Eu não possuo Harry Potter. Nenhum dos persongens são meus. É uma história de fans para fans e sem nenhum tipo de fins lucrativos.
Guerra. É isso que Hogwarts está vivendo. Notícias de moradores de Hogsmeade, um povoado bruxo perto da Escola de Magia, se espalharam feito fogo no vento. O irmão de Alvo Dumbledore, Alberfort, fez o favor de comunicar a Ordem da Fênix no dia 20 de Dezembro de 1998 que cerca de cinqüenta Comensais da Morte estavam avançando rumo à Hogsmeade.
Minerva McGonagall está muito nervosa. O aviso do grande ex-Diretor de Hogwarts acabou de chegar aos seus ouvidos. Dentro de poucos minutos, todos os membros da Ordem chegariam ali. O Retrato de Alvo Dumbledore conversava avidamente com os outros retratos. Contudo, a Diretora não escutava nada. Ela tinha que descer reunir os professores, fechar os portões do castelo. Rapidamente, ela desce pelas escadas de seu escritório e coloca as suas metas em prática.
Severo Snape foi o primeiro professor a se juntar à Minerva na sua empreitada. Dentro de dez minutos, todos os alunos estavam aglomerados nas suas salas comunais. Nos Jardins, Centauros, liderados por Firenze, marcham rumo à defesa das Terras de Hogwarts. À Direita, Hagrid com os Gigantes. Argo Filch está fechando os portões do castelo. Todos os membros da Ordem e os professores estão dentro do Castelo, murmurando feitiços poderosos de proteção.
Minerva está junto com os professores e os membros da Ordem no salão de entrada. Caso, os Centauros e Gigantes não consigam forçar a retirada dos Comensais das Terras do Castelo, eles iriam terminar o serviço. Ou pelo menos esse era o intuito. A Diretora de Hogwarts estava observando de uma das inúmeras janelas de vitrais do Térreo, a marcha dos Centauros. As fileiras dos seres mágicos avançavam firmemente quando um Patrono surge no meio de todos. É uma lontra.
-É o patrono de Hermione! – exclama Remo.
-Estamos a caminho. Protejam o Castelo. Harry, Rony e eu vamos parar os Comensais.
-ESTÃO DOIDOS? – grita Molly. – Cinqüenta Comensais contra três crianças?
Arthur fica pálido e se apóia no ombro de Gui.
-Calma pai. Eles sabem o que estão fazendo.
O Patrono continua a falar.
-Essa luta não é de vocês. É a nossa missão dada por Dumbledore.
-O que aquele idiota fez! – diz Minerva. – Molly está certa! Estão doidos!
A lontra continua.
-Não podemos deixar que avancem para o campo de Batalha. Protejam o Castelo. Enquanto estiverem dentro do Castelo, não serão atacados. O Retrato de Dumbledore protege o Castelo.
Minerva fica impassível. Fred e Jorge trocam olhares de medo. Gina é quem fala.
-Tenhamos um pouco de fé neles! – exclama.
-Eles sumiram por um ano e a primeira notícia que temos deles é que estão indo contra vários Comensais? - diz Molly aflita.
-Na realidade... – começa Snape. – Alvo me disse qual seria a missão de Potter, do Weasley e da Granger.
Pomona olha para Severo. Parece que do professor de poção brotou um segunda cabeça. Minerva fica séria.
-Qual?
-Eles teriam que matar o Senhor das Trevas.
-Matar Você-sabe-quem? - indaga Remo. – Alvo enlouqueceu!
Snape ignora o comentário do lobisomem.
-Durante a vida do Senhor das Trevas até a Primeira Guerra, ele partiu a alma em pedaços, para que assim, a sua vida fosse aumentada.
-Horcruxes? – murmura Minerva. – Isso é magia negra!
Snape mexe nas vestes.
-Exato. – pausa. – Cada parte se dá o nome de Horcruxes. E ele fez sete. A missão dos três seria de buscar e destruir cada uma. Inclusive aquela que habita o corpo atual de Você-sabe-Quem.
Molly está a um passo de desmaiar. Arthur a escora.
-Devo dizer que estive monitorando as aventuras dos três graças a um dos presentes que Dumbledore deu para o trio. O pomo-de-ouro.
-Eu sabia que algo estava errado com um dos presentes que Alvo deixou! – exclama Remo.
Severo franze os lábios.
-O que aconteceu, Severo? Por que não nos disse antes? – indaga Minerva.
-Por dois motivos. Primeiro. Se eu dissesse antes, a maioria de vocês correria em busca dos três. Segundo. Fiz um juramento mágico que só diria a vocês no momento exato da batalha final. E francamente é esse o momento. Caso não sabiam Você-sabe-Quem está junto com os Comensais em Hogsmeade.
-Conte-nos tudo, Severo. – ordena Minerva. – Tudo.
-Pois bem. – pausa. – Assim, que o casamento de seu filho, Molly, terminou, o Trio fugiu para longe. Vagaram por florestas da Bulgária, Escócia, Pais de Gales, França, Romênia e Irlanda. Cada dia, eles se mudavam.
-Como podem? – pergunta Pomona.
-A Senhorita Granger é a parte mental do grupo, Pomona. Quem poderia articular isso? Ela é claro. Quem poderia aparatar junto com duas pessoas? Ela é claro. E Finalmente, quem poderia copiar todos os livros necessários para a busca de Hogwarts, sem que Pince soubesse? Ela é claro. E finalmente, quem poderia colocar eles na bagagem sem que ninguém percebesse? Ela é claro.
-A bolsinha que Hermione carregou no casamento do meu irmão... – pensa em voz alta Gina.
Tonks pede.
-O quê?
Minerva fita a menina Weasley.
-No casamento do meu irmão com Fleur, Hermione só carregava uma bolsinha. E quando ela fugiu, foi no dia do casamento, quando os Comensais atacaram a Toca.
