Style - S S Pierre

Midnight

Meia-noite

Vou come and pick me up, no headlights

Você vem e me pega, faróis desligados

A long drive

Uma viagem longa

Could end in burning flames or paradise

Pode terminar em chamas ou paraíso

Pansy Parkinson pulou a janela do quarto na casa que dividia com Hermione Granger desde o fim do treinamento de curandeiras delas; conseguia distinguir a sombra do carro estacionado alguns metros do portão. Os faróis estavam desligados porque não queriam ser pegos, por isso ela pulou a janela, por isso era meia-noite.

Quando entrou no carro ele deu partida, não falaram nada por vários minutos, isso era normal, ela sabia que seria assim, que podiam terminar a viagem discutindo e trocando azarações, xingamentos e em alguns casos até alguma agressão física (da parte dela, ele nunca havia tocado um dedo nela nesse sentido.) ou que podiam terminar transando no banco traseiro ou em qualquer outro lugar que encontrassem.

Pansy podia ouvir o som do mar de fundo, estavam se aproximando da praia. Não era novidade para ela, visto que ele nunca a levaria em um lugar público. Eram um segredo. Ela era um segredo sujo.

Fade into view - oh!

Desaparece de vista - oh!

It's been a while since I have even heard from you

Faz algum tempo desde que eu ouvi falar de você

Heard from you

Ouvi de você

I should just tell you to leave, 'cause I

Eu deveria apenas dizer para você partir, porque eu

Know exactly where it leads, but I

Sei exatamente onde isso vai parar, mas eu

Watch us go 'round and 'round each time

Nos assisto andar em voltas e voltas toda vez

Finalmente ela quebrou o silêncio depois do que pareceu uma década.

"Você sumiu. " Pansy arrumou o cabelo atrás da orelha. "Fazia um tempo que eu não ouvia falar de você. "

"É, eu sei." Ele nunca desviou o olhar da estrada. "O treinamento andou me prendendo."

Claro, ela pensou ironicamente, treinamento.

Sabia que deveria mandar ele dar a volta e levá-la para casa. Sabia que tudo terminaria novamente com sofrimento, lágrimas e ressentimento entre eles, porém, a esperança que daquela vez fosse diferente a fazia ficar todas as vezes, e sempre terminava com eles andando em voltas.

Tudo havia começado com aquela festa que Hermione resolveu fazer para comemorar a promoção do namorado. Pansy já andava com ela algum tempo e havia sido convidada, com direito a levar alguns amigos para não se sentir sozinha. Lembrava que havia sido a maior dificuldade do universo arrastar Draco e Blaise com ela, e que se arrependeu disso assim que eles se envolveram com algumas bruxas e a esqueceram no salão.

A música era alta e ela podia ver todos dançando e se divertindo. Todos menos ele. Foi por pura curiosidade que ela se aproximou, talvez nem tanta assim, um pouco de tédio e muita bebida no sangue podiam se juntar ao fator.

"Por que você não está dançando?"

Os olhos verdes a examinaram por alguns segundos antes dele responder à pergunta dela.

"Eu não sei dançar." Ela se colocou ao lado dele na parede, e seguiu sua linha de visão. Blaise estava praticamente comendo a mais nova dos Weasley no meio do salão, bem isso explicava o humor taciturno de Potter ao meu lado.

"Hermione me contou que ela terminou com você." Pansy levou o copo até os lábios, a bebida era forte e a deixava enjoada, mas era melhor do que ficar sóbria.

"Hum." Potter também bebeu do copo dele, e quando Blaise enfiou a mão entre as penas da Weasley no meio do salão, ele virou todo conteúdo de uma vez, fazendo uma careta. "Eles podiam ir para um quarto." Comentou irritado.

"Ou você podia parar de se torturar e encontrar uma garota para você comer também." Pansy reclinou o rosto para o lado e fez um bico com os lábios enquanto pensava. "Aquela parece disponível." Apontou para uma menina que estava dançando sozinha.

"O que você quer Parkinson?" Ele perguntou irritado, virando completamente de frente para ela.

"Dinheiro. Minha cama. E que está festa horrível acabe logo." Pansy virou de frente para ele também. "E você Potter?"

