Paper Flowers
Por Azami-san
Capitulo I – Utopia Sempre
Aquele quarto de motel parecia quente demais para a estação. Talvez fosse a cor, talvez fosse o casaco grosso e pesado que ela usava. Não, nada disso. Ela sabia exatamente o que fazia tudo ficar tão quente, tão proibido e tão invariavelmente gostoso. Era ele.
Ela estava em pé, encostada à parede próxima a porta que fora fechada instantes antes, ainda esperando as pernas se mexerem para poder fugir dali, ainda esperando sentir vontade de fugir dali.
Era errado, ela sabia. Ela nunca tinha entrado em um motel. Ela não deveria estar em um motel, muito menos com um cara. Ela não deveria querer esta ali. Mas, oh, ela queria mesmo estar ali. E como. Só não tinha coragem de admitir isso para si mesma.
Ele já estava na cama, meio deitado, apoiando o peso do corpo nos cotovelos, fazendo assim a camisa social do traje escolar colar ao abdômen deixando-o mais sexy ainda. Merda... Ele a estava olhando da cabeça aos pés, a medindo, mordendo os lábios, inconsciente de que isso fazia a cabeça da pobre jovem rodar mais ainda.
Sasuke não era um "pegador", não era mais um daqueles garotos que saem com as líderes de torcida e garotas populares ou que são freqüentadores assíduos de boates. Ele era reservado, com bom status social e inteligente. Bonito. Oh, sim muito, muito bonito. O tipo de bonito que costuma fascinar e fazer ate as garotas mais tímidas terem sonhos indecentes e irem à escola com uma saia um pouco mais curta, procurando ser notadas. A sensualidade em cada gesto dele era uma coisa puramente natural, sem pretensões. Isso tudo o fazia bem popular entre as garotas, mas ele nunca as queria. E nunca era nunca mesmo. Ninguém saberia dizer o porquê.
E agora ela estava ali. Ela, Haruno Sakura. Não que fosse assim uma coisa tão estranha de se pensar... Bem, era sim. De fato era uma coisa impensável para provavelmente todos os que os conheciam. Não que ela não fosse bonita, ela era. Mas ela também era a melhor amiga dele. Sabe, aquela garota que sabe qual o seu programa de TV e filme pornô favoritos, com que roupa – ou não – você dorme, além de detalhes sórdidos de todas as suas aventuras sexuais? Ela era essa pessoa para o Uchiha. Não que ele tivesse o que contar da ultima parte disso. Mas bem, além desse pequeno grande detalhe, bom, ele era o Sasuke. O Uchiha mais novo, esnobador, lobo solitário. Se um dia alguém cogitou a hipótese de ele escolheria uma parceira, ninguém apostaria nela dentre as tantas e tão bonitas e safadas líderes de torcida ou delicadas ninfetas do 1° e 2° ano que se jogavam nele. Ainda mais sabendo que seria uma parceira para isso, para sexo.
-X-
Eu penso mais na tua pele e na tua língua
Do que na alma que teu olho me mostrou
É sem teu corpo que minha'alma fica à míngua
É no teu seio que conserto o que quebrou
E quando falo da tua luz assim, quem dera
Ela acendesse em mim o santo que não sou
Mas ilumina em meu olhar o olhar da fera
Que entre tuas pernas carne sã despedaçou
É o olhar de sal de Jack, o Estripador
-X-
O relacionamento deles se dividia em duas partes distintas entre si. Quando estavam na escola ou fora dela com a galera, ou mesmo quando precisavam falar sobre coisas sérias, eram os melhores amigos de anos, sem insinuações ou malícia. Mas quando estavam a sós numa sala vazia da escola, no parque solitário à noite ou mesmo no quarto de um dos dois fazendo algum trabalho escolar, as provocações começavam indo desde um simples toque demorado nos dedos ao passar a borracha a um olhar cheio de segundas intenções no momento em que ele a deitava na cama de solteiro, minutos antes de uma mãe atenciosa bater na porta do quarto para oferecer um lanche, fazendo-os se separarem ofegantes e ela pular para junto dos livros abertos no chão do quarto arrumando o cabelo enquanto ele ia se trancar no banheiro.
Mas isso era só sexo, paixão e desejo. Sem compromisso ou amor que não fosse o que sentiam um pelo outro como os amigos que sempre foram. Ao menos para ele. Ela... Ela já estava começando a pensar que só isso (não que ela achasse que era pouca coisa, oh, com certeza não era) não bastava. Só isso não compensava ou amenizava a dor de amá-lo por tantos anos como muito mais que um amigo. E ela achava que estava ficando louca quando sua mente a interrogava: "Não era o que você queria? Que vocês ficassem juntos?". Mas não era desse tipo de juntos que ela estava falando.
