Disclaimer: Saint Seiya pertence a Masami Kurumada e Toei, todos os direitos reservados. Fic sem fins lucrativos.
O sobrenome "Dmitris" para os gêmeos foi dado pela Maia Sorovar, créditos a ela.
Sinopse: Universo Alternativo. Toda família tem um segredo escondido dentro do armário, sob o porão ou em uma propriedade afastada, não? Mas em algum momento o sangue haveria de transbordar... (fic em resposta ao Desafio Halloween do grupo "Saint Seiya Ficwriters" - Facebook).
AVISO: Esta fic contém violência (um tanto gráfica) e assassinato.
Notas iniciais: Já é raro (não digo inédito porque já escrevi, mas é BEM raro) eu escrever UA, imagina um UA que se pretenda ser de terror! x.x Mas como não dou certo com monstros, assassinos loucões de filmes e o escambau, parti pra algo mais psicológico (?). Não sei se vai estar a contento pro desafio em si, mas eu tentei x.x
Anyway, espero que gostem... n.n
KATARAMÉNOS
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PRÓLOGO
Atenas, Grécia
Carta encontrada sob os escombros da Mansão Dmitris, Atenas, atingida por um incêndio há seis meses:
Meu filho,
Sei que não fui o melhor exemplo de pai que você já teve. No entanto, tudo o que fiz até hoje foi tendo em vista apenas a sua felicidade, acredite ou não.
A família Dmitris tem um segredo... se doença ou maldição, não sei nominar. Não sei o que há de maldito em nosso sangue que, geração após geração, traz mais tragédias à nossa família. Algo que nunca tive forças para lhe contar, pois envolve também muito sofrimento e angústia no meu passado e muito medo no meu presente.
Queria proteger você dele, mandei você para longe de mim para estudar fora, enquanto tentava manter o segredo sob o meu controle. Mas não posso mais. Meu tempo é pouco e sinto que a sua segurança não depende mais da sua ignorância, mas do conhecimento sobre a nossa situação.
Todos os meus atos, meu filho, foram apenas para protegê-lo dessa maldição. Fui fraco e não consegui colocar um fim a isso logo no início, quando seria muito fácil, mas me esforcei ao máximo para conseguir minimizar aquela ameaça, neutralizá-la. Não me julgue como um monstro, não pense que foi fácil fazer tudo o que fiz. Desumano, admito. Mas acredite, tudo o que fiz foi pela nossa família. Foi por você.
Filho, durante todos esses anos eu tenho...
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- O resto está queimado. Não consigo ler mais nada.
- É a versão mais completa, até surpreende que estes papéis tenham resistido ao incêndio. Veja, os outros rascunhos estão ainda mais incompletos, rabiscados, a letra trêmula. Ele já estava um tanto fraco, mas é notável que a caligrafia está ainda pior.
- O senhor Dmitris parecia estar bastante inseguro ao redigir esta carta. Tanta angústia pra nada... ele nunca chegou a entregá-la, não é?
- Acredito que não.
- E o que fazemos com ela?
Uma pausa.
- Deixe-a aí.
- Mas...!
- Pra quê? Depois de tudo, a última coisa de que o destinatário quer se lembrar é dessa história…
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Sete meses antes, Cálcis, Grécia
A mordaça não lhe permitia ouvir os gritos desesperados daquele homem. Gostava de vê-lo sofrer, os olhos arregalados em agonia; contudo, por mais que ninguém pudesse de fato ouvir o que ocorria ali, ele não gostava de muito barulho.
O polegar direito. Depois o esquerdo. Mais sangue. Mais lágrimas. Mais um grito de horror contido pelo pano sujo em sua boca.
Tinha vontade de rir. Pra cada bofetada de que se lembrava ter recebido em sua vida , um soco no ávido estômago. Para cada noite preso, uma fratura. Para cada violência, cada abuso sofrido, uma resposta muito mais… aprazível.
Pelo menos para si.
Queria furar-lhe os olhos grandes de cobiça. Mas não poderia ver as lágrimas depois… e o horror de seu prisioneiro ao ver seus dedos serem decepados um a um não tinha preço. Esperaria mais um pouco.
Ele desmaiou outra vez.
Alguns tapas. Vinho jogado em seu rosto, o álcool trazendo ardor aos olhos (que ainda perfuraria quando estivesse satisfeito). O homem despertou novamente, e o choque ao perceber que não havia sido um pesadelo era quase hilário. Não, não desmaie de novo. Quero-o bem desperto, quero que sinta cada momento aqui comigo.
Quanto ainda conseguiria cortar antes que ele morresse por hemorragia? Ou talvez morresse de dor… ou de medo. Seria divertido descobrir. Um experimento interessante, a feira de ciências da escola que jamais tivera.
Papai morreria de orgulho.
Dedos das mãos e pés. Orelhas. Nariz. O pênis (ah, aquilo tinha sido particularmente prazeroso!). Arrancou a mordaça do homem, que já não estava em condições de gritar. Deliciou-se ao arrancar a língua sempre tão ferina.
Do crápula agora restava apenas a carcaça - a alma imunda já havia partido em direção ao colo do capeta. Tudo bem. Preparou os restos com cuidado.
Tinha pouco tempo.
Notas finais:
Então… deu pro gasto? Pelo menos este comecinho? É só um aperitivo XD A história é clichê, até previsível (eu acho), mas espero que curtam, pelo menos x.x Pretendo postar o primeiro capítulo mais tarde (à noite, digo) e o restante amanhã, no Halloween. Vamos ver se dá certo… x.x (Infelizmente ainda não terminei a fic inteira n.n'')
Ah, é: "Kataraménos", de acordo com o Google Tradutor (-q) significa "maldito" (ou "amaldiçoado"). Por que não coloquei o título em português? Porque sei lá -q
Kissus,
Lune Kuruta (30/10/2013)
