Disclaimer, capa e outras informações: Profile
N/A: Oioi!
Muito bem gente. Decidi tentar escrever algo com mais de um capítulo, (finalmente!HAHAHAHA) então espero que vocês acompanhem. Cada capítulo dessa fic vai ser baseado em uma imagem do Projeto Mural de Fotos, do Flor-de-lis lá no 6V. Espero que gostem! =D
E antes de deixar vocês lerem o primeiro capítulo, eu queria avisar a vocês que eu não me lembro se foi mencionado em HP uma data correta para a fuga de James e Lily para Godric's Hollow. Já que eu não encontrei uma resposta no Google, eu calculei que devia ter sido pouco antes do Harry e do Neville nascerem. Se isso estiver incorreto, por favor considerem essa fic como uma R.A. e não me matem.
Boa leitura e lembrem de mandar reviews!
Ice
Álbum de Fotografias
Por: Ice Blue Quill
Capítulo Um
Nós temos uma bruxa na família!
-E nós finalmente acabamos!- James sorriu satisfeito, limpando o suor do rosto com a manga da camisa. - Agora é só avisar ao Dumbledore e...
-James?- Lily interrompeu, parando na frente do marido e pousando uma mão na barriga em um gesto inconsciente de proteção. -Você esqueceu o porão.
-Lily? – O moreno gemeu. - Será que a gente não pode simplesmente abandonar as coisas que estão no porão?- perguntou esperançoso. - Não tem nada importante lá, certo?
-Bem, se você chama o seu equipamento de quidditch de 'nada importante' quem sou eu para contrariar?
James deu um pulo, o cansaço aparentemente esquecido, e correu em direção ao porão.
-Meu equipamento de quidditch? Onde exatamente está meu equipamento de quidditch? Como é que ele veio parar no porão?
-Você não usava a tanto tempo, - Lily disse, tentando em vão conter o riso – eu achei melhor guardar aqui.
-Onde exatamente?
-Oras, James, - a ruiva riu, se aproximando do marido por trás e lhe dando um beijo no pescoço. – em uma das caixas.
-Qual delas?
Os olhos esbugalhados de James admiravam as mais de vinte caixas que estavam espalhadas pelo chão do porão. Elas tinham uma fina camada de poeira e estavam em péssimo estado de conservação.
Desde que a profecia fora revelada, James e Lily tentavam sempre estar em movimento. Eles não sabiam se a criança escolhida seria seu filho ou o filho dos Longbottom, mas fariam de tudo para que o pequeno Harry nascesse em um lugar seguro.
O que era o principal motivo pelo qual o casal estava mudando, de novo.
Seu novo lar seria em Godric's Hollow; um povoado tranquilo e pacífico. Dumbledore tinha mencionado ter uma ideia sobre como protegê-los para que não precisassem mais se mudar.
Poderiam criar Harry em um ambiente estável.
-Lily?
A voz de James a despertou de seus devaneios. Tudo ficaria bem. Tinha de ficar.
-Ahn, James, eu não me lembro... – Lily suspirou. – Olha, nós vamos ter que re-empacotar todas as caixas, certo? Então por que não começar por esta aqui? – A ruiva apontou para uma das caixas mais próximas.
James deu uma olhada ao redor e gemeu, voltando à sala para trazer as caixas novas e, três viagens mais tarde, duas cadeiras.
-Eu só quero saber mais uma vez por que é que a gente não pode usar magia? – resmungou ofegante, se largando em uma das cadeiras.
-Porque Voldemort poderia nos rastrear através do uso de magia. Ou pelo menos foi o que o Dumbledore disse. –Lily respondeu pacientemente, tentando controlar o riso.
Não seria nada legal rir do seu marido exausto, certo? Certo.
Agora tudo o que ela precisava era conseguir resistir a tentação.
-HÁ, aposto com você que isso foi ideia da McGonagall. Deve ter sentido saudade de me aplicar detenções e decidiu me fazer relembrar...
-James? – a ruiva chamou gentilmente, tentando não prestar atenção na expressão emburrada do marido.
- ... Deve achar que eu não tenho nada mais importante para fazer do que...
-James? – tentou novamente, mas dessa vez não conseguiu manter o riso fora de sua voz. – Amor? – Tarde demais.
Ah, Deus, pelo menos o Senhor sabe que eu tentei, Lily pensou por entre gargalhadas.
-Lily Evans Potter, você não estaria rindo de mim, estaria? -
No instante que a pergunta saiu dos lábios do marido, Lily riu ainda mais, ainda mais forte. Não conseguia controlar; ria com tanta violência que os olhos estavam lacrimejando, o rosto estava vermelho e ela tentava em vão buscar por ar.
-Lily? Lily você está bem?
A ruiva respirou fundo e meneou a cabeça afirmativamente.
- Eu... preciso... ir... ao banheiro. – E com isso dito, a ruiva subiu as escadas quase correndo.
Se James não soubesse que grávidas precisam ir mais ao banheiro, ele teria desconfiado que Lily estivesse tendo um caso com alguém. Ele piscava, e lá ia a ruiva para o banheiro.
-Já voltei. – E ela sorriu, se aproximando do marido. Quando James retribuiu o sorriso, Lily se aproximou e se sentou na outra cadeira que ele tinha trazido.
-Então, Lily... Por onde começaremos? – James abriu ainda mais o sorriso - Ah, essa daqui parece promissora: 'Propriedade Privada de Lily Evans 1969-71'. Vamos ver quantas declarações de amor você fez para mim...