Mas isso de repente não fazia a menor diferença quando ela levantou os olhos do chão que estivera examinando e olhou novamente para ele, vendo o rosto lindo e pálido a encarando com o sorriso malicioso com o qual ela se acostumara e passara a amar. Ficou então difícil pensar em qualquer que não fosse ele, ficou difícil encontrar sua moral ou discernir entre o certo e o errado e sair dali.
Seu amor próprio foi totalmente esquecido. Ali só tinha espaço para um tipo de amor: O amor doentio que ela sentia por ele.
- Sakura, você não vem?
A voz rouca e aveludada lhe acordou dos pensamentos.
-Eu-eu não sei se é uma boa idéia Sasuke-kun- ela respondeu tímida.
Não, não tímida, intimidada. Aquele quarto todo vermelho com um espelho no teto a deixava alarmada, como se fosse um lembrete de que ele era destinado a sexo, a pecado e ilusão e que ela não deveria estar ali. Não era uma prostituta, não era uma garotinha iludida por um cara que só queria sexo. Não queria ser nada disso. Mas... Talvez fosse. Talvez estivesse sendo a garotinha iludida do seu Sasuke-kun. Não. O Sasuke não havia iludido ela em nenhum momento. Desde o momento em que descobriram que a atração física entre os dois era inevitável e avassaladora os dois sabiam e concordaram que seria apenas sexo porque eles se amavam apenas como amigos. Satisfação e desejo carnal, simples assim. "Ah! Faça-me rir." Ela pensou, mas nunca teve coragem de dizer.
Então ela estava ali porque queria. Queria ele... E todo o prazer que ele podia oferecer ao seu corpo e a sua alma sedenta dele e só dele.
Desencostou-se da parede e passou o casaco vermelho pelos ombros, tirando-o lentamente e deixando-o cair no chão acarpetado. Afinal ela não era uma garotinha tímida. Ela era, sim, descente. Mas, por algum motivo, estar com Sasuke a fazia esquecer toda a decência. A fazia esquecer ate mesmo o próprio nome, assim passando minutos sem fim gritando, sussurrando e gemendo o nome dele. Ate mesmo enquanto dormia.
Loucura.
Obsessão.
Simplesmente amor.
Ele se levantou e foi ate a garota de cabelos tingidos de rosa, colocando uma mão em cada lado da cabeça dela, encostando-a na parede enquanto juntava mais seus corpos.
- Pois eu acho uma idéia excelente Saky – ele sussurrou sensualmente no ouvido dela, mordendo levemente o lóbulo antes de se afastar.
Só aquilo foi o bastante para fazê-la molhar a calcinha. Só aquilo foi o bastante para fazê-la desistir de qualquer idéia de sair dali. Ela queria todas as promessas que lia nos olhos extremamente negros. Promessas de coisas que só se faz no escuro, em um desafio. Promessas de uma noite totalmente tonalizada em nuances de vermelho, cheia do cheiro almiscarado do sexo e do cheiro entorpecedor dele.
-X-
O que eu marquei na tua pele não se lava
Pode ser cheiro, hematoma ou cicatriz
É pelo sexo que meu sol te faz escrava
Quer seja santa, cidadã ou meretriz
Se perguntarem pelo irmão não me aponte
Pra disfarçar escreva na chuva com giz
Que minha faca desfibrou seu horizonte
Rasgando a pele da paisagem por um triz
É a escolha entre ser calma e ser feliz
-X-
- Sasuke-kun... – ela falou enquanto sentia um frio na coluna, a deixando arrepiada – Mas porque tinha que ser aqui? Eu nunca tinha entrado em um motel, você sabe.
Ele sorriu de canto. Ele realmente gostava de saber que tinha sido ele a fazê-la mulher, que ele tinha sido o primeiro homem na vida dela.
- Eu sei Saky. Mas fique calma, estamos longe o bastante da cidade para ninguém nos conhecer aqui. – ele sorriu mais maliciosamente – Vamos fazer um jogo? Assim você relaxa e... Nós dois tiramos proveito disso.
Ela o olhou desconfiada. Sasuke podia não ser um pegador, mas ele sabia ser bem espertinho. Ele tinha uma criatividade assustadora às vezes, as brincadeiras dele sempre tinham que ter alguma coisa que o interessasse.
- Tipo que brincadeira Sasuke-kun...?
Ele soltou um riso baixo e discreto.
- Cara Saky, você fica tão desconfiada que me faz sentir um maníaco que pode sugerir coisas inimagináveis! – ele disse com uma sobrancelha arqueada.
- Oras, mas você pode! – ela riu também – Sei que você gosta dessa pose de inocente, mas você não é Sasuke-kun – ela corou um pouco ao dizer isso.
Ele arqueou ainda mais a sobrancelha direita.
