N/A: Agradecendo...

Minha querida Beta: Susan V. Malfoy, que me aturou todo esse tempo, corrigindo e me incentivando a continuar, mesmo quando isso me pareceu impossível. Valeu!!!!!!!!

Bernardo Cardoso da Silva, escritor fabuloso que me emprestou uma frase perfeita e uma criação sua. Pelo carinho, Bernardo, te agradeço...

Dedicando...

Minha primeira fic. É! E vai para o casal mais fofo da net Blackthorn, Samie e Felton. Espero que gostem...

O Segredo do Pentagrama

Capitulo I – A noite de todos os Anjos

Era uma noite de lua cheia, que iluminava cada recanto de Hogwarts. Estava no final de outono, e tudo estava em um tom de dourado lá fora. Tristemente, as folhas caíam, deixando as árvores sem muito viço. Pela janela, Draco observava a silhueta da lua refletida no lago.

Estava só, como sempre esteve. Já havia terminado a escola há quase três meses, mas as coisas aconteceram depressa demais, ainda não assimilara toda a sua tragédia. Sua mãe estava morta, morreu tentando protegê-lo de Lucius. Ela perdera a vida estupidamente, não teve tempo de chorar por ela.

Mas a vingança, que esperava ter um sabor tão doce quanto às iguarias da Dedos de Mel, ao contrário, aumentou ainda mais seu ódio. Entregar Lucius a ordem da Fênix não serenou seu coração.

Sentia-se seguro ali em Hogwarts, graças a Snape que o colocou ao seu lado nas masmorras. Sua função era fabricar poções para a Ordem da Fênix. Sempre fora exemplar em poções quando aluno, gostava de estar ali, mas Severus nunca seria um modelo de companhia para ninguém. Seu nome, agora maldito, fazia com que todos se afastassem dele. Não se encaixava em nenhum dos lados, então quase nunca se misturava a ninguém da escola.

Agora, lia pela milésima vez a única coisa que sobrara de sua mãe. Um antigo e raro livro de feitiços que encontrara no bolso interno das vestes dela. Na primeira vez que o abriu havia um enigma, bem típico de Narcissa, que se divertia com a ansiedade dos outros. Escrito em língua Celta, Draco levou um tempo e muita irritação para traduzir. Era algo mais ou menos assim…

"O sol sempre derrete o gelo,

a água inunda o abismo,

mas haverá luz para aquele

que é dono das batidas do meu coração…"

Junto com o livro um delicado marcador de páginas estampado com um magnífico dragão branco estava estrategicamente marcando um feitiço que a princípio não deu muita importância, mas, com o tempo, não pode mais negligenciar o seu conteúdo. Tentava justificar o fato de fazer o feitiço: estava sozinho ali, só Snape o aceitava, irônico, seu padrinho espião da Ordem…

Nada mais importava que todos fossem para o inferno, ele não se importaria com as criticas…

Nesse instante, voltava a sua atenção para o livro, revisando-o mais uma vez. Era um feitiço complexo, não poderia haver nenhum erro, ao menos uma palavra mal pronunciada…

Saiu de seus aposentos e foi em direção a um antigo carvalho nos jardins de Hogwarts. Como se tratava de uma magia Celta, ela deveria ser feita junto à natureza. Os Druidas não construíam templos. Tudo era feito na floresta junto a um carvalho.

A noite estava fria, uma lufada de ar frio beijou-lhe a face e o fez arrepiar, sua alma estava fria naquele momento. Nada o deteria, ele faria o feitiço, e com certeza sairia de Hogwarts com sua cara metade, para sempre longe da escuridão que tomava conta do mundo bruxo naquele momento.

Respirou fundo. Finalmente a lua estava em alinhamento com Vênus, um momento raro no céu. Ouviu ao longe ao longe a ultima badalada do relógio do Salão Principal de Hogwarts.

Era sua hora. Num momento de insanidade proferiu o feitiço…

"Luna blanca, ouvi meu clamor,

acordai o meu amor.

Vento, clamo teu favor,

Sussurra ao seu ouvido.

Terra, mostra o caminho.

Fogo, que me incendeia,

Ilumina meu caminho.

Água, purifica meu coração

para que eu a mereça."

Com a varinha em punho fez um leve e gracioso meneio em direção a lua. Um facho de luz branca inundou todo o castelo. Segundos depois, estava no chão, uma grande dor o corroia as entranhas, não conseguia pensar. A dor era pior que os "crucios" que várias vezes o atingiram. Pior que todas as torturas que sofreu em nome do treinamento que seu pai tanto se orgulhava. Perdeu os sentidos…


Na parte trouxa de Belfast, um atentado em um shopping vitimara várias pessoas, balas perdidas e bombas acertavam todos que tentavam sair dali. Caída no chão, uma das vítimas ainda via as pessoas correndo sem rumo. A confusão assumia proporções alarmantes, vários corpos caídos, explosões e gritaria. Aquilo parecia longe de ter um fim. O socorro não vinha, e aos poucos foi perdendo os sentidos, e a dor e a escuridão foram tomando conta dela, que se sentia caindo em um imenso abismo sem luz. Parecia o fim, quando uma dor maior ainda a atingiu, juntamente com um facho de luz branca que ali naquele lugar ninguém pareceu notar.

Uma grande energia percorreu seu corpo, um sentimento amargo percorreu-lhe o coração, um nó na garganta. As lágrimas saíam sem dificuldade, tudo parecia perdido mais uma vez…


Dumbledore acordou assustado com a claridade mágica. Sabia o que significava: um velho feitiço. Levantou-se correndo e convocou os professores. Era preciso agir com rapidez.

Seguindo o caminho residual do feitiço logo encontraram Draco Malfoy inconsciente, defronte ao antigo carvalho nos jardins de Hogwarts...

"O Sr. Malfoy finalmente cumpriu a profecia, acordou um Slib!"

"Slib?" - Todos falaram em uníssono.

"Sim, trata-se de um bruxo que nasceu trouxa, mas, sua magia é tão fraca que não pode ser detectada."

"Olhe professor." Lupin aproximou-se com o pequeno livro ainda aberto no feitiço. Dumbledore sorriu.

"O Sr. Malfoy finalmente encontrou sua alma gêmea..."

"Como? Onde ela está?"

"Severus seja rápido! Aqui está."

Retirou do bolso interno de suas vestes um aurim, um dragão dourado. Com sua varinha programou-o e entregou ao professor de poções.

"Esta chave de portal vai levá-lo a pessoa que o Sr. Malfoy acordou. Use Obliviate em um raio grande de ação."

"Como saberei qual é?"

"Você saberá, acredite..."

Severus seguiu as ordens de Dumbledore, sumindo instantaneamente. Levaram Draco para os aposentos de Severus e Madame Pomfrey foi chamada e ministrou uma poção para dor.


Severus apareceu no meio do caos do shopping e desviou do que parecia ser um tijolo. Olhou a sua volta e amaldiçoou todos os trouxas da face da Terra. Por Merlin, o que era aquilo?

Concentrou-se. O raio branco ainda estava ali. Correu até ele. Deparou-se com alguém coberto de sangue, inconsciente. Sabia o que o afilhado tinha feito, sabia que tinha que ser rápido, depois trataria de o esfolar vivo pessoalmente.

"Obliviate"

Abaixou-se, tomando o corpo inerte delicadamente em seus braços. Depositou a chave de portal em suas mãos e logo estavam de volta a Hogwarts, mais precisamente em seus aposentos.

Madame Pomfrey indicou uma maca que conjurou ao canto do quarto, atrás de um biombo. Severus assentiu e se afastou.

"Severus, tomei a liberdade de trazer Draco para cá, vão precisar de monitoramento por um tempo, e quero que tudo isso fique em segredo por enquanto. Tudo bem?"

"Claro, diretor."

Do outro lado do biombo, Madame Pomfrey começou a limpar e tratar os vários ferimentos da Slib. Ao lado, na grande cama de Dossel de Snape, Draco ardia em febre, se contorcendo de dor.

Todos estavam impacientes a espera de Madame Pomfrey. Draco ficava cada vez mais agitado. Finalmente, depois de uns quarenta minutos, Madame Pomfrey apareceu levitando o corpo da jovem já limpa e cheia de curativos, dentro de uma camisola de algodão branca que contrastava com seus cabelos negros e com a sua palidez. Não poderia usar poções na garota ainda. Depositou a jovem levemente ao lado de Malfoy. Uma leve luz, quase imperceptível iluminou os dois. Draco se acalmou, como se soubesse o que estava acontecendo. Neste instante, a febre cedeu lugar a um sono calmo para ambos.

"Meus amigos, devemos nos retirar, amanhã teremos um dia cansativo. Eles dormirão por hora..."