Nota: Harry Potter e seus persongens não me pertecem, mas sim a Jk Rowling.

Harry Potter

Em:

Sagrades Animales Guardion

Autora: Jouse

Capítulo 1: O novo guarda roupa!

A neblina matutina se devaneia preguiçosamente entre os raios do sol.

Mais um dia rotineiro surge nos subúrbios de Londres.

Estava bastante quente naquela manhã de sábado, até os pássaros pareciam ter tirado um cochilo mais longo naquele dia.

Esse parecia mais um verão comum e monótono na Rua dos Alfeneiros.

Pelo menos era o que parecia no nº4, mas às vezes as aparências enganam...

Principalmente no segundo andar da casa, para um certo jovem bruxo de 15 anos chamado Harry Potter.

Harry havia crescido um pouco nesse verão, nem de longe se parecia com o jovem franzino que cruzou os portões de Hogwarts.

Ele estava com um metro e setenta, seu físico havia se desenvolvido graças ao quadribol, seus cabelos estavam mais macios e menos bagunçados.

Mas todos diziam que eram os seus olhos que realmente chamavam atenção.

Verdes e brilhantes que hipnotizavam as pessoas.

Esses mesmos olhos se encontravam um pouco sombrios nessa manhã.

Harry havia espalhado todas as suas roupas em cima da cama.

Pelo menos ele achava que eram roupas.

Olhado totalmente revoltado para aquelas aberrações andrajosas que os seus amados tios chamavam de vestes apropriadas para delinqüentes que os meninos que estudavam no 'St. Brutus para meninos Irrecuperáveis' deveriam usam.

- Se eles pensam que vou me vestir que nem um palhaço para cobrir as mentiras deles, está muitos enganados.

Harry havia pensado muito sobre o que fazer, enquanto apreciava sua nova blusa enorme verde sujo de bolinhas roxas, havia mais remendos que numa colcha de retalhos. As calças davam duas voltas em sua cintura esguia, mas o seu peito e braços estavam mais definidos graças ao quadribol.

Havia varias blusas desbotadas e rasgadas, com botões diferentes em cada manga, fora as meias sem pares de diversas cores berrantes embrulhas para que ele usa-se, uma coisa que jamais faria se possível, as calças eram as piores, as pernas de algumas eram menores que as outras, por algum estranho motivo.

Ele sentiu sua bílis subir pela sua garganta.

Sua raiva foi maior que o seu bom senso, pegou todas as peças que estavam sobre sua cama e saiu decidido.

Tomou o rumo das escadas e desceu apressadamente ao encontro de seus tios na cozinha, antes que eles saíssem para o seu passeio matinal, desta vez eles iriam ter que ouvi-lo.

- Tio Valter! Tia Petúnia! Preciso conversar com os senhores.

- O que quer moleque? - Rugiu SENHOR DURSLEY.

- É sobre isso. - Harry jogou toda a roupa que havia ganhado dos seus tios nesse verão sobre a mesa da cozinha.

- Preciso de roupas novas.

Por um instante eles pareciam congelados no lugar.

- Que significa isso seu ingrato! - A senhora Dursley não conseguia mais se conter e começou a esbravejar com o seu sobrinho.

- Roupas novas? De onde pensa que vou consegui-las, por mágica?!

Os tios começaram a rir da própria piada sem graça, dando altas gargalhadas escrabosas no meio da cozinha.

O senhor Dursley foi o primeiro a se recupera da situação.

Voltado a encarar ameaçadoramente o menino que nem se abalou com a cena diante dele.

- Não sei o que deu em você, mas pode tira isso da sua cabeça moleque.

Harry cruzou os braços, na frente dos tios, e os encarou profundamente como se analisasse a situação cuidadosamente.

De repente ele começou a sorrir e abaixou a cabeça como se estivesse dando por vencido.

- Tudo bem.

- Como? - Os tios não entediam nada, eles conheciam o sobrinho, ele não desistia assim tão fácil.

Harry recolheu as roupas sobre a mesa silenciosamente, seus tios estavam abismados para reagirem diante dele.

Só que antes de sair Harry se dirige aos tios e sussurra friamente para eles.

- Se me dão licença, preciso escrever uma carta para o meu padrinho. O senhor sabe quem, não é?

Dando-lhe as costas ele abre a porta da cozinha sem pressa alguma e sai para o corredor, fechando-a educadamente.

Demora alguns minutos para eles finalmente compreenderem as palavras do seu 'adorado sobrinho'.

Pálidos como fantasmas subiram tropeçando de degrau em degrau até chegarem no 1º andar.

Em poucos segundos eles estavam no andar de cima, entrando sem cerimônia alguma na privacidade do jovem Harry, quase derrubado à porta de seu minúsculo quarto.