- Se você diz... Mas dessa vez é um jogo simples... – ele a puxou pela mão para sentarem-se na cama – você supõe que me conhece bem certo? E eu a você?
Foi a vez dela erguer uma sobrancelha confusa.
- Acho que sim.
- Ótimo. Eu te faço uma pergunta sobre mim, se você errar posso pedir para que você tirar a peça de roupa que eu quiser .
Ele exibia um sorriso perverso e ela se arrependeu na mesma hora de ter tirado o casaco.
- Err... – ela engoliu em seco, ficando excitada e constrangida ao mesmo tempo com o pensamento de se despir para ele – Sabia que você estava armando alguma! Mas... Eu topo!
Ele sorriu de canto.
- Então vamos lá... – ele aproximou o rosto do dela e sussurrou no ouvido dela, beijando todo o pescoço e orelha no processo – Eu mal consigo esperar para ver você se despindo pra mim...
Ela corou totalmente. Quase se arrependendo de ter concordado com aquele jogo. Além do mais eles já estavam ali e tinham muito tempo ate terem que ir embora, as mães deles pensavam que estavam em um passeio escolar que tinha sido cancelado.
- Quer... Começar? – ela estava odiando se sentir tão intimidada naquele dia.
- Claro. – ele sorriu para ela – eu não perderia a oportunidade.
Ela corou de novo. Parecia que ele estava de muito bom humor naquele dia.
-Então... É uma coisa que eu nunca entendi por que você não perguntou levando em conta que estamos fazendo... Isso há uns dois meses já. Você acha que eu era virgem antes da gente... – ele corou lindamente nesse momento e Sakura quase pulou no colo dele para beijar suas bochechas – ficar juntos naquela noite?
Sakura nunca havia perguntado isso a ele exatamente porque tinha medo de saber. Ele nunca tinha contado nada do tipo a ela, mas sabendo como o Uchiha era reservado ela não se surpreenderia se ele tivesse escondido isso. E tinha o Naruto... Ele também era o melhor amigo do Sasuke, os três eram melhores amigos, ele poderia ter contado ao loiro já que também era um garoto... Ela suspirou. Não se importaria de tirar toda a roupa se a resposta a essa pergunta fosse sim, mas não ia se iludir, ele era bom demais, concorrido demais para ser virgem aos 17 anos. Pensar isso era simplesmente muita loucura.
- Não. Não acho. – ela respondeu finalmente, tentando esconder a tristeza forçando uma voz zombeteira.
-Hun. – ele fez, uma sobrancelha arqueada.
– Minha vez. – ela disse sem esperar uma resposta concreta, tentando disfarçar sua dor. "Eu poderia passar sem essa informação". Ela pensava - Humn... Você...
- Hey, quem disse que era sua vez? – ele a interrompeu – Eu ainda não disse se você acertou.
- Não precis... – ela começou.
- Você errou. – ele a cortou de novo – Eu era virgem também ate aquele dia, até você.
Ela sentiu a cabeça girar após alguns segundos e subitamente percebeu que tinha prendido o fôlego e o soltou de vez, a mão tremeu. O coração falhou numa batida importante. Isso era... isso podia ser verdade?
- É verdade Saky, eu não mentiria para você – ele disse como se tivesse lido os pensamentos dela – Eu sei que parece estranho, mas... A verdade é que eu, eu... – ele suspirou, parecendo frustrado – Eu nunca fui bom em chegar próximo a garotas e também... Deixa para lá. Mas, então naquele dia... Aconteceu. Foi tudo tão natural e... Eu queria... Muito. E era você.
Ele deu de ombros, como se aquelas palavras explicassem tudo. Para ela, não explicavam nada.
- Sasuke-kun... – ela sussurrou, ainda sem fôlego, ainda confusa. O coração acelerando. Então ela se deu conta do que aquilo significava: Aquela vez, há três meses, havia sido a primeira vez dos dois. Sorriu. Era demais para ela processar. – Eu-Eu... Gostei muito de saber disso Sasuke-kun.
Ela se aproximou dele, um gesto natural, como se tudo estivesse no lugar certo afinal. Colocou uma mão no queixo dele e deslizou-a ate a bochecha, logo chegando à nuca e então o puxou para um beijo calmo. Mas ele não queria serenidade naquele momento e deslizou a língua para dentro da boca dela, beliscando seus lábios com os dentes no processo, a fazendo ofegar. Mas logo ela o sentiu sorrir contra a sua boca e ele parou o beijo, as respirações ofegantes.
- Não vou esquecer do nosso jogo. – ele disse olhando os lábios dela e logo descendo o olhar para os seios cobertos. Engoliu em seco. – Quero ver você tirando essa blusa.
Ela corou pela terceira vez desde que entrara naquele quarto.
