Curiosidades aparte da fic: LOL, primeiro queria dizer que esta é a minha primeira fanfic, portanto a vossa opinião conta muito. :) Ah! Eu acho que já sei onde a Steph Meyer inspirou-se para criar o Edward, andei a pesquisar e descobri que o criador da WaltDisney nasceu no mesmo ano (1901), na mesma cidade (Chicago), e também quis alistar-se ao exercito (1918). Funny né ? xD Não sei se já repararam, mas eu achei engraçado e decidi partilhar com vocês.
Agradecimentos:
Disclaimer: Twilight não me pertence.
Resumo: Bella era uma rapariga cheia de talento, mas vivia na sombra da sua irmã mais velha. Farta desta maneira de viver, Bella decide que quer um novo rumo para a sua vida e assim o faz.
Capitulo 1
A luz da manhã penetrou pela janela, tocando suavemente nos meus olhos, forçando-os a abrir devido a claridade. Abri-os devagar, e pisquei-os várias vezes para me habituar á luz.
Sai do meu estado inconsciente e lembrei-me que hoje era o aniversário do meu pai, o Chefe Charlie Swan da Polícia. Eu tinha uma irmã, a Jéssica, mas ela estava a morar com a minha mãe. E com pena do meu pai vim viver com ele.
Fomos sempre bastante diferentes, ela era a feliz, eu a triste, ela era luz, e eu as trevas. Ela era uma coisa, e eu era totalmente o contrário. Eu sempre soube que o problema era meu, era eu a rapariga do contra.
As nossas diferenças eram percebidas pelos outros. Na escola, era a rapariga popular e eu a Nerd, na família ela era a querida e eu a deprimida, com os meus pais ela era o exemplo e eu teria que a imitar.
Não, não era uma rapariga deprimida como os outros pensavam, para além de que o que passa na cabeça dos outros nunca me interessou muito. Eu podia não ser bonita, popular, super inteligente e fashion... Mas tinha um dom. O meu dom era para música e a representação.
Devido a esse meu talento, apareceu uma mulher, de cabelos negros até aos ombros, de olhos azuis e vestida formalmente, na minha escola. Ela veio falar comigo, e declarou que eu tinha uma bolsa na Universidade de Julliard.
As palavras dela não saiam da minha cabeça e sabe-se lá como ajudou na minha horrível e baixa auto-estima. " És maravilhosa, já ouvimos-te e ficamos impressionados. Parece que nasceste com o dom para a música. Desculpa… Não parece, tu nasces-te. E quanto á representação, tal como a música, és deslumbrante. Por isso, vim aqui de propósito para te oferecer uma bolsa na Universidade de Julliard."
Meu Deus, parecia um sonho…
Knock, knock, knock… Foi o som que interrompeu o meu sonho.
- Sim? – Disse eu ainda meia acordada, meia a dormir.
- Bella, arranja-te a tua mãe e a tua irmã vem cá passar o dia. – Disse o meu pai, do lado de fora da porta.
- Ok, eu saio já.
Levantei-me lentamente. Pronto, admito. Sou muito preguiçosa, ainda por cima ser obrigada a acordar mais cedo para encarar a minha querida irmã, e sair do meu aconchego. Pois sim. Fui á casa de banho, e apanhei um susto. O meu cabelo, uma verdadeira comédia. Ele nunca está nos seus dias, mas hoje estava ainda pior.
Lavei a cara e os dentes, passei um creme anti-acne na testa. Que foi? Eu sou uma adolescente de 17 anos, é normal, eu ter acne. Graças á minha franja, agora toda despenteada, as espinhas ficavam escondidas atrás do meu cabelo castanho-escuro.
Voltei para o meu quarto e bocejei pela quarta vez desde que acordei. Abri o armário, e escolhi uma camisola azul-esverdeado de manga curta e umas calças em tons de cinzento.
Arranjei o cabelo, e saí do meu quarto. Fui para o andar de baixo, ao encontro do meu pai. Ele estava na cozinha, virado de frente para o fogão com uma expressão de frustração estampada na cara. Receitas e o meu pai? Hum, nunca foram grandes amigos.
Estava decerto a tentar impressionar a minha mãe, como sempre. Ri-me baixinho da cara dele. Mas ele virou-se logo para mim, o que me assustou… Será que ele percebeu que eu estava-me a rir dele?
