N/A.: Oi pessoal! Essa é a minha quarta fic de InuYasha. Como sempre, uma idéia martelou na minha cabeça e, martelando, vim aqui dar a luz à mais um fic. Dessa vez, inspirei-me no livro "A Garota Americana", de Meg Cabot. De pouquinho em pouquinho, acho que dá para perceber um pouco disso na personagem principal... Opa, falei demais! Certo, agora é melhor eu pôr fim na minha nota, e... boa leitura!

Capítulo 1

19 de junho.

Cama do meu quarto.

Ok. Tudo bem. Eu realmente posso lidar com isso. Afinal, são quase quinze anos na mesma família. Conheço muito bem esses três seres humanos com quem convivo todos os dias. Eu sei que posso agüentar. Não é nenhum desespero. O mundo não acaba quando uma garota japonesa de quatorze anos descobre que:

a) Não é normal. Pelo menos não como todas as outras garotas japonesas de quatorze anos.

b) Nasceu numa família anormal.

c) Todos os seus descendentes serão igualmente anormais, por sua culpa. Ou melhor, por culpa dos seus pais.

d) Tem irmãos, tios, tias, primos e pais anormais.

Quero dizer, tudo isso eu sempre soube. Não há ninguém neste mundo, e isso eu posso garantir, que seja igual à minha família. Mas eu sempre reparei isso. Sempre soube que havia algo de diferente por aqui, mas quando tento discutir o fato com meus pais, eles costumam atribuir este sentimento de diferença aos meus hormônios em polvorosa. Mas ah, desta vez eu tenho razão! Vamos lá: desafio qualquer um daqui a dizer que desta vez não tenho razão! Por que tenho sim. Ao menos na parte de que temos alguma coisa de estranho. Definitivamente, não me parece nada normal quando alguém descobre que:

a) Não nasceu nesta Era.

b) Seu pai não é desta Era.

c) Sua mãe do nada simplesmente te conta que, há quinze anos atrás, viajou por um poço, conheceu o seu pai numa época diferente e quase morreu por uma

bolinha de vidro rosa.

d) Ela te chama na sala de estar, deixa você sentada em frente à TV, ficando um pouco mais atrás, e deixa jorrar este monte de... sem dúvida, aparentemente este monte de ­sandices, e depois te encara com um brilho ansioso no olhar, esperando que você acredite.

e) Você diz que está muito grandinha para esse tipo de história, e que gostaria que ela te desse licença, pois precisava urgentemente estudar para a famigerada Álgebra.

f) Ela se irrita por que você obviamente não acreditou, e, como último recurso, chama seu pai.

g) Você estranha, por que o seu pai sempre some uma vez por mês, normalmente no primeiro dia. Ele sempre tem que fazer algum acordo sobre a compra de algum estabelecimento, ou resolver o problema de alguma filial da sua Academia de Artes Marciais, especializada em formar espadachins. Embora você ache isso completamente retrógrado, você aceita muito bem, por que ao menos uma noite por mês pode escutar sua música ocidental tranqüilamente, sem que o seu pai te pertube dizendo que "Isso não é música!", e desfie um discurso sobre como um os fones de um disckman deve fazer mal para os ouvidos.

h) Então, após o seu pai ser convocado para a sala de estar, você é tragada por uma onda gigantesca de risos, que logo se tranformam em gargalhadas. A sério, eu nunca na minha vida vou me esquecer da reação que tive quando vi meu próprio pai com os longos cabelos prateados, quase totalmente brancos, olhos dourados com pupilas afinaladas, como um gato (isso obviamente era culpa de uma lente de contato), e orelhinhas mimosas de cachorro. Aquilo simplesmente não combinava com ele, e era tão... bizarro! Céus, não havia carnaval no Japão! Será que o seu pai, seu pai, aquele cara que sempre te olhava como bobo quando via sua nota boa em japonês e fingia que sabia de tudo, corajoso quando arriscava cozinhar e adorava brincar com seu gatinho de estimação pretendia lançar uma nova moda? Cara, isso era totalmente surreal.