Ela ficou de frente para ele e levou a mão ao primeiro botão da blusa branca enquanto ele voltava a se apoiar nos cotovelos, aproveitando a visão. Ela estava corada, e isso o fazia se lembrar dela durante e após o sexo, com as bochechas coradas não apenas pela vergonha, mas também pelo esforço físico.
Ela desabotoou a quarta casa e os seios cobertos por um sutiã meia-taça vermelho se mostraram completamente, fazendo o garoto morder o lábio inferior ao imaginar obscenidades.
Ela terminou de desabotoar a blusa e a tirou, respirando fundo e segurando a vontade de se cobrir com as mãos enquanto ele a media completamente.
- A-ah... Então é... Minha vez? – ela ainda estava um pouco tonta pelo beijo e pela vergonha.
Ele apenas balançou a cabeça em afirmativa, com os olhos ainda fixos na cintura e nos seios dela.
- É uma coisa que eu também não entendo porque ainda não me perguntou, já que a Ino vive falando. – ela não queria entrar naquele assunto, mas viu a chance de esclarecer uma coisa que a perturbava há quase uma semana sem se sentir idiota e não ia deixá-la passar. – a Ino... Ela vive dizendo para a galera que eu fiquei com o Kankurou sexta passada. Você acha que é verdade?
A pergunta exata que ele queria fazer na verdade era: "Você não se importa por eu supostamente ter ficado com outro garoto?", mas ela não ia fazer isso. Sabia que do mesmo jeito que ela não iria cobrar nada dele se um boato desse tipo surgisse, ele não cobraria dela. Como não estava cobrando agora. Mas isso a incomodava. Será que ele não ligava mesmo se fosse verdade?
- Não acho. – ele respondeu de pronto – Sabe, se você quiser você pode, mas não acho que seria com um tipo como o Kankurou. Ele é muito metido, sei o quanto você me xinga por isso, e eu nem sou. – sorriu – além do mais sei que ela esta dizendo isso para ter um motivo para falar com o Gaara. Da pra ver que ela é afim dele. Mas, enfim, pode ser verdade, eu só acho que não. Acertei?
Apesar de toda a explicação dele fazer sentido ela ainda sentia um incomodo por ele dizer que "se você quiser você pode". Mas resolveu ignorar isso. Estava feliz demais com a primeira revelação para se sentir mal com qualquer coisa naquele momento.
- Acertou – sorriu – você sempre foi muito perceptivo Sasuke-kun.
- Hum... Eu fico feliz de ter acertado – ele sorriu de canto – Minha vez. Você acha que eu já entrei em um motel?
Ela pensou que ele sabia onde aquele onde eles estavam ficava. Mas, como ele havia dito que era virgem – Woooooa – antes dela, ela apostou na lógica.
- Não acho.
- Errou – ele disse rindo – Sabia que você ia achar que não por causa do papo de ser virgem. Mas isso não quer dizer que eu nunca fiquei com outra pessoa Sakura. Quando eu viajei para o Canadá ano passado lembra?
- Lembro. – ela disse a contra gosto. Que história era aquela agora?
Ele riu com o tom dela.
- Eu sabia que você ia ficar brava. Uma das garotas era mais velha e a gente acabou indo parar em um motel, mas não rolou nada, eu saí de lá. Eu te disse que não gosto de garotas oferecidas. Além do mais ela era meio que sádica, foi estranho. E era loira. Não gosto. – ele deu um sorriso malicioso seguido de uma piscadela – Prefiro cabelos rosa.
Ela desviou o olhar, mas uma vez corada e excitada. Ele sabia bem o que dizer para agradar uma garota.
- Você nunca me contou sobre elas. – ela se lembrou.
- Eu nunca achei que fizesse diferença. – ele disse sério – Só foram experiências, não foi importante. E depois, você nunca perguntou.
- É verdade. Acho que pensava que você me diria. – Ela sorriu
E ele pensou que havia muito mais coisas que ele não havia contado a ela.
Agora Sakura ficava cada vez mais consciente de que, afinal, não sabia muita coisa sobre o seu melhor amigo. Isso a deixou um pouco decepcionada.
- Mas você não vai escapar... – ele disse pegando a mão dela e fazendo-a se levantar – agora eu quero que tire a saia... Bem devagar.
-X-
Seja qual for o tema o que te importa é sexo
Seja cabala, umbanda, herói ou desertor
Seja loucura, de verdade ou tenha nexo
Seja ou não seja, ou seja, seja o que for
Seja dançar no vento, areia ou tempestade
Seja no sonho seja no que despertou
Seja uma flor ou seja alguém na flor da idade
É o perdão ao lobo que te abocanhou
É o olhar de Jack, o Estripador
-X-
A garota levou os dedos ate o zíper lateral lentamente, mas por constrangimento do que para ser sensual, como ele queria. Mas, para ele, a timidez dela era totalmente excitante e logo ele pôde sentir o membro sob a calça pulsar com mais força, tomando mais volume assim que ela desceu a lateral da saia escolar e a deixou escorregar ate o chão. Calcinha vermelha, combinando com o sutiã. Um conjunto simples e provocativo.
