Nota:Oi, galera! Essa é minha primeira fic entre Draco x Rose (na verdade eu apenas li uma, e os dois não tinham um envolvimento romântico). Eu criei essa história pois lembrei que eu tinha uma quedinha por um professor meu de matemática (há anos atrás...) e que às vezes eu fantasiava com ele me pedindo em namoro e dizendo que me amava! (Aff! Que horror, Yukari! Que brega!) Mas que nunca teve um hot for teacher?! E se o prof fosse o Draco?! Hein?! hahaha! enjoy!

Disclaimer: Não possuo nenhum direito sobre o título Harry Potter, que isso fique claro! Viva a J.K. Rowling! Amém!


A Rosa e o Dragão

~\\Rose Weasley & Draco Malfoy/~

Prólogo

Era uma vez, numa ilha coberta pela neblina e atingida por fortes chuvas torrenciais, uma torre. Esta torre era muito alta e pontiaguda, e não tinha nenhuma entrada aparente a não ser por uma pequena janela que se escondia entres as nuvens negras e pesadas de água. Diziam que lá jaziam enterrados grandes mistérios e que somente os mais bravos e sinceros de coração poderiam desvendar.

Existia outro rumor, no entanto, que fazia as pessoas se atreverem a se aventurar: o interior da torre construída em alvenaria de pedras negras era completamente preenchido por ricos tesouros antigos que durante eras e eras foram se acumulando graças a oferendas de antigos reis que cultuavam a torre. Todos os aventureiros que haviam tentado encontrar tal tesouro, contava a lenda, haviam perecido antes mesmo de desvendarem o primeiro grande mistério do castelo: o de seu guardião.

E neste vasto mundo tal história se espalhara e mais ninguém se atrevia a desafiar tais mistérios e apenas se contentavam em especular e sonhar com o grande tesouro de dentro da torre.

Numa outra parte longínqua do mundo um adulto e belo dragão branco, muito curioso, de nome Dragão, resolveu por viajar por terra, ar e água para verificar a pequena ilha que sustentava a famosa torre. Após semanas de viagem, finalmente atingiu as águas tempestuosas que envolviam a ilha e mesmo assim, agitando-se nas águas revoltas do mar e no vento sibilante do ar, Dragão viu a imensidão da altura da famosa torre. Seus olhos foram tomados pela cobiça – como todo bom e velho dragão, ele amava tesouros acima de tudo – e ele resolveu se arriscar.

Os dragões eram famosos por sua perspicácia, sua ganância e seu jeito dissimulado e manipulador: eles faziam tudo para conseguir o que queriam e com Dragão não era diferente.

Sua viagem até a costa pareceu uma eternidade já que mesmo quando nadava com força, as águas o jogavam para trás e que quando voava, suas asas perdiam a estabilidade e o levava numa outra direção. Ainda assim, Dragão não desistiu; o desejo de possuir uma imensidão de ouro o compelia cada vez mais. E quando finalmente a alcançou percebeu que teria que escalar a torre até a pequena janela que pairava entre as nuvens. E mais uma vez Dragão não desanimou; encravou as longas garras nas paredes grossas da torre e subiu. Escalou, escorregou e subiu ainda mais alto.

Alcançando enfim a janela, o imenso Dragão espiou com a grande cabeça de escamas alvas o que havia ali dentro; e nada enxergou além de um pequeno caqueiro feito de barro cozido, com um punhado de terra donde brotava um único talo verde e espinhento de uma rosa vermelha.

-Ora! – rugiu Dragão, sentindo-se esgotado e enganado. – Cruzei por terra, mar e vento para chegar neste lugar e sou recompensado com uma única flor? Onde está o ouro? Onde estão as pedras preciosas dos antigos reis?

Ouviu-se um trovão do lado de fora e o pobre bicho quase despencou dali com o susto que levou.

Estava tão concentrado em se equilibrar que mal percebeu a rosa desabrochar e lhe falar:

-Bem-vindo, aventureiro, me chamo Rosa. Em que posso ajudá-lo?

Novamente surpreendido, Dragão quase deixou as garras grandes descolarem das paredes grossas.

-Uma rosa falante! – exclamou.

Rosa apenas o mirou descontente, mas nada disse. Apenas ignorou os maus modos do visitante e voltou a lhe perguntar o que o trazia ali.

-Vim pelo tesouro! Afinal sou Dragão, o dragão! – sorriu ele, demonstrando orgulho e sinceridade.

-Muitos vieram por esse tesouro, senhor Dragão. O que o faz pensar que o conseguirá? – Rosa rebateu num som irritadiço. Era só mais um tolo desafiando os mistérios que rondavam a torre a fim de ganhar uma recompensa em ouro. Logo, logo o novo aventureiro iria desistir de tentar e sairia o mais rápido dali, como era de costume. Isso se ele conseguisse sair vivo da ilha.

-Sou mais esperto que todos eles. – o dragão soou confiante, esboçando um largo sorriso à flor.

