Recomeços
Por Lane-Hina
DEISCLAIMER: Os personagens/cenários/histórias de Naruto pertencem a Massashi Kishimoto.
SINOPSE: A guerra terminou, não sem prejuízos ou grandes perdas, mas terminou. Agora a ordem da vez é reconstruir. Reconstruir as casas, os prédios, os hospitais, as vilas... mas também reconstruir as emoções, os laços, as amizades e os corações.
Entre as manhãs ensolaradas e as tardes nubladas de Konoha, shinobis e kunoichis, cada um deles com uma ferida a sarar e uma perda a chorar, vão aprender o sentido de "seguir em frente" e vão construir a paz de que necessitam seus corações.
É nesse contexto paradoxal de alívio e desolação que, por exemplo, Naruto e Hinata vão descobrir um futuro em comum e um amor cheio de surpresas.
É nesse ambiente também que Sasuke e Sakura superam as dores e as angústias do passado e, juntos, começam a construir um futuro mais límpido.
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"Recomeços" é uma coletânea de one-shots sobre o recomeço de alguns casais muito especiais.
É importante ressaltar que as one-shots são ligadas apenas pelo tema, de modo que as narrativas podem ter focos diferentes e não há relação cronológica.
Casal I - Naruto e Hinata
1 - Lembranças
Eu estava muito ansioso e agitado, muito mais que o normal, mas eu tinha uma boa razão para isso: era o dia do meu casamento. O dia em que eu deixaria a solidão que me acompanhara por toda uma vida. De fato, mesmo tendo aprendido a conviver com essa presença silenciosa e opressora e mesmo tendo construído muitos laços ao longo dos anos, estava ansioso por poder dividir minha casa, meus dias e minhas noites com ela.
Meu fluxo de pensamentos foi interrompido porque minha doce e pequena futura esposa tinha acabado de entrar. Meu coração disparou acelerado. Eu, que a essa altura já tinha enfrentado e lidado com a morte tantas vezes, estava com as pernas bambas. Nossa! Hinata Hyuuga, em breve Hinata Uzumaki, estava simplesmente deslumbrante. Vestia um quimono branco e suntuoso, que realçava sua beleza imponente, casta e... atraente, seus cabelos emolduravam seu rosto e seus olhos perolados brilhavam de forma encantadora. Sorri para ela, tentando mostrar o quanto eu estava feliz.
Sim, eu realmente estava feliz. Minha infância foi marcada pela exclusão e pelas tentativas que eu fazia para ser "percebido". Nunca poderia imaginar que a herdeira de um dos clãs mais importantes de Konoha prestava atenção em mim.
Depois, todo aquele alvoroço pela partida de Sasuke, meu primeiro e melhor amigo, além do sentimento que eu nutria pela Sakura não permitiram que eu percebesse o que Hinata sentia por mim.
Foi preciso estar frente à morte na luta com o Pain para perceber o amor que Hinata sentia, o quanto ela estava disposta a renunciar por mim.
E ainda teve a guerra, sangrenta e cruel. Praticamente todos os que estavam naquela sala tinham perdido alguém...
Por sorte, Hinata me deu aquele sorriso maravilhoso e eu deixei os pensamentos de lado, mais uma vez. É, Hinata tem esse poder: o poder de fazer com que eu esqueça de tudo e só me concentre nela.
Lembrei de quando a vi, depois da guerra. Ela foi tão forte e, mesmo assim, sua personalidade calma e inocente lhe conferia um ar angelical. Lembro de achar que estava ficando louco. Como, em meio a tanta dor e tanta destruição, poderia haver uma imagem tão terna e bela.
Aos poucos, fui percebendo o quanto Hinata era especial e o quanto me afetava, despertando sensações confusas e contraditórias em mim apenas com olhar, com um sorriso ou com um leve toque de suas mãos.
Hinata estava ao meu lado agora, e eu pude sentir seu perfume inebriante e suave.