"Ela quer me enlouquecer?" A pergunta rodava na mente do Uchiha em todos os simples gestos dela.
Ela o observou passear com os olhos desde os coxas grossas ate os seios bem formados para uma adolescente, ficando mais corada ao ver que seu companheiro deteve seu olhar exatamente no ponto escondido pela peça vermelha no meio das suas coxas, descaradamente.
- Sasuke-kun... Não olhe assim. Sabe que eu fico envergonhada. – Sakura disse corando mais forte e então dando um passo a frente e subindo na cama com uma perna a cada lado do quadril dele ate estar com o rosto próximo ao do Uchiha, decidida a acabar com aquele tormento de exposição – Prefiro que ao invés de olhar me toque.
Ele se arrepiou completamente com o sussurro malicioso dela e suas mãos fremiram com a vontade de tocá-la.
Ele lentamente segurou a cintura fina firmemente com as duas mãos, sorrindo de canto ao constatar o quão quente e macia era aquela pele, exatamente como se lembrava. Virou-a ate ela deitar na cama com ele por cima, ainda entre as pernas dela. Faria o que ela pediu, a brincadeira havia acabado. Estava na hora do verdadeiro jogo começar. Não agüentava mais ficar só olhando, fazia tempo demais desde a ultima vez que se tocaram assim. Deslizou uma mão para cima, ate a nuca dela, e começou a massagear ali suavemente, deixando-a arrepiada. Com a outra mão ele desceu até a bunda dela, a empurrando para cima, contra seu membro excitado, e começou a se esfregar lentamente nela, fazendo os sexos cobertos se tocarem.
Ela soltou um gemido baixo de surpresa e prazer, não esperava que as coisas esquentassem tanto assim tão rápido. Geralmente eles ficavam tempos se beijando, se sentindo, ate que algo assim acontecesse. Mas o fato é que era que ela queria isso também naquele dia. Queria violência, intensidade. Havia mais de três semanas que trocavam beijos apressados no estacionamento, sem uma chance sequer de realmente se curtirem, nem que fosse só para uns amassos mesmo.
Sakura sentiu um arrepio de prazer percorrer sua espinha à medida que ele aumentava o ritmo e começava a beijar seu pescoço. Engraçado, ela pensou, naquele dia ainda não tinham trocado um beijo de verdade como ela gostava, forte e demorado. Ele mordeu o pescoço dela e ela decidiu que não era hora de ficar encabulada, queria ele, os beijos dele, as mãos passeando no seu corpo todo, apertando seus seios. E iria deixar isso bem claro.
Ela levou as mãos ate a cintura do rapaz e o empurrou, fazendo-o se afastar confuso, para logo o deitar na cama redonda e macia sentando-se no colo dele passando a desabotoar a camisa do mesmo uniforme que ela vestia antes.
Passeou a mão por todo o peito e abdômen bem trabalhado pelo treino diário de artes marciais que os dois faziam, sentindo todos aqueles músculos se contraírem e relaxarem sob sua palma, o sentindo respirar mais forte conforme ela descia mais as caricias. Pegou as mãos dele que estavam nas suas coxas e as levou ate os seios cobertos com o sutiã, o sentindo apertar os dedos em volta e logo abaixar o tecido para poder apertar o mamilo excitado.
-Sa-sasuke-kun – ela gemeu ofegante, começando a rebolar lentamente sobre o membro dele o fazendo respirar mais pesado também.
- Sakura... – ele gemeu e se sentou na cama com ela no colo.
O Uchiha levou a mão ao feixe do sutiã dela, o abrindo completamente e segurando um seio nu na sua mão.
– Você quer que eu te toque assim? – ele sorriu maliciosamente e abaixou a cabeça para passar a língua quente e macia sobre o mamilo exposto, mordiscando, sugando.
-Si-sim – ela respondeu levando as mãos aos cabelos dele e os puxando com força – A-ah, Sasuke-kun!
Ele a deitou novamente na cama, se livrando da camisa que ainda estava no seu corpo no processo. Ficou de joelhos em frente a ela, levando suas mãos as laterais da calcinha de algodão e as abaixando lentamente, se inclinado para beijar todo o abdome liso dela, afundando a língua no umbigo pequeno e logo descendo os lábios pela lateral do quadril, ate chegar a parte interna da coxa onde mordeu levemente tirando a calcinha completamente.
- Sasu-Sasuke-kun! – ela chamou ofegante.
