompidos pelo toque da campainha. Eram horas de regressar às respectivas salas de aulas.
– Bem…acho que tenho de ir… - ela tinha a mente em branco – E, pelos vistos, tu também…será melhor nos despacharmos, se não quisermos chegar atrasados e apanhar uma falta.
Ino estava a ir-se embora, quando Sai a agarrou pelo braço.
– Sim. Tens razão. – aproximou-se dela e ergueu o rosto dela com o dedo indicador na sua direcção – Mas lembra-te disto…eu amo-te, Ino! – roçou os lábios nos dela – Depois das aulas espera por mim no portão, quero levar-te a casa. Quero estar contigo a todo o momento. Por favor, Ino…não me faças essa desfeita. – por ela estava disposto a tudo, nem parecia ele.
Ino nem sabia o que dizer.
– Ok, Sai! Eu estarei à tua espera. E já agora… - retribuiu-lhe o beijo – também te amo.
Abraçados e apaixonados, ambos se dirigiram para o pavilhão que iam ter aulas. Não esperavam a hora de se voltarem a encontrar. O problema seria, provavelmente, a Inai…
[…]
– Então, Ino? Como é que foi o teu encontro de ainda há pouco com o Sai? Estou curiosa…
Hinata estava contente pela amiga. Quem lhe dera também ter um namorado, assim podiam comparar experiencias, mas não era o caso. Por isso, contentava-se apenas em ouvi-la e a aconselhar em tudo o que lhe era possível.
– Foi absolutamente mágico! Ai, amiga…nos beijámos de uma forma bastante intensa…parecia que ele me queria devorar. – Ino estava super contente e super apaixonada.
– Também não é para admirar. Ele já não te via há muito tempo. Desde que foi de férias para a Holanda.
– Pois é. Mas tu não sabes o que ele fez a seguir, antes de irmos para as aulas. – Ino quis parecer misteriosa, com a intenção de deixar sofrer a amiga de tanta curiosidade.
– O quê? – Hinata já não aguentava mais de curiosidade.
– Ele disse que me amava.
– Sugoi! E tu? Qual foi a tua reacção?
– O que estavas à espera? Claro que lhe correspondi, também, à declaração de amor.
– Voçês se merecem…estou tão feliz por ti, amiga! A sério. – Hinata dizia-o do fundo do coração, porque tudo o queria era que a sua melhor amiga fosse feliz. E, pelo o que ela acabara de lhe contar, Sai parecia ser a pessoa que estava a encarregar-se dessa tarefa muito bem.
– Eu sei, Hinata! – Ino apercebeu-se que a irmã vinha ter com elas – Agora disfarça.
Hinata olhou para o lado e logo compreendeu a deixa da amiga.
– Ai, Ino…o professor de Educação Física pegou pesado hoje, não foi?
– Claro que foi! Ele não parava de implicar comigo! – Ino fingia uma cara de mal-estar.
– Olá, Hinata! – cumprimentou Inai, para depois dirigir-se para a irmã – Ino, vamos! É melhor irmos directas para casa. A mãe pode precisar de alguma coisa.
– Claro! – Ino lembrou-se do Sai – Mas há um problema…
– Não me venhas com essa, Ino… - Inai já não estava a gostar da conversa – Mas afinal, que problema é esse?
– O Sai também vem connosco. Ficamos de nos encontrar no portão.
– O Sai? – Ino pensava que Inai iria reprovar a ideia – Ok, porque não? – o queixo de Ino caiu – Mas nem penses que vais andar o caminho todo lovey-dovey com ele, ok? Sabes que isso me incomoda…não gosto de me fazer passar por vela.
– Ok! Nem vale a pena te preocupares com isso. Nós só queremos estar juntos, nem que isso implique termos que aturar-te. - Inai parecia estar a ser sincera, apesar de, no fundo, ela achar que aquela atitude da irmã poderia ter outras intenções. Devia ser imaginação sua, se calhar não era nada e, por isso, preferiu ignorá-lo.
Hinata deu uma pequena risada.
– Ah, ah! Andamos muito engraçadinhas ultimamente… - disse Inai de forma irónica.
– Oi meninas! Olá Ino! – Sai abraçou-a por trás e disse-lhe de forma sedutora ao ouvido – Pronta para ir para casa comigo?
– Claro! Sempre!
– Cof, cof… - Hinata achava que já estava a mais - Desculpem interromper este momento lindo, mas tenho que ir. O meu pai já deve estar à minha espera em casa para irmos ao oftalmologista.
– Espero que não seja grave. – disse Ino, preocupada com o estado de saúde da Hinata.
– Não é nada de grave. É apenas uma consulta de rotina, por isso, não te preocupes. Ainda não é desta que te livras de mim e destes olhos observadores! – ambas riem-se – Bem…tenho mesmo que ir. – Hinata estava a ir-se embora, mas lembrou-se de alguma coisa – Ah! Antes que me esqueça, Ino, amanhã irei trazer os papéis para a campanha, tal como mo pediste. Tudo continua de pé, não é verdade?
– Sim! Tudo certíssimo! Amanhã nos encontramos no sítio do costume, ok? – Ino não via a hora de que o dia de amanhã chegasse. Andava a sonhar com ele há dias. Seria um dia importante.
– Ok! Então até amanhã! – todos se despedem da Hinata, que de seguida foi caminhando até ao portão.
– Já podemos ir embora agora? – Inai já estava a ficar impaciente.
– Ela também vai? – perguntou Sai surpreso.
– Sai, ela é minha irmã. É óbvio que ela vá.
– Nunca pensei que a minha presença fosse te incomodar assim tanto! – exclamou Inai de mau humor.
– Não, de forma alguma. Apenas fiquei surpreso. Vocês as duas são irmãs gémeas, não siamesas! Se é que me entendes…
Inai já não estava a gostar da conversa.
– Bom…sendo assim, vou andando à frente. Não quero ser eu a estragar o clima romântico entre o casal. «Mas bem que gostaria» - pensou ela com um certo rancor, enquanto se ia embora.
– Agora que o caminho está livre, já podemos ir indo. – disse Sai, todo contente.
– Sai…não sentes um pouco de remorsos? – Ino queria tanto que ele e a irmã se dessem bem.
– Remorsos do quê? – Sai não estava a perceber a pergunta.
– Acho que ainda há pouco pegaste um pesado com a Inai. Ela não é minha irmã siamesa, mas é minha irmã. Já é costume nós irmos juntas para casa, desde os tempos da pré-primária.
– Ok! Já compreendi. – disse Sai, erguendo as duas mãos para cima como sinal de arrependimento – Mas ao menos posso receber um beijo?
– Aqui? - Ino olhou para um lado e para o outro - Mas eu pensava que não gostavas de que nos vissem.
– De que nos vissem a beijar no limite da paixão, mas quando é um selinho, a história é outra… - Sai piscou-lhe o olho.
– Tu não existes, Sai! – Ino deu-lhe um beijo e os dois seguiam para casa dela de mão dada, como dois eternos apaixonados.
