Love
_Dean... - ele move lentamente a cabeça em minha direção, abrindo os olhos azuis.
Castiel está deitado ao meu lado, o corpo nú enroscado ao meu, enquanto seus cabelos arrepiados apontam em todas as direções possíveis. Ele não sorri, as mãos desenham círculos em meu peito e tremem nervosamente.
_O que Cas? - pergunto, vendo que seus olhos nunca desviam dos meus.
_ Você pode fazer aquilo de novo? - ele pede e eu não tenho certeza sobre o que ele está falando, fizemos muitas coisas nas últimas duas horas.
_Aquilo? - eu retruco e vejo as bochechas dele se tingirem de vermelho, fazendo os olhos azuis ficarem mais brilhantes.
_Sim... Aquilo... De encostar nossos lábios.
Eu dou um pequeno sorriso, me apoio em um dos cotovelos e me aproximo de seu rosto, instintivamente Castiel fecha os olhos, inclinando a cabeça em minha direção, os lábios rachados entreabertos e a respiração alterada. Ele é magnífico. Minha mão toca seu rosto e eu me aproximo mais, fechando os olhos e finalmente colando nossos lábios.
Imagens dele me perguntando como era beijar e fazer amor enchem minha cabeça, foi assim que acabamos ali, naquela cama, mais feliz do que em muitos anos.
Quando me separo em busca de ar, percebo que minha mão já está em suas costas, acariciando levemente até chegar as nádegas fartas, enquanto Castiel faz movimentos sugestivos com o quadril, as mãos apoiadas em meu peitoral.
_Cas? - minha voz sai débil.
_Sim, Dean. - ele responde, os olhos ainda fechados.
Eu tenho medo, não sei se essa pergunta deveria ser feita por mim, mas eu sinto que é ele quem deve responder, porque eu estou entregue, completamente rendido a esse sentimento, só vai depender de Castiel querer ou não continuar com isso.
_Dean?
_O que nós somos? - sua expressão se torna cofusa.
Eu sei que ele deve estar pensando em algum rótulo, assim como eu. Não somos amigos, não mais, isso está muito além da amizade já a algum tempo, mas também não somos namorados, não houve nenhum pedido, também não somos amantes, já que essa foi a primeira vez que nos permitimos nos tocar mais intimamente.
Eu não sei o que nós somos, mas então logo seus lábios formam um sorriso.
_Amor, Dean. - ele diz, o sorriso aumentando. - Nós somos amor.