Ela sabia exatamente o que estava por vir, o que ele pretendia fazer, não era burra. Mas eles nunca tinham feito isso antes e ela sentiu medo. Medo de decepcioná-lo ou de fazer algo errado... E... Era algo tão... Vergonhoso. Tão exposto... Começou a se desesperar ate que subitamente sua mente ficou completamente em branco e ela ouviu um gemido feminino alto, tão alto que se surpreendeu ao constatar que era a sua própria voz.
- Aaaaanh! Sá-Sasuke! – ela levou a mão ate os ombros dele, tentando o empurrar para que pudesse recuperar a sanidade, mas não conseguiu e assim viu-se obrigada a agarrar nos cabelos dele, puxando forte e mordendo os lábios para abafar os gemidos descontrolados que saiam de sua boca sem permissão, sentindo a língua dele passear por toda a sua intimidade, chupando, mordiscando, enlouquecendo.
Era uma coisa que ele sempre quis fazer quando eles transavam: sentir o gosto dela, fazer ela ficar maluca só sentindo os seus lábios e a sua língua. E agora estava ali, afundando a língua dentro dela, bebendo todo o liquido que saia dela enquanto segurava as pernas macias afastadas. O gosto era atordoante, doce e quente e viciante e ele queria mais e mais. Fechou os lábios em torno do clitóris dela circulando todo ele com a língua quente, a sentindo tremer sob si enquanto ouvia seus gemidos descontrolados, altos demais para sua parceira tão tímida nesses momentos. Devia estar muito bom mesmo, já que ela só gemia assim quando ele se enterrava dentro dela com força e delicadamente.
Ela sentia que ia enlouquecer, perdeu o controle do próprio corpo, da própria voz. Segurava-se aos cabelos negros e macios como se isso pudesse a manter no mundo real quando começou a perder o fôlego completamente e sentir o corpo todo estremecer, em uma onda de prazer tão forte que achou que pudesse perder os sentidos.
Com um golpe forte de sua língua para dentro da carne dela, ele a sentiu tremer compulsivamente, gemendo alto seu nome e sua boca engoliu todo o gozo dela, ainda a sugando forte.
Ele levantou a cabeça do meio das pernas dela, meio arfante, lambendo o lábio inferior satisfeito enquanto a observava com os olhos fechados, corada e completamente suada.
- Você gostou Sakura? – ele disse maliciosamente, os olhos encontrando os dela quando se abriram levemente.
Ela corou ainda mais e se sentou na cama, levando as mãos ao rosto dele para acariciar a têmpora suada.
- Sasuke-kun... – ela sussurrou – Eu... Eu gostei.
- Faremos de novo quando quiser – ele prometeu com a voz rouca e um sorriso torto e malicioso – mas Sakura...
Ela o interrompeu quando aproximou o rosto do dele e o beijou nos lábios ferozmente, enfiando a língua entre os dentes dele e explorando toda a boca quente do Uchiha com desejo. Não agüentava mais a vontade de sentir aqueles lábios junto aos seus, aquela língua dentro da sua boca. Ali, a sós naquele quarto, eles esqueceram a vergonha, a timidez. Esqueceram ate mesmo que eram amigos desde a infância, porque isso de nada importava quando ele sentiu o gosto da saliva dela em sua boca, dando tudo para ele e recebendo tudo em troca. Recebendo tudo menos sentimento. Porque, afinal, o sentimento não tem importância tem? É só mais um otimizador de sensações, um tipo de dopina que faz tudo parecer melhor quando uma pele encontra outra.
Mas a vida não é feita de aparêcias.
A chapeuzinho vermelho se apaixonou pelo lobo malvado e deu-lhe sua alma em uma caixa em forma de coração achando, talvez, que ele se encantaria com a luz brilhante que saia dela. "Mocinha boba," tive vontade de dizer "Você não sabe que uma alma que vive por muito tempo no escuro se assunta com uma luz muito forte? Diminua a intensidade da pureza dos seus sonhos." Mas ela não conseguiu.
X
Não diga que estou fora de alcance
Don't say I'm out of touch
Neste galopante caos - sua realidade
With this rampant chaos your reality
Eu sei bem o que está para além do meu sono refúgio
I know well what lies beyond my sleeping refuge
O pesadelo que construiu o meu próprio mundo para escapar
The nightmare I built my own world to escape
X
Aquela boca macia era o seu cano de escape, o seu jeito de se sentir vivo quando as coisas ficavam ainda piores do que costumavam ser. E, mesmo se sentindo sujo e traidor, não conseguia abrir mão daquilo. "Não agora". Sua mente ressoava sempre que se amaldiçoava ao voltar para casa com o cheiro dela impregnado na pele, trazendo o coração dela em um baú de mentiras. Ela não merecia isso, ela não merecia que ele a usasse para fugir do seu lindo castelo de falsidade e crueldade.
Quantas vezes ele implorara para a mãe para que eles sumissem dali? Para que eles fossem para qualquer lugar distante o suficiente para não serem encontrados nunca? Perdera as contas há muitos anos. Ela tinha medo, e não tinha força de vontade. E ele não podia ir sem ela.
Deixou que sua melhor amiga –"Não! Não amiga. Aqui não! Agora não!" Gritou a mente dele. – o levasse para longe daqueles pensamentos ao sentir que a mão delicada abria seu cinto e o tirava, para logo abrir o botão e o zíper da calça social, escorregando seus dedos para dentro da boxer preta, envolvendo seu sexo intumescido devagar, hesitante. Ele a ajudou, levou a mão sobre a dela a fazendo apertar mais os dedos movimentando rápida e lentamente, gemendo baixo com o prazer que fazia todos os músculos do seu corpo se contraírem e sua pele arrepiar ao sentir a mão pequena e macia o masturbando, a fazendo ofegar ao sentir-lo ficar ainda maior e mais quente sob sua palma.
- Sak-kura... – ele gemeu rouco e excitado, ficando de joelhos e abaixando a calça e a boxer ao mesmo tempo.
A garota rosada se inclinou e beijou o baixo- ventre do Uchiha, subindo com a língua ate o pescoço branco, onde sugou e mordeu sem sequer medir forças. Estava completamente molhada, sentia o corpo quente, como se estivesse queimando. Precisava dele dentro dela, forte e rápido.
- Sasuke-kun... Eu quero... – ela sussurrou, quase gemeu, no ouvido dele.
Ele sabia do que ela estava falando, ela não precisava usar todas as palavras. E ele queria também, naquele exato momento, não podia mais adiar.
Deslizou as mãos desde a cintura da garota ate a metade das coxas e as puxou subitamente para frente, fazendo-a cair de costas na cama, soltando um gritinho de surpresa.
- Sasuke-kun! – ela começou mais foi impedida pela boca dele, que se deitou sobre seu corpo frágil e a subjugou em um beijo intenso que a fez gemer agarrada aos ombros dele.
O rapaz afastou as pernas dela com o joelho direito enquanto ainda a beijava com força, se encaixando no meio, sentindo ela o morder no lábio inferior quando sentiu a pressão que o sexo masculino fazia na sua intimidade úmida e descoberta. Ele liberou os lábios vermelhos dela e trilhou um caminho molhado de beijos e mordidas ate os seios dela, lambendo toda a elevação carnuda ate parar no mamilo, passando a sugar com força, arrancando gemidos descoordenados da parceira.
Uma mão massageava e apertava o outro seio, sentindo deliciado a pele quente e macia transbordar de seus dedos, enquanto a outra mão foi parar na bunda, apertando a carne suada com força e empurrando-a de encontro ao seu pênis, formando um atrito eletrizante, fazendo-o enterrar a cabeça no pescoço dela para gemer baixo e roucamente.
- Porra... – ele resmungou descontrolado
Ele apenas se afastou um pouco e se enterrou de uma vez nela, sem delicadeza, fazendo a garota soltar um gritinho fino de susto e prazer e o abraçar com as pernas, o sentindo sair lentamente para depois entrar de novo.
Aquilo era tortura, ela decidiu enquanto podia sentir toda sua área intima queimando e seus músculos se contraindo, tamanho era o prazer. Ela achava mesmo que podia desmaiar a qualquer momento quando o sentiu começar a aumentar o ritmo, mais forte, mais rápido, mais gostoso. Gotas quentes de suor escorriam dos dois, fazendo o cabelo grudar por todo o corpo, e a esse ponto ela mal conseguia ficar de olhos abertos, então os fechou, se concentrando na boca quente que a beijava no pescoço e no membro que entrava e saia dela cada vez mais rápido. Se concentrando em todo o prazer que fazia sua mente nublar sentindo, cheirando e chamando só o seu Sasuke.
O garoto tirou as mãos da cintura dela e as colocou aos lados da cabeça de fios rosados, pegando impulso para ir mais fundo ainda, enquanto olhava o rosto corado e suado abaixo de si. Ela deslizou as mãos pelo peito musculoso, chegando às costas e aranhando toda a pele branca com as unhas finas, gemendo o nome dele baixinho.
Ela sentia a ponta dos dedos dos pés dormentes e o ar parecia não entrar nos seus pulmões, o quadril começou a acompanhar os movimentos dele, cada vez mais rápido, cada vez mais quente. Sentia que não ia agüentar por muito tempo mais daquela sensação que fazia parecer que tudo tinha desaparecido, que só restara o Uchiha no mundo e ela precisava ficar cada vez mais perto dele, que precisava tê-lo cada vez mais dentro de si. Então ela gemeu alto, sentindo o mundo todo colapsar de uma vez em um assalto de prazer que a fez estremecer contraindo todos os músculos do corpo de uma vez e logo relaxar, totalmente satisfeita.
