Farben
O mundo de Bryan não era monocromatico embora as cores se apagassem planas e encobertas pela falta de contraste.
Um mundo inteiro de azuis, violetas e verdes quase indistintos, cinzentos e recheados de sarcasmos e fantasmas.
Alguns diriam calmo. Ele via amortecido.
Como tocar na tela de um quadro para sentir a textura e as cores nas pontas dos dedos; ele lançava o vendaval ou um pedaço da cuia no oponente e sentia nas pontas de seu anel de ataque o ruido surdo de uma peça ou de um osso quebrando.
Um som bonito, ele pensava. Cor de giz pintado na calçada e metal.
Alguns diriam doentio.
Mas não na abadia Balkov.
Notas da autora: Ficlet despretensiosamente escrito plena uma da manhã para aliviar a vontade de escrever algo com cores (Farben).
Reviews são melhores que doces.
Camaleao.