E rindo-se de tal orgulho bobo, Rosa o bombardeou com perguntas as quais Dragão respondeu rapidamente, alargando cada vez mais o sorriso de triunfo. Ela sabia da fama dos dragões e sabia que teria que ser atenta e sábia para não cair em sua conversa manipulativa e maliciosa.

-Então, senhor, responda-me mais esta pergunta: por que acha que uma pequena e delicada rosa é a guardiã desse imenso tesouro e dos mistérios que o circundam?

Dragão ficou pensativo, queria achar uma explicação para aquilo, mas a sua cabeça começara a pesar de cansaço e nada que pensasse era o suficiente. Então ele fez um trato com a vermelha rosa: Ela lhe daria mais tempo para pensar e ele poderia vir todos os dias até o topo da torre para conversar com ela.

E assim fizeram. Durante dias e mais dias Dragão escalava a torre, conversava com ela, voltava a descer e passava o resto da noite pensando numa boa resposta para a sua pergunta. Quando conversavam, Dragão não deixou de reparar, Rosa – que no início de mostrara delicada e pequenina, se mostrava agora áspera e impaciente, insinuativa e atenta. Ela era bela, indefesa e ao mesmo tempo sedutora, como uma grande mistura de sensações. E um dia Dragão escalou rapidamente até a pequena janela da torre, confiante que já possuía uma resposta satisfatória.

-Então me diga, amigo Dragão. – pediu Rosa pensando que logo, logo as longas conversas acabariam e dentro em breve ficaria solitária novamente.

-Uma flor não é páreo para um jorro quente de bafo de dragão. – começou. – Mas quem ousar tocá-la se machucará com seus espinhos. Uma rosa a qualquer olhar desprevenido parece indefesa e pequena, mas você guarda segredos que ninguém mais conhece, como por exemplo um veneno mortal.

Rosa estava perplexa. Dragão falava sobre suas fraquezas, contudo também exaltava sua força e seu mistério. "Perspicaz para um simples dragão" pensara ela enquanto ainda o ouvia falar.

-Um misto de sedução vermelha e inocência bela, fragilidade e força... Um incrível e belo paradoxo.

-Mas, com todo respeito, senhor Dragão; por que logo uma simples rosa guarda uma torre solitária numa ilha solitária? – interrompeu, e Dragão sorriu mostrando os dentes afiados.

-Não sei. – declarou. Rosa pareceu ainda mais perplexa com sua sinceridade. – Mas sei que sua presença aqui é simbólica: todos querem alcançá-la e desvendar o segredo que guarda, mas a senhorita é solitária, querida Rosa, e nem todos os aventureiros conseguiram perceber isso. Você parece mais uma princesa que espera pacientemente por um príncipe encantado vir resgatá-la.

Ao fim da doce e gentil declaração do dragão as nuvens negras e pesadas começaram a se dissipar e os raios solares atingiram a entrada da pequena janela que há muitas e muitas eras não sabiam o que era o toque morno da luz. Rosa brilhou intensamente, o seu vermelho ofuscando os olhos gélidos do Dragão que semicerrou-os para enxergar bem o que acontecia:

A pequena Rosa flutuou a poucos metros do chão e brilhou ainda mais intensamente e, como num passe de mágica, tornou-se uma mulher bela como o amanhecer, de compridos cabelos encaracolados e ruivos e vestes esmeralda. Ela sorriu para o pasmo dragão.

-Amigo dragão, você enxergou em mim o que mais ninguém conseguiu enxergar. Eu sou o mistério da torre, e também sou seu tesouro escondido. Sou uma princesa que fui aprisionada aqui por gerações e gerações de minha família, para casar e reinar obsoleta ao lado do homem que me merecesse e visse através de mim. Juntos guardaremos a paz do mundo.

Ainda surpreso, porém encantadíssimo, Dragão sorriu e ali mesmo apaixonou-se por Rosa.

-Agora você pode me levar daqui e viveremos juntos até o fim de nossas vidas. – Rosa caminhou e tocou o focinho albino do dragão, fazendo-lhe um delicado afago. Porém Dragão a afastou.

-Eu sou um dragão, Rosa. E dragões vivem caçando e colecionando tesouros; e nós vivemos muito, por eras e eras. Nós não gostamos de nos envolver emocionalmente, apesar de ter que admitir que a senhorita me é tentadora. – Dragão sorriu e a princesa pensou ter visto em seus olhos cinzentos faiscarem de tristeza. – Nascemos e vivemos de acordo com nosso sangue.

E Dragão partiu dali, fugindo de seus sentimentos e da doce Rosa, voando cada vez mais alto até desaparecer completamente do mundo.

Dali do alto da torre a princesa Rosa assistiu o seu amado evaporar e brilhar no céu como uma estrela e ali ela permaneceu até sua forma humana envelhecer e desaparecer do mundo para encontrar seu querido Dragão no céu estrelado.

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