Era.

i) Porque, finalmente, ele também se irrita com você por rir tanto; tira uma espada do suporte da parede - aquela espada super-enferrujada, um contraste fortíssimo com a decoração meticulosa da sua casa, mas que por algum motivo sempre ficara ali - e grita : "Tessaiga!". Então, para a sua enorme surpresa, aquele pedaço de metal velho começa a brilhar, brilhar; fica quase incandescente, e, diante de seus pasmos olhos, a lâmina aumenta enormemente de tamanho, até alcançar a janela do outro lado da sala, espatifando o vidro. Aquela espada irradia uma aura de poder - que você não vê, mas pode sentir- que expulsa qualquer risada de seus lábios. Seu pai empunha habilmente a espada, como se fosse qualquer mosquete, mira diante de seus olhos, levanta-a, e depois torna a quardá-la numa bainha que estava até agora oculta em sua calça comprida azul-sépio.

Nessa hora, seu queixo está tão caído que qualquer um pode ver o chiclete de menta que você mastigava. Que aliás, permaneceu ali por pouco tempo, antes de cair da sua boca quando seu pai diz: "Filha, eu sou um hanyou".

Entenderam por que eu disse que posso lidar com isso muito bem? Quero dizer, não é o fim do mundo. Agora eu sei por que sempre me senti diferente dos outros. Quero dizer, as outras garotas não têm um pai que saca uma espada com um nome que você dobra a língua só de pronunciar. E nem possuem orelhinhas de cachorro. E muito menos são hanyous. Hanyous!

Eu sou filha de um hanyou!

Isso pode perfeitamente justificar o fato de eu estar trancada há duas horas no meu quarto, ruminando esta idéia. E que tomei um caderno há muito esquecido no baú de coisas velhas, que a Mitsago me deu de aniversário quando não pôde comprar um presente melhor. Eu contava com um CD das Thunder Girls, mas não queria decepcionar a Mitsago. Se ela pudesse, tenho absoluta certeza de que me daria o CD. Mas a família dela às vezes passa por um ou outro espinho financeiro... Tenho de me lembrar de agradecer à ela por este caderno, mesmo que eu o tenha ignorado por três anos a fio. Senão, estaria gastando as pilhas do meu diskman à toa, ao invés de descontar economicamente os meus distúrbios consangüineos no papel.

Agora eu também sei porque meus olhos são castanhos-claros, bem na cor de mel, quando os da minha mãe são castanho-escuros e os do meu pai, pretos. Simples assim: é que os olhos dele são da mesma cor que os meus, só que uma vez por mês, entenderam?

E porque eu tenho que cortar as minhas unhas a cada duas semanas, quando a maioria das pessoas normais corta uma vez por mês. E porque o meu cabelo cresce tão velozmente, parecendo que tenho algum problema capilar, que, ao invés de queda, causa um crescimento descomum. Taí a explicação: eu não tenho nenhum problema glandular. O meu pai é um hanyou. Um hanyou, sabem? Aqueles seres que viveram há quinhentos anos e mais algumas décadas, e que possuíam poderes extraordinários, muitas vezes chamados de youkais. Na verdade, os hanyous eram os filhos dos youkais com humanos. Eram meio-youkais e meio-humanos, herdando características de ambas as partes.

Oh, Kami. Se os filhos de youkais com humanos eram chamados de hanyous, do que são chamados os filhos de hanyous com humanos? Então eu não sou humana? Eu também sou uma hanyou? Kami, o que eu sou? Eu sempre achei que fosse estranha, mas não estranha a esse ponto! A ponto de nem ter uma definição exata!

Ok, vamos terminar a história.