"Que você saia de perto de mim."

"Assim você me magoa…" Ela largou o copo em uma mesa próxima e virou para ele novamente. "Essa festa tá um saco para mim e você não parece estar tendo o dia mais maravilhoso da sua vida. Vamos beber e rezar para isso acabar logo." Uma garota se aproximou com mais copos numa bandeja, e Pansy pegou dois, entregando um para ele.

Em algum momento eles foram parar dentro do banheiro do quarto de Hermione, Potter estava vomitando tudo para fora e Pansy rindo da cara dele.

Ela tirou uma pequena poção de sobriedade do bolso e o entregou, também fez um feitiço para tirar o gosto ruim da boca dele.

"Assim eu vou achar que você se importa." Ele disse ironicamente, enquanto limpava o rosto na pia.

"Eu estou em treinamento para ser curandeira, eu devo me importar com todos sem olhar a quem." Pansy avaliou as unhas pintadas de vermelho e bufou. "Ficar bêbado porque sua ex está provavelmente fodendo outro cara é patético." Ela se escorou do lado a pia. Potter lançou um olhar de fúria na direção dela.

"Então o que eu devia estar fazendo?!" Perguntou irritado.

"Eu não sei. Vivendo? Esquecendo sua paixonite de escola e seguindo sua vida? Eu não tenho as respostas para tudo Potter, eu apenas constatei o que eu vi: Que você está sendo patético." Pansy andou em direção a porta, estava com a mão na maçaneta quando sentiu seu corpo ser puxado e espremido contra a parede. "O que você pensa que está fazendo?"

"Seguindo seu conselho." Os olhos dele brilharam por de trás dos óculos. "Vivendo."

Os lábios dele amassaram os dela. Pansy manteve os olhos abertos enquanto Potter tentava enfiar a língua dele dentro de sua boca. Uma mão dele alisou a lateral do corpo dela, enquanto a outra puxava os fios morenos curtos de seu cabelo. O que começou com violência terminou de maneira calma, quando ele aliviou um pouco a pressão dos lábios e a beijou propriamente. Pansy podia muito bem culpar o álcool no sangue por se render ao beijo e agarrar os cabelos dele com tanta força que ele gemeu na sua boca. Podia culpar a solidão dos últimos meses de estudo por arrancar a camisa dele, fazendo botões voarem pelo banheiro. Porém, não sabia o que culpar quando ele a colocou sentada na pia e enfiou dois dedos dentro dela, fazendo largar a cabeça para trás e gemer.

Ele era estabanado, e acabou se atrapalhando algumas vezes com a saia dela, até conseguir se enterrar fundo dentro dela, diminuindo a agonia de ambos. Foi uma foda rápida e forte numa pia de banheiro.

O problema foi quando não acabou naquela festa e virou algo rotineiro. Encontros as escondidas e brigas colossais faziam parte da vida deles. E não parecia que ia mudar tão cedo.

Ela sabia que eles não tinham nenhum compromisso oficial com o outro. Que por isso eles estavam sentados agora em silêncio na beira da praia. Pansy mexia com o colar que ele havia dado de aniversário algumas semanas antes. A peça pareceu pesar uma tonelada enquanto ela pensava sobre as novidades que ela havia escutado de Hermione. Sobre como o tão querido e respeitável Harry Potter havia pedido a mão de Ginevra Weasley em namoro - novamente - para os pais dela. Ela sabia que devia trazer isso à tona, porque Harry Potter não era tão querido ou respeitável assim na sua percepção. Afinal, que tipo de homem respeitável namoraria sério e levaria outras garotas para passeios noturnos no meio da noite? Por favor, Draco Malfoy, que ela sabia que estava dormindo com uma garota que tinha namorado, era mais respeitável que Harry Potter.

"O que você quer comigo afinal?" Perguntou irritada pelo rumo que seus pensamentos estavam tomando. Pelo jeito essa seria uma das noites que terminavam em guerra.

"Conversar…" Harry chutou umas pedrinhas que estavam na areia e olhou para o mar. "Eu não sei bem, Pansy, faz tempo que eu não falava com você e a gente nunca… conversou direito."