-Um feitiço de expansão poderoso na bolsa... – pensa em voz alta Minerva. – É claro! A Senhorita Granger expandiu a bolsa a colocou tudo ali dentro.
Fred faz um estalo com os dedos da mão.
- E pegou a barraca que usamos na Copa Mundial de Quadribrol!
Arthur olha para o filho.
-É mesmo, ela tinha sumido! – pausa. – Eles a pegaram!
Snape mexe nas vestes.
-Como eu disse, a Senhorita Granger é a parte mental do grupo. Ela planejou tudo com muito cuidado.
-E as Horcruxes? – indaga o professor de Feitiços.
-Durante o ano que passou, pude notar que o Senhor das Trevas ficava cada vez mais fraco.
-Fraco? – pergunta Carlinhos. – Fraco?
Snape dá um singelo sorriso.
-Não me diga que pensava que o Senhor das Trevas estava ficando cada vez mais forte? Ora, menino tolo! Se ele estivesse ficando cada vez mais forte, vocês não teriam chance!
Arthur segura com força a varinha escondida nas vestes.
-Como ousa! – ameaça.
-Por Merlin! Estamos numa guerra, não precisamos brigar entre nós! – diz Minerva.
Os dois homens se fitam. Molly segura o braço do marido e o acalma. Remo fita Snape.
-Continue Severo.
Snape cruza os braços.
-Naturalmente, a aventura do ano do Trio não foi fácil. – pausa. – Eles conseguiram matar as Horcruxes. Através do Pomo pude ouvir as conversas do Trio na minha mente. O Medalhão de Salazar foi o mais difícil.
-Por quê? – pergunta perigosamente Lupin.
-Ele age que nem um Dementador. Magia Negra. Suga a felicidade. Deixa a pessoa triste e nervosa. Pelo que eu ouvi, tiveram que alternar a posse do Medalhão.
-Eles colocar o Medalhão? – vocifera Molly.
-Colocar uma Horcruxe dentro da tenda é muito perigoso. Assim, o medalhão se alternava entre o Trio. Oito horas cada um. Todo dia. Até que eles finalmente destruíram o Medalhão com a Espada de Griffindor.
Silêncio. Snape continua a contar os planos de Dumbledore por meia hora até que um estrondo ecoa do lado de fora. Todos ficam assustados. Minerva é que fala:
-Sinto que deveríamos deixar essa conversa para depois, Senhores.
-Não podemos sair do Castelo, Minerva. – retruca Snape. – O Retrato de Dumbledore protege o castelo. Ninguém pode entrar.
Minerva range os dentes.
-Então vamos ajudá-los nessa missão suicida! – e nisso se dirige para o Grande Portão de Entrada.
Pomona e os Weasley seguem a Diretora.
-POR HOGWARTS! – gritam ao sair do castelo.
Snape é deixado sozinho no corredor de entrada.
A Diretora de Hogwarts e Snape estão avançando rumo a Hogsmeade. Eles têm alguns arranhões superficiais pelo corpo.
-Por Merlin, Severo! – exclama Minerva ao lançar um feitiço num Dementador. – Eles não acabam!
-Eles estão sob controle deles, Minerva. – responde Snape.
Um grito ruge pelo local. Os dois feiticeiros olham para trás. Molly Weasley é atingida por um Comensal e cai imóvel aos pés dos muros do castelo.
-MOLLY! – diz Arthur. Ele chega perto da esposa. – Seus...! – e começa a lançar feitiços.
Minerva vê os olhos vidrados da Sra. Weasley.
-Oh, não... – sussurra. – Merlin! Eles a mataram!
Snape franze o cenho.
-Precisamos chegar ao Trio, Minerva. Tudo terá sido em vão. – e lança um escudo.
Minerva está com os olhos marejados.
-Que guerra insana... – e nisso atinge com um feitiço uma Serpente. Ela lança outro feitiço e faz um escudo hexagonal prateado. – Quantos vão precisar morrer? – e atinge outro Comensal.
-Não sabemos se ela está morta, Minerva. Ninguém ainda caiu!
Minerva fica com raiva e avança. Snape a segue.
A Diretora está lutando junto com Snape com as últimas Serpentes nos arredores de Hogsmeade. Cerca de Cinco Serpentes caem com os feitiços dos dois Professores. E então...
Silêncio.
Minerva, ofegante, é seguida por Snape enquanto avança pelas ruas de Hogsmeade.
Silêncio.
Uma parte das casas está pegando fogo, outras quebradas e outras desapareceram. O Três Vassouras e a Dedosdemel são as únicas lojas intactas. A Cabeça de Javali está parcialmente destruída. A Zonko's, pegando fogo. Pelas ruas ou caídos pelos destroços estão os Comensais junto com outras Serpentes. O Cheiro é de carne queimada. Snape tem certeza que alguns foram queimados vivos.
Sangue.
Minerva pisa em diversas poças de sangue. Corpos de moradores mutilados jogados no chão ou pendurados em janelas e vidro. Ela segura um forte náusea.
-Pelo amor de Merlin! – diz enquanto ela ainda mantem a varinha erguida.
Snape franze os lábios. Seus olhos procuram pelo trio. Nesse momento, Remo, Tonks, Hagrid e se juntam aos professores.
-Conseguimos acabar com as Serpentes. – diz Remo. – Os Weasley ficaram porque Molly recebeu um Petrificus Totalis. Eles estão junto com Poppy na Ala Hospitalar.
Minerva suspira aliviada.
-Por um momento pensei que...
-Nós também. – diz Tonks. – Mas ainda bem que foi um feitiço simples. O restante da Ordem e dos Professores está tomando conta o portão.
O quarteto que acabou de chegar observa o local.
-Oh Merlin... – sussurra Lupin.
Tonks franze o cenho.
