"Some wizards are better than others... Enemies of the heir, beware; you will be next, mudbloods"

Quanto tempo o tempo tem? Será que o tempo, que chamamos de tempo, é de fato nosso tempo? O tempo teu, o tempo meu, não é tempo dele; tal como o teu tempo não gosta do meu tempo, porque o tempo nunca é o mesmo para mim e para você. Só o que se sabe é quanto mais o tempo passa, mais velhos ficamos, até que sejamos velhos suficiente para regredirmos no tempo, talvez seja essa a beleza dele. Morte. Tu consegue temer aquilo que nunca pode tocar? Consegue trabalhar com aquilo que só viu estampado em livros, jornais e periódicos? Não, tem que chegar perto suficiente de se findar seu tempo para que seja capaz de se agonizar com ela; negra, impura de perdão.

- Ora, ora, ora, o que temos aqui? Dessa você está certo de ser aquela fedelha de sangue ruim amiguinha do Potter, não é Draco?

Dois cadáveres; um de um homem loiro, de cabelos compridos e ar aristocrático, o outro de uma mulher de cabelos igualmente loiros e delicadeza de um anjo. Eles não mereciam estar mortos, sim, talvez ele tivesse cometido crimes que o fariam ter um destino que não fosse o céu, contudo a morte é um preço muito caro por uma chantagem feita a um recém adulto. Os sonhos, a pressão, foi aí que o medo, o terror finalmente nasceu dentro do coração que era cheio de poder e ambição de viver em um rio de ouro puro e terra revirada de felicidade.

- RESPONDA!

O rosto não demonstrava o que de fato haveria de dizer, muito menos o coração; talvez assim fosse o caminho mais fácil para acabar com aquilo que vinha guardando à tantos anos. O trio maravilha riria tantas vezes depois, com a idéia de que fora covardia da parte do jovem Malfoy o mesmo não revidar o bendito soco, que era medo de se misturar, medo de perder; não, aquilo se chamava dependência e quando se é dependente de alguém que você despreza, não há o que se fazer a não ser se banhar de paciência.

- Sim, é ela

Um riso esganiçado, de bruxa que gosta de inferir a dor ricocheteou nas paredes da mansão e nos ouvidos do bruxo mais novo dos que residiam ali. Os joelhos cederam e o corpo fora parar numa poltrona, enquanto os gritos da droga que o movia para encontrar seu mundo; parador, enchiam seu peito de frustração, as mãos gelaram e só o que fez, por medo daquela que poderia por fim em seu tempo, fora ficar ali, ouvindo parte de si, morrer.

Deathly Hallows | Chapter 23 | Before the escape of Granger's friends

N.A¹.: One shot em menos de 500 palavras; RW HG x DM HG challenge. Essa é para minha desafiante.

N.A².: Comentários são bem vindos e a fic de minha amiguinha de RH está aqui pra conferirem também: .net/s/7176836/1/Retas_Perpendiculares