A parede invisível
By Menina Maru
N.A.: Omg... estou postando com uma freqüência que surpreende até eu mesma! \o\ São as fééééériaaaas!
Dessa vez, é pra o Challenge Severus Senape\Lílian Evans do 6V! O primeiro em que eu participo! *emocionada*
Usei aqui as palavrinhas Cela, Duelo, Beijo e Lágrimas! As músicas foram Linger *ok, tive nosebloods quando vi que Linger estava na lista, tive que usá-la* e Torn porque até uma poltrona ficaria sensibilizada com essa música.
A propósito, Severo e Lílian é amor. (oi?)
Espero que gostem e co-men-tem!
But I'm in so deep
You know I'm such a fool for you
You got me wrapped around your finger
Do you have to let it linger?
Ela o via cabisbaixo. As palavras saíam desesperadas dos lábios dele, sem necessidade.
Não era óbvio que ela o perdoaria? Por que ele duvidava disso?
Oh, sim, ela lembrou-se sem emoção. Ele me chamou de sangue-ruim enquanto eu fazia-lhe o favor de espantar James dali.
Porém, Severus nunca seria capaz de dizer algo que a fizesse amá-lo menos. Era apenas uma questão de protocolo: ela ficaria com raiva por uns dois ou três dias e depois lhe daria um sorriso, de boca, de olhos e de coração, dizendo-lhe que estava tudo bem.
- Qualquer coisa? - ela repetiu as últimas palavras do slytherin à sua frente.
- Sim, Lily, qualquer coisa... – ele respondeu rápido, atrevendo-se a chamá-la pelo apelido.
Lílian Evans apenas sorriu sem vontade. Sabia que, desde muito antes de ela o conhecer, Severus estava completamente enrolado em seus dedos. E ela fazia questão de segurá-lo bem forte e desnecessariamente, apenas por que o amava. Não se importava se aquilo o sufocava.
Afinal, se era como todos diziam, Severus a amava. E, amor que é amor, resistiria muito bem à uma tempestade. Mesmo que essa tempestade fosse, propositalmente, criada por ela.
Para prendê-lo à ela.
Ciúmes.
Lílian Evans estava tomada de ciúmes.
Por que ela via Severus saindo das aulas de Aritmancia com uma ou duas das Blacks. Às vezes, as três juntas.
E agora Malfoy lhe arrancava sorrisos que antes só ela era capaz de por nos lábios dele. Mulciber tinha o atrevimento de chamá-lo pelo mesmo apelido que ela e o levava para assistir os jogos de quadribol, coisa que, com ela, ele nunca havia feito.
E não importava-lhe os planos que Severus tinha a respeito do Lord das Trevas; o fato é que ele estava querendo fugir. Dela para os seus amiguinhos.
Não era preciso nenhum resquício de sua coragem griffindor para prendê-lo junto à ela. Tudo que ela precisava era uma desculpa, e aquela era perfeita.
Severus concordou imediatamente. Concordaria com qualquer coisa, exatamente como ele havia lhe prometido.
Ele ignorou Mulciber, Malfoy, Black e tantos outros, como ela havia pedido.
E, assim, voltou a ser apenas de Lily.
Ele poderia fazer o que quisesse em Hogwarts, mas sentia como se paredes invisíveis o cercassem à sós com ela. Não que ele se incomodasse, mas o modo como ela o olhava o incomodava, mesmo que seus olhos fossem da cor do seu verde favorito. Por que Severus jamais conseguiria dar-lhe o que aquele olhar pedia, não com aquele pavão griffindor ao redor dela. Não com ela dando atenção a ele.
E assim eles seguiam num pequeno e particular duelo.
Quem amava mais? Quem sentia mais ciúmes? Quem era mais capaz de fazer loucuras? Quem prendia quem?
O porém era que nunca havia vencedores. Eles, inevitavelmente, empatavam nesse aspecto.
Não importava o quanto Lílian fosse boa em Poções e nem o quanto Severus conhecesse as Artes das Trevas. Nunca venceriam um ao outro.
As brigas ficaram cada vez mais constantes.
Severus não suportava abdicar de suas amizades e de seus objetivos para ficar junto à ela enquanto ela deixava que Potter ficasse cada vez mais próximo. E Lílian queria desesperadamente lhe tirar daquele caminho maligno que ele trilharia, não por um objetivo nobre, mas por que ela o queria para si.
A ruiva não entendia o por quê da implicância de Severus com James. Cada vez que aquele garoto lhe falava, ela pensava nos olhos pretos do slitherin.
E Severus não acreditava no que ela dizia.
Assim, separaram-se.
Anos depois...
Lílian Potter sentiu o ar passar com dificuldade pelos seus pulmões quando o viu novamente, depois de tantos anos.
Ele estava alto, mais forte e prendia os seus olhos com um magnetismo ainda maior do que nos tempos de escola.
Ela lembrou a si mesma que deveria sentir raiva dele. Que deveria apenas perguntar secamente o que ele queria, depois de tanto tempo. Harry e James Potter a esperavam no andar de baixo. Aquela agora era a sua família e aquela havia sido a sua escolha.
A ruiva xingou-se mentalmente quando permitiu que aqueles braços fortes a rodeassem. Flagrou-se querendo aquele abraço. Todas as saudades que ela sentira agora brotavam de seus poros e faziam agora com que ela correspondesse a cada movimento do outro.
- Lily... eu ainda a amo. Sempre vou amar – ele confessou em seu ouvido.
Quando Severus olhou-a nos olhos, viu que ela chorava. Copiosamente.
A ruiva perguntou-se se aquilo era ironia do destino. Porque aquele fora o homem que mudou sua vida, que foi bom para ela e que seria a sua família perfeita. Que a amara mais do que qualquer um.
Então por que fora justamente ele que a ensinara a chorar?
Por que ainda estava presa ao sentimento que nutria por ele depois de tanto sal e água que saíram dela?
Sem disfarçar o choro, Lílian Evans fez o que sempre quis fazer: tomou aquele rosto entre as mãos e cobriu os lábios de Severo com os seus. O homem apenas gemeu baixo quando sentiu a língua da ruiva abrindo os seus lábios e deslizando na sua. As lágrimas davam um sabor especial ao primeiro e último beijo que trocariam.
- Você me ama, Severus, mas não tem coragem. De que é que isso adianta? - ela falou assim que terminaram o beijo e Severus voltou a abraçá-la com força.
Aquela foi a primeira das muitas vezes em que Severus Snape fora chamado de covarde.
Porém, foi a única em que concordou plenamente com a acusação.
I thought I saw a man brought to life
He was warm, he came around like he was dignified
He showed me what it was to cry
Oh... Tá, eu senti meu coração apertado quando escrevi isso. Mas, eu não tenho culpa. O challenge era tão... tão plotável. Isso veio na minha cabeça assim que li todas as regrinhas...
E eu achei legal esse papo de a Lily ter inventado essa briguinha por que estava com ciúmes do Snape com a turma dumal. Ela só não esperava que fosse tomar proporções ca-tas-tró-ficas. *porque terminar com James Potter é potencialmente catrastófico*
Comentem, me digam a sua opinião, por favor. =D