Pansy respirou fundo e largou o colar, ficando em pé e arrumando a pequena saia que usava.

"Não, não conversamos mesmo. A gente fodia e você corria como um menininho com medo do escuro. Desculpa se eu não quis agir como uma mãe, pegar você pela mãozinha e explicar como devíamos ter feito!" Pansy respirou fundo e também olhou para o mar.

"O que você espera que eu faça Pans?" Ele gritou de volta. Passando os dedos pelos cabelos negros.

Ela bufou e o empurrou.

"Faça exatamente isso! O previsível, o caminho fácil, coragem de grifinória é uma ova, você é um covarde Potter. Covarde!" Ambos se encararam por um momento, Harry estendeu a mão e tentou toca-la. "Nem vem com essa. Não tenta tocar em mim como se um beijo e uma foda fossem resolver todos as coisas não ditas entre nós. Se fode!" Ela girou e andou em direção ao carro. "Eu quero ir para casa!"

Harry olhou mais uma vez para a praia e em silêncio a seguiu.

So it goes

Então assim vai

He can't keep his wild eyes on the road

Ele não consegue manter seus olhos selvagens na estrada

Takes me home

Me leva para casa

Lights are off, he's taking off his coat

As luzes estão desligadas, e ele está tirando seu casaco

I say "I heard - oh!

Eu digo "Eu ouvi - oh!

That you've been out and about with some other girl

Que você tem saído com essa outra garota

Some other girl"

Essa outra garota"

He says "What you heard is true, but I

Ele diz "O que você ouviu é verdade, mas eu

Can't stop thinking about you", and I

Não consigo parar de pensar sobre você", e eu

I said "I've been there too, a few times"

Eu digo "Eu me senti assim também, algumas outras vezes"

Harry não tirou os olhos verdes da estrada em nenhum momento enquanto ele dirigia para a casa dela. Pansy não tirou os olhos dele.

Ela podia sentir as lágrimas se formarem, mas não choraria. Não, Pansy era madura demais para deixar se afetar por Harry Potter, de todas as pessoas com quem ela podia ter se envolvido, tinha justamente que ser com o senhor com complexo de herói mal resolvido. Esse era o problema com Potter, ele agia exatamente como o mundo esperava que ele agisse. O mundo precisou que um garoto de dezessete anos o salvasse do pior homem que já pisou na terra, e o que Potter fez? Ele salvou. Agora o mundo precisava que ele formasse uma família com a namorada de escola perfeita, a família perfeita, e tivesse o final feliz que ele tanto merecia. E o que ele faria? Sim, exatamente isso. Quem se importa se no último ano ele esteve nesse relacionamento complicado com Pansy Parkison, onde eles terminaram e voltavam simplesmente porque sabiam que seria impossível seguir adiante sozinhos. Quem se importava se ela o abraçou durante horas enquanto ele chorava depois de algum pesadelo horrível, nas raras noites que ele dormiu com ela? Quem se importaria com o sentimento de uma garota da Sonserina, fria e calculista? Quem acreditaria que o tão grande Harry Potter poderia nutrir algum sentimento e inclusive um relacionamento com ela? Pansy mesmo não acreditava nessas coisas. Ela aprendeu o lugar dela com o tempo ao lado dele: nenhum. Ele sabia disso também, sabia que ela servia apenas para o alívio físico e segredo sujo. Pansy nunca seria nada de Harry Potter.

Então, por que Merlin ela sentia essa dor na boca do estomago como se tivesse levado um soco? Por que essa vontade de chorar que parecia que tiraria o ar dela? Por que ela queria tanto, tanto que ele deixasse de fazer a coisa certa e escolhesse ela? Por que parecia que alguém havia dançado em cima do seu coração? Ela sabia a resposta, era simples até: porque Pansy Parkison aprendeu a amar cada detalhe de Harry. O cabelo penteado para trás, o olhar sonhador, o sorriso tímido, a teimosia, os medos dele. E isso machucava tanto ela que era como se ela estivesse se afogando.

Ela não percebeu que já estavam parados em frente à casa dela. Tudo estava escuro. Potter desligou o carro e continuou sem a encarar.