Felizmente, não. Na sua face, estava escrito um pedido de ajuda. Não era preciso ler mentes para perceber que era isso que ele queria dizer com aquela cara. Cheguei perto dele, e ajudei-o a terminar a feijoada á brasileira.
Era o prato preferido da minha mãe. Custava acreditar que era ele o aniversariante. Era ele que devia ter o direito ao seu prato preferido, não a minha mãe. O meu pai era uma pessoa tão frágil devido á separação, que mesmo com o tédio que eu passava aqui em Forks, quando via a cara dele daquela maneira, fazia-me esquecer todas as coisas que odiava neste pequeno fim de mundo, para tentar apreciar algo que fizesse com que eu ficasse aqui por mais tempo.
Naquele preciso momento, a minha mãe e a minha querida e adorável irmã chegaram. Não foi preciso bater á porta para perceber a sua chegada. O carro da minha mãe fazia ruído que nem uma coisa louca. Às vezes perguntava qual era o estado dos tímpanos dos seus vizinhos e até mesmo os dela.
Logo que ouvi o carro, dirigi-me á porta para as receber. A minha mãe estava com umas calças de ganga simples e uma camisola de manga três quartos branca, já a minha irmã estava com um vestido rosa claro até um pouco acima do joelho, e com uns altos do tamanho das torres gémeas.
Assim que o meu pai as viu, foi logo comprimentar a minha mãe, e abraçou carinhosamente a minha irmã. Era fácil de perceber que, apesar de eu me ter preocupado com ele e decidir fazer-lhe companhia, ele ainda gostava mais da minha irmã. A filha predilecta dele. Não, não era ciúmes.
Nunca ia sentir ciúmes dela. Eu estava bem com a minha vida. Podia ser eu mesma, fazer o que mais gosto sem ter que me preocupar com os outros, já que eu passava despercebida. Só que… é complicado. Eu estava meia carente.
A minha mãe veio-me cumprimentar com um beijo na bochecha e um doce sorriso nos seus lábios, a minha irmã apenas me mandou um sorriso, ao qual fui obrigada a devolver.
Entramos todos em casa, e eles sentaram-se á mesa e puseram se a conversar, enquanto eu servia. Depois de concluída esta tarefa sentei-me ao lado da minha irmã. Estávamos todos a conversar quando Jéssica virou-se para mim:
- Então maninha, já conquistas-te algum rapaz aqui da "aldeia"? Ou vais mesmo para freira? – Disse ela com uma expressão de gozo.
Naquele preciso momento, pensei em todos as maneiras de lhe responder mal… ou mesmo fazer-lhe mal. Algo como corta-la em picadinho, colar todas as partes do seu corpo com cola-tudo 3, e voltar a cortar, parecia-me uma boa ideia.
Pará Bella! Estás tola? Meu deus, já com pensamentos homicidas, mas também não é para menos. Qualquer um teria, qualquer um… apenas eu. Eu era a única que não gostava dela.
- Hum, não tens nada a ver com isso. – Respondi-lhe da forma mais rude possível, para demonstrar a minha grande repulsa por ela. O meu pai limpou a garganta e a minha mãe arregalou-me os olhos.
- Bem, desculpa... Não queria irritar-te. Mas como não desencalhas-te numa cidade grande pensei que isso mudasse, quando te mudaste para aqui. – Disse a Jéssica em um tom de gozo. Ela estava a conseguir o que queria, provocar-me. Ela sabia que eu perdia a paciência rapidamente principalmente quando era com pessoas como ela.
- Qual foi a parte de " não tens nada a ver com isso " que não percebeste? - Lancei-lhe um olhar irritado e respondi-lhe com o mesmo tom.
- Bella, por favor. Pará com isso. – Respondeu o meu pai.
- Paro com isso? Foi ela que começou. – Quando falei isto, senti-me que tinha 5 anos.
- Desculpa maninha, não era mi… – não a deixei terminar.
- Basta Jéssica, basta. Estou farta da tua voz irritante, se queres gozar com alguém, goza com outro que tenha mais paciência, mas deixa-me em paz – explodi completamente.
Ela olhou-me com ar de surpresa falso. Ai, como eu a odiava. Ela era tão falsa! Como era possível ninguém ver isso? Só eu? As pessoas são assim tão cegas? Levantei-me e encaminhei-me para a sala.