-Declarações de amor? – Ela riu – Talvez você encontre algumas de ódio, mas... – Lily sentiu seu estomago revirar quando reconheceu uma foto. - Olha isso aqui! Essa foi uma das primeiras vezes que eu fiz magia.
James se esticou para ver o que a ruiva tinha na mão. Ele não conseguiu resistir um sorriso ao ver a adorável menininha ruiva em um vestido florido com raios coloridos saindo das mãos dela.
-Fogos de artifício? Criativo, Lily. – alfinetou, sorrindo quando o brilho de raiva apareceu nos olhos da esposa.
-Ah, cala a boca, James. Aposto como você não fez melhor! –desafiou.
- Há, eu fiz muito melhor. Minha primeira demonstração de magia foi flutuação. Mas nada da flutuação chata que o Flitwick ensinou no primeiro ano, não. Devia ser lá pela meia noite quando aconteceu. Era festa de aniversário do meu pai, quando de repente lá estava eu flutuando. Todo mundo aplaudiu, foi inesquecível.
-É claro que você tinha que ser um exibicionista. É claro que você tinha que ter uma plateia de mais de vinte pessoas; o que eu estava pensando? – Lily revirou os olhos. – Além do que, essa não foi a primeira vez que eu fiz magia, foi a primeira vez que meus pais me viram fazer magia. Bem, não exatamente... Eu me lembro de estar brincando com o Sev no parquinho, e...
-Eu já te disse que você tinha péssimo gosto para companhias? – James interrompeu, ganhando um olhar irritado da ruiva. O moreno ergueu as mãos em sinal de defesa. – Eu só estou dizendo, se...
- Não me interrompa, James. – Lily revirou os olhos. – Onde eu estava? Ah, sim. Eu e o Sev estávamos brincando no parquinho. Eu já te contei que foi ele quem me disse que eu era bruxa, certo, James?
-Foi, Lils, mas eu ainda...
-Então, - Ela prosseguiu, como se James não tivesse falado. - naquele dia nós estávamos brincando de ' Hogwarts', que consistia em tentar controlar a nossa magia. Claro, eu ainda nem tinha feito dez anos direito, então nada de carta... mas nós nos divertíamos muito juntos.
-Hm, eu não consigo imaginar o Snivellus sendo divertido. – James resmungou, passando a mão pelos cabelos.
Não que o moreno jamais fosse admitir, mas toda vez que Lily falava da infância que tinha dividido com Snape, James morria de ciúmes dele.
É claro que ele tentava se controlar, se fazendo lembrar repetidamente que, no fim, Lily Evans tinha escolhido a ele.
James Potter.
Era o filho dele que ela estava trazendo ao mundo também.
Há. Como se isso ajudasse.
Lily tentou conter o riso diante do óbvio desconforto de James. É claro que ela sabia dos ciúmes que ele sentia, era meio difícil não ler a expressão clara do marido.
-Bem, naquela época, o Sev era uma pessoa muito divertida. Sem contar que também era um bruxo, o único bruxo que eu conhecia. Sev era meu melhor amigo. – Lily suspirou, tentando conter a vontade de chorar. Era difícil esconder a saudade que sentia de Severus.
-Lily? – James se ergueu e pegou a esposa da cadeira em que ela estava sentada e se acomodou novamente com ela em seu colo. – Ah Lils... – Por mais ciúmes que ele sentisse do Snivellus, ele gostaria que aquela tarde no quinto ano deles nunca tivesse acontecido.
Ele desejou que Lily pudesse ser sua esposa e amiga de Severus Snape.
Porque a ausência dele claramente a perturbava. O que ele não conseguia entender, mas ele faria tudo para cuidar de Lily.
Ele faria tudo para que ela fosse feliz.
-Tá tudo bem, James. – Lily forçou um sorriso – Eu só não entendo como é que o Sev se tornou o que ele é hoje. Ele é bom, James, eu sei disso. – ela deu um suspiro de cansaço. – Ou pelo menos ele era bom.
-Lily... – James murmurou, tocando o rosto da esposa com a ponta dos dedos.
-Ah, bem, como eu estava dizendo... – a ruiva sorriu e beijou o queixo de James. – nós costumávamos brincar de 'Hogwarts'. Nesse dia, Petunia nos viu. Eu não sei como, porque eu nunca a vi, mas algumas semanas mais tarde ela mostrou a foto para nossos pais...
-Lils... – Embora a foto não se mexesse, era muito óbvio que a menina ruiva estava fazendo magia. Milhões de fogos multicoloridos abandonavam suas mãos e iam em direção aos céus. - ...Seus pais...?
-Bem, eles obviamente adoraram a notícia. 'Nós temos uma bruxa na família'. – Lily riu, lembrando a felicidade no rosto de seu pai quando ele pronunciara essa frase. – Claro, não era o que a Petunia estava esperando... Não era o que eu estava esperando também.
-Seus pais são especiais, ruiva. – James sorriu, beijando a cabeça da esposa com óbvia afeição.
-Eu sei, - Lily concordou, se aninhando mais no colo do marido. – mas depois da reação da Petunia, eu estava morrendo de medo de contar a eles. Como eles reagiriam? Será que eles me odiariam? Me expulsariam de casa? Proibiriam de frequentar Hogwarts?
-Mas nada disso aconteceu. – James afirmou, arrancando um sorriso da ruiva.
-Ainda bem, eu acho que não aguentaria outra rejeição igual a de Petunia.
-Se depender de mim, Lils, você nunca mais vai ter que tentar. –James murmurou, colando os lábios na testa da ruiva.
