Fic baseada em Vampiratas de Justin Somper
Participações especiais: Kakashi Hatake de Naruto e Iku De XXXHolic
Piratas de Coração:Uma jordana para a Imensidão
Capitulo um
Fuga da gaiola
Fevereiro de 2112
Nordeste Brasileiro, Serra Dos Naúfragos.
Um diluvio mudou todo o planeta, praias engolidas pela maré furiosa, casas de pessoas algora são moradia para os peixes e uma nova era de pirataria, roubo, lendas e mitos começa.
Na baía Serra dos Naúfragos, já noite alta, a lua cheia encantava os casais e fazia as jovens moças sonharem com seus futuros maridos, mas nesta noite a lua cheia dava inspiração e força para uma menina de sete anos que estava rasgando uns lençois brancos.
Pra onde você pretende ir Karen? - perguntou uma menina de sua idade de cabelos lisos curtissimos e loiros quase brancos.
Pra qualquer lugar Barbara!Aqui não é minha casa desde que nasci - respondeu a outra amarrando os pedaços do lençol.
Mas você pode passar fome e... os piratas? - perguntou a loira chorosa.
Que seja!Se quisserem matar me que venham, medo é uma coisa que deixei de ter, desde do incidente com Caliu - respondeu a menina erguendo os olhos de safira para a lua.
A loira abaixou a cabeça e deixou uma lágrima deslizar pela face.
E se você...
Encontrar os demônios do oceano, Vampiratas?Ah, pelo menos terei visto algo que é real e não uma cançãozinha para fazer criancinhas tolas comportarem se - respondeu Karen olhando para cima pensativa.
Eu tenho medo dos Vampiratas, eles sugam meu sangue - disse Barbara agarrando o lençol temerosa.
Que tenha, não vou ficar nessa gaiola! - Karen ajeitou seus cabelos negros de reflexos roxos, essa caracteristica era algo que a afastava do restante dos orfãos do orfanato.
Por que você age assim Karen? - perguntou Barbara com a inocencia de uma criança de sua idade.
Karen nunca foi inocente, era como uma raposa, como diziam as velhas enfadonhas das redonzas, tinha seus caprichos e atirmanhas, nunca conhera os pais, mas sempre que ia ao cais escondida, os marinheiros estrangeiros diziam que ela era filha de um dos grandes lordes piratas.
Queria muito saber quem era e qual era o seu lugar, sempre sentiu se atraída pelo mar, principalmente quando ele estava tempestuoso e violento, a senhora Olivar sempre dizia que quando Karen ficava furiosa seus olhos pareciam refletir o mar revoltoso durante uma tempestade e muitos garotos diziam que enfrentar Karen era como enfrentar a mais cruel das tempestades.
O incidente com Caliu a marcou para sempre, seu amigo de travessuras, estavam os dois no mercado, quando uns senhores altos e fortes, cheiravam a conhaque e tinham garrafas nas mãos, Karen sentiu medo e por isso ficou paralisada ao ver os homens torturando seu amigo enquanto o outro lhe ameaçava com um pedaço de garrafa quebrada.
Desde então, Karen nunca mais sentiu medo, podia enfrentar qualquer cão raivoso que nunca recuava, batia nos garotos e nas garotas que gostavam de irritar Barbara por invejarem o cabelo e os olhos verdes como folha.
Karen sorriu largamente quando uma vez enfrentou um ladrão que tentava pegar o dinheiro do orfanato, como tinha insonia, ela ouviu o entrando, escondeu se nas sombras e ainda podia sentir o sangue do homem raquitico em seus dentes, pois pulara em cima dele e mordera seu pescoço por puro instinto de proteção ele rolou de costas, porém Karen não soltou o até a policia aparecer e leva-lo embora.
Karen...! - Barbara tirou a de suas conjecturas e ela amarrou o ultimo pedaço de pano na corda improvisada.
Eu sou um passaro preso numa gaiola nojenta e horrivel, estou ficando sufocada - disse Karen para si mesma e olhando em volta do quarto.
As duas encaram se e Barbara começou a chorar, Karen abraçou a e também chorou.
Escute - Karen afastou se e levou as mãos para trás do pescoço - Esta medalha vai protege-la dos piratas!
O que é? - perguntou Barbara observando Karen abrir o feixe.
Karen tirou a medalha de prata de dentro da camisa, era uma caveira de lobo com uma tibia e uma arma cruzando se atrás da caveira.
A senhora Olivar disse que eu estava com essa medalha quando fui deixada na porta do orfanato, vi num livro essa medalha e dizia que todo ser que usar essa medalha terá o direito da vida e de falar com o capitão de um navio pirata - disse Karen olhando Barbara colocar a medalha.
Esta bem - Barbara fechou o feixe e Karen ficou observando o pingente dar leves viradinhas no ar.
Adeus - Karen abraçou a amiga e dirigiu se para a janela aberta, jogou a corda de lençois e amarrou a na janela.
Karen pegou uma pequena trouxa preta, amarrou a no pescoço e começou a descer. Enquanto descia seus pés encostavam na parede branca do orfanato, pisou suavemente no telhado de entrada do orfanato e andou em cima com passos calculados e suaves e segurava a corda.
Escorregou pelos apoios do telhado e adentrou no jardim escuro do orfanato, foi andando agaixada e olhando para trás.
Karen tinha um capricho a executar: Sair pelo portão da frente.
Embora um ladrão sensato que não quer deixar vestigios sairia pelos fundos, mas ja que entrara pela frente, devia partir pela frente, também era o modo que deixaria a Madame Giulia de Cascavel irritadissima e na opinião de Karen sair pelo portão da frente lhe daria uma momentânia dignidade, pois mostraria sua grande repulsa pelo recinto.
Abriu o portão com cuidado, expremeu se na pequena fresta entre a rua e o orfanato e fechou o portão com cuidado.
Aspirou o ar suave da maresia, era melhor do que o cheiro impessoal e deprimente de chulé e água salgada que sempre sentia toda manhã dentro do orfanato.
Virou se para trás e viu Barbara recolhendo a corda, a medalha refletiu a luz da lua e Karen acenou para a amiga, Barbara sorriu e acenou com um sorriso largo no rosto, será que a liberdade era tão fascinante como Barbara desmonstrava em seu sorriso?
Só saberia se começasse a andar e se fosse embora da Serra dos Naúfragos esta noite.
Pularia num barco ou navio qualquer e ficaria escondida até que chegassem em terra ou quando fosse encontrada por algum pirata ou caçador de recompensas.
Atravessou a baía até chegar ao cais como era conhecida dos pescadores eles não lhe perguntaram o por que estava ali naquela hora da noite, assim não a levariam de volta e não perderia tempo.
Andou pelo piér e ficou observando o mar que estava calmo e a lua refletiasse nessas águas tranquilas, verão era a época em que mais haviam tempestades, era raro o mar ficar tranquilo nessa estação.
Ficou a admirar o mar enquanto andava pelo pier, aquela sensação maravilhosa de paz e tranquilidade invadiu seu ser e sentiu se bem e forte, força era algo precisaria de agora em diante.
Livros de aventura sempre a fascinaram e já se imaginava como uma grande lady pirata ou como uma invencivel Condessa Caçadora de recompensas ou melhor a rainha dos ladrões que sempre fugia sem sequer deixa um fio de cabelo.
De repente começou a ouvir vozes que pareciam festejar, eram risos, urras e gritos alegres abafados por alguma coisa.
Apertou os olhos e concentrou se no som, vinha do outro lado do morro, foi andando até chegar a praia, andou até ver uma luz amarela colorindo a imensidão negra da noite.
Avançou mais um pouco e subiu no morro, andando de vagar para ouvir o melhor, ficou confusa e ao mesmo tempo interrogativa, mexeu o rosto para o lado e viu que a luz já estava mais forte e o som da festa também.
Pensou que poderia pedir uma carona para os estrangeiros que poderiam estar lá, possivelmente espanhois ou irlandeses, pois adoram festas e musica.
Andou mais um pouco e escondeu se num arbusto.
Seus olhos de safira arregalaram se como dois lampiões, o navio tinha uma bandeira negra com uma caveira de reptil com chifres e uma tibia atrás, eram piratas.
Usavam roupas de marinheiro, pretas, vermelhas, vinhos e brancas, alguns medalhões e joias.
Tentou avistar o possivel capitão, que poderia ter um chapéu triangular em sua cabeça.
O que uma menina como você esta fazendo aqui? - uma voz de homem atrás de si.
Karen arregalou os olhos e virou se para trás acanhada, atrás dela havia um homem de mais ou menos 20 anos, alto, forte, olho esquerdo cinza escuro e o direito com um tapa olho, cabelo rebelde espetado para o lado esquerdo, achou estranho a cor ser prateada.
Ele usava botas de cavalaria, uma capa preta cortada no meio atrás, calça preta, um colete vinho preso e uma camisa de linho um pouco aberta com a gola por cima da capa.
Eu... – Karen hesitou, fechou o punho e encarou olho no olho – Sou Karen Tempestade Violenta!
O homem pareceu surpreso e depois deu um passo a frente, usava um lenço preto escondendo o restante do rosto, apenas o olho esquerdo aparecendo.
Muito bem Karen eu sou Kakashi Hatake capitão do Olho do Dragão. – respondeu o homem sorrindo por debaixo do lenço.
- Esta fugindo criança?
Fugindo de uma gaiola precisamente – respondeu Karen levantando se. – Poderia levar me a algum lugar Capitão?
Bem, acho que seria melhor recrutar você, poderia ser minha aprendiz – o capitão Kakashi levou a mão até abaixo do queixo e levantou um pouco a cabeça.
Como é que é? – disse Karen arregalando os olhos.
Pessoas como eu e você querida Karen, não pertencem a terra – ele agachou se e colocou a mão sobre o ombro dela – Somos livres, somos do mar meu bem!Tenho certeza de que você daria uma otima pirata, o que acha? – perguntou o capitão sorrindo e fechando o olho.
Karen puxou o ar e sorriu satisfeita e orgulhosa.
Sim senhor capitão, serei a melhor aprendiz que o senhor já conheceu! – exclamou Karen animada.
Otimo – ele levantou se e foram para o navio.
Quando chegaram todos pararam e olharam para o capitão confusos e absortos.
Pessoal, temos uma nova tripulante á bordo, Karen Tempestade Violenta! – exclamou Kakashi com a mão no ombro de Karen – Lobo venha cumprimentar a nova tripulante.
Um lobo cinza, magro e pernudo saiu da cabine central e andou até eles, começou a cheirar Karen, ela riu um pouco pois o focinho dele era gelado e o pêlo fazia cocegas em seu rosto.
Lobo lambeu o rosto de Karen e uivou para o capitão.
Muito bem senhoras e senhores, apresento-lhes Karen a forajida! – exclamou Kakashi solene e alto.
Todos deram urras e gritos nostalgicos e Lobo latia e uivava abanando o a cauda felpuda.
Karen olhou tudo aquilo feliz da vida, sua novo vida começava a partir daquele momento e fechou os olhos.
O sol iluminava o céu naquele dia e uma adolescente de dezesseis anos de longas cabeleiras negras com reflexos roxos estava na proa.
Capitã o mestre Kakashi quer falar com você – disse um jovem de vinte e dois anos de cabelos prateados curtos e olhos verdes folha.
A adolescente virou se para ele, pegou o chápeu e colocou o em sua cabeça e seus olhos azuis safira encararam o jovem.
Muito bem senhor Kailer, estou indo, obrigada pela mensagem – o jovem retirou se e ela pousou a mão enluvada na espada em sua cintura.
Ela virasse para trás e encara o céu ensolarado com um sorriso satisfeito.
Nove anos!Realmente é muito tempo – pensou a adolescente abaixando a cabeça ligeiramente.
Hei, forajida!O mestre pode atrazar se as vezes, mas ele não gosta de ficar esperando – disse um homem sem camisa de trinta anos e com uma tatuagem tribal na cabeça.
É sei senhor Fuji, conheço muito bem meu mentor – ela virou o rosto e abaixou a cabeça ligeiramente, mas de olhos erguidos para ele, seu tom era zombeteiro.
Bom dia capitã Karen – disse uma meninha de cabelo ruivo e sardas.
Bom dia Cris – cumprimentou a capitã dirgindo se a cabine central.
Nova rota Mestre Kakashi? – perguntou a capitã entrando.
É, pelo visto conseguimos uma rota interessante nesse roubo Karen – disse o homem de vinte e nove anos que usava um lenço negro no rosto e um tapa olho no olho direito.
Magnifico – ela apoiou se na mesa e olhou para o imenso mapa cheio de detalhes e simbolos.
