Disclaimer:

Nenhuma das personagens me pertence.
U.A.

Sumário: "Eu queria ser encontrada, mas (…) o meu sonho era perder-me." "Agora que te encontrei de nov, não vais a lado nenhum!" Ino x Gaara

Texto:
"Uma linda jovem loira com grandes olhos azuis." - Narração
"Obrigada, papá!" - Diálogo
"Não me queria perder sem objectivo" - Ino


When I Found You

By: Cee M.


O primeiro livro que me lembro de ler falava sobre as memórias de uma dama espanhola. Tinha a capa em tons de sépia e o título em letras douradas e brilhantes. Ela era independente, numa altura em que as mulheres eram submissas, mas perdeu o Norte da vida e só voltou a achá-lo quando foi encontrada por um jovem deslumbrante.

Acho que desde essa altura, quando devia ter uns onze ou doze anos, que sonho em perder-me.

Em termos geográficos, claro. Entrar num bosque, vaguear um pouco e perder-me completamente no meio daqueles verdes e castanhos, dos sons e dos cheiros. Não me queria perder sem objectivo. O objectivo era ser encontrada. Engraçado, não é? Eu queria ser encontrada, mas, como não estava perdida, o meu sonho era perder-me.

Tinha uma versão romantizada daquilo que queria. Eu perder-me-ia no meio de árvores frondosas, com os raios de sol a entrar na floresta através das copas verdejantes e a sua luz teria um brilho esverdeado.

Ele aparecia, vindo do nada, e perguntar-me-ia se eu precisava de ajuda. Tudo muito bonito, muito delicado e… Totalmente irreal!

No campo, algures na Europa, no meio de montes e reentrâncias da terra, lá estava ela. Com o ar da Deusa Antiga, entre a Donzela e a Mãe. Loira, com os cabelos finos e lisos, soltos numa cascata que chegava até à cintura, a esvoaçar na brisa amena do Outono.

Vestia calças de ganga e uma camisa de flanela, obviamente grande demais para lhe pertencer, de um padrão axadrezado em vermelhos e castanhos, por cima de um top branco de alças finas colado ao corpo e às suas curvas pecaminosas.

Contrariamente ao que seria sensato a jovem estava descalça a andar no meio de ervas verdes que lhe davam pela altura dos joelhos. Tinha uma pequena Polaroid na mão. Ia tirando fotografias e guardando as mesmas numa bolsa, que tinha atada à anca direita.

Se não fosse pela máquina ninguém diria que ela não pertencia ao lugar. O Sol dava-lhe um brilho natural, mas não menos especial por isso.

A orla da floresta aproximava-se dela, mas isso não fez abrandar os passos decididos da moça de ar inocente e sonhador. Se não se olhasse com mais atenção, não se perceberia que a noção de que se estava a embrenhar na floresta era nula. Nas árvores, no meio de fetos e musgo.

O flash piscou mais uma dúzia de vezes e, de todas elas, a loira tratou de guardar as suas fotografias, memórias de papel brilhante, na bolsa. Só quando decidiu que chegava de memórias por uma tarde é que se deu conta de onde se havia metido.

- Merda, merda, merda! Onde raio está o trilho?! Lindo! Agora fizeste-a bonita, Ino. Sua loira desmiolada! Porra! Como é que eu vou sair daqui? Eu sabia que não devia ter vindo para estas férias ridículas! Que ideia brilhante! Obrigada, papá! Tenho de me lembrar de lhe agradecer, quando, e se, regressar! Como é que eu vou sair daqui…?

Yamanaka Ino. Uma linda jovem loira com grandes olhos azuis. Filha de um pai superprotector e órfã de mãe. Ajudava o pai na banca de flores que ele tinha no mercado da cidade onde viviam.

Era uma boa filha, boa aluna, boa rapariga.
Gostava de roupas extravagantes e bijutaria de cores berrantes e alegres, mas não se permitia a indulgências dessas vezes suficientes para poder ser chamada de mimada ou fútil.