Os hanyous viviam no Sengoku Jidaii, a Época das Guerras japonesas. Eu nunca gostei do Sengoku, mesmo durante as aulas de História. Eu detesto guerras. Acho absolutamente primitivo e sem lógica, centenas de homens reunirem-se em dois exércitos, para matarem uns aos outros, que nem nesses joguinhos idiotas que o Taisho joga. Uma vez eu quis pifar uma desses videogames imbecis, mas o baka do meu irmão disse que, se fizesse isso, arranharia todos os meus Cd's. Eu disse que ele que poderia ser tragado pelo console do videogame que eu não estava nem aí, desde que não pusesse aquela droga de BIP-BIP-BIIIIIPP!TATANTAN-TANAM! alto o suficiente para que eu pudesse ouvir.

Minha mãe era uma adolescente normal. Assim como eu. A diferença é que ela não tinha sangue youkai nas veias. Por mínimo que seja.

Ela tinha, sim, uma jóia no coração. Não quero ser poética, nem coisa parecida! Minha mãe literalmente tinha uma jóia no peito!

E um poço mágico no armazém do templo, é lógico. Algo absolutamente comum numa família composta de mãe, avô, e dois filhos.

Então, num belo dia, aniversário de quinze anos da minha mãe, uma youkai-centopéia saiu do poço, seqüestrou-a e a levou para a o Sengoku. Onde minha mãe encontrou o meu pai preso numa árvore por uma flecha. Ah, é claro: eu não podia deixar de dizer que ele ficou assim por cinqüenta anos. Mas como noção de espaço e tempo não parece ser muito a praia dessa gente, isso não impediu minha mãe de achar bacana a idéia de arrancar a flecha do peito do meu pai, que acordou e destruiu o bicho-mau com suas garras. As mesmas que eu tenho, por sinal.

Ah, e isso não foi tudo. Ele se odiaram. Não queriam, de forma alguma ficar, juntos. Mas para um homem -digo, hanyou- e uma mulher que atravessaram tempo e espaço, casaram-se e tiveram dois filhos, pode-se dizer que tiveram uma brusca mudança de idéias.

Eles tiveram que juntar os pedaços da jóia que minha mãe espatifou. Ao que parece, a jóia dava poderes, e tinha um bando de youkais atrás dela, e eles tinham que descobrir os fragmentos antes deles, algo assim. Enfrentaram um tal de Naraku, outro youkai-ou seria hanyou? Não lembro-, que tinha uma richa pessol com o meu pai, conheceram um youkai-raposa criança, um monge e uma exterminadora de youkais, um lobo que dava em cima da mamãe e que deixava o meu pai louco da vida, uma sacerdotiza morta que cismou com o papai e deixava minha mãe na maior deprê -como é que alguém que já morreu pode deixar o outro deprimido? Céus, eu não duvido de mais nada.

Isso é tudo o que me lembro. Por que, depois que meu pai me explicou o que é hanyou, juro que só consegui absorver fragmentos da conversa. Fiquei simplesmente ali, parada, inerte no sofá, com os fones do meu diskman nas mãos, escutando sem reação o que meu pai dizia e mamãe confirmava. Para, depois, dizer: "Hum, tá. Valeu. Eu vou subir para o meu quarto, tenho prova de Álgebra amanhã. Boa noite, pai. Boa noite, mãe". Trancar-me aqui e ficar escrevendo.

E, do topo da escada, escutei mamãe:

"Acho que ela reagiu bem"

Papai mandou:

"Kagome, ela não reagiu. Não fez nada. É melhor assim, pelo menos por enquanto."

MAS O QUE ELES QUERIAM QUE EU FIZESSE?

Por acaso acham que é todo dia que se descobre que é filha de um hanyou? Que tem sangue de um youkai-cachorro correndo pelas suas veias? Que isso explica todas as coisas estranhas que você repara nos últimos quatorze anos e que vem acontecendo no seu corpo -os cabelos anormalmente compridos, as pupilas levemente afinaladas, as unhas que crescem rápido demais, os caninos que são milímetros menores que os dos vampiros que aparecem em filmes?