"Então…" Pansy não sabia exatamente o que fazer, estava cansada da situação, e ainda sentia uma dor na garganta da vontade de chorar. "Hermione não está, se quiser entrar, podemos conversar enquanto tomamos um chá."

"Eu acho melhor eu ir embora." Ele coçou a nuca e ficou sem jeito.

"A gente resolve isso como adultos ou como crianças Potter, você decide, mas de hoje não passa." Ela abriu a porta do carro e desceu, falando pela janela que estava aberta. "Ou você entra em cinco minutos, ou vai embora, a decisão é sua, porém essa vai ser a última chance que você vai ter."

Ela sabia que ele entraria, mas não se deu ao trabalho de ligar as luzes, andou direito para a pequena cozinha e com um aceno da varinha as coisas começaram a se preparar sozinhas.

"Achei que Hermione estaria aqui hoje. Ronald disse que eles não iam se encontrar porque ela tinha que estudar para um grande teste…" Ele comentou enquanto tirava o casaco.

"Você não é o único que esconde segredos dos amigos." Ela disse em voz baixa, mas ele não pareceu ouvir. Se ele soubesse que provavelmente enquanto eles conversavam, Hermione estava na cama com Draco Malfoy teria um ataque.

Eles andaram em silêncio até o quarto dela. Harry sentou-se na poltrona de leitura, e ligou o abajur. Pansy sentou-se na cama e o encarou.

"Eu sei que você voltou a namorar com ela." Foi de repente, e ela pode ver ele se encolher com a acusação. "Ficou ocupado com o treinamento em ser marido dela?" Ela atacou, rindo amargamente. Pansy andou até o outro lado do quarto e acertou o rosto dele em cheio. "Eu odeio você!" Ela gritou, as lágrimas começaram a correr e sua visão ficou turva. "Tão perfeito no alto da sua fama, onde ninguém pode te tocar porque você é o bendito HARRY POTTER! Eu toquei você! Eu mudei você! Você chorou aqui!" Ela apontou para a cama. "O que ela fez por você? Ela correu. E agora que você consegue dormir durante a noite ela volta e você como o patético que é, o covarde que é, o merda que é a aceitou." Pansy riu, e limpou as lágrimas.

Harry ficou em pé e abraçou, e mesmo quando ela tentou lutar e começou a bater nele, ficou lá.

"Eu só consigo pensar em você o tempo inteiro." Ele confessou em um sussurro quando as lágrimas dela diminuíram. "Pans, eu queria tanto ficar com você." Ele apertou ainda mais forte, levando uma mão em direção ao rosto dela e beijando os lábios molhados.

Mal perceberam que uma coisa levou a outra e no fim estavam enrolados nus na cama dela. Pansy o beijou com tudo que havia dentro dela, confessando em cada toque que o amava em silêncio. Harry acariciou cada curva do corpo dela com veneração. Pela primeira vez eles fizeram apenas amor. Amor.

Pansy acordou com o sol batendo em seu rosto. A cama estava vazia do seu lado. Ela sentiu o coração apertar, porém, no fundo ela sabia que esse seria o fim dos dois. Desanimada com o dia que ela sabia que teria pela frente andou até seu banheiro.

Ela sentiu o cheiro de café vindo da cozinha, estranhou porque Hermione nunca bebia café. Ficou surpresa quando encontrou a colega de quarto com Harry sentados na mesa.

"Bom dia." Hermione disse toda sorridente, pelo jeito a noite com Draco havia sido boa. "Olha quem eu encontrei sentado na nossa varanda depois que voltei da casa da Luna." Hermione piscou os olhos. Mentira. Ela sempre piscava os olhos quando mentia.

"Potter." Pansy cumprimentou, andando em direção a porta da frente.

"Pansy!" Hermione chamou.

"Sim?" Ela virou perto da porta, e encarou a mulher que havia se tornado sua melhor amiga.

"Não quer tomar café conosco?"

Pansy encarou Harry por alguns segundos antes de acenar a cabeça positivamente. Ela sentou-se o mais afastado do moreno possível, servindo-se sem tomar parte na conversa deles.

