Hinata.
Eu senti ele saindo do meu lado da cama, eu resmunguei um pouco e segurei sua mão, ele riu e apertou minha mão se abaixou e beijou a minha testa.
-Desculpa Hime eu não queria te acordar – eu resmunguei e respondi.
-É a nossa folga – entrelacei meus braços na sua cintura – soninho – ele riu.
-Eu estava indo fazer nosso café, logo a nossa espoleta acorda – ele falou passando a mão em meus cabelos.
-Hmmmmm – resmunguei e me levantei – vamos tomar um banho para despertar, a espoleta logo vem temos que estar dispostos.
-Então vamos – ele me puxou para cima de uma vez me fazendo dar um grito.
-AIII Toneri – falei fazendo ele rir – Idiota.
-Te amo princesa – senti ele me apertar contra seu corpo me fazendo estremecer, sempre foi assim desde que começamos a namorar e até hoje depois de cassados.
-Idiota... Também te amo – eu uni nossos lábios puxando sua nuca para mim – agora banho – falei maliciosa em seu ouvido.
-Com prazer senhora Õtsutsuki - ele me agarrou pelo quadril e me colocou no colo.
Nos conhecemos no ensino médio no ultimo ano, Toneri era meu primo distante que veio para minha cidade concluir os estudos quando seus pais morreram, ele morou com minha família e devo dizer que erramos água e óleo, gato e rato, bom deu pra entender, os dois melhores da escola coisa e tal, bem coisa de anime mesmo. Seguindo fomos para a mesma faculdade e para meu desespero na época para o mesmo curso, engenharia civil, era mais calmo porque éramos de republicas distintas, mas mesmo assim nossa relação na época era inviável, quase apocalíptica, mas começou a mudar em uma festa que houve para todas as repúblicas,eu bebi tanto que nem vi onde eu andava eu senti umas mãos me conduzindo, mas estava tão absorta e álcool que nem reagia, foi então que me lembro de ouvir sons de briga e apaguei, no dia seguinte acordei com uma roupa diferente da minha e em uma cama que não era a minha, fiquei assustada, mas logo furiosa quando vi Toneri dormindo na cadeira a minha frente coberto por sua jaqueta e com um olho roxo que estranhei, me lembro de ficar muito puta da vida com ele, xinguei de mil e um nomes, falei que ele tinha me trocado e abusado de mim, mas ele não falou nada só me entregou as roupas e saiu, o resto daquele dia seguiu estranho, Toneri me evitava e quando falava comigo era o necessário sem provocação, só a noite quando encontrei minha colega de quarto Sakura que eu soube de tudo eu entendi, uns caras tentaram me levar para o dormitório deles e Toneri viu e partiu pra cima deles, derrubou quatro caras e me levou para seu quarto, ele chamou Sakura para me trocar e ficou cuidando de mim a noite toda, no mesmo instante eu procurei Toneri.
Hinata – oito anos atrás.
-TONERI – falei encontrando ele com um saco de gelo no olho.
-Oque? – eu estava esperando um "MAIS QUE PORRA SEGUINHA".
-Por que você não me falou oque aconteceu hoje de manha? – ele suspirou e desviou o olhar.
-Você parecia mais interessada em me xingar e me culpar doque me escutar então fiquei quieto – ele falou tirando a bolsa de gelo da cara – bom, mas eu devia ter implicado com você seria um ganho afinal a única coisa que eu ganhei foi isso.
-Você não tinha obrigação nenhuma de fazer aquilo – falei irritada.
-Isso mesmo fique de mesquinhanise para cima do cara que te salvou de um estupro – ele estava vermelho de raiva – quer saber eu vou é sair e me divertir não vou ficar aqui te agüentando, não conte comigo pra nada – ele apontou o dedo para minha cara e pela primeira vez senti culpa de uma provocação que fiz.
-Espera – segurei ele enquanto ele passava – me desculpa.
-Não precisa pedir desculpas – ele falou tentando forçar a passagem, mas eu o fiz recuar e se sentar na cama.
-Preciso sim eu admito que não pensei no que acabei de falar e também quero te agradecer você me salvou eu nem sei oque dizer, só te devo tudo oque você possa imaginar – Toneri suspirou.
-Bom eu só fiz oque qualquer homem de verdade faria – ele me olhou terno era a primeira vez que ele fez aquilo.
-Obrigado – toquei a mão dele e subi meu olhar para seu rosto – isso tá feio só gelo não vai resolver – falei tocando a área roxa com a mão – você tem aquela pomada do meu pai?
-Tenho tá ali no baú.