Tirara aquelas "benditas" férias a pedido do pai, que, para a convencer, tinha denominado as ditas férias como "exploração empresarial", isto é, o objectivo era ela procurar diferentes espécies de flores ali, daquelas que não existissem no Japão, enquanto se divertia. Havia sido a única maneira de a convencer a ir na maldita viajem.

E agora ali estava ela. Perdida no meio do nada. Sem telemóvel. Sem saber falar a língua daquele país de fim do mundo. O único ponto positivo que poderia tirar de tudo aquilo era as fotografias de espécies bonitas que encontrara. Isso e o facto de o Sol continuar a brilhar. Ao menos ainda tinha alguma hipótese, embora ténue, muitíssimo ténue, de encontrar o caminho de volta.


A noite caiu e a temperatura agradável do fim da tarde desceu. A camisa de flanela não aquecia assim tanto e os pés descalços também não ajudam em 

nada a jovem. Estava sentada debaixo dum carvalho de tronco largo, três homens adultos de braços esticados não conseguiriam abraçar a árvore.

Com o queixo apoiado nos joelhos, que tinha junto ao peito, a Yamanaka pensava na sua sorte, ou neste caso, na falta dela. Era mau demais ver um dos seus sonhos realizados e afinal ele acabar por se revelar um autêntico pesadelo!

Não havia vivalma nas redondezas e ela sabia-o, pois passara três horas a gritar, sem obter qualquer resposta para além do restolhar ocasional de folhas que a deslocação de algum animal provocava. Animais como esquilos e ratinhos do campo, pensava a loira, procurando manter-se calma e não focar a sua mente em animais perigosos como lobos e ursos, que ela sabia que habitavam nas florestas. Esperava sinceramente que aquela não fosse uma dessas florestas.

- Só espero que tenham dado pela minha falta… Claro que sim! Já devem ter organizado equipas de buscas na floresta e tudo! Não deve faltar muito para alguém aparecer. Já não deve faltar muito. Não pode faltar muito, não pode, não pode…

E com esta cantilena nos lábios e o pensamento reconfortante de ser encontrada em breve a jovem adormeceu. Caindo num sono sem sonhos, nem pesadelos.

Nos livros e nos filmes qualquer pedacinho de relva ou de folhas serve como almofada. Bem, se acreditam nisso, minhas amigas, desenganem-se! O chão de um floresta à noite fica todo húmido e há uma série infindável de coisas nojentas e asquerosas que rastejam por ele, coisas em que prefiro não pensar, para bem da minha sanidade mental.

Os troncos de árvore não têm buracos, nem aquecem. As copas das árvores não dão abrigo da chuva miudinha que cai de madrugada e os animais não se aproximam de seres humanos perdidos para os levar para uma casinha com sete anõezinhos lá dentro!

Com o passar das horas geladas Ino começou a pensar que era a última noite que viveria. Em breve um qualquer bicho selvagem apareceria e devorá-la-ia, sem deixar nada para que se soubesse o terrível destino que uma jovem e inocente turista havia tido, naquela terra de bárbaros amantes da Natureza!

O sono venceu-a várias vezes, sempre sem lhe dar o conforto de um sonho, e felizmente também sem oferecer a angústia de um pesadelo. Foi num desses momentos de inconsciência que ele a encontrou.

Estava deitada de lado, com os joelhos encolhidos quase a tocar no queixo, uma mão a agarrar as pernas e a outra servir de almofada. Encostada a uma das raízes do carvalho, estava a linda loira que viria a tornar aquele dia uma experiência traumática para Gaara.

Tocou-lhe no ombro, na esperança que ela tivesse sono leve e despertasse, mas os deuses não estavam do lado dele naquela manhã. Tocou-lhe novamente no ombro e abanou ligeiramente, o que fez com que uma madeixa daqueles brilhantes cabelos loiros lhe caísse por cima da mão. Ficou parado a olhar e a ponderar. Acabou por não resistir a acariciar aquela madeixa solitária de uma cor e textura tão singulares como a própria bela adormecida.

Como das duas vezes que tentara acordá-la, falhara, optou por pegar nela ao colo e levá-la naquele estado de dormência profunda para a carrinha. Talvez no caminho para casa a jovem se dignasse a acordar e a explicar porque é que estava a dormir na sua propriedade.


