Título: Exceto um Conto de Fadas
Autor: Mione-Potter-love
Status: Em Andamento
Tipo: Romance - Shipper 1: Harry/Hermione Shipper 2: Outros
Spoiler: 1° ao 7° livro
Sinopse: O homem é bicho engraçado... Pode ir do "amar" ao "odiar" de um momento a outro, como num passe de mágica. Entretanto, o antônimo de amor não é o ódio e sim a indiferença. O último sentimento que poderia se encontrar dentro de Hermione.
Afinal, sua vida fora tudo, exceto um conto de fadas.
Observação: Universo Alternativo. Por ser uma estória em paralelo ao sétimo livro da serie Harry Potter. Alguns fatos deste, no entanto, poderão estar contidos aqui.
Nota: Fic dedicada à Luma (Black) que me incentivou horrores quando a esse projeto... Foi praticamente minha conselheira, me dando altas dicas também (ela ainda o está fazendo).
Na verdade, essa fic está no ar porque ela me ameaçou de morte o.o
Heuheueheue.
A culpa é toda sua Luma. xD
Espero mesmo que curta, moça.
Só pra constar: Harry Potter, companhia limitada, o mundo bruxo e a língua italiana, infelizmente, não foram invenções minhas...
Obs.2: Isto é uma fic desaconselhável para menores de 16 anos. Por conta do linguajar em alguns capítulos, especialmente neste.
Aclarações deste capítulo:
-Itálico: Flash-back
-Negrito: Presente.
-Negrito/itálico: ressaltando, no flash-back.
O Porquê de Eu Odiá-lo
A razão pela qual tudo começara
Flash
-Que história é essa de você e Rony não estarem se falando? – indagou assim que encontrou o homem.
Harry se voltou para a amiga. – O que tem?
-Não é verdade, é? – ele deu de ombros. - Francamente Harry, você e Rony já são bem "crescidinhos" para resolverem suas diferenças de modo menos infantil! – disse com ar reprovador.
Harry deu uma risada amarga. – O que você quer?
-Que os dois parem de besteiras, obviamente. O que foi desta vez?
-O que ele lhe contou?
-Rony apenas não disse nada.
-Deveria ter imaginado – disse consigo mesmo.
A morena franziu a testa. – O que aconteceu, afinal?
-Pergunte ao seu marido – disse simplesmente enquanto dirigia-se para a cozinha.
Hermione o seguiu. – Estou perguntando a você, Harry! O que houve? Por que Rony está tão calado?
-Ah. Ele está "calado" – Harry pareceu, estranhamente, se divertir com essa descoberta.
-O que há de engraçado nisso? – Harry balançou a cabeça negativamente. – Pelo jeito, você pode me dar respostas acerca do comportamento do Rony.
-Talvez ele apenas esteja com medo.
-Medo? Medo do que? – o moreno a olhou por cima dos óculos.
-Talvez, porque...
Então Harry me contou, em detalhes, a discussão (ou parte dela) que tivera com meu, então, marido...
Flash
-Você não tem nada com isso, Potter! – Rony levantou a voz, seu rosto vermelho, tal qual seus cabelos.
Harry sorriu com ironia. – Certamente que não, Weasley
-Estamos entendidos, então.
-Entendidos? Isso não... – o moreno retrucou erguendo a sobrancelha. – Não me confunda com pessoas de sua laia, Ronald Weasley. Tenho nojo de criaturas como você.
-Não dê as costas para mim!
Harry parou onde estava e, ainda de costas, indagou com cinismo: – Porque? Irá me atraiçoar, assim como o fez com a Hermione?
-Harry... Você não entende...
-Não perca seu tempo – sua voz sobressaindo-se a de Ron. – Ou sua saliva com explicações ridículas sobre como é sua vida infeliz com a obcecada Hermione Granger – disse voltando-se para Rony, que recuou um passo sob seu olhar. – Isso não me interessa. E, convenhamos, caro amigo – ele deu uma risada de escárnio. -, uma "vida infeliz" não justifica uma traição, justifica uma "separação".
-Eu amo a Herm.