Tive que sair da mesa, senão eu cometeria um homicídio ali mesmo. Pegaria num garfo e espetava-lhe nos olhos. Ai que ódio! Ouvi passos dirigidos ao lugar onde me encontrava. Quase apostava de quem seriam…
- Bella, o que foi isto?! – Questionou-me o meu pai muito zangado.
- Pai, será que.. – Interrompeu-me.
- Obrigada por me estragares o dia! – Disse-me ele.
Aquela foi a gota de água. A frase que ele me tinha dirigido cortou-me a base com que eu me segurava para não explodir na cara dele. Como é que ele podia ser assim comigo? Depois de tudo o que aconteceu? Depois de eu me preocupar com ele? Ele ainda me atirava á cara que eu tinha-lhe estragado a festa de aniversário dele, enquanto a minha irmã estava a provocar-me.
Senti os meus olhos a ser invadidos por lágrimas. Lágrimas de sentimentos variados. Algo como a mistura de rancor e tristeza com a desilusão. Enchi-me de raiva e respondi-lhe.
- Não tens de quê! Aliás, eu sei que posso não ser a tua filha predilecta, percebi isso desde o começo. Mas às vezes, podias-te controlar um pouco e não mostrar tanto a tua repulsa quanto á minha pessoa e poupar os meus sentimentos. – Respondi-lhe bruscamente enquanto ele me olhava atónico.
- Bella… - cortei-o.
- Não, não digas nada. Vou para o meu quarto. E por favor não me incomodem, nem que a casa esteja arder. – Disse-lhe quando me apercebi que não ia conseguir conter mais as minhas lágrimas.
Era tão injusto. Eles eram tão injustos para comigo. E eu não lhe iria dar a minha parte fraca. E foi essa a minha deixa, e abandonei-o na sala. E corri pelas escadas acima, para o meu quarto. Tropecei algumas vezes, porque a quantidade de água que se estava a formar nos meus olhos estava me a impedir de ver algo nítido.
Entrei no meu quarto e fechei a porta bruscamente. Tranquei-a com a chave, deitei-me na cama e enrosquei-me numa bola. Injusto, injusto e injusto. O que eu fiz de mal para merecer isto?
Se ao menos eu pudesse ir para outro lugar, começar uma vida nova, pensei eu.
Então, foi aí que me lembrei. Universidade de Julliard, era longe o suficiente para evitar encarar com a minha irmã e etc. Eu estava inscrita lá, mas ainda não me tinha decidido direito. E as férias estavam quase a terminar.
Ganhei coragem, peguei no pequeno livro que aquela mulher que me deu sobre a escola. E comecei a folheá-lo. Depressa encontrei o seu número, peguei no meu telemóvel e marquei-o.
Mas pensei duas vezes antes de clicar no botão de chamada. Será que estava certo? Será que eu devia mesmo dar uma nova oportunidade a mim mesma? Claro que sim! Eu fazia tudo pelos outros, e o que recebia em troca? Injustiças!
Cliquei no botão de chamada, e colei o telemóvel ao meu ouvido. Ouvi o toque de chamada. Ao segundo toque, uma mulher atendeu.
- Bom Tarde, Escola De Julliard. O que deseja? – Disse-me a mulher do outro lado da chamada.
- Boa Tarde, chamo-me Isabella Swan. E há um tempo atrás… - fui cortada antes de terminar a minha frase.
- Isabella Swan? Olá, outra vez. – Reconheci a voz, tinha sido esta mulher que eu tinha conhecido.
- Oh, é a senhora que veio á minha escola? Desculpe, mas não sei o seu nome.
- Sim, sim querida. Bem, eu chamo-me Maggie Cope.
- Prazer Senhora Cope.
- Trata-me por Maggie, assim parece que tenho mais 20 anos do que realmente aparento. -Rimo-nos as duas. – Mas bem querida, já te decidiste?
Fiquei um pouco em silêncio. A falar comigo própria, se deveria ou não... Claro que deverias, Bella.
- Sim, já me decidi. Era mesmo por isso que eu liguei Senh… Maggie.
- Bem, então… é para anular ou Julliard vai receber uma nova estudante vinda de Washington? – A voz dela pareceu esperançosa. Será que ela queria que eu fosse para lá? Pelo menos uma pessoa preocupada comigo.
- Eu acho que… Julliard vai receber uma nova estudante.
- A sério? Que bom! Arruma já as tuas coisinhas, apanha um avião e vem já para aqui. Tenho que te mostrar algumas coisas antes das aulas começarem.