Eu estava tão feliz, tão concentrado em Hinata que mal percebi a cerimônia acabar. Agora estávamos sendo cumprimentados por nossos amigos e familiares. Muitas pessoas tinham vindo, afinal a família de Hinata era muito importante e eu agora era o Hokage, e a lista parecia não ter fim. Eu já havia sorrido tanto que estava tendo espasmos, não imaginava como Hinata conseguia continuar tão linda e deslumbrante.
A festa foi maravilhosa, rever os amigos depois de tanta destruição foi muito bom. Gaara comentou que todos estavam muito felizes por mim, mas também por eles mesmos, por constatarem que a vida podia continuar, apesar de tudo.
A presença de todos os meus amigos muito me alegraram, mas eu estava especialmente feliz por poder compartilhar esse momento com Sasuke, Sakura e Kakashi. No fundo, Sakura e eu sabíamos, que a volta dele era essencial para nós dois. Fiquei honrado por Sasuke ter adiado sua viagem para ficar para o meu casamento. Ele e Sakura dançaram bastante. Sasuke não morava definitivamente na vila e vazia longas viagens para se encontrar/se redimir. Mas Sakura não ligava. Ela sempre esperaria por ele, ainda mais agora, que tinha motivo para isso.
É engraçado pensar que fui tão apaixonado por Sakura e que agora nossa amizade era mais forte. Tínhamos encontrado alguém especial para dividir nossas vidas e isso nos deixava mais leves. É engraçado, também, lembrar que foi justamente o Teme quem fez com que eu realmente me decidisse a "tentar algo" com Hinata. Estávamos numa colina, conversando bobagens, vendo as pessoas passarem e fazendo piadas, num raro momento de normalidade em nossa rotina. Foi quando Hinata passou caminhando com Shino e Sasuke disse "A Hyuuga cresceu bastante, nos lugares certos... Imaginar àquela boca carnuda...". Bastou isso para que eu me sentisse diferente e... bem... imaginar a boca macia e pele alva... realmente me deixava quente. Algo dentro de mim dizia "A Hinata também não, Teme. Você já me tirou a Sakura." Sempre desconfiei que ele falou isso de propósito, uma vez que já estava com a Sakura, mas meu orgulho nunca me permitiu perguntar e ele nunca ia admitir, de qualquer jeito.
Mais uma vez, meus pensamentos foram cortados pela presença de Hinata, que saia do banheiro, agora sem as roupas elegantes, mas formais e complicadas da cerimônia. Fiquei sem ar. Literalmente. Hinata vestia uma camisola longa de um azul bem claro, com um decote acentuado e uma fenda provocante. Ela estava com as mãos cruzadas, daquele jeito tão característico, extremamente corada e... ansiosa? Sorri, tentando lhe acalmar. Lembrei do nosso primeiro beijo, ela também ficara com as faces bastante vermelhas, mas sua timidez _ nossa timidez, aliás, porque o fato de eu tomar a iniciativa não significa que não estivesse receoso _ não atrapalhou em nada.
Ao contrário, o rubor de suas faces e seu jeito tímido só lhe deixavam ainda mais... desejável. Agora que estávamos a sós na privacidade de nosso quarto, conscientes de nossa vida em comum, é que eu podia dar vazão a esse desejo tão intenso que me consumia há tanto tempo.
Hinata, mesmo tão doce e meiga, despertava em mim uma explosão de pensamentos libidinosos e picantes. O carinho e o amor que eu lhe devotava serviam como combustíveis para minha libido. E vê-la assim, tão entregue a mim, acendeu meus instintos mais carnais.
_ Hinata. _ chamei, estendendo-lhe a mão, já com a voz rouca, denunciando o desejo que ardia em mim.
Ela nada disse, hesitou um pouco e segurou minha mão, com um sorriso receoso.
Respirei fundo para me acalmar, precisava ser gentil e paciente com minha esposa.
Quando ela estava próxima o suficiente, também sorri, acariciando seu rosto adorável.
_ Confie em mim. _ disse com sinceridade _ Eu seria incapaz de lhe fazer mal.
Hinata, que ultimamente estava superando a gagueira, sussurrou, abraçando-me:
_ E-eu s-sei, N-Naruto-kun.
Aquele corpo colado ao meu estava me enlouquecendo, mas eu seria paciente... por Hinata.
_ Você está linda. _ disse em seu pescoço, sentindo-a estremecer.
_ Arigatou.
Deslizei uma mão para sua cintura, segurando firme enquanto acariciava seus cabelos com a outra.
_ Seu perfume me enlouquece. _ provoquei, aspirando seu aroma na base de sua orelha, provocando arrepios em ambos.
Levemente, acariciei com meus lábios úmidos seu pescoço e seu ombro direito, sorrindo ao ouvir Hinata suspirar. Minha vontade era beijá-la com todo o desejo que eu sentia, mas, para não assustá-la, iniciei um beijo dócil, mordiscando-lhe os lábios, apertando-a contra mim. Quando Hinata passou as mãos pelo meu pescoço é que aprofundei o beijo, explorando com volúpia sua boca.
Quando nos afastamos, ofegantes, Hinata começou a beijar meu pescoço e eu percebi, com grande animação, que talvez eu não precisasse ser tão paciente. Seus lábios molhados arrancaram um gemido meu que a abracei mais forte, pressionando-a contra minha ereção.
Novamente alcançamos a boca um do outro e nos beijamos de forma apaixonada, enquanto nossos corpos se esfregavam suavemente. Logo, meu controle estava comprometido e me deixei levar pelo desejo. Comecei a chupar vigorosamente o pescoço de Hinata enquanto despia a nós dois.
No começo, achei que estava indo rápido demais, mas percebi que Hinata poderia acompanhar meu ritmo. Quando comecei a acariciar seus seios, com as mãos e com a boca, sugando e mordendo os mamilos enrijecidos, Hinata segurou os meus cabelos e gemeu alto.
Isso me enlouqueceu, fazendo meu membro latejar de ansiedade. Eu estava tomado pelo desejo, mas queria mesmo fazer Hinata gemer. Tomei-a nos braços e a deitei na cama, continuando minhas carícias com mais conforto. Logo estávamos suados e ansiosos, mas eu estava adorando "torturar" minha esposa. Então, comecei a beijar e chupar sua barriga, deixando-a inquieta sob o meu corpo, e continuei descendo.
Ao perceber minha intenção, Hinata corou violentamente mas, antes que ela pudesse protestar, eu beijava e chupava sua feminilidade. Mesmo tímida, Hinata gemia e se contorcia com as minhas carícias. Não demorou para que ela atingisse o orgasmo gemendo meu nome.
Após isso, é que a noite começou a esquentar. Depois de excitá-la mais um pouco eu, finalmente, lhe penetrei. Hinata era quente e apertada assim como eu imaginava. No começo, fui muito lento, para que ela se acostumasse pois, mesmo estando excitada e lubrificada, a primeira vez sempre é desconfortável, mas depois acelerei o ritmo. Gozamos juntos, um chamando o nome do outro.
Depois, fizemos amor mais algumas vezes. Eu tomava o corpo de Hinata, minha amada esposa, como sempre tinha sonhado e estava adorando as liberdades que ela tomava, com o rosto ainda ruborizado. O treinamento ninja tinha lá suas vantagens, pois, consumidos pelo desejo como estávamos, fizemos acrobacias: de pé, sentados, Hinata por cima, Hinata por baixo...
Cansada, Hinata adormeceu em meus braços. Eu estava sentado num sofá que havia no quarto e Hinata estava sobre mim. Levantei para colocá-la na cama, para que pudesse descansar melhor. Deitei a seu lado, abraçando-a possessivamente, mas demorei a dormir. Tinha conseguido apenas uma semana de afastamento pelo meu casamento e não tinha podido sair da vila, para qualquer caso de urgência. Por isso, queria aproveitar cada segundo da companhia da minha esposa.
Ter Hinata em meus braços me enchia de felicidade. Nossa como eu amava essa mulher. Uma ponta de orgulho tomou o meu ser ao perceber que ela me amara desde tão cedo e que tinha esperado para que eu a fizesse mulher, a ensinasse a sentir e a dar prazer. E então, eu confirmei uma coisa da qual eu desconfiava fazia tempo: Hinata era tudo o que eu precisava.
Fin
