Titulo: Um Sorriso
Genero: Romance/Drama
Autor: Azu-chan
Disclaimer: Os personagens de Gundam Wing não me pertencem, o resto são todos de autoria minha.
Aviso: Essa é uma fic Shounen-ai/yaoi, então se não gosta, está no lugar errado. Aperte "Back Sp" e procure outra coisa ;)
Capitulo 1 – Acasos.
Assunto: Duo Maxwell.
Já se passaram quatro anos desde que a guerra havia terminado. E Duo Maxwell, um dos pilotos Gundam, continuou levando a vida como uma pessoa normal. Sem Gundam, sem batalhas, sem missões, sem arriscar sua vida a cada segundo. Duo Maxwell vivia em paz. Ou quase isso.
A três anos atrás, um de seus companheiros havia desaparecido, três anos que Heero Yui não é mais visto. Duo e seus amigos continuam procurando até hoje. Porém sem muitas esperanças. Todos crêem que alguma coisa aconteceu a Heero que, ou esta morto, ou não quer ser encontrado. Por conta disso, as buscas não são mais intensas como eram antes. Porém Duo o único que não desistiu, continua procurando intensamente em cada canto do mundo.
Depois da guerra, cada um dos pilotos tomaram seu rumo.
Quatre tomou posse e é agora quem controla toda a corporação Winner. Com a morte de seu pai, o loirinho começou a administrar muito cedo os negócios da família, sendo o único homem da família.
Quatre administra seus negócios que são espelhados pelo mundo afora. Sendo uma pessoa bastante ocupada e com quase tempo nenhum. Mas durante um tempo, abandonou tudo que fazia para ajudar na busca de Heero, que não deu absolutamente nenhum resultado. Nem com a ajuda de Trowa, que se juntou a ele depois da guerra, ao invés de voltar a trabalhar no circo. Os dois se juntaram a Duo na busca de Heero.
Não só eles. Lady Une também uniu o melhor de seus homens, incluindo Sally e Wuffei que trabalham para a Preventers, para encontrar o Soldado Perfeito, a pessoa que Une mais cobiça para se juntar a ela. Ter o soldado Perfeito, a pessoa que acabou com a guerra, piloto do Gundam Wing Zero a serviço dela, seria sua maior conquista. Porém, ainda não haviam encontrado nem um sinal de Heero.
Duo agora se sentia completamente perdido. Não sabia mais onde procurar Heero. Onde iria achá-lo.
Encontrava-se agora na cidade de Kanagawa, voltando de uma busca totalmente fracassada. Um dos homens que estão na busca de Heero disse ter visto uma pessoa que aparentava ser Heero. Mas não era. Mas Duo tinha que admitir que a pessoa se parecia muito com Heero, se não fosse os traços e... Os olhos. Os olhos de Heero eram únicos. Um azul insubstituível, onde não se podia encontrar em nenhum outro lugar além de nos olhos de Heero. E Duo sentia necessidade, uma urgência terrível em rever esse azul.
Sentado numa pracinha, onde haviam muitas crianças, acompanhadas de suas mães, o jovem americano refletia sobre tudo que havia passado junto a Heero. Principalmente do dia que se encontraram pela primeira vez. Quando salvou Heero, para logo em seguida o japonês tentar se matar. Lembra-se de ter sentido algo, alguma coisa dentro de si, quando Heero reagiu somente ao chamado de Relena, mesmo tendo gritado diversas vezes para ele abrir o pára-quedas. Mas somente quando a menina o gritou que ele pareceu reagir, um pouco tarde, mas reagiu.
Foram muitos, porém poucos momentos para uma vida inteira. Mas no dia que Heero detonou seu Gundam junto com ele mesmo foi quando tudo começou. Foi quando Duo viu o japonês quase morrer na sua frente e seu próprio coração quase parar, foi nesse dia que Duo percebeu o quanto Heero lhe era importante. Importante demais para suportar perdê-lo. Quando achou que o soldado perfeito havia morrido, viu sua vida, as batalhas, os esforços, tudo sendo em vão. Queria morrer também. Sentia como se sem Heero, toda aquela guerra não tinha mais sentido nenhum para ele. Ficou aliviado quando viu Heero vivo. Mas ficou com muito mais medo. Medo de tudo aquilo que sentiu. Medo de estar sentindo algo que não era permitido. Que só resultaria em mais dor e sofrimento.
Por isso negou. Negou toda e qualquer coisa que estivesse sentindo por Heero. Jogou tudo fora. Afastou todos aqueles sentimentos. Não queria sofrer. Sabia que era isso que sentiria se admitisse todos aqueles sentimentos. Então simplesmente os jogou fora.
Porém, era muito mais fácil suportar tudo aquele vazio, com Heero por perto. Quando irritava o japonês sentia que só aquilo já lhe bastava para se sentir bem. A raiva, o desprezo, porém sobre tudo a preocupação de Heero pela amizade deles. Só aquilo já lhe bastava. Mas Heero não estava mais lá. Não tinha mais nenhuma raiva, nem desprezo direcionados a ele. Aquilo já fazia parte do seu dia-a-dia, era o que acordava ele todas as manhãs. Mas não havia mais nada. E por causa disso, todos aqueles sentimentos que haviam sido jogados foram, voltaram. Estava sentindo tudo aquilo novamente. Odiava não ter Heero por perto. Odiava ele por tê-lo deixado nesse estado. E odiava a si mesmo por não conseguir impedir tudo isso.
Duo foi tirado de seus pensamentos quando sentiu alguém sentar no mesmo banco em que ele estava. Olhou para o lado e viu uma criança sentada. Supondo que ela estivesse apenas descansando da brincadeira, voltou a encostar sua cabeça no banco e olhar para o céu. Passados alguns minutos, Duo resolveu que já era hora de voltar para casa. Ficar ali não iria resolver nada. Abaixou a cabeça e viu que já era quase noite, e a pracinha já estava completamente vazia. Levantou-se, mas assim que se virou para ir embora, percebeu que a criança ainda estava sentada ali. Olhou em volta e não viu nem sinal de algum adulto por perto. Suspirou. Alguns pais eram definitivamente muito irresponsáveis.
Voltou a se sentar no banco e olhou para a criança. Era um menino, obviamente. Tinha cabelos negros, bem lisos, cortados corretamente retos, franjas lhe cobrindo a testa. A pele branca como a neve (branca até demais para se ficar no sol), as bochechas levemente avermelhadas. Vestia uma camisetinha branca social, com uma bermuda que lhe cobriam os joelhos, num tom azul marinho. Meias brancas e um tênis preto e branco, todo sujo de terra, assim como o resto de sua roupa.
Duo notou o menino com a cabeça baixa. As mãos cruzadas. Sentado numa posição totalmente formal. Percebeu que o menino foi obviamente muito bem cuidado. Era impossível ter simplesmente esquecido esse menino ali. Só podia ser um motivo.
- Olá. Esta perdido? - começou devagar para não assustar a criança. Sabia que ela havia fugido de casa.
- Não. – Disse a criança. Era impossível não perceber o seu tom irritado. A criança não queria falar e Duo não estava ajudando.
- Seus pais te esqueceram aqui? – Ao perguntar isso viu a criança tremer e percebeu que havia tocado num assunto delicado.
- Não tenho pais. – Oh! Isso era novo. Ou não. Talvez a criança estivesse realmente revoltada com os pais.
- Entendo. Esta com raiva deles é?
- Não. Eu realmente não tenho pais. – E pelo tom triste da criança Duo percebeu que ela realmente estava falando sério.
- Er... Você esta esperando alguém? – Duo se levantou do banco e se abaixou frente a criança agora podendo ver seus olhinhos verdes cheios d'água. – O que aconteceu? Me fala vai?
- E... eu não posso falar com estranhos. – A criança emburrou a cara e olhou para o lado, não querendo olhar para o rosto de Duo.
- Entendo. – Voltou a se sentar no banco. – Quando eu era criança, no orfanato onde eu morava também me ensinaram a não falar com estranhos. – Após dizer isso Duo viu que conseguiu a atenção da criança, e sorriu. – Eu também não tenho pais. Mas eu tinha duas pessoas que eu amava muito no orfanato. Como se fossem meus pais. Por isso nunca me importei em ser órfão.
- E-eu também tenho uma pessoa que eu amo muito. – A criança sorriu, mostrando que Duo havia conseguido conquistar um pouco de confiança.
- Que bom. – Sorriu. Mas logo viu a criança se encolher no banco e abaixar o rosto.
- M-mas ele não gosta de mim. – A criança sussurrou e Duo teve que fazer um esforço para conseguir ouvir.
- Por que diz isso?
- Mi-chan gosta mais das outras crianças do que de mim. Ele fica cuidando delas e se esquece de mim, ele... – Não conseguiu terminar e começou a chorar. Duo acariciou a cabeça da criança
- Talvez não seja isso. Sabe, eu também sentia inveja quando a pessoa que eu amava ficava cuidando das outras crianças. Mas eu não podia fazer nada. Eu era o mais velho, e as outras crianças eram pequenas demais. Elas estavam em faze de crescimento e precisavam de muito amor e carinho, para poderem ser pessoas boas. Você quer que os seus amigos sejam ruins quando crescer? – Era uma explicação meio idiota, mas estava lidando com uma criança, tinha que explicar de um jeito que ela entendesse. E se orgulhou quando o menino negou com a cabeça. – Veja você por exemplo. Você é uma criança muito boa. Tenho certeza que é uma ótima pessoa de bom coração. Mi-chan esta cuidando para que elas cresçam e sejam boas assim como você. E se faz isso, é por que você é a criança que ele mais ama.
- Mas... Eu sinto saudade dele. Eu gosto muito dele. – A criança chorava sem parar, mal conseguindo falar.
- E imagine como ele deve estar? Eu sei que você fugiu pequeno. Agora tente ver o lado de Mi-chan. Como você acha que ele deve estar, sabendo que a criança que ele mais ama está perdido por aí, sozinho. Podendo ser atacado por alguém, correndo o risco de se machucar?
- E-eu não pensei... Não sabia... Eu... Eu quero voltar. – Duo agora abraçava a criança que o agarra chorando.
- Tudo bem, tudo bem. Eu te levo pra casa. Qual seu nome criança? – A criança parou de soluçar, e olhou para o moreno com os olhos cheios de duvida e receio. – Tudo bem. Não precisa dizer. Mas se eu te levar até sua casa, você me diz? – Duo a colocou no chão e o menino ainda em duvida assentiu.
- Certo. Vamos então. Mas você vai ter que me ajudar. Porque eu não sei onde é. Tudo bem? Ah! Meu nome é Duo.
- Toshiro! Por Deus, onde você se meteu menino? – A senhora que havia entendido a porta gritou pegando o menino no colo e o abraçando. A criança também a abraçou chorando no colo da mulher, que aparentava não ter menos que uns 50 anos. – Nunca mais faça isso criança. Você quer nos matar do coração? Pois saiba que você quase conseguiu. Zero-kun quase morreu de preocupação. – Disse a mulher em desespero, praticamente brigando com o menino. A criança se ajeitou ainda no colo da mulher e cruzou os braços emburrando a cara.
- Mentira. Mi-chan nem liga pra mim. Ele tava muito ocupado cuidando das outras crianças. – Disse desviando os olhos.
- Não dia isso criança. Zero-kun passou muito mal por causa do seu sumiço. – Ela o colocou no chão olhando indignada para a criança, que logo tirou a cara emburrada para uma de preocupação.
- M-Mi-chan ta bem, vovó? Eu juro que não vou fazer isso de novo. Desculpa. – A criança se desculpava enquanto esfregava os olhos tentando impedir as lagrimas que caiam sem parar.
- Tudo bem querido, já esta tudo bem. E vai ficar bem melhor agora que você voltou. Mas quem é esse jovem? – Ela voltou os olhos para Duo.
- Ah! Me desculpe senhora. Sou Duo Maxwell. Eu o achei numa pracinha aqui perto e o trouxe de volta. Ele deu muita sorte de ter sido eu a encontrá-lo. Poderia ter acontecido algo pior.
- Sim, sim, tem razão. Muito obrigada. Obrigada mesmo. Entre por favor. Vou servi-lo alguma coisa, um chá talvez. – Ela já se virava esperando que Duo a acompanhasse.
- Oh não, não precisa senhora, eu... – O que Duo tinha pra dizer foi esquecido assim que a senhora voltou os olhos para ele. – Sim senhora.
- Hehehe – Riu a criança e Duo a olhou pedindo por socorro. O olhar daquela senhora lhe dava medo. – Ela é assim. Você aprende a gostar.
- Bem vindo ao nosso orfanato. Sou Madalena, muito prazer senhor Maxwell. Sou eu quem cuida desse orfanato e dessas crianças. Antes eu cuidava de tudo sozinha, mas agora graças a Deus tenho a ajuda de Zero-kun. Mas não é tão difícil quanto parece. As crianças são ótimas. Não dão 'muito' trabalho.
- Hehe. Sei como é senhora. Também vivi num orfanato quando criança. – os dois continuavam andando, passando por varias crianças que tinha os olhinhos brilhantes. E Duo sabia bem o porque. Mas se entristecia. Não podia e não tinha condições para adotar uma criança. Não ainda. Havia acabado de completar 18 anos. Não tinha um lugar fixo para morar, e nem uma família instável.
- Oh! Entendo meu jovem. Eu... – O que a mulher tinha para dizer foi interrompido e completamente esquecido por Duo quando uma voz gritou atrás deles. Duo sentiu seu coração falhar algumas batidas e paralisou, não tendo coragem de se virar e encontrar algo que talvez fosse doer demais.
- Toshiro!! – O menino que andava junto a eles se virou rapidamente e saiu correndo em direção a pessoa que gritou!
- Mi-chan! – A criança foi pega no colo e os dois se abraçaram fortemente como se não se vissem há anos. – Mi-chan! Mi-chan!
- Por Deus Toshiro. Não faça mais isso. Nunca mais. Nunca mais, ouviu bem? Só se você quiser me matar!
- Desculpa, me desculpa. Eu não vou mais fazer isso. Eu prometo Mi-chan, não vou mais. Me desculpa. Eu não quero que Mi-chan morra. Não quero. – Toshiro chorava desesperadamente no colo do outro, o abraçando com força.
- Tudo bem, mas se você não quer mesmo que eu morra... Não abraça tão forte se não eu morro sem ar! – As crianças em volta começaram a rir da brincadeira e Toshiro envergonhado afrouxou o abraço, mas nenhum dos dois se soltou. – Tudo bem Toshiro. Já esta tudo bem agora.
Duo continuava parado sem ter coragem de se virar. Só escutando, escutando pra ter certeza se era mesmo aquela voz. Não podia acreditar. Não podia acreditar que aquela voz era... Era... Lenta e calmamente Duo se virou. E naquele instante sentiu falta do seu café da manha, do seu almoço, sentiu falta de alguma coisa no seu estomago. Pois não estava em condições nem preparado para ver a cena que estava diante de si. Era... Heero! Por Deus, Heero estava bem na sua frente. Mas não foi por causa disso que sua pressão caiu. Não foi por ter encontrado Heero depois de três anos que o ar lhe faltou. Não foi por poder ver aquela imensidão de azul novamente que tudo a sua volta começou a girar e ficar embaçado. Foi porque Heero... Estava sorrindo. Ou melhor, gargalhando, cercado de crianças a sua volta que riam junto a ele. Aquilo só podia ser um sonho.
E se desesperou, por que aquela imagem estava sumindo. Não. Não podia ser um sonho. Estava tudo ficando escuro. Não. Heero. Levantou as mãos tentando alcançá-lo, mas estava ficando distante. E de repente tudo ficou escuro e a imagem de Heero desapareceu.
Um Sonho?
Continua...
Bem, é isso, espero que não tenha ficado muito confusa... E Quanto aos erros, tanto de ortografia como de concordância, eu sinto muito, muitíssimo. Eu não tenho uma Beta, e odeio revisar minhas fics x.x
Só mais uma coisa... essa fic, diferente das outras, não deve demorar não.
Porque tipo, essa fic já tem 11 paginas no Word, e eu estou continuando a escrever, sem parar, vou dividi-la em pedaços (capítulos), bem, então como esse capitulo foram quatro paginas, então deve ter pelo menos uns três capítulos já prontos. Então... Devo colocar mais ou menos um por semana.
Ta bom assim? o.õ
Mereço reviews?
Aceito que falem mal... Quero sugestões do que acharam ruim, para poder estar melhor no próximo capitulo, ok? Fariam esse favor para mim? Ah.. também aceito elogios se não for pedir demais "
Gente, FATO, eu nunca consegui terminar uma fic porque eu desanimava logo no começo... Me ajudem aí, vlw?