-Sangue. – diz. – Por todo lugar.
Snape é que fala.
-Vamos nos dividir...
-Não. – diz Minerva. – Vamos todos juntos. Remo o que você consegue sentir?
O lobisomem cheira o ar.
- Aqui não há cheiro de pessoas vivas. – ele cheira mais um pouco e fica a frente de Minerva e Snape. – Um cheiro familiar...
E nisso corre na direção de uma casa destruída. Ele começa a tirar a madeira velha do chão. Depois de alguns segundos, o rosto de Peter Pettirgrew é revelado. Snape chega ao seu lado.
-Ele está morto. – afirma.
Remo engole seco ao ver o rosto de seu ex-amigo dormindo pacificamente. E para sempre.
Tonks pega os ombros do marido e o empurra para longe.
-Vamos querido...
Remo funga.
-Tudo bem, Tonks.
Snape mexe nas vestes.
-Vamos continuar as buscar.
-É. – diz Hagrid. – Remo, poderia cheirar o ar novamente?
Remo ri. Minerva revira os olhos.
-Hagrid! – repreende.
-Tudo bem. – diz Remo. Ele repete o movimento. Sua cabeça se vira fixamente para o noroeste.
Os cinco avançam. O Cheiro dessa parte do povoado é sinistramente horroroso. Remo fecha os olhos em desgosto.
-O que foi? - indaga Tonks.
-Nada. - mente.
Hagrid solta um grito e sai correndo em direção a uma casa parcialmente em chamas.
-Oh, não! NÃO! - Grita dentro da casa. Os quatro seguem o meio-gigante e vêem a cena. Remo cai no chão e começa a chorar. Minerva leva a mão à boca.
-Merlin!
Ela olha para o salão destruído. Lord Voldemort está caído no chão. E Harry está deitado perto da lareira apagada. Ambos estão pálidos e frios.
-Ambos estão mortos. - fala Tonks.
Hagrid solta um rugido.
-Não! Oh Harry... - e nisso ele pega o menino no colo. - Oh não Harry... Por favor, Harry abra os olhos... Harry... - e nisso ele chora. Snape olha para a cena e depois para o causador disso tudo. Voldemort. Num acesso de fúria, ele lança um feitiço e corta a cabeça do mago da trevas.
-Se ele não estava morto, agora ele está! - e range os dentes.
Tonks está consolando Remo.
-Querido...
-Não. Ele era filho de James e Lily! Não... - e nisso ele chora. - Depois que Sirius... Que Sirius se foi era a minha obrigação cuidar dele. E agora ele... Ele... Ele se foi! - e enterra a cabeça no pescoço da mulher. E chora.
Minerva vai até Hagrid e põe uma mão no ombro dele. Ela vê o rosto de Harry e diz numa voz trêmula. Uma lágrima escapa de seu rosto.
-Leve Harry para Hogwarts Hagrid.
O gigante não responde. Continua a chorar e falar murmúrios de 'Harry' e 'Oh não Harry'.
Minerva tenta mais uma vez.
-É uma grande perda para nós Hagrid. - diz Minerva. - Mas ainda temos que procurar o Sr. Weasley e Srta. Granger.
Hagrid levanta o olhar.
-Rony e Hermione são os amigos de Harry. - pausa. Ele olha com firmeza para Harry no seus braços. - Nós vamos encontrar os seus amigos Harry.
-Deixa que eu levo o menino Hagrid. - pede Remo. Hagrid balança a cabeça e coloca Harry nos braços de Lupin. O lobisomem solta um soluço e mais lágrimas caem.
-Oh Harry... - e planta um beijo na testa do menino.
Tonks guia o marido para fora da casa. Snape está levitando corpo de Voldemort para fora. Nesse momento, Madame Hooch e a Professora Sprout entram na casa. Elas estão assustadas.
-Não diga que... - começa Hooch.
Minerva assente e fala, fracamente.
-Vamos continuar as buscar, Hooch.
-O Senhor Potter faleceu? - indaga Sprout assustada.
Minerva deixa algumas lágrimas cair.
-Sim. E Você-sabe-quem também.
Sprout fica com os olhos marejados.
-Oh não!
Hooch tenta acalmar a sua colega docente.
Minerva passa por elas.
-Temos que procurar o e a Srta. Granger. - pausa. - Que Merlin tenha protegido eles. - completa.
-Que guerra insana. - diz Hooch.
Minerva sai dali orando aos deuses para que os seus dois estudantes estejam bem.
Hooch, Sprout e Minerva estão andando pelas ruas de Hogsmeade. Elas vasculham cada. Destruída ou não. Em chamas ou não. Elas procuram por algumas casa até que chegam num hospedagem em ruínas. Ali elas encontram Rony caído. Sprout corre ao seu auxílio.
-Ainda esta vivo Minerva! - exclama.
A Diretora fica aliviada.
-Leve para Madame Pomfrey. Rápido. - e nisso joga para ela uma chave de portal. - Pegue. Ela vai levar você diretamente para a enfermaria. Madame Pomfrey estará lá de plantão.
Sprout assente e desaparece juntamente com Rony nos braços.
Hooch e Minerva continuam sua procura. Mais corpos de moradores e de Comensais se espalham pelo chão e casas de Hogsmeade. Hooch tenta não vomitar. Minerva tenta acalmar a mulher.
-Vá para Hogswarts, Hooch. - pausa. - Eu sigo daqui.
Hooch não replica e dá meia volta.
-Sim. - pausa. - Vou ver como está o Sr. Weasley.
Minerva assente e começa a andar sozinha por Hogmeade. A diretora de Hogwarts segue pelas ruas do povoado até que uma figura lhe chama a atenção. No quintal de um casa, fronteira com a Floresta Proibida, uma figura de um mulher encostada no muro de madeira faz a respiração de Minerva parar.
-Oh não...