A primeira coisa que sentiu, quando começou a recobrar consciência daquilo que a circundava, foi a ausência de terra molhada debaixo de si. Depois veio a noção de algo macio e fofo debaixo da cabeça. A impressão de ouvir música suave em pano de fundo apenas serviu para a confundir ainda mais.

- Será isto o Céu? Se calhar eles não chegaram a tempo, os animais devem-me ter apanhado antes do grupo de busca me ter encontrado.

- Se te apanharam antes do grupo de busca te encontrar não faço ideia, visto que o grupo de busca, seja lá ele qual for, ainda não anda à tua procura. Mas se quiseres explicar o "porquê" de teres estado a dormir na minha propriedade, terei todo o gosto em ouvir.

Primeiro veio um guincho, agudo e acutilante, daqueles que fere os tímpanos. Depois uma palidez, quase cadavérica. Seguida de um esbugalhar de olhos e de um ar de pânico profundo.

Estava metida em graves problemas, disso tinha a certeza. Ia violá-la e depois matá-la! Ou torturá-la até à morte! Tinha de arranjar maneira de fugir daquele homem assustador. Não podia ficar ali. Ou se calhar… Aquilo era o Inferno e aquele era o seu carrasco pessoal? Tinha aspecto para isso.

Olhos claros, de um verde água que, não fosse o brilho estranho e ligeiramente sombrio que tinham, poderiam ser considerados luminosos. Uma tez pálida e uma invulgar tatuagem na testa, do lado esquerdo, em vermelho sangue. Não percebia o que estava escrito pois o cabelo, quase tão berrante como a cor da tatuagem, cobria-a levemente. Tinha madeixas de um ruivo intenso, porém um pouco escuro.

Trajava preto. Uma suéter preta e umas calças de ganga preta, mas estava descalço, o que lhe retirava um pouco daquela aura perigosa.

Só depois de ultrapassar o choque inicial, e de examinar com cuidado o seu interlocutor, é que Ino se apercebeu que ele falava a sua língua materna! Ao menos algo de bom, no meio de tanta desgraça.

- Sou Yamanaka Ino, prazer em conhecê-lo.

Deu-lhe um sorriso torto quando se aproximou dela o suficiente para ela recomeçar a ter um medo saudável dele, e até esse medo ser visível nos seus olhos de um azul espantoso.

- Prazer. Sabaku nu Gaara. Agora, será que posso saber que motivo te levou a dormir num local que me pertence? - O ruivo deu especial destaque a "me" pois, se havia algo, que prezava, era aquilo que lhe pertencia.

- Eu… ah… Perdi-me? - Não era sua intenção dar uma entoação interrogativa à resposta, mas o olhar penetrante com que ele a fitava deixava-a nervosa.

- Não tens a certeza se te perdeste ou não? - Ele proferiu a pergunta com sarcasmo e não parecia achá-la muito inteligente. Não que ele demonstrasse alguma coisa com a sua postura fria.

- Perdi-me, sim. Desculpe, não sabia que tinha entrado em propriedade privada. - Só agora é que ela notava que estava numa cama, grande e bastante confortável. E também, no que, à primeira vista, parecia ser um quarto masculino. Era arrumado, mas faltava-lha um toque de suavidade feminina.

As paredes eram claras, em contraste com os lençóis azuis-escuros. Havia uma janela com cortinas de gaze azul clara, que davam um aspecto vaporoso, quase etéreo à divisão. A luz do Sol entrava filtrada, dissolvendo-se e iluminando o quarto com os tons das cortinas.

- Pois, mas entraste.

Tanto as respostas como as perguntas dele eram secas, frias. Nem parecia que ele era humano. Ou era o que Ino pensava.

- Pois, então lamento. Lamento ter entrado na sua propriedade. Lamento ter-me perdido no raio de uma floresta assustadora! Lamento que se tenha incomodado em ajudar uma pessoa que estava perdida! Tenha um bom dia!

Naquela altura, Ino já deixara de usar o tom assustadiço e apagado com que falara anteriormente. Levantara-se da cama, não reparando que apenas envergava a sua roupa interior, e estava a caminhar a passos largos para a porta aos gritos.