- Claro, claro. Já estou a pegar nas malas. – Disse-lhe animada. Engraçado como já tinha esquecido o meu mau-humor, melhor… A minha raiva.
- Então falamos depois querida. Adeus. – Despediu-se.
- Adeus. - Respondi e desliguei o telemóvel.
Logo que posei o telemóvel peguei em toda a minha roupa, dobrei-a e coloquei-a na mala. Peguei em alguns perfumes e também pôs na mala, fechei-a. Seria essa a minha deixa, iria sair de Forks, debaixo das asas dos meus pais… Eu iria ter uma bolsa na Julliard, mas mesmo assim teria que trabalhar para pagar as minhas despesas.
Respirei fundo e abandonei o meu quarto. Desci as escadas, e procurei por os meus pais. Finalmente encontrei-os na sala, com uma expressão abalada. A minha irmã parecia estar aborrecida e zangada.
- Olá. – Foi a única coisa que eu consegui dizer.
Ao mesmo tempo que falava, eles olharam todos para mim. A minha mãe e o meu pai olharam-me como quem pedia desculpa, iam ambos começar a falar quando eu interrompi-os.
- Eu apenas quero vos dizer uma coisa. – Esperei um pouco para ver as suas reacções – Eu quero que saibam que nada do que aconteceu influenciou a minha decisão. Apenas optei por esta saída porque… - ok Bella, chega de enrolar – Eu vou para Nova Iork, eu vou estudar na escola de Julliard.
Fiquei a observar as reacções deles novamente. A dos meus pais era de surpresa, e da minha irmã de inveja. Eu não era uma criatura má, mas até que gostei ver a cara dela. Na verdade, a beleza não trás inteligência… Ok, tudo bem… Há excepções. Mas a minha irmã nem para lá caminha.
- Quando… quando é que vais? – Perguntou a minha mãe receosa que a resposta fosse " amanhã". Mas infelizmente não ia poupa-lá. E portanto essa seria mesmo a minha resposta.
- Amanhã. – Ficaram todos surpresos. – Eu vou ter que ir mais cedo, porque disseram que eu devia a conhecer a escola antes. E também eu vou procurar um sítio para ficar. Não se preocupem com a minha questão económica. Eu tenho algum dinheiro que vai servir, não quero nada de vocês.
- Querida… - disse o meu pai com um tom magoado – Eu… Bem, foi o melhor presente de aniversário que alguma vez me deram. Tenho muito orgulho em ti. – Abraçou-me.
Não pude evitar não olhar para de Jessica, que me encarava com raiva. Ignorei-a. Pessoas de baixo nível nunca mais me iriam afectar. Quando o meu pai largou-me a minha mãe abraçou-me imediatamente.
E disse me ao ouvido:
- Julliard… Tive sempre o sonho de ter uma filha em Julliard. E tu concretizaste-o. Fico feliz por ti. Perdoa-me se nunca demonstrei o orgulho que sentia por ti. Na verdade, és a minha menina com cabeça de mulher adulta.
Não consegui evitar não emocionar-me com aquelas palavras. Durante momentos, pensei em mudar a minha decisão, mas logo voltei atrás. Eu iria mudar a minha vida, começar uma nova.
No dia seguinte, o meu pai e a minha mãe levavam-me para o aeroporto. Ao meu lado no carro, ia a minha irmã com a mesma expressão carrancuda que tinha no dia anterior. A minha mãe não parava de falar sobre Julliard.
Parámos no estacionamento. E eles acompanharam-me até dentro do aeroporto. Estiveram comigo até á hora do voo.
Agora faltava pouco para o inicio da minha nova vida. Ouvi uma voz a avisar para onde devia-me dirigir-me para o meu voo. Despedi-me dos meus pais. A minha mãe chorava como uma criança.
Afastei-me deles, e caminhando em direcção á porta do meu voo. Olhei várias vezes para atrás, e sempre que olhava a minha mãe acenava-me e eu respondia-lhe com um sorriso doce e sincero. Entreguei o meu passaporte e entrei. Quando dei por mim, estava dentro do avião.
E aqui... começava a minha nova vida, um novo começo, um novo eu.
Esperam que tenham gostado, e deem as vossas opiniões por favor. * faz biquinho e olhinhos iguais aos da Alice. *
Kisu. :*