- O que pensa que está fazendo?

Os tios gritaram ao mesmo tempo.

Apesar de ofegantes e temerosos eles apenas podiam esperar sua resposta.

Como se nada de mais tivesse acontecendo Harry continua a escrever sobre a escrivaninha do quarto no pergaminho muito concentrado.

Devagar ele se vira e encara o tio, muito calmo.

- O que os senhores acham tios? Escrevendo uma carta!

Os dois ficaram calados ao se encararem.

- Eu acho que o meu padrinho ficará muito contente com as novidades que vou lhe contar, principalmente sobre as minhas roupas novas.

Não acham tiozinhos queridos?

Essa era a primeira vez quer Harry colocava seus tios contra a parede, desta vez teria que ir até o fim no plano que amarrar para enganá-los.

E como o nome Black fazia tremer mais que quaisquer coisas, desta vez os fariam pagar e com juros.

- Suas novas roupas. - Eles sussurram quase que atemorizados.

- Imagine quando ele souber! Ficará tão contente! Principalmente quando eu mostrá-las.

Harry sorrir inocentemente para os dois.

- Mostrá-las...

-Sim, uma por uma, vou pedir para ele dar uma passada por aqui. Vai se o máximo!

Tenho certeza que virá prontamente só para apreciar a imensa generosidade dos meus tios 'queridos'!

Como se nada de mais tivesse acontecendo Harry volta a escrever sobre o pergaminho, os tios ficaram petrificados com a possibilidade de Sirius Black aparecer em sua casa para reclamar sobre suas 'novas' roupas.

- Harry, querido, não precisa fazer isso, não é? - Usado um tom falsamente gentil o Dursley tentava contorna a situação. E ao mesmo tempo tentava afanar a folha sobre a escrivaninha, mas Harry foi mais rápido que o seu tio colocado fora de seu alcance.

- O que foi tios, algum problema? - Harry pergunta sarcasticamente para eles.

- Problema? Que problema? - A senhora Dursley começa a ficar histérica.

De repente Harry fica de pé, olhando para eles cruelmente.

E muito feliz pelo seu plano estar dando certo.

Agora é hora do passo decisivo.

- Parece que estão curiosos com a carta que vou mandar para meu padrinho. Se estiverem, bastava dizer. Vou ler para os senhores.

'Querido Padrinho!'.

Como vai o senhor, continua matando muitos trouxas ocasionalmente? Ou anda fazendo algo mais interessante? Talvez preparando algum feitiço mortal? Talvez alguma armadilha para o ministério?

Mas não é sobre isso que quero lhe falar, e sim sobre algo mais interessante!''.

- É agora que vem a parte boa! Vão adorar! - Sussurra Harry para os tios.

A tensão no quarto é evidente, principalmente para o casal que continua em pé ouvido o que parece sua sentença de morte.

'Acho que o Senhor desconhecia a generosidade dos meus tios, eles acabam de presentear o seu afilhado com roupas novas, eles com certeza escolheram elas a dedo, em mim não acho palavras o suficiente que demonstre a minha gratidão por tamanha benevolência dos meus adorados tios Valter e Petúnia Dursley'.

Mas não se preocupe, eu espero muito ansiosamente pela sua visita para que eu possa mostrar toda essa generosidade, sei que ficará sem palavras quando apreciar pessoalmente minhas roupas novas. Mal consigo parar de admirá-las. Espero que venha logo, assim que conseguir despistar o ministério da magia.

Do seu amando afilhado Harry Potter.

P.S: Envie logo sua resposta ou se quiser pode aparecer por aqui.

Os meus tios estão muito ansiosos com a sua visita"".

- Então o que acharam da carta? - Harry sorri cinicamente para os seus tios, que estavam paralisados com suas palavras.

- Tenho certeza que ele vai adorar cada peça eu vou mostra para ele. Não é?

-...

Como se nada demais estivesse acontecendo, Harry volta a se sentar.

Eles estavam muitos silenciosos no seu quarto.

E decide provocar mais terror nos seus tios com suas palavras.

- Posso até ver a expressão de pura 'felicidade' no rosto dele! Os senhores não?

Harry sorrir inocentemente falso para os seus tios.

- Harry, querido, não precisa incomodar seu padrinho apenas por isso?

Ele deve ser um homem muito ocupado, não é?

Sua tia estava cada vez mais pálida com a possibilidade de alguma dessas pessoas virem até sua casa, principalmente um assassino procurado e condenado.

Os dois olharam para o rapaz, esperançosos que ele tivesse mudando de idéia sobre a carta, mas perderam quando ele se virou e olhou friamente para eles.