Um vento frio e gelado passa por ali. Os cabelos castanhos da mulher caída ao longe balançam, revelando sua cor.
-Por Merlin! - Ela corre o mais rápido possível na direção da casa. Ela vai chegando mais perto. Ela passa por uma carroça velha que foi deixada num dos lados do quintal para finalmente ver quem era a mulher. É Hermione. Parte da madeira do muro atrás atravessou o corpo da menina. Uma vareta perfurou o pulmão direito e outra o abdômen. Hermione está segura frouxamente a vareta do abdômen. E ela está respirando pesadamente. Ela tosse e mais sangue se junta ao que já saiu de sua boca. Uma poça de sangue escorre do seu corpo. Parte de sua perna esquerda não existe mais. Na cabeça, sangue escorre de um de seus olhos já inexistentes.
Minerva congela.
-Oh não...! - e nisso corre para ela. Minerva chega a Hermione e põe uma mão na bochecha da menina. Está frio.
-Srta. Granger... - chama. - .
Minerva solta um soluço abafado. Hermione abre tremulamente um olho. Ela tenta focar na Diretora. Mas ele oscila entre Minerva e a parte de trás da cabeça. A Diretora começa a puxar o corpo de Hermione para frente. A menina solta um gemido baixíssimo. Minerva, enquanto puxa, vê a pulsação de Hermione. Muito baixo e irregular. Ela sabe que Hermione não tem muito tempo.
-Srta. Granger, não durma. - pede. - Não durma! - exclama ao terminar de puxar o corpo da menina das varetas pontiagudas.
Minerva começa fazer uso de feitiços de cura ali mesmo.
-Episkey! - diz. - Episkey!
Hermione continua a respirar pesadamente.
O Feitiço começa a curar a ferida no pulmão.
-Episkey! - diz com raiva. Minerva lança mais feitiços de cura. Hermione continua a sangrar. Minerva soluça.
-Não desista Srta. Granger! Não desista! - pede Minerva enquanto ela sente lágrimas cair. Hermione olha para Minerva. Seu olho ainda está oscilando. Minerva põe uma mão na cabeça de Hermione enquanto continua a lançar feitiços de cura com a outra mão. - Não desista. Srta Granger!
Nesse momento um Leão surge do meio da Floresta Proibida. Minerva se vira. Ela lança um feitiço na direção do animal. Ele desvia. Três Áquias sobrevoam o alto da casa. Minerva fica com raiva. Ela começa a pegar Hermione no colo. O Leão aparece do seu lado. A bruxa fica assustada e aponta a varinha para o animal. O Leão olha fixamente para a bruxa.
-Não vou deixar você tocar nela, entendeu? - grita Minerva.
Hermione começa a respirar pesadamente. Ela tosse duas vezes. Mais sangue sai.
Minerva lança um feitiço no animal. Hermione puxa fracamente as vestes da bruxa.
-Vá... - sussurra.
A Diretora congela.
-Não vou deixar a Srta. Aqui! - pausa. - Por Merlin!
Um lobo aparece da Floresta Proibida. Minerva engole seco.
-Vá... - e mais tosse. Hermione começa a tremer. Minerva sabe o que isso significa. Hermione puxa com a sua mão trêmula as vestes da bruxa.
-Vá... - Hermione reúne todas as suas forças e continua a falar. Sangue sai de sua boca. - Não... fique aqui...
Hermione inspira pesadamente.
O Leão balança a cauda e fica defronte para Minerva.
-Vou aparatar com a Senhorita para algum lugar fora daqui. - e nisso Minerva se concentra. Mas, não consegue aparatar. Ela olha confusa e assustada para o seu entorno.
-Vá...
Minerva balança a cabeça furiosamente.
-Que tipo de Diretora eu seria se deixasse meus alunos aqui!
O Leão presta a atenção na cena.
Hermione não responde. Minerva congela.
-Oh não... Episkey! - pausa. - Resista! Episkey!
Hermione fecha os olhos e os abre fracamente.
-Vá... - e olha fixamente para a Diretora. Minerva tenta abafar um soluço ao ver a fenda vermelha de onde existia um olho.
Ela olha para o entorno e começa a balançar a cabeça.
-Não... Oh não! Não! - pausa. - Episkey! Episkey!
O Leão fica triste e começa a puxar as vestes de Hermione. Minerva sente isso e chuta o animal.
-Eu não vou deixar que você coma ela! - e aponta a varinha para o animal. O Leão rosna. O lobo segue o exemplo e passa a puxar as vestes de Hermione. O Leão faz o mesmo. Minerva puxa de volta. e está prestes a lançar um feitiço quando uma das Áquias pega a varinha, jogando o bastão para longe da bruxa.
-Vá... por favor... - pede Hermione. Minerva balança a cabeça e tenta chutar os animais. Mas, as três Áquias começa a atacar a bruxa. Minerva protege rapidamente o rosto e sai dali desnorteada.
-Saiam! Saiam! - diz Minerva ao se proteger. Num instante a Diretora percebe o que fez e abre os olhos. Ela vê o Leão puxar Hermione através das vestes. Eles já estão no meio da rua. O lobo está lambendo o tronco ferido da menino. Minerva fica com raiva.
-Saiam de perto dela! - ruge e se transforma em gato. Nessa forma, Minerva consegue correr alguns metros. O corpo mole de Hermione está se embrenhando pela mata. A cabeça é a última parte que desaparece na mata. Minerva fixa seu olhar no rosto de Hermione e congela.
Hermione está com os olhos vidrados. E sem vida.
Minerva fica tonta. Sua melhor aluna estava morta. Quando ela morreu? Quando ela correu covardemente nos ataques das Áquias? Não pode ser... Hermione Granger não podia estar morta. Ela ainda tinha tanto para aprender! Não... Isso não...
Minerva se transforma novamente em bruxa.