Gaara limitou-se a olhar para ela. Não tivera tempo para a ver bem quando a encontrara, nem quando a despira, para que as roupas molhadas e geladas não lhe dessem uma gripe. Mas agora, estando ela, de livre vontade, de pé nos seus trajes menores e de perfeita saúde, era impossível evitar olhar para toda aquela pele de alabastro.

- Provavelmente vais precisar de roupa seca e quente antes de saíres. Ainda é cedo e está frio lá fora.

Ele brindou-a com aquilo que ele parecia achar ser um sorriso, mas à Yamanaka parecia apenas um esgar sarcástico.

- Seu pervertido! AHHH! Sai daqui! Tem um mínimo de respeito! Para de olhar para mim, seu tarado!

A loira correu para a cama e pegou em todos os objectos que encontrou na mesa-de-cabeceira e começou a fazer tiro ao alvo. Sendo Gaara o centro do alvo. Para grande tristeza da loira ele esquivou-se de todos os projécteis lançados.

- Não percebo a tua lógica, loirinha. Chamas-me tarado mas foges para a minha cama, apenas em roupa interior, para, supostamente, te protegeres de mim. Como é que esperas que eu te respeite se acabas de te enfiar, de livre vontade, na minha cama?

- Porque é que eu só tenho isto vestido, seu tarado?! Onde estão as roupas que eu tinha vestidas?!

- Para não apanhar nenhuma pneumonia, sua desmiolada. Estão a secar. Agora, a Madame, prefere vir comigo buscar roupas para vestir, ou ficar à espera que elas caiam do céu?

- Eu não saio daqui enquanto não tiver roupa para vestir! Eu quero a minha roupa!

- Pois bem. Menina trata de sair da minha cama. Se queres a tua roupa vai buscá-la. E, a menos que colabores comigo, vais encontrar o caminho de volta a casa sozinha. Entendido?

- Seu… Seu… Seu TARADO! O que queres é ver-me quase nua!

- Talvez sim, talvez não. Por agora quero que saias da minha cama e depressa, para o teu próprio bem.

Mortificada e completamente humilhada, Ino saiu da cama. De cabeça erguida e muito orgulhosa, sem dar parte fraca, nem deixar que aquele ser horrível percebesse como ela se sentia. Andou até à porta, que momentos antes estivera quase a atravessar naqueles preparos, e saiu. Sem olhar para o ruivo que estava a sorrir abertamente para a forma feminina e irritada que acabara de passar por ele.


A casa não era grande. Na verdade, era menor que o apartamento que a jovem partilhava com o pai. Tinha o quarto, que dava para uma sala do mesmo tamanho, onde havia dois sofás de um castanho chocolate, uma televisão em cima de uma mesa baixa e resistente e um tapete gigante e felpudo, branco como a neve e com manchas cremes e castanhas.

Uma cozinha reduzida, o que levou Ino a pensar que ele não era muito dado á culinária. E, por fim, uma casa de banho. Essa, sim, fez as delícias da loira. Era quase do tamanho do quarto, com uma banheira onde cabiam, à vontade, três pessoas e um duche com vários jactos na parede, devia ser como tomar banho numa cascata. O balcão de cor creme tinha um lavatório e alguns frascos coloridos com aquilo que Ino pensava serem perfumes ou óleos para o banho.

Afinal sempre havia toques femininos na casa daquela amostra de ser humano.

- Hum… Obrigada pela "hospitalidade".

Depois de tomar um duche rápido para voltar a sentir-se quente, Ino encontrou as suas roupas devidamente lavadas, secas e passadas a ferro em cima do balcão da casa de banho. Tinha perdido muito pouco tempo a olhar para o seu reflexo e ainda menos a pentear-se. Só queria sair daquela casa.

Aquele ruivo tarado, arrogante e frio dava-lhe dores de cabeça.

- Hn, pois, claro. Deduzo que hoje vás conseguir achar o caminho de volta tão bem como ontem, estou certo? Ainda estás a algumas horas da povoação. Sim, acho que sim. Tem uma boa viajem, loirinha.

- Não me chames isso.

A frase saiu numa rosnadela entre dentes por parte dela.