Eu peguei pomada e comecei a tratar do olho dele, pela primeira vez eu comecei a reparar no Toneri, os olhos dele eram brancos perola como os meus, mas diferentes eu via força e confiança em seus olhos ele tinha feições suaves, mas firmes ao mesmo tempo. Quando terminei com o olho vi que ele mexia o braço esquerdo com dificuldade, fiz ele tirar a camisa e me deixar tratar do ombro que estava roxo e com um pequeno corte.
-Oque fez isso aqui? – falei passando pomada no corte.
-Aaaauuu – ele reclamou ao toque – um dos caras tinha um canivete borboleta, tive sorte que ele tava mais interessado em fazer show off doque realmente usar – ele riu com dor – acho que aquele tempo apanhando para você no tatame de deixaram treinado.
-Você não apanhava pra mim eu era gentil – brinquei o fazendo soltar uma gargalhada.
-Não é oque o meu queixo diz – eu terminei e enfaixei o ombro - se você não estivesse bêbada aqueles caras tinha ido pro cemitério – eu ri e olhei para ele vermelha.
-Porque você veio sozinho? – ele estranhou e respondeu.
-Eu já disse só fiz oque era certo – eu abaixei o olhar.
-Mas a maioria das pessoas não partiria pra cima de quatro caras sozinhos, você tem amigos, o tal do Kakashi, Obito, Madara e outros mais, porque veio sozinho? – ele tocou minha mão.
-Meu corpo se moveu sozinho quando eu vi oque aqueles doentes queriam - senti ele apertar a minha mão – só de saber que eles iriam te machucar eu fui tomado por raiva e simplesmente fui.
-Toneri – eu senti meu corpo arrepiar quando nossos olhos se cruzaram.
-Eu bem - ele soltou a minha mão – vou indo eu tenho que encontrar uns amigos e ... – não deixei que ele terminasse, tomei seus lábios em um beijo instintivo, e senti ele me apertar contra seu corpo me deixando mole e relaxada.
Toneri me pos de costas na cama dele, tocou meu rosto e sorriu e eu sorri de volta, ele me olhou de cima a baixo e depois voltou a me encarar pedindo permissão eu olhei no fundo dos olhos dele e sussurrei "sim".
Hinata – Atualmente.
Depois disso água e olho se tornaram álcool e álcool era estarmos juntos uma faísca e boom estávamos pegando fogo, depois de um ano de namoro tivemos um descuido e posso dizer com toda certeza que foi o melhor descuido da minha vida, no segundo ano de faculdade eu engravidei, me lembro de ficar desesperada, mas como sempre ele foi a minha base o meu castelo de pedra, Toneri não só teve a coragem que muitos não tem quando se tornam pais cedo, como no dia seguinte a noticia pediu minha mão em casamento, é claro que escutamos um belo sermão do senhor Hayashi Hyuuga e a declaração que não ajudaria em nada com a criança, nas palavras dele " eu já pago a faculdade vocês", ele não nos expulsou de casa, mas deixou implícito que não queria a criança morando com ele quando nascesse. È claro que não poderíamos morar mais em republica com a criança a caminho então vendemos nosso carros e compramos um velho apartamento perto da faculdade e um carro velho nosso xodó como gostamos de dizer um Toyota 90 velho com estofamento rasgado, os messes que antecederam o nascimento foram apesar de difíceis muito felizes, reformamos o quarto para o bebê que no quinto mês descobrimos ser uma menina que decidimos chamar de Kaguya, então decoramos tudo com um tom de lilás claro e diversas luas inspirados pela deusa que nossa filha carregava o nome e reformamos o nosso quarto pelo menos para tirar o mofo e pintar as paredes, entramos em algumas dividas oque fez Toneri passar a estudar de dia e trabalhar noite como vigia. Nos dois vivíamos com dores e cansados, eu pela gravidez e ele pelo dobrado que cortava chegando uma vez a ficar trinta e seis horas no ar, mas mesmo assim estávamos felizes algo que quem visse a rotina que tínhamos não diria, tivemos sorte que a nossa pequena Kaguya nasceu nove dias depois do termino das aulas, eu e ele conseguimos fazer todas as provas, meu pai e minha irmã estavam viajando para conhecer uma faculdade na Inglaterra na época, então não estavam quando ela nasceu, mas isso acho que foi obra do destino porque na semana seguinte eu tive um enorme surpresa quando eles vieram ver a minha filha.
Hinata – há seis anos
-Você pode dirigir mais rápido se quiser – falei rindo do jeito nervoso como ele dirigia nosso xodó.
-Tá maluca eu não vou passar dos vinte por hora – ele suava frio – vocês duas acabaram de sair da maternidade segurança em primeiro lugar.
-Amor até a Kaguya tá reclamando - falei olhando a nossa pequena no berço portátil, Kaguya estava inquieta e esboçava um chorinho – a neném da mamãe não chora – tirei ela do berço e pus em meu colo – tá com fome?