-NÃO! - Berra. Ela sai em disparada pela mata. Ela segue o rastro de sangue e de roupas rasgadas.
Minerva não vai deixar que seu aluna tenta esse destino terrível. Ela merecia um funeral digno. Funeral... Oh não...
Minerva está chorando. Mas, mesmo assim, prossegue.
-Onde estão vocês? - pausa. Ela vê que o rastro de sangue termina. Ela fica ofegante. Para onde eles a levaram? Não... Hermione não seria comida por aqueles animais!
Minerva cai no chão. Sua mão trêmula é colocada na testa. Nesse momento Firenze aparece.
-Diretora?
Minerva toma um susto.
-Professor Firenze! - diz assustada. - Preciso da sua ajuda!
-Diga.
-Eles a levaram! Eles levaram a Srta, Granger!
-Eles quem?
-O Leão e o lobo.
Firenze suspira e olha para o céu. Minerva chora.
-Não posso ajudar. O lugar para onde eles foram não pode ser tocado por nós.
Minerva fica confusa. Ela pede por explicações. Como Hermione não poderia ser procurada? Firenze diz:
-Os animais mágicos não conseguem chegar onde esse Leão e Lobo se escondem.
Minerva segura à varinha nas mãos e começa a se embrenhar na mata. Firenze corre e bloqueia o caminho.
-Não deixarei a Senhora andar sozinha pela Floresta.
-E eu não vou deixar a Senhorita Granger nela junto com dois animais carnívoros!
Firenze assente.
-Eu creio. – pausa. – Mas hoje, quando vi as estrelas, percebi que alguma aconteceria. E foi... A Batalha acabou...
Minerva deixa cair lágrimas de seus olhos. Ela começa a emitir soluços. Sua mão cobre o rosto. Firenze põe uma mão no ombro da Diretora.
-Eu lamento.
-Não! – diz Minerva com determinação nos olhos. – Não vou perder mais um aluno! E justo ela! Não! – e recomeça a andar. Ela dá dois passos e é barrada por Firenze.
-Diretora, eu já lhe disse, é impossível chegar onde o Leão e o Lobo foram. Nem nós conseguimos. E posso dizer que já tentei diversas vezes.
Minerva sai da frente do Centauro e anda pela floresta.
-Eu não vou deixar uma barreira mágica me impedir de salvar a minha aluna!
-É uma barreira diferente, Diretora. – pausa. – Vi bruxos e bruxas caírem ao tentar quebrá-la e/ou passar. Sem a permissão do Leão e do Lobo ninguém passa! Eles levam quem eles quiserem e quando quiserem. Ninguém entra. Só sai.
Minerva rosna e aponta a varinha para o Centauro.
-Eu. Vou. Ir. Até. Lá. – pausa. – Entendido?
Firenze fica surpreso. Ergue as mãos e sai da frente da bruxa. Minerva vê a ponta da sua varinha mágica e percebe o que fez. Ela chora e põe uma mão na testa.
-Oh, Professor Firenze... Desculpe-me... – e chora. -... Desculpe-me.
-Eu lamento. – triste. – Ela era a melhor bruxa da sua idade.
Minerva ergue o olhar para tentar segurar as lágrimas que fluem livremente pelo rosto. Com a voz embargada e trêmula.
-Ela f-f-foi... – pausa. Um soluço. - Foi à melhor bruxa que Hogwarts já viu... Oh Merlin!...
Minerva perde o equilíbrio e senta no chão, encostada numa arvora. Ela está chorando.
-Ela tinha um futuro tão amplo! – pausa. – Era só ela sobreviver essa guerra insana que acabou com a vida de três brilhantes jovens.
Firenze se senta na relva.
-Eu nunca cheguei ser seu professor, mas o Professor Hagrid me disse muitas coisas
-Todos tinham um futuro tão pleno. E agora todos estão mortos... Trio de Ouro? Grande! Por Merlin! Os três morreram por egoísmo de mundo bruxo... Oh Merlin...Oh...Hermione... – e nisso ela caiu no choro.
Firenze olha para o entorno. Pássaros cantam e filhotinhos piam em busca do alimento dos pais. Piu...Piu...Piu-Piu-Piu... Piu..
-Escutou isso , Diretora?
Minerva funga o nariz. Ela fica confusa.
-O quê?
-Filhotes de algum pássaro acabaram de nascer. O auspício é bom. Muito bom. Hoje é dia e um novo ciclo lunar também – pausa. – Uma nova vida hoje nasceu.
Firenze cheira o ar.
-Densa e poderosa. Sim...
Minerva fica confusa com a declaração do centauro. Segundos depois, porém. Seus pensamentos vagam para figura de Hermione. Ela solta uma risada ao se lembrar do rosto atento da menina na aula. E de seu sorriso para com seus amigos. Uma foto. Deles três abraçados e sorrindo aparece na sua mente. Sorrisos que nunca mais poderão ser compartilhados. Ficarão na memória dessas três crianças. Do Trio de Ouro. Do trio que salvou o mundo mágico. Harry Potter, Ronald Weasley e Hermione Granger. Minerva lutaria até o fim dos seus dias para que seus nomes nunca ficassem esquecidos. Pois o poder da amizade é capaz de tudo.
Naquela noite, quando todos estavam chorando aos pés dos corpos dos dois meninos, Minerva estava inconsolável. Pois, sua 'aluna favorita nunca seria encontrada'. Mas ela faria um funeral digno. E ela faria questão de enterrá-la ao lado de Dumbledore. Assim como o grande Diretor, o Trio fez muito para o mundo Bruxo. E principalmente, para Hogwarts. Harry ficaria ao lado dos Pais e Rony, com o restante dos Weasley.
No dia, do grande funeral, estavam todos. Inclusive Krum e Fleur. Ambos com suas famílias, respectivamente. Todos estavam abalados. Mas, como o corpo de Hermione não foi encontrado, todos ali guardavam as esperanças de que, algum dia, Hermione sairia da Floresta Proibida viva. Assim, foi aberta uma conta para a família Granger. Pois, caso algum Granger viesse a ser um bruxo ou bruxa no futuro, teria uma vida boa. E saberia que em algum dia no passado, uma Granger mudou a história do mudo bruxo.
A família Black doou todo o Dinheiro e livros. Os Malfoy, metade das economias da família e cópias de todos os livros. E assim, as famílias bruxas deram um pouco de tudo. Hogwarts não ficou de fora. Depositou na conta de Gringotes, cópias de todos os livros da Biblioteca de Hogwarts. Madame Pince não recusou e muito menos Minerva. Afinal, Hermione amava os livros.
Madame Pince ainda poderia ver a menina sentada no canto da Biblioteca. Ela e seus livros. Ainda poderia ver a silhueta da jovem bruxa ao passar a mão na borda dos livros. Ainda poderia ver a menina entregando um livro e pedindo outro para pegar emprestado.
McGonnagall também. Ela ainda poderia ver a menina sentada na famosa carteira que ela sempre se sentou. Quando a Diretora se virava para escrever no quadro, ela poderia ver a menina escrever furiosamente no caderno. Quando ela perguntava algo, a mão de Hermione ainda seria vista no alto, pronta para responder a pergunta. Minerva teria que aprender de novo. Não poderia dizer. 'Sim, Senhorita Granger?'.
Assim, Minerva, com o apoio do Ministério, reescreveu Hogwarts: Uma história. Uma estátua de Hermione segurando um livro e varinha em punho daria para sempre as boas-vindas aos estudantes que entrassem na biblioteca. Os cabelos soltos. A feição determinada. As vestes de Hogwarts. O brasão da Hogwarts no lugar do da Grifinória. Ela cuidaria bem dos livros. Alvo, daria as boas vindas no Portão de Entrada. Ele com as suas vestes longas, a branca longa, o chapéu pontudo e a varinha em punho. Um quadro mágico com os membros da famosa Armada de Dumbledore em tamanho natural ficaria para sempre na parede de frente ao grande portão que dá acesso ao Salão Principal.
No Salão Comunal da Grifinória, um quadro mágico do trio. Harry e Rony jogando xadrez e de Hermione lendo um livro. No meio das duas escadarias que dão acesso aos dormitórios. Uma estátua de Harry com a varinha em punho e uma feição de determinação ficaria próxima a porta que da aula de Defesa Contra Artes das Trevas. Uma de Rony com a varinha numa mão e uma vassoura noutra, no Gramado que dá acesso ao Campo de Quadribol. E Finalmente uma imagem Trio ficaria na entrada de três. Juntos. Harry com a varinha para baixo e olhando para frente. Hermione com a varinha na altura do ombro e olhando para a esquerda. Na Direção da Floresta Proibida. E finalmente, uma de Rony, com a varinha na altura do peito. Todos em pose de ação.
'Sabedoria, astúcia, determinação, lealdade, coragem, inteligência. Amizade'. São as palavras que foram gravadas embaixo das três estátuas em Hogsmeade.
Hoje faz três anos e pouco desde que aconteceu a Grande Batalha Final de Hogwarts e Hogsmeade. Minerva McGonnagall está andando pelos corredores vazios de Hogwarts. São férias. E só ela, Snape, Hagrid e Filch estão no castelo. Além, é claro, dos fantasmas e elfos. Sempre, desde que a agora Diretora de Hogwarts entrou para o seu primeiro ano como estudante no castelo, ela ficava fascinada pelos retratos cujos personagens se mexiam.
Os quadros funcionavam assim. Quando a pessoa ainda vivia, seu retrato ficaria imóvel na parede. Se ela tinha acabado de morrer, estaria dormindo profundamente. Agora, se estivesse indo há tempos, sua imagem se movimentaria.
Minerva estava subindo as escadas. Deu Bom-Dia para Sem Cabeça e ficou defronte para o retrato da Mulher Gorda.
-Bom-dia Diretora. – disse o retrato ao abrir a passagem.
Minerva entra no Salão Comunal da Grifinória e fica defronte ao retrato do Trio.
-Olá Professora! – diz Harry ao fazer uma jogada no tabuleiro. A imagem de Rony sorri.
-Ah, Harry... – Rony mexe uma peça. – Xeque-mate.
Harry fica pasmo.
-Como! – e olha para o tabuleiro.
-Desculpe Companheiro. – ri Rony. Ele olha para frente. – Ah! Oi Professora!
-Bom-dia. e .
Rony assente com a cabeça.
-Puxa. Aqui fica tão chato quando não se tem os alunos. – disse Rony.
Harry soca fracamente o ombro do amigo.
-Quer dizer que eu sou chato?
Rony fica com vergonha.
-Não...
-Seu tato é menor do que uma colher de chá.
Harry e Rony riem. Minerva segura o sorriso.
-Vejo que se acostumaram bem aqui. – diz.
-Ah sim. Ainda bem que temos tantos quadros pelo castelo. – diz Rony. – Conversamos outro dia com Professor Dumbledore. E ganhei a partida de Xadrez.
-É. Alvo ficou falando da partida por dias. – concorda a Diretora. Ela olha para figura de Hermione sentada no sofá. – E ela?
Harry nega.
-Ela ainda não se mexeu Professora. Tentamos até puxa o livro mas nem ele e nem a poltrona e nem ela se mexem.
-Talvez ainda não deu tempo. – responde Rony.
Harry fica pensativo.
-Ou talvez... – sussurra. Ele fica pensativo. - ... Vou perguntar para o Professor Dumbledore.
-O que foi, ? – indaga Minerva.
-Fala logo Harry! – exclama Rony.