- Não me conheces de parte alguma para me tratares assim, capiche? Agora é assim, seu robot tarado, trata de me dizer como é que volto para a aldeia rapidamente!

- Senão…?

- Não faço ameaças. Agora, vou repetir, calmamente, porque parece-me que não ouviste muito bem: Como. É. Que. Volto. Para. A. Aldeia?

Entoou as palavras de forma pausada e espaçada. Esperou pela resposta e rosnou e atirou-se a ele, armada com unhas e dentes, quando a única coisa que obteve foi um esgar e um piscar da parte de Gaara.

O choque do corpo de Ino fez com que ele perdesse o equilíbrio e tombasse de costas, em cima do tapete. Agora, sentada em cima do peito dele e dona do poder, Ino arranhava-lhe a cara ou tentava desferir murros ao acaso. Mas, mais uma vez, as suas tentativas de o agredir saíram furadas pois Gaara defendeu-se do ataque dela.

O feitiço virou-se contra o feiticeiro quando ele rolou, acabando ela deitada de costas debaixo do ruivo. Ele tinha o corpo bem trabalhado, do trabalho no campo ou na floresta, imaginou a Yamanaka. Mas, ter um bom corpo não o tornava mais agradável!

Ino continuou a tentar acertar-lhe com punhos cerrados dando ao Sabaku nenhuma opção para além de lhe agarrar os pulsos e mantê-los presos por cima da cabeça da loira de aspecto felino e irado.

Esse movimento aproximou mais os corpos dos dois, calando Ino momentaneamente. Não era todos os dias que se deparava com ruivos divinais deitados em cima dela.

- Mais calma?

- SAI DE CIMA DE MIM!

- Tomo isso como um "não". Preferes ficar aqui assim, ou levantares-te e tentares comportar-te como alguém minimamente civilizado?

- AH! Essa é boa! Muito boa mesmo! Tu raptas-me, despes-me enquanto estou inconsciente, fazes-me andar despida pela tua casa, e EU é que não sou civilizada?! Seu idiota! Sai de cima de mim, SAI!

- Isso quer dizer que estás mais calma?

- Sim, porra! SAI! És pesado!

Gaara levantou-se assim que ela acabou de falar e, num único movimento fluido, puxou-a para cima com ele. Mal se encontrou com os dois pés no chão, Ino começou a correr e a desviar-se da mobília da casa. Mesmo depois de já ter saído pela porta de madeira robusta continuou a correr pelo meio das árvores. Seguiu o único som que se ouvia: água. Devia ser o rio! Se encontrasse o rio encontraria a aldeia.

Com a esperança de voltar a casa novamente acesa, Ino pôs-se a cantarolar uma música que, estranhamente, a lembrava de vapores e coisas azuis claras.

Um azul muito parecido ao das cortinas de um certo ruivo.

O meu sonho mais secreto foi desfeito de uma forma cruel. Não me lembro de ter sido encontrada. Perdi-me e encontrei-me, mas só eu é que me encontrei, mais ninguém o fez.

Não perdi tempo para tentar conhecer o meu "salvador". Ele assustava-me. Tinha um rosto forte e talhado no Olimpo, mas metia-me medo. Mais medo do que eu julguei possível ter. Era estranha a maneira como ele olhava para mim. Tão estranha que apesar de todo o medo, eu até gostava de ter estado mais disposta a passar algum tempo com ele.

Ele não era delicado, nem carinhoso. Era frio, arrogante, distante, depravado. Era lindo, por fora. Mas eu precisava de mais do que beleza exterior.

Eu precisava que mais alguém me encontrasse.


Lembrei-me disto quando andei a passear depois de almoço por Pinho, uma aldeia pequenina no Norte de Portugal.

Este é o primeiro de dois capítulos.. já tenho o segundo em andamento, assim fico já com esta fic feita e posso me dedicar às outras que tenho pendentes, e que devia estar a escrever agora em vez desta. Mas quando tenho uma ideia nova tenho de a purgar do meu sistema senão fico dias a matutar na mesma coisa --'

Hum… Espero que gostem da fic. Pelo menos tanto como eu gostei de escrever.

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-beijo