Harry bateu palmas, sem perder o meio sorriso pungente. - Realmente é um belo modo de demonstrar apreço esse o seu. Algumas vezes, você consegue me chocar, Ron, com sua criatividade! – disse fingindo um ar de espanto. – Meu Merlim! Tive uma grande idéia – Harry estalou os dedos. - Porque não escreve um livro?! Sério. Faria grande sucesso... Imagine o título: "O meu estranho jeito de amar". Hmm? O que me diz? – indagou, uma das mãos no queixo, de modo pensativo. – Não, não, espera! Tenho um título melhor: "Como as traições apimentam a relação". Não, vamos lá, o que me diz? Vai ficar rico Ron!
-Não ironize – disse entre dentes, cerrando os punhos com força.
-Já se deu conta do quando tudo o que me disse é ridículo? – Harry esbravejou. – "Eu amo a Herm"?! Um cassete que a ama, seu filho da puta!
Rony arregalou os olhos, raivoso. – Cale essa boca!
-Quantas piranhas você já trouxe para essa casa?! Quinze? Vinte? Diga-me.
-Sai já daqui!
-Não antes de dizer algumas verdades... – retrucou desafiador. - Obrigado – Rony o olhou como se não o enxergasse. – Isso mesmo: Obrigado. Agradeço por me fazer enxergar o que você é realmente. Quer saber? Você não vale o que come. Não vale, ao menos, o que põe para fora – disse com asco. - Pensei, que em todos esses anos de amizade, se é que agora posso considerar aquele período real, que o conhecesse... Mas sabe, Ronald, você me surpreendeu. Nunca iria imaginar que pudesse apunhalar alguém que confia cegamente em você. Veja só! Estive enganado por quase uma década, mas você vai perceber que aprendo rápido. E também que não preciso de amizades como a sua.
-O que está querendo dizer?
-Ah! Merlim... Eu também sempre esqueço que o Ron não é o mais inteligente dos seres... – disse como se realmente falasse com Merlim. – Tudo bem, eu desenho pra você, cara.
-Sai daqui! – disse tornando a estar da cor de seus cabelos. Rony parecia prestes a explodir.
-Deixe-me explicar primeiro sobre o que quis dizer quando disse: "não preciso de amizades como a sua". É bem simples se quer saber – disse fingindo ponderar. – EU NÃO QUERO TE VER NEM PINTADO DE OURO! Hmm... E agora? Deu pra entender? Estou em duvida. Mais uma coisa, pra ficar mais claro: Eu realmente espero que se ferre em algum momento de sua vida e que tenha dignidade de não levar a Mione junto a você – disse dando-lhe novamente as costas. - A propósito, você me enoja – retrucou olhando-o por cima dos ombros, Harry esperou alguma reação de Rony, mas o ruivo estava apenas no mesmo lugar mais vermelho que os próprios cabelos. O moreno aparatou segundos depois. E, desta vez, para nunca mais voltar.
Talvez por orgulho ou, mais certamente, tolice... Desacreditei de Harry.
Flash
A morena o encarou numa risada, a qual Harry não retribuiu. Hermione franziu a testa, olhando-o fixamente. – Isso não tem graça.
-Não, eu creio que não.
A mulher deu um passo para trás, desconcertada. – Está mentindo!
-Apenas porque lhe convém – retrucou calmamente.
-Como pode acusá-lo, é seu melhor amigo! Além do mais, tenho certeza que Ron nunca me trairia – disse em tom veemente.
Harry piscou. – Precisa rever suas convicções.
Ela balançou a cabeça. - Não acredito que esteja sustentando essa mentira.
-Como pode saber que é uma mentira? – ele retrucou irritado. – Você não estava lá, Hermione!
-Não acredito em você.
-Verdade? Não deu nem para perceber – o moreno contrapôs com ironia, sua irritação aumentando.
-Não é hora para gracinhas. Quero que vá se desculpar com Ron – disse em tom imperativo.
Harry fez um som de indignação e a olhou desafiador. – Quem é você para me forçar a algo? Quem é você para julgar minhas verdades? Quem é você?! – indagou secamente.
Hermione o encarou com raiva. – Se não o fizer, Harry, me sentirei no direito de não lhe dirigir a palavra.
-Fique a vontade – retrucou fazendo um gesto amplo com a mão e inclinando a cabeça, como numa reverência.
-Você não se importa?! – estava indignada.
-Eu? Por que deveria? – redargüiu apontando para si.
Hermione lhe dirigiu um olhar duro. – Talvez porque – disse ironicamente. – Sejamos amigos de anos.