Ela pensou que o café estava sendo um sucesso, afinal seu coração ainda não havia sido mutilado. Ainda.

"E você e a Ginny, como estão?" Hermione perguntou sorridente. Encarando o melhor amigo.

Pansy ergueu os olhos de seu café e encarou Harry enquanto ele respondia.

"Hum…" Ele arrumou os óculos em cima do nariz. "Estamos bem." Ele desviou o olhar e passou a encarar a torrada dele com afinco.

"Mesmo?" Pansy perguntou, não ficaria ali ouvindo essas besteiras quando ele havia acabado de sair de sua cama. Potter tomaria uma decisão de uma vez, ela arrancaria isso dele agora. "E você acha que ela é a mulher da sua vida?" Era isso. A resposta dele decidiria o futuro deles. O futuro dela.

Harry a encarou nos olhos por alguns minutos, Hermione sentiu a tensão da mesa, mas não sabia exatamente o que estava acontecendo, então ficou em silêncio.

"Eu…" Harry desviou novamente os olhos dela. "Não sei…" O moreno coçou a cicatriz na testa. "Ela sempre esteve lá. Ginny sempre foi próxima de mim, todo mundo espera que nós fiquemos juntos. É o natural. O certo a fazer."

Pansy ergue-se da mesa lentamente. O coração batia com tanta força que ela teve medo que todos na mesa pudessem ouvir. O choro estava se formando em sua garganta e ela o engoliu.

"Eu preciso ir para o hospital." Hermione percebeu a troca entre os dois, havia sido sutil, mas ela podia perceber a diferença entre a respiração deles. "Granger."

Pansy saiu sem se despedir de Potter. O coração em frangalhos não aguentaria isso. Quando pisou do lado de fora da casa sentiu as lágrimas escorrem, quando aparatou na sua sala do hospital, ficou surpresa por ter chegado inteira. Ela trancou as portas e deitou no pequeno sofá, ficou em posição fetal chorando toda a dor que havia dentro de si.

Ela acordou algumas horas depois com uma batida pertinente na porta dela. Arrumou o cabelo e limpou o rosto, disfarçando o melhor possível os olhos inchados.

"Dra. Parkinson." O chefe do departamento dela entrou na sala. "Dra. Granger disse que estaria aqui, seu turno não começa até algumas horas, algum problema?"

"Não, eu só precisava organizar alguns documentos. Posso ajudar em alguma coisa Dr. Smith?"

"Sim, na verdade, vim perguntar se já sabe a resposta para aquela proposta que o Hospital Adomnán de Iona fez sobre o intercâmbio de novos médicos?"

Ela encarou os olhos azuis do seu chefe por apenas alguns segundos. A resposta até ontem à noite era não. Porém, e agora? Sabia que essa era a saída covarde para seus problemas, porém se Harry Fucking Potter podia ser o maior covarde da história, quem iria a criticar? Ela não tinha mais família, os pais foram assassinatos pelos seguidores de Voldemort que escaparam a batalha em Hogwarts. Sua única amiga era Hermione. Claro que havia Draco e Blaise…

Era mais do que um sim ou um não para ir para Irlanda. Era muito mais do que isso. Ficar significa ter que encarar Harry construir sua vida com outra, se torturar em cada jantar de amigos de Hermione onde ele estaria com ela. Isso era demais. Pansy não conseguiria o ver ser feliz em uma vida sem ela. Ela sabia que não seria feliz ali. Não agora pelo menos.

Pansy ponderou por mais alguns segundos antes de tomar a decisão. Quando ela abriu os lábios a resposta venho fácil, sim, desistir parecia loucura, mas lutar por alguém que não tinha a coragem de ficar com você não é algo que ela queria fazer. E Pansy sabia que se ficasse acabaria vivendo uma vida pela metade.

"Posso partir semana que vem."

FIM


Espero que você curta o presente, tentei deixar o mais plotwist possível hahaha.

Enfim, para quem, assim como eu, espera mais, eu estou trabalhando em uma segunda parte. Para o presente da Belle eu imaginei que só essa primeira parte já era perfeita, mas vai ter mais um e último capítulo.

:*