Esse projeto é uma mistura de dois diferentes; serão 100 pequenas sentenças, ditadas por temas e não ligadas entre si, como se fossem drabbles, mas menores.
Os temas não foram criados por mim, peguei na comunidade do LiveJournal chamada hitsuzen100, de drabbles de xxxHolic. A estrutura de sentenças também não – me inspirei na fic de Harry Potter chamada Refrão da Alma (id:3302300), uma Ron/Hermione da Dana Norran.
Gohou Drug (Legal Drug) também não foi idéia minha, é claro. Se fosse, eu processava a TokyoPop pela versão americana sem-páginas-coloridas.
De novidade, temos que essa fic é quase total e absolutamente fluffy. Apesar de eu não ser uma escritora exatamente de angst, minhas fics não costumam ser tããããoooo irreal e açucaradamente frófi XD
Serão cinco capítulos, 20 sentenças cada um. Atualização, quando der – mas muito provavelmente, uma vez por semana, como virou costume.
Ah, e muuuuuuuuito obrigada Anna-chan, Kaza-chan e Fuu-chan, fofas, lindas, amores e indispensáveis, que leram antes e palpitaram.
Boa diversão para todos!
Fragmentos Vermelhos
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001. Definição de Felicidade.
Rikuou achava que "felicidade" era um conceito estranho, e não era algo que ele merecesse ou devesse sentir, no fim das contas. Mas não havia palavra melhor para o que ele sentia quando via Kazahaya sorrindo daquele jeito.
002. Possessão.
Sempre que estavam na cama, Kazahaya gostava de deixar aberto o "canal psíquico" entre ele e Rikuou. Gostava de se enredar na mente do namorado, e permitir que ela também o possuísse totalmente.
003. Infância.
Em um reino muito, muito distante, que ficava em um mundo muito diferente daquele da farmácia, Rikuou e Kazahaya eram amigos inseparáveis desde crianças. O que não mudava quase nada – apenas que, ali, não havia segredos entre eles.
004. Moldura.
No mundo, havia uma única foto de Rikuou junto com Kazahaya, tirada por Kakei-san no festival. Essa foto ficava rolando por dentro de livros e em cima das coisas, até que um dia Kazahaya a encontrou com uma bonita e sóbria moldura, em cima da geladeira. Rikuou nunca admitiu que tinha sido ele.
005. Solidão.
Kazahaya sempre pensava em Kei, Rikuou sempre pensava em Tsukiko. Mas eles sempre pensavam um no outro, também, e pediam desculpas mentalmente às suas "garotas perdidas" por não serem mais tão tristes e sozinhos quanto achavam que deveriam.
006. Cartão Postal.
Quando eles recuperam para Kakei aquele cartão postal tão bonito, que falava de amor, distância e perda, se sentiram felizes por poderem discutir mais uma vez.
007. Mudança.
Agora, toda vez que Kazahaya xingava Rikuou daqueles nomes feios e pesados, o beijava na boca logo depois. Era um pedido de desculpas e um desafio: "fica bravo comigo, agora!"
008. Arrepios.
Rikuou gostava quando Kazahaya se eriçava todo, como um gatinho. Sempre tentava ser a causa desses arrepios, e amava descobrir formas diferentes... embora jamais fosse imaginar aquela.
009. Desejo.
Se Rikuou entrasse na loja da Yuuko-san, pediria para encontrar Tsukiko. Mas se a feiticeira pedisse seu sentimento por Kazahaya, ele viraria as costas e iria embora.
010. Portas.
Tudo mudara no instante em que Rikuou trouxera Kazahaya para dentro de sua casa, sua vida. Seu coração.
011. Caos.
Kazahaya nunca tinha imaginado que o "mundo lá fora" pudesse ser realmente tão confuso, tão difícil. Mas tinha suas compensações, como as aventuras, as pessoas diferentes, e aquele par de olhos verdes.
012. Estilhaços.
Kazahaya tinha sido muito machucado naquele trabalho paralelo. E Rikuou sentiu como se cada gota de sangue do garoto fosse um estilhaço do seu próprio coração.
013. Bronzeado.
Quando Kakei-san falou de irem todos para a praia, Kazahaya passou dias pensando que veria a tatuagem de Rikuou, desenhada na pele morena de sol. Quando a viagem não foi possível, ele continuou sonhando com isso por dias.
014. Ódio.
Rikuou ficava muito nervoso quando Kazahaya se metia em sua vida. Mas ficava ainda mais quando se metia na vida dele, e desejava fazer coisas bem ruins com quem quer que tenha aprisionado e isolado o seu garoto por tanto tempo.
015. Amor.
Hoje, era de propósito que Kazahaya tinha dormido na cama de Rikuou. Sentindo o cheiro dele na fronha e desejando baixinho que, onde quer que o moreno estivesse desta vez, que estivesse seguro.
016. Negação.
Não tinha como Kazahaya sentir nada por Rikuou, quanto mais amor ou desejo. Aqueles sonhos eram apenas fruto da influência maligna daquela escola de garotos.
017. Verdade.
– O que você disse, seu bastardo?!?
– Que te amo. Seu idiota!
018. Hitsuzen.
Rikuou não estava fazendo nada de útil, interessante ou relevante na rua no dia que encontrou Kazahaya quase morto e congelado. Até hoje se pegava pensando, porque diabos sairia em uma noite tão fria como aquela tinha sido.
019. Sorte
Kazahaya achou um trevo de quatro folhas, e guardou, mesmo que não desejasse nada específico. Rikuou, quando encontrou, ficou com ciúmes do que quer que Kazahaya tivesse desejado.
020. Conto de Fadas.
Um livro (rasgado), uma garrafa de vaga-lumes, um medalhão vermelho-sangue, um gato, um vaso de narcisos, um uniforme feminino, um botão, um chocolate, um anel. Eram as migalhas com que aquelas crianças marcavam seu caminho.