Harry fingiu se surpreender com as palavras da amiga. – Acho que tenho que escolher melhor minhas companhias – disse em falso tom de diversão. - Veja só... Um amigo, meu melhor amigo, a quem punha a mão no fogo... Não sabe o quando elas me doem agora – retrucou ainda mais pungente, olhando com inventivo pesar para a palma das mãos. – É um adultero! – disse arregalando os olhos e pondo uma mão na boca, como se estivesse chocado. - Não, mas ainda não acabou! – disse animadamente. – A esposa dele, supostamente minha melhor amiga, vem tomar satisfações sobre a discussão que tive com o homem e ainda toma as dores do seu marido traidor, não é impressionante? – riu, sem emoção. - Para quê quero uma amiga que não confia em mim? – sua voz deixando o ar divertido. – E saiba mais, eu não vou me humilhar para ter você como amiga. Não vou perder minha dignidade por você, descobri que não a merece. Não vou falar com o seu marido, porque é o seu desejo. Não quero fechar meus olhos para o que Ronald é. Não vou mentir porque, assim, sua vida parece mais alegre e açucarada, como num conto de fadas. Então, é Hermione, eu acho que posso viver bem sem a sua "amizade" – finalizou indolente.
A mulher respirou profundamente antes de voltar seu olhar para Harry. Ela estava nervosa, chocada e ressentida - Por que você está fazendo isso comigo? - indagou com a voz arranhada. - Isso é por estarmos tão felizes? Eu não posso acreditar...
-Apenas não quero que se iluda com o 'homem perfeito' que é Ron Weasley. Eu não quero que se machuque. Porque é isso que vai acontecer se continuar com ele, Hermione.
-Você não sabe de nada.
-Sim, eu sei - ele retrucou, ela estava de costas para ele, que não se moveu. - Você é uma tola - isso fora a última coisa que a morena ouvira antes de aparatar.
Me desgrace, Me odeie
Só não esqueça
Que eu amei você
Me difame, me odeie
Só não esqueça
Que eu amei você
Eu fui aos céus com você
E ao inferno também
Depois de ir às nuvens
Quase caímos no chão
(Me odeie – Reação em cadeia)
Desaparatou em casa com lágrimas no olhar. Desesperada, procurou o marido pela casa, jogando-se em seus braços assim que o encontrou.
-Mione? O que houve, meu amor?
-Ele... Ele é cruel – murmurou entre soluços.
-Ele quem? O que houve?
-Harry – ela o encarou secando com força e raiva o rosto. - Ele disse que você me traiu. - Rony a olhou apenas. – É claro que não acreditei.
O ruivo a abraçou carinhosamente. – Não dê ouvidos a ele, meu bem. É apenas mais um tolo.
-Não quero nunca mais olhá-lo! – disse estremecendo, lágrimas voltando a cair por sua face. – Nunca mais
"Apenas mais um tolo" Rony dissera, esquecendo, somente, de dizer que um dos outros tolos... Era eu.
Perdi grande parte de mim àquela noite - a única pessoa a quem realmente poderia recorrer a qualquer hora, lugar ou momento. – O único verdadeiro amigo que um dia tive. Harry James Potter.
Não sabe o rancor e o nó na garganta que, ainda hoje, sinto por tê-lo deixado ir tão facilmente... Por ter lhe mantido longe da minha vida. Por ter desacreditado.
Mais tarde, pude perceber que Harry dizia a verdade.
Mas era tarde. Estava completamente dependente do Weasley... Subjugada a ele. Foi quando, por fim, ele se cansou de mim e acabara por pedir a separação. Então, me vi perdida e sozinha... Acreditava que morreria, que não poderia ser sem ele ao meu lado.
Fui ridícula, agora vejo. Aquele homem nunca mereceu meu amor.
Quando passei a descobrir a outra face de meu "querido" ex-marido. Impudica, pútrida, vil... Mais dor e magoa entraram em mim. Vertia rios de lágrimas as noites e a cada descoberta. Meu desejo de tê-lo de volta se perdendo em meio ao asco e ódio.
Ainda assim, sentia em mim uma dor incontrolável e, por muitas vezes, só fui capaz de dormir a base de poções e antidepressivos. Minha alto-estima caiu por terra, assim como meu gosto pela vida... Mas passou. Eu fiz passar. A custo de lágrimas de rancor, magoa, dor e medo... Então, como uma fênix, ressurgi das cinzas... mais forte, mais preparada e mais vingativa...
(continua)