Harry olha para os dois. A Diretora fica surpresa.
-Quer dizer que talvez, a Stra. Granger ainda esteja viva?
-Exato.
Rony fica chocado.
-Quer dizer que Mione ainda pode estar... viva?
-Como? – pergunta McGonnagall.
-Nenhuns dos seus retratos ainda se moveram. Nenhum mesmo. Pedi até para o Sr. Nicholas para prestar atenção nos retratos dela. Mas nada.
-Não cultive esperança assim, Sr. Potter! – fala Minerva. – Sr. Weasley está certo. Pode ainda não ter tido tempo suficiente.
-Mas Professora...!
-Basta! – pausa. – Não sabe o quanto isso me afeta, e ainda vem cultivar essa esperança! – e nisso sai do Salão Comunal. Fumegante de raiva.
Minerva está tomando chá com Hagrid na Cabana do Guarda-Caça.
-Alguma novidade? – pergunta a Diretora.
Hagrid balança a cabeça freneticamente. Ela tem lágrimas nos olhos.
-Não encontramos nada. – Hagrid para a mão na barba. – Mas os Centauros vão fazer outra incursão pela Floresta amanhã.
-E você? – E bebe um pouco de chá.
Hagrid estufa o peito.
-Vou como da outra fez. Vou junto com eles.
Minerva dá um singelo sorriso. Ela acaba com o chá e observa a xícara.
-Conversei com e no Salão Comunal.
Os olhos de Hagrid se iluminam.
-Sério? Ah. Tomara que Harry tenha conseguido ganhar alguma partida de Xadrez. Rony não dá chance.
-Os retratos de Hermione estão parados.
Hagrid fica confuso.
-Mas isso quer dizer que...
-Não alimente falsas esperanças, Hagrid.
-Como, não Diretora? Desde a Batalha venho fazendo incursões durante as férias para procurá-la! E agora, o retrato ainda continua parado! Temos boas chances sim!
Minerva fica impassível.
-Oh Merlin... – pausa.
-É também muito ruim para mim Minerva. – diz Hagrid. Ele serve mais chá nas xícaras.
Minerva agradece.
-O que vamos fazer?
-Se nós encontrarmos Hermione... No pior das hipóteses, finalmente poderemos enterrá-la em Hogwarts. Se for...
-Se ela estiver viva. Eu não sei o que vou fazer. – diz sorrindo Minerva. Seus olhos estão cheios de água.
Hagrid sorri.
-Eu também não. Mas Harry e Rony irão ficar muitos contentes.
-Só eles? – pausa. – Por Merlin e por Dumbledore! - e bebe mais chá. – Que horas vai sair?
-Bem cedo. – pausa. – Colhi as abóboras hoje e estou livre por mais duas semanas. Firenze vai comigo.
Minerva assente.
-Então te espero no início das aulas. – diz Minerva ao se levantar.
Hagrid a guia para a entrada da cabana.
-Com certeza, Diretora.
E assim, Minerva sai da cabana e se dirige para o Castelo.
Longe dali, uma figura idosa, de barba longa e óculos redondos está guiando um tigre branco de olhos azuis no meio da Floresta Proibida.
-Arwen disse que é hoje é dia. Gostou?
-É claro Merlin. – fala o tigre.
O bruxo ri.
-.É. Foi difícil Lia.
O Tigre resmunga.
-Conseguiu passar no teste? – pergunta Merlin.
-Isso foi há anos Merlin! Quatrocentos anos para ser mais exato.
-Na realidade foi há dois anos. – fala o bruxo. – Aqui o tempo é diferente.
O Tigre revira os olhos.
-Ah é. Esqueci que a sua criação distorce o tempo-espaço.
-Foi a única solução para salvar os animais mágicos sensíveis.
-Eu não sou sensível!
Merlin desvia de um tronco caído.
-Claro que não. – pausa.
-Merlin...
-Está bem Lia. – pausa. - Você faz parte sim do que eu chamo de animais sensíveis.
O tigre fica ao seu lado.
-Mas eu não...
-Agora é. E Arwen só deixou você sair porque você já tem bastante experiência.
Lia fica pensativa.
-É...
Merlin ajeita os óculos.
-O que vai fazer?
-Eu? – pausa. – Seguir a minha vida...
Merlin assente.
-Escreva para nós quando puder.
-Sim.
-Mas só uma coisa. – pausa. – Você agora ou no passado ou no futuro vai ser sempre ser o que é agora.
O tigre fica confuso.
-O quê?
Merlin ri.
-Confie em mim, Lia. – o bruxo pára. – Bom aqui é o máximo que eu posso ir com você pela Floresta. Não posso ficar muito longe da barreira. Trouxe tudo que vai precisar?
-Sim.
-Só cuidado com os estímulos. - diz Merlin antes de se despedir de Lia.
O animal prossegue a sua viagem pela floresta. Ele passa horas na sua jornada até que avista, ao longe, uma cabana. Ela olha para o céu e vê que o crepúsculo está surgindo na abóboda celeste. Devagarzinho, a Tigre se transforma numa águia e voa até uma janela aberta do Castelo de Hogwarts. Ao pousar num dos corredores de Hogwarts, o pássaro se transforma num gato branco e olhos cinza. E assim, Lia começa a andar pelo castelo. Ela passa pela escadaria da Mulher Gorda e começa a sentir um pontada de dor de cabeça.
'Droga... Pelas barbas de Merlin! Que dor de cabeça infernal!'
O Gato pára de andar e começa a tremer de dor. Instantaneamente, a figura felina se transforma em uma mulher de cabelos castanho-claro, roupas elfas e uma mochila cheia de pertences. Lia retira está para ficar de pé, quando um varinha se encosta-se ao seu pescoço.
-É melhor não um único movimento. - diz Snape com frieza.
Lia fica chocada e vira o rosto. Snape fica chocado.