- E o que sugere tia? Que eu vista essas roupas? É isso?

- Olha aqui seu moleque...

-Não me chame de moleque! Eu tenho nome o senhor sabia?

Harry estava a ponto de perde sua paciência com os tios, se essa discussão continuasse ele acabaria usando sua magia indevidamente.

E não era isso que ele queria.

- Por que não chegamos a um acordo?

- Acordo?

- Isso mesmo, afinal eu sei que os senhores não estão tão ansiosos assim por visitas inesperadas, não é?

- Você planejou tudo não foi?

- E?

- E que?

- E daí que eu planejei tudo?

Harry volta a sorrir inocentemente, agora eles não tinham saída.

Ele quase teve pena deles.

Quase.

-Eu tenho certeza que podemos contorna esse pequeno obstáculo. Hum?

- Como 'vamos' fazer isso?

O Senhor Dursley praticamente cuspiu essas palavras em cima de Harry, que apenas observava divertidamente o desespero crescente do seu tio.

Ele com certeza não estava habituado a ser chantageado por ninguém.

E muito menos pelo seu único sobrinho.

O seu odiado sobrinho.

Harry se levanta lentamente e encara com firmeza os seus tios, ele pôde ouvir quando eles prenderam levemente suas respirações, enquanto aguardavam que ele se manifestasse.

-É muito simples! Quanto de dinheiro tem no banco?

-O queeeeeeeee????????????????

Com certeza eles ficaram chocados, mas o que custa prolongar essa agonia um pouco mais?

-Eu perguntei quanto de dinheiro tem no banco?

- Nós ouvimos da primeira vez!!!

- Então por que me fizeram repetir?

- Olha aqui seu moleque ingrato...

- Eu já disse que tenho nome! E pelo que vejo não vamos ter um 'acordo'?

- Moleque duma figa eu..

- Eu já disse que tenho nome!...

-...

- Eu sei muito bem que estavam planejadas umas viaje de férias para o Caribe, né?

Como se fizesse algum esforço para esconder os planos deles.

-...

- Pelo silencio parece que é verdade!

Ao contrario que na mesa, na hora do almoço ou jantar, cometa-se entusiasmados sobre ela.

-...

- Mais eu aconselho a refazerem seus planos.

Harry volta a sorrir inocentemente, ele pode sentir o ódio deles, aumentado a cada segundo. Agora vinha a segunda parte.

E eles iam cair que nem patinhos na sua rede.

- Pelo que vejo já estão prontos?

Desta vez os pegou desprevenidos.

- Prontos pra que? - Pergunta o seu tio um pouco confuso.

- Ora para sair? - Harry continua sorrindo.

- Sair para onde???

Os seus tios estavam praticamente gritando no seu quarto.

- Para o Shopping Center! - E o sorriso continuava lá.

-Shopping Center???

Dessa vez todos os vizinhos ouviram os gritos dos seus tios.

- É claro, aonde mais eu compraria roupas novas?

- Espera um pouco ai...

- Acho melhor nos apresarmos!

- Eu não...

- Os senhores podem descer enquanto eu me troco?

- Nós não vamos...

Harry apenas se vira, olha friamente para os tios e sussurra para eles:

- Eu disse que vamos ao Shopping!

-...

Pela primeira vez se vira sem argumentos, teria que fazer a vontade de seu sobrinho ou teria problema com o 'pessoal' dele.

A idéia de ter um assassino em casa não era, com certeza, muito bem vinda.

Principalmente um assassino 'Bruxo'!

- E então?

- Tudo bem...

A cara de desgosto do seu tio era impagável.

- Mas Valter?

É claro que sua tia ainda tinha esperanças para acabar com essa situação ultrajante.

- Petúnia pegue a sua bolsa.

- Mas Valter??? - Sua tia estava cada vez mais indignada.

-Esperamos você no carro mole...Harry...não demore...

- Eu desço num minuto queridos tios!

Harry apenas acenou e sorriu para os seus lastimosos tios, não havia nada que pudessem fazer para evitar essa pequena tragédia familiar.

Poderia?

Bom, eles poderiam tentar fugir, mas não daria certo.

Um dia eles teriam que voltar para casa.

Ainda bem que eles não sabem que o seu padrinho jamais poderia ir ate lá.

O Ministério da Magia provavelmente continua de olho nele vinte quatro horas por dia desde o final do seu terceiro ano.

Indo ao seu precário guarda-roupa ele pega um antigo e puído casaco verde lima, ao se olhar no espelho viu que estava mais que na hora de trocá-lo.

-Não é mesmo?!

E fecha a porta do menor dos três quartos da casa.

Continua...

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