The Story of Us
Sinopse.: Ele é o apostador. E apostadores sempre tentam novamente.
Nota da autora.: Oi gente, é só mais uma one. Encontrei perdida no meu caderno e decidi terminar :) aproveitem. Ponto de vista da Ângela.
-XOXO-
Now I'm standing alone in a crowded room
And we're not speaking
And I'm dying to know is it killing you
like its killing me, yeah
(Agora estou sozinha em uma sala lotada
E não estamos falando
E eu estou morrendo de vontade de saber se isso esta matando você
Como isso está me matando?)*
Ângela sabia que estava acontecendo algo de sobrenatural ali; Cam absorta em seus pensamentos, Jack teclando incansavelmente algo no novo Blackberry, Brennan relendo alguns relatórios do ultimo caso, e Booth... Bom, Booth brincava distraidamente com uma miniatura de palhaço. Isso mesmo... Palhaço. Desde que conhecera aquele homem, a artista sabia sobre seu ódio por palhaços, e sempre achou um tanto quanto sexy o fato. Então, ele estar com uma miniatura dos artistas de circo nas mãos não era um tanto normal.
Sweets – que estava apenas observando a equipe Jeffersonian e Booth com uma cara não muito satisfeita – havia reunido todos para "interagirem socialmente" nas palavras do psicólogo e não parecia nada feliz com o resultado. Ângela deu um suspiro antes de perguntar:
- Então... O que estamos fazendo aqui mesmo? – Ela olhou abertamente para todos, e estes, desviaram sua atenção do que estavam fazendo para Sweets.
- Suponho que o Dr. Sweets tenha proposto esta "interação social" – Começou Brennan e pigarreou logo em seguida. – Para nos... – Ela deu uma pausa. – Testar. – Olhou para Booth que fez um sinal positivo. – Então, pode começar para podermos voltar aos nossos compromissos?
Ângela sabia que tudo o que a amiga havia dito era verdade e até aliviou-se por alguém – que não ela – ter habilitado-se a falar.
- Dra. Brennan, a sua objetividade é uma qualidade que realmente admiro. – Falou Sweets. – Então Jeffersonians... E Booth. – Ele acrescentou, ao receber um olhar realmente significativo do agente. – Gostaria que vocês mexessem nessa urna e cada um...
- Estamos muito atrasados? - Perguntou Daisy adentrando a porta do escritório de Sweets junto a Zack, ambos ofegantes.
- Parece que o nosso Pequeno Nicolau chutou o balde! – Exclamou Hodgins e todos riram, menos o próprio Zack e Sweets.
- Eu... Não entendo. – Ele disse e Brennan prontificou-se a explicar.
- O Dr. Hodgins está referindo-se – Metaforicamente é claro. – a uma possível relação sexual que vocês aparentam ter tido. – Ela disse como se estivesse falando sobre o tempo e Ângela surpreendeu-se por ela ter entendido. – Oh, desculpe Booth, constrangi você?
- Por que eu me constrangeria? – Ele perguntou, erguendo as sobrancelhas.
- Porque, talvez todos saibam das nossas aulas sobre hum... Como entender as suas metáforas e usá-las e sabe... Você tem certo desconforto em falar sobre... –Booth a interrompeu.
- Não, Bones, não sou puritano.
- Continuando, quero que cada um de vocês pegue um papel nessa urna. – Resmungou Sweets e Ângela sabia o porquê; ele e Daisy haviam terminado há dois meses e ela já havia encontrado outra pessoa: Zack.
A urna passou de mão em mão e chegou em Ângela, torcendo para ser alguém não tão complicado como Zack ou até mesmo Brennan, ela retirou um papelzinho: Booth.
Seeley Booth era um grande amigo e ela já havia chegado a sentir grande atração por ele, mas como Brennan mesmo falou, era normal. A artista ficou realmente frustrada; Booth era um cara super gente boa, mas ela queria que Brennan sorteasse o nome do parceiro... Estava tentando juntá-los há algum tempo.
- Agora, falem sobre as pessoas vocês sortearam. – Mandou Sweets, e, vendo o acanhamento de todos, acrescentou: - Dra. Brennan, pode começar.
Brennan – que não parecia nem um pouco surpresa ou com cara de quem ia negar -, levantou-se calmamente e dirigiu-se ao meio da roda que as cadeiras formavam.
- Estou bastante contente por sortear essa pessoa. Apesar de ela ter convicção de algumas... Coisas que eu discordo profundamente, é uma grande amiga. – Virou-se para Ângela, que sorriu. – Posso considerá-la uma irmã. – E deu um grande abraço na artista, que retribuiu.
- Obrigada, querida. – Ela ocupou o lugar de Brennan no centro da roda. – Bom... O cara que eu tirei é um grande palhaço... Apesar de odiar palhaços. – Ângela olhou para Booth. – Ele faz inúmeras burradas na vida amorosa, inclusive não enxergar o que está bem na sua frente. – Brennan pareceu não captar, mas o agente entendeu o recado. – Porém, é um dos homens mais incríveis que já conheci. Um legítimo... Macho alfa. – Ela olhou para Brennan e viu uma sombra de riso passar pelo seu rosto, enquanto o resto ria abertamente.
- Sua vez, gentleman** - Hodgins sussurrou para Booth, que levantou, dando um abraço em Ângela.
- Quem eu tirei, tem uma habilidade incrível que ainda nos impressiona. – Ele começou. – Bones, Bones, Bones... Pra ser sincero, da primeira vez que eu te vi, me perguntei: "como uma pessoa pode gostar tanto de mexer com... ossos de gente morta?" Mas ai eu entendi você. Seis anos de parceria e você ainda consegue me surpreender. Seja identificando as pessoas pelos ossos ou dizendo para o meu chefe que quando eu era pequeno tinha medo dos ovos cozidos da minha mãe. – Todos riram. – Mas eu quero mudar... Eu sou o apostador, lembra? Você é a cientista que não sabe como mudar e eu o apostador que nunca desiste... Até que fazemos uma boa dupla. – Um sorriso genuíno surgiu nos lábios de Sweets que Ângela não pode deixar de notar. – Eu também não quero ter arrependimentos. Rebecca, Tessa, Hannah... E realmente, a mulher que eu amarei por 30, 40, 50 anos está e sempre esteve ao meu lado. Bones... Eu amo você.
E Ângela soube, naquele momento, que aquela reuniãozinha de "interação social" foi a melhor coisa que Sweets já fez na vida dele.
-XOXO-
*Letra da música Story Of Us da Taylor Swift.
**Gentleman, tradução literal para homem gentil; cavalheiro.
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