-Hina pelo amor de todos os deuses que podem existir coloca ela no bercinho – eu ri e respondi.
-Calma papai coruja tá tudo bem - ele bufou contrariado – posso ser mãe de primeira viagem, mas... – dei o peito para nossa bebe – uma mãe sabe cuidar muito bem da cria.
-Tudo bem – ele parou em um sinal e olhou, puxou o celular do bolso e tirou uma foto – vocês duas são perfeitas.
-Bobo.
O trajeto de dez minutos até a maternidade que fizemos uma semana atrás levou uma hora hoje, chegamos mais felizes que um ganhador de loteria, entramos no nosso pequeno apartamento e logo tratei de apresentar tudo a nossa pequena, ela me olhava como se entendesse tudo, mostrei tudo e quando vi que ela estava bocejando me sentei no puf que coloquei no quartinho ela e a pus para dormir cantarolando por incrível que pareça um tema de vídeo game.
-Tem como existir uma esposa mais perfeita que você – Toneri falou me abraçando por trás quando eu coloquei nossa filha no berço.
-Não – falei convencida – quando você volta a trabalhar?
-Amanhã – ele suspirou com pesar.
-Mas o Butsuma não tinha te dado quinze dias? – perguntei me virando para ele e o puxando para o pequeno corredor deixando Kaguya dormir tranqüila.
-Sim, mas o velho entrou de férias e o filho salafrario dele me mandou uma mensagem me mandando ir amanhã e como eu não quero ficar desempregado agora vou ter que engolir esse sapo – ele falou me abraçando – queria ter mais tempo com vocês duas Hime.
-Eu também queria mais tempo – eu ia falar algo, mas o toque do celular de Toneri não permitiu.
-É o seu pai – ele falou com uma cara de interrogação me perguntando oque fazer.
-Atende – eu falei mordendo o dedão de curiosidade.
-Moshi Moshi – ele ficou alguns segundos escutando meu pai – estamos muito bem, Hina e Kaguya já estão aqui em casa e como vai à Inglaterra? – mais alguns segundos e mínimas reações de Toneri – nosso endereço? – Toneri parecia um pouco surpreso – rua General Almirante Aliev Lustag Ertomeu Entrigan, condomínio Suna, quinto bloco apartamento 5 e quando vocês chegam? – mais alguns segundo de silencio – eu não sei se eu vou estar aqui, mas a Hina vai podem vir- ele voltou a escutar meu pai – ok então até amanhã.
-Ele vai vir aqui? – perguntei apreensiva, mal falamos com ele durante a gravidez e agora ele está vindo.
-Ele e a Hanabi chegam amanhã à tarde e vem para cá – ele falou colocando o celular no bolso
Devo admitir que estou muito ansiosa para amanhã nesses nove messes eu mal falei com meu pai e quando eu falava eram conversas rápidas pelo telefone, na maioria das vezes ele tinha mais noticias sobre a gravidez quando minha irmã vinha me visitar alias foi ela que disse para ele que eu estava esperando uma menina, bem agora é sé esperar, afinal oque pode acontecer de tão exótico?
A noite foi mais ou menos tranqüila Kaguya acordou duas vezes uma pedindo peito e a outra por estar suja, mas a minha pequena herdou uma característica do pai, não parava quieta então demorou a dormir, mas depois da segunda vez acordou só depois de mim de manhã pedindo peito de novo, isso ela herdou de mim ter um apetite voraz. As horas passavam e o horário de meu pai chegar estava próximo assim como o horário de Toneri sair para trabalhar, ele já estava na sala e eu sentada ao seu lado com Kaguya no colo, Toneri brincava com ela balançando o molho de chaves fazendo a pequena tentar esticar os bracinhos para pegar, nossa filha é um bom balanço entre nos dois, cabelos albinos e o tom de pele mais pálido como o pai e o formato do olhos e do queixo lembram os meus quando era um bebê.
-Atete – Toneri falava com uma voz infantilizada tirando sorrisos da nossa bebê
-Não liga filha seu pai só parece doido, mas ele é um cara legal – Toneri se fingiu de ofendido.
-Não fica me difamando para nossa filha – eu ri e ele me olhou – oque?
-Eu falei que só parece doido – dei um selinho nele - lindo.
-Você é que é linda – ele me beijou e logo depois ouvimos o interfone, Toneri atendeu – pode deixar vir.
-Ele chegou – Toneri acenou com a cabeça – eu não sei por que to nervosa.
-Calma Hime vai dar tudo certo – ele veio até mim e beijou minha testa.
Foram alguns minutos que antecederam a chegada do meