Título: Conforto
Baseado em: Percy Jackson e os Olimpianos
Censura: K+
Ship: Nico di Angelo x Reyna Avilla Ramirez-Arellano (friendship)
Avisos: Álcool
Disclaimer: Percy Jackson e os Olimpianos pertencem a Rick Riordan, não a mim, e eu não ganho financeiramente para escrever isso aqui. Mas a história abaixo é minha, portanto se você puder não copiar, seria bem legal.
N/A: Hey, people! Faz tempo que eu não posto nada por aqui, até porque eu estava meio que sem computador. Mas agora que estou com um novo, vou poder voltar a postar regularmente, assim espero. Essa fic não tem nada de romance a não ser algumas insinuações de Solangelo e meu mais novo ship maluco, que vocês vão descobrir com o passar da one. Espero que gostem.
Nico tinha certeza de que poderia passar o resto do dia deitado na areia da praia. Com Will ocupado na enfermaria ("Se você acha a Captura à Bandeira exaustiva, experimente cuidar dos semideuses que saem dela esfolados!") e Jason dando aulas de esgrima para os campistas mais novos, o moreno estava sem absolutamente nada pra fazer. Por isso, resolveu dar uma escapada para a praia do Acampamento e simplesmente aproveitar o calor do sol em sua pele.
O garoto sorriu com o pensamento. Depois que começara a namorar Will Solace, havia adquirido cada vez mais o hábito de tomar sol quando não estavam juntos.
- Nico di Angelo tomando sol? Faz quanto tempo que não nos vemos? – ouviu uma voz feminina conhecida e arregalou os olhos. Mal pôde acreditar quando viu a dona da voz – pele morena, o cabelo trançado, uma camiseta roxa e o sorriso presunçoso. Levantou em um rompante para cumprimentar Reyna, uma de suas melhores amigas.
- Reyna! O que você está fazendo aqui? – perguntou antes de abraçá-la, ato que pareceu deixa-la bastante surpreendida. O fato é que, até pouco tempo atrás, Nico estremeceria apenas com a ideia de contato físico. Porém, com o passar do tempo, ele aprendeu a aproveitar o calor da pele de alguém querido contra a dele, o carinho que poderia ser trocado em um abraço.
- Ok, quem é você e o que fez com o Nico carrancudo que eu conheço? – a garota perguntou enquanto o abraçava de volta. O abraço dela era quente e tinha um aroma familiar, aroma de conforto e segurança – Aquele doutorzinho está fazendo milagres com você, mesmo.
A menção de Will o fez corar, por mais que já tivessem assumido publicamente o relacionamento há alguns meses. Eles iriam fazer um ano na próxima estação, mas tudo ainda parecia incrivelmente novo, excitante e surpreendente. Era um frio no estômago e a sensação de que era muito, muito sortudo, e aquilo insistia em não passar, e ele nem queria que passasse.
- Deixe de ser irritante – ralhou com a amiga, que se limitou a dar um risinho e se afastar para vê-lo melhor. Reyna o analisava com olhos de uma mãe cuidadosa, o que era meio estranho contando com o fato de que ela era apenas dois anos mais velha.
- Você está mais forte. E tem dormido bem, já que quase não tem mais olheiras – a morena abriu um sorriso satisfeito – É bom ver que está se cuidado, Nico.
Por mais que seu cérebro quisesse muito mandar uma resposta ácida ou mal-humorada, seu coração o fez abrir um sorriso para a preocupação da amiga. Tê-la tratando como um filho já estava virando rotina, e nem era algo assim tão ruim, se ele fosse sincero consigo mesmo (o que ele quase nunca era).
- O que está fazendo aqui, afinal? – terminou por perguntar, fazendo a pretora revirar os olhos.
- Você sabe mesmo ser educado, não é? Estou aqui para resolver alguns detalhes sobre o próximo programa de intercâmbio entre os Acampamentos.
- Bem, então acho que devemos comemorar sua ilustre presença adequadamente, não é? – o garoto retrucou com um sorriso debochado no rosto. Ao ver a interrogação no rosto da menina, o sorriso aumentou – Só espere aí um momento.
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- Cerveja? Onde você arranjou cerveja?
Nico quase se sentiu ofendido com o tom desconfiado da amiga. Quase.
- Eu sei que vocês, romanos, são todos certinhos e cheios de responsabilidade, e provavelmente os filhos de Mercúrio devem ser assim também, mas os filhos de Hermes daqui fazem um contrabando como ninguém. Consegui as cervejas com os Stoll, líderes do Chalé 11.
Reyna ergueu as sobrancelhas, curiosa.
- Então vocês têm uma rede de contrabando liderada pelos filhos do deus dos ladrões.
Nico parou para pensar.
- Sim.
A garota riu, pegando uma cerveja do fardo que o garoto trouxera e bebendo um gole longo. Se jogou na areia da praia, sendo acompanhada pelo mais novo. O sol já começava a se pôr naquele momento, e a morena não pôde evitar sorrir.
- A última vez que passamos um pôr-do-sol juntos, tínhamos como companhia uma estátua de dez metros.
Nico riu, e apesar de todos os seus avanços, sua risada ainda era abafada e discreta.
- E de um sátiro raivoso.
- Não podemos esquecer o sátiro raivoso.
Os dois ficaram em um silêncio contemplativo, apenas aproveitando o barulho das ondas e a cerveja gelada. Ficaram naquilo por quase dez minutos antes de Reyna voltar a falar.
- Eu acho que estou apaixonada.
Nico ergueu as sobrancelhas para a amiga, curioso.
- Ah é? – perguntou cuidadoso. Ainda se lembrava das palavras ferinas de Afrodite para a amiga, portanto sabia que aquele era um assunto delicado para ela – E quem é o sortudo?
- Aí é que está – e um sorriso tímido surgiu nos lábios da morena – Não é sortudo. É sortuda.
O filho de Hades sentiu o queixo cair antes que pudesse evitar.
- Sortuda? Eu não sabia que você também era…
- Esse é o ponto, nem eu sabia – ela retrucou, rindo fraco, evitando olhar para o rosto do amigo – Quer dizer, depois do que Vênus disse, eu fiz o possível pra me proteger de qualquer sentimento como esse, mas… ela quebrou todas as minhas barreiras. O que eu posso fazer?
Nico sorriu. Ele sabia bem como era aquilo, como era alguém invadir seu coração de forma totalmente inesperada e até mesmo imprópria. Não que ele reclamasse. Will valia cada barreira que ele foi obrigado a derrubar.
- Eu fico muito, muito feliz por você – ele disse, bebendo um gole da sua cerveja e sorrindo de leve – E fico feliz que você tenha escolhido apostar nisso, apesar do que certa deusa disse. Nós escolhemos nosso destino.
- Mas o pior é que Vênus estava certa – a garota disse, um sorriso sabido nos lábios – Semideus nenhum curou meu coração.
O mais novo franziu as sobrancelhas.
- Não entendi o que quis dizer, Rey.
O sorriso da garota só aumentou com isso.
- Da última vez que eu chequei – ela disse, devagar, saboreando as palavras – Rachel não era semideusa.
Nico riu deliciado com a revelação, bebendo o resto de sua cerveja de uma vez. Realmente, essa vida de semideus trazia umas surpresas bem loucas no pacote.
N/A: One bobinha, só pra atualizar meu perfil e celebrar a amizade desses dois. Digam o que acharam :3