O Uchiha sentiu que a Sakura estava gozando e, quando ela contraiu os músculos da vagina ao redor do seu membro apertando gostosamente, ele não agüentou mais e deslizou para dentro daquele corpo quente mais uma vez antes de gemer alto e gozar também, forte e intensamente, deitando-se no corpo suado sob o seu para recuperar o fôlego.
Ele a abraçou pela cintura,descansando a cabeça no colo ofegante dela e ela retribuiu abrindo os olhos sonolentos e afagando os espessos cabelos negros, afastando a franja grande dos olhos igualmente negros. Ela amava acariciar aqueles cabelos tão lisos e rebeldes.
Ela abriu a boca de repente, mas logo a fechou, sem ser percebida pelo rapaz. Mordeu a língua e voltou a engolir as palavras que tão desesperadamente queriam sair da sua boca. Mas sabia que maior desespero viria se as dissesse. Ele não queria esse tipo de sentimento, não estava pronto. Talvez nunca estivesse. Sentiu os olhos embaçarem com as lágrimas contidas e preferiu afastar aqueles pensamentos. Estava ali não estava? Com ele. Isso era tudo o que importava. Por enquanto.
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Engolida pelo som do meu grito
Swallowed up in the sound of my screaming
Não posso cessar o medo das noites silenciosas
Cannot cease for the fear of silent nights
Oh como eu anseio pelos sonhos do sono profundo
Oh how I long for the deep sleep dreaming
A deusa da luz imaginária
The goddess of imaginary light
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- Sasuke-kun, nós temos tempo para dormir? – ela perguntou suavemente.
Ele a encarou nos olhos, estranhado os encontrar molhados, mas considerou como se fosse o sono, e então lhe sorriu levemente e escorregou para o lado, liberando-a de seu peso e a puxando para deitar no seu peito, aconchegando-a em seus braços.
- Uma ou duas horas eu acho. – ele respondeu olhando para o teto enquanto ela encarava sua mão espalmada no peito maciço – Durma um pouco, eu coloco o celular para despertar quando estiver na hora de irmos.
- Uhum – ela resmungou suavemente e fechou os olhos esperando se perder no mundo dos sonhos e levar apenas o prazer de estar nos braços dele para seu mundo particular. Nada de sonhos insanos.
Logo o Uchiha pode sentir a respiração ficar mais forte e calma sobre seu peito. Ela dormira.
"Você fez de novo," a sua mente o acusava, "Usou ela para esquecer-se de sua vida. Como pode ser tão egoísta? Ela é sua melhor amiga, uma das pessoas mais importantes da sua vida, você deveria contar a ela toda essa porcaria." Ele fechou os olhos com força. Não, ele não estava usando ela, afinal ela também quisera tudo isso e os dois aproveitavam. Não era como se ela esperasse mais que sexo e amizade dele. E se ele não contava nada era porque não podia. Não podia contar a ninguém. "Eu a estou protegendo." Decidiu.
Sasuke se curvou um pouco para alcançar o lençol caído ao lado da cama sem acordar a garota em seu peito e cobriu parcialmente os dois. Depois colocou o celular para despertar dentro de uma hora e meia e fechou os olhos para dormir. Tinha que dormir, estava exausto. E, afinal, não fazia sentido discutir com a própria consciência, fazia?
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No meu campo de flores de papel
In my field of paper flowers
E doces nuvens de canções de ninar
And candy clouds of lullaby
Eu minto dentro de mim mesma por horas
I lie inside myself for hours
E assisto meu céu roxo voar sobre mim
And watch my purple sky fly over
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Tzusuku…
A vida é tão frágil, os sentimentos são tão facilmente diluídos na chuva fria do destino... Assim como os origamis em formato flores de papel.
Há, nesse capitulo duas músicas: Uma é Sexo – Oswaldo Montenegro e a outra, que inspirou o nome e a história dessa fanfic e é, com certeza, uma das mais belas musicas da Amy Lee, é Imaginary – Evanescence.
Espero que não tenha ficado muito confusa, fiz esse capitulo em meu tempo livre de dois dias e não revisei quase nada, o que não é do meu feitio.
Gente, essa é a minha primeira fanfic "universo alternativo", todas as outras são no mundo do mangá mesmo. Ah, e também é a primeira fanfic em que altero a personalidade do Sasuke-kun (só um pouco), ele vai ser uma pessoa um pouquinho mais... Sociável. Mas só um pouquinho, como vocês puderam ver nesse primeiro capitulo. Rs. Bem, espero que gostem.
Kissu
