Era mais uma festa chata na casa dos Malfoy. Claro que todos os seus amigos estariam lá, mas de que adiantava se todos eles teriam que estar bem comportados na frente dos pais? Pansy assoprou uma mecha do cabelo e passou a mão sobre o vestido preto, retirando amassados invisíveis. Blaise aproximou-se, segurando um cantil preto com um emblema prata.

- Hora do show, gata. – Ela detestava quando Blaise falava assim. Ele tinha tanta classe, mas adorava provocá-la.

- Imagino que o que você tenha não seja suco de abóbora, Zabini. – Ela debochou, segurando o cantil. Colocou na boca, deixando a marca do seu batom no gargalo e bebeu um grande gole, arrependendo-se amargamente. O uísque de fogo desceu rasgando sua garganta. Seu efeito também foi rápido. Logo que abaixou o cantil, sentiu-se um pouco tonta. – Que merda é essa?

- Sempre adorável Parkinson. – Blaise imitou o dom da garota e jogou-se do lado dela no sofá. Ele pegou a garrafa da mão dela e limitou-se a dar um pequeno gole. – O melhor uísque de fogo deve ser apreciado com moderação, assim como todas as boas coisas.

Pansy olhava para baixo, tremendamente enjoada. Ela já sentia a sala se mexer. Por que ela continuava tentando provar-se em todas as oportunidades? Blaise já a conhecia há tanto tempo que nem havia mais necessidade.

Ele colocou a mão sob o queixo dela e levantou seu rosto um pouquinho. Seus olhos se encontraram e fixaram-se. Ela não iria desviar o olhar. Blaise deu mais um gole, sem soltar seu queixo. Depois de abaixar o cantil ele aproximou-se mais seus rostos.

Ela sempre tivera algo com Draco, mas aquela noite ela não se importava de ter algo com Blaise. Nem que fosse só uma noite. E se não desse certo, bem, sempre se podia culpar o álcool.