Fic em resposta ao desafio proposto pela , válido por todo o mês de julho. Em resumo, todos podem participar, criando um texto inspirado por uma das músicas executadas na série; podendo ser songfic ou não; indicando o episódio e a cena onde a canção aparece; oneshot e sem beta.
A música é Road to Nowhere, de Ozzy Osbourne, executada pelo Nazareth, no finalzinho da última cena do episódio 1.18 – Something Wicked, quando os garotos conversam e pegam a estrada outra vez depois de matar a bruxa que se alimentava da energia vital das crianças. Grande episódio, na minha opinião.
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SN Jukebox: Road to Nowhere
_ O que há com você? – Dean foi direto ao ponto, oferecendo a garrafa de cerveja gelada.
_ Nada. Só estava pensando – Tomou um gole fitando a imensidão do acostamento de mais uma estrada à beira de outro abismo, em lugar nenhum.
_ Por isso o mau cheiro. – o mais velho recostou-se também na frente do Impala e seguiu o olhar do irmão por algum tempo, em direção ao infinito.
"I was looking back on my life
(Eu estava olhando pra trás em minha vida)
And all the things I've done to me
(E todas as coisas que fiz a mim )
I'm still looking for de answers
(Eu ainda estou procurando as respostas)
I'm still searching for the key"
(Eu ainda estou buscando a chave)
_ E então? – Dean decidiu continuar e acabar logo com aquilo.
_ Então que não sei ainda, se tudo o que fizemos e todas as coisas pelas quais passamos, realmente valeu a pena.
_ Isso só você é quem pode dizer, maninho – mais um gole.
" The wreckage of my past keeps haunting me
(Os destroços do meu passado continuam a me assombrar)
It just won't live me alone
(Isso apenas não me deixará só)
I still find it all a mystery
( Eu ainda acho tudo um mistério)
Could it be a dream?"
(Poderia ser um sonho?)
_ Quantas vezes já nos questionamos sobre o que fazemos nesta vida maldita, Dean? Quantas vezes, verdadeiramente paramos pra pensar no valor de nossas crenças e nas consequências de nossos atos, quantas?
_ Mais do que eu gostaria, Sammy.
_ E o que fizemos a respeito, hum?
_ Não muito, eu acho.
"The Road to nowhere leads to me"
(A Estrada para lugar nenhum conduz a mim.)
_ É. Eu também acho.
_ Talvez seja isso. Talvez a gente não deva mesmo pensar muito a respeito.
_ Você acha? – pela primeira vez desde o início da conversa, o mais moço encarou seu irmão.
_ De verdade? – Dean olhou dentro dos olhos de Samuel, que reluziam a luz do pôr-do-sol _ Penso nisso o tempo inteiro. Penso em como tudo poderia ser diferente se a mamãe estivesse viva, se o pai não tivesse feito o que fez e mais um monte de 'ses', se quer saber. Mas no fundo, eu sei que é assim que tem que ser. Que nada será diferente, a não ser que decidamos isso agora.
"Trough all the happiness and sorrow
(Por toda felicidade e duelo)
I guess I'd do it all again
(Eu acho que faria tudo novamente)
Live for today and not tomorrow
(Viver para hoje e não amanhã)
It's still the road that never ends."
(Ainda é a estrada que nunca termina)
_ Imaginei que fosse dizer isso.
_ Então?
_ Não sei o que quero fazer. Estou confuso. Muito. As coisas que temos visto, que temos feito, tudo o que te fiz sofrer até aqui...
_ Ninguém está te culpando de nada, Sammy.
_ Não precisa. Eu faço isso.
_ Você é mesmo um fresquinho idiota. Não vê que somos o que somos? Que o que fazemos é importante? Que o sofrimento, a dor e a consciência pesada fazem parte do pacote? Então, aprenda a conviver com elas, garoto.
_ Estou tentando.
_ Terminou?
_ Acho que sim.
_ Ótimo. Vamos colocar o pé na estrada. Temos muito trabalho a fazer.
"Ah, ah…
The road to nowhere's gonna pass me by
(A estrada para lugar nenhum vai passar por mim)
Ah, ah…
I hope we never have to say goodbye
(Eu spero que nunca tenhamos que dizer adeus)
I never want to live without you."
(Eu não poderia viver sem você)
FIM
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N/A: Vale um comentariozinho?
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