Baka, baka, baka! Você se deixou enganar por 14 anos. Talvez seu pai esteja certo. Talvez aguém que passasse menos tempo com walk-mans nas orelhas tivesse um número suficiente de neurônios para raciocinar que não não herdou pupilas afinaladas dos parentes chineses. Por que chineses não tem pupilas afinaladas, nem unhas enormes, nem cabelos anormais!

Ao menos que sejam filhos de hanyous, é claro.

Graças à Kami que eu não nasci com orelhas de cachorro. Senão nunca poderia sair de casa sem chapéu. Em tempestades, então, muito menos. E como faria para escutar meus CD's? Eu já sou anormal o suficiente sem ter que conviver com orelhas nos meus cabelos, obrigada.

Sou uma meia-meia-youkai? Ou sou uma meia-meia-humana? Não sou nenhuma das duas?

Céus, meu único consolo é que, mesmo sendo uma criatura inédita em toda a história do planeta, eu tenho alguém que, seja lá o que for, é da mesma espécie que eu: Taisho, meu irmão. Eu prefiro chamá-lo de Taisho, mesmo, por que InuTaisho soa terrivelmente estranho. Não que eu esteja falando mal do nome do meu pai -InuYasha soa bem. No entanto chamar o Taisho de Inu me faz lembrar do papai, e eu não consigo imaginar o papai, e toda aquela idiossibilidade dele, no baka do meu irmão. Portanto, eu acho que isso exclui totalmente a opção de consolo. Aposto que o Taisho não tá nem aí. Não sou eu que pago o corte de cabelo dele todo mês mesmo, é a mamãe. E eu detesto quando dizem que somos parecidos, por que não somos. Eu não perco duas horas da minha noite observando estrelas. Nem duas horas da minha tarde jogando videogame. Nem o restante do meu dia com a cara enfiada no livro de química ou treinando no dojo. O Taisho é muito diferente de mim, ok? Eu gosto de desenhar, japonês, artes e música. Ele gosta de planetas, química e técnicas de espada. Deve estar agora mesmo tentando recolher uma amostra do seu próprio sangue, para analisar no microscópio e ver se descobre algum gene de youkai, para reproduzir e criar um monte de clones que gostem de jogar videogame, para desafiá-los. O Taisho é muito diferente de mim. E o fato de termos nascido da mesma mãe, no mesmo dia, na mesma hora e no mesmo local, é apenas uma grande ironia do destino.

E talvez porque faremos aniversário daqui a dois dias, que mamãe finalmente resolveu contar seu verdadeiro passado. Ignorando todos os dias felizes que inocentemente passei nesta casa, e querendo agora que eu haja como se nada houvesse acontecido.

Mas não é o fato de ser totalmente -agora posso dizer com certeza- estranha que me deixa assim, nesse estúpido estado de melancolia. É a maneira sórdida como me esconderam tudo isso, por tanto tempo. Por que contar agora? Por que esconder a verdade, e despejá-la de uma forma tão... casual, assim, sobre a minha cabeças livre de orelhinhas de cachorro? Isso eu ainda tenho que saber.

O que eu faço agora?

Para começar, seria bom pedir à mamãe que me reconte toda a história, desta vez com uma ouvinte 100 atenta. Talvez não totalmente recuperada do choque... Mas disposta a saber exatamente daonde suas pupilas, cabelos e unhas vieram. E de que época.

Outra coisa que também não me faria mal é estudar para Álgebra, o quando antes possível. Porque eu tenho a absoluta certeza que, mesmo que nasçam orelhas de cachorro em mim, mesmo que por mágica do destino eu me transforme em mulher-cachorro e salte pela janela, rosnando e sendo capturada por um kotodama (outra palavra que preciso esclarecer. Não devo ter entendido direito quando a mãe disse que o pai caía no chão ao ouvir "Senta". Viajar no tempo é surreal, mas isso, a sério... Eu devo ter escutado mal.), mesmo com tudo isso, mamãe seria capaz de mandar-me para o colégio. Ela tem uma obsessão com as aulas. A menos que o seu sexto-sentido de mãe esteja certo quando ao perigo de uma febre, ou algo do gênero; não há crise de tosse, lamúrias ou desmaios que a movam de seu dever com a educação dos filhos. Talvez agora eu possa entender melhor: deve ser meio difícil assistir às aulas continuamente quando se tem que pular de uma Era para a outra, com o objetivo de recolher pedaços de uma jóia. Mas não é justo. O que eu tenho a ver com isso? O Taisho, obviamente, só reclama quando eu o atraso para as aulas. Não sou passiva como ele, exijo o meu direito de individualidade! Eu não tenho que viajar no tempo para perder aulas -oh, Kami, pelo menos ainda - então, mereço minha cota de aulas cabuladas por ano. Todo adolescente normal faz isso, não é justo! Menos o Taisho, é claro. Tenho sérias suspeitas de que sou irmã da reencarnação de Einstein. Nem quando o dia amanhece congelando, no inverno; sou sempre eu que me enrolo no cobertor da cama e digo: "Mãe, por favor, está muito frio... Eu vou congelar antes de chegar no colégio! Se não dormir mais um pouco, terei sérios problemas termológicos, é verdade...Diga a ela, Taisho!"

Mas ele sempre se arruma primeiro do que eu, e o máximo que recebo de resposta da mãe é:

"Izayoi, levante-se! Os Higurashi não são preguiçosos, vamos, o dia nem está tão frio assim!"

Minha mãe e o bom humor dela. Pelo menos agora entendo por que levamos o sobrenome da mamãe. Acho que os hanyous não tinham sobrenomes na Era Feudal. O Taisho, a mamãe, a vovó e o vovô não são preguiçosos. Eu não gosto de frio. De verdade, não é uma desculpa para não ir para a aula... É que eu realmente não me sinto bem no frio. Fico lenta, naturalmente preguiçosa, meu raciocínio lógico diminui. Eu pareço...Céus...

... Eu pareço um cãozinho no inverno. Lenta, preguiçosa, sem vontade para nada, apenas para ficar em casa. Será...será que o papai também fica assim? Mas... eu nunca reparei... Há tantas coisas que eu ainda não reparei...

Oh-oh... Já passou da meia-noite. O Taisho está reclamando da luz acesa, que não consegue dormir assim. Oras, mas eu tenho culpa dele aceitar o fato de sermos filhos de um hanyou como apenas mais uma ironia da vida? Ainda tenho o direito de indagar as minhas origens, maninho.

No entanto, é mesmo melhor apagar as luzes, e acender apenas a luminária aqui na cabeceira. O Taisho é insuportavelmente calmo. Mas convivo a quinze anos com esse carinha, e tirá-lo do sério é algo mais insuportável ainda. A paciência dele é um rocha, mas incrivelmente afetada por coisas pequenas como dormir mal. Estou começando a achar que o Taisho é mais estranho do que eu. Embora dificilmente haja alguém no planete assim.

Coisas a fazer:

a) Descobrir o que eu realmente sou.

b) Revisar a matéria de Álgebra com a Mitsago.

c) Pedir para a minha mãe recontar toda a história.

d) Parar de me comparar a um cãozinho.

e) Parar de pensar na tal da Tessai...Tessei...Tetsue... ah, naquela espada que o papai sacou.

f) Decorar o nome da espada.

E, o mais importante:

Nunca, nunca deixar ninguém saber que sou meio-hanyou. Principalmente... o Yahiko.

Então, para uma garota que descobre que seu pai tem poderes especiais e que você também pode ter herdado alguma coisa desses poderes, e que tem sangue de criaturas de quinhentos anos atrás correndo pelas veias, em pleno século XXI; repito, estou lidando bem com isso. Realmente estou.

E pensar que tudo o que eu queria era um diskman novo. Tudo, tudo. Agora minha prioridade é saber o que sou.

É... uma grande mudança.