-Srta. Granger? - indaga.
Lia fica confusa e a dor de cabeça volta de uma forma brutal. Memórias surgem e se misturam com a sua vida de agora. Sua visão começa a ficar negra.
-Professor Snape? - sussurra antes de desmaiar.
Severo rapidamente segura o tronco da mulher antes do encontro fatal com o chão de pedra.
-Pelas Barbas de Merlin! - fala para si em voz alta.
Minerva está caminhando rapidamente pelo corredor que dá acesso a Ala Hospitalar. Snape está no seu encalço.
-Eu estava reunindo os preparativos para a incursão de Hagrid na Floresta Proibida quando eu soube através de Argo que Poppy voltou ao castelo porque o Professor Snape pediu a sua volta. - pausa. - Espero que isso seja importante, Severo.
Snape engole seco.
-Eu achei melhor que a Senhora visse por si mesma. - e nisso eles chegam defronte ao portão da Ala Hospitalar. Snape empurra a porta e entra no recinto. Minerva está logo atrás.
Na última cama, Poppy está curvada e sob um corpo deitado. Ela está inclinando algo com os braços.
-O que houve Poppy? - pergunta Minerva ao ir de encontro com a MediBruxa. Ela fica defronte a cama e congela.
-Pelas Barbas de Merlin!
Minerva fica tonta e rapidamente Snape segura os ombros da Diretora e a guia para a cadeira ao lado da tal cama.
-É ela! - exclama Minerva. - É Hermione!
Poppy assente e começa a fazer o um check up no corpo da menina. Poppy murmura feitiços.
-Oh Merlin! - diz Minerva ao pegar a mão da mulher. Minerva segura algumas lágrimas. - Ela está viva! - e fita Snape. - Há quanto tempo?
-Há uma hora. - responde o professor de poções indo ficar perto da cama. - Encontrei-a perto da Mulher-Gorda.
Minerva assente e tira os cabelos do rosto da mulher.
-Ela está viva! - pausa. - Oh Merlin...!
Poppy assente.
-Sim, as vai ficar desacordada por algumas horas ainda. Quer chamar os Weasley?
Minerva nega.
-Primeiro quero conversar com o Professor Snape e com ela primeiro. - e nisso empurra Snape até o outro lado da Ala Hospitalar. - Você tem a poção? - indaga.
-Sim. Mas só para uma pessoa. Mas para que isso agora? A menina está a salvo! Não precisamos mais da poção.
-Errado. - pausa. - Como você acha que Hermione vai reagir quando souber que seus dois amigos morreram há três anos?
Snape fica calado.
-Entende? - pausa. – Fique aqui até que a Srta. Granger acorde. Vou ir até Gringotes. Retirarei tudo da conta e colocarei numa bolsa de contas sem fim. Esteja pronto.
-Como tem tanta certeza de que ela vai aceitar?
-Eu sei.
E sai dali.
Hermione está dentro do escritório de Minerva. Ao seu lado está Snape. Já faz algumas horas desde que ela acordou na Ala Hospitalar. E agora ela sabia exatamente o que tinha acontecido. E sim ela iria fazer. Sua professora preferida e Snape contaram tudo. Agora, Hermione está segurando nervosamente a bolsinha de contas que Minerva tinha lhe dado. Ao fundo, Snape está mexendo num caldeirão fumegante.
-Entende isso Hermione?
-Sim, professora.
Minerva se levanta da cadeira e vai abraçar a mulher.
-Como eu gostaria de poder ficar mais tempo com você, minha querida aluna. Mas creio que isso seria coisa mais certa.
-Uma nova chance. – responde Hermione ainda vestindo suas roupas élficas.
Snape fica ao lado das duas mulheres e entrega uma taça cheia de poção. Minerva pega e dá para Hermione.
-Essa poção faz fazer com que você Hermione seja realocada no tempo. Seria como se o nosso tempo de agora nunca tivesse existido. – pausa. – Pedi para que o Professor Snape pesquisasse ao longo desses anos essa antiga poção. Ela ajustou os ingredientes e fez com quem tomasse a poção voltasse no tempo.
-Quanto? – indaga Hermione.
-Doze anos.
-Isso é...!
-Exato. – responde Minerva. – Seu corpo de agora irá ser realocado no tempo. E voltará a ter o corpo da tal época que você tinha. Por isso, essa poção só pode voltar alguns anos e não décadas. Agora, a mente não. Você continuará a ter a mente e a sua capacidade mágica intactas. E lembre-se, ao tomar a poção, segure bem firme essa bolsa. Ela tem tudo que por ventura você possa precisar. – e nisso abraça a menina e planta um beijo na testa.
Hermione sorri e olha para a taça.
-Verei vocês de novo algum dia?
-Não. – pausa. – Como eu disse, é como se esse nosso tempo nunca tivesse existido. Você não vai poder voltar. Mas ainda nos veremos de novo assim que você começar de novo Hogwarts.
-Mas não será a mesma coisa.
Minerva fita a menina.
-Seja a melhor da minha classe e sim, continuará a ser a mesma coisa.
Snape bufa e revira os olhos. Hermione sorri.
-Agora se lembre. – completa Minerva. – Há eventos que precisam ser feitos. Não vá correr logo para Alvo e falar que é do futuro. Você sabe da profecia. Harry precisa matar Voldemort. Assim, só cuide para que nada fuja muito do cronograma.
-Como assim?
-Harry precisa ter a amizade de vocês. E vocês precisam disso. A amizade do trio precisa crescer e aflorar.
Hermione compreende.
-Certo. – e assim, Hermione segura com toda a sua força a Bolsinha de Contas e bebe a poção. Instantaneamente, uma grande ventania envolve Hermione e ela fecha os olhos. Sua mão direita ainda segura a Bolsinha de contas quando ela abre os olhos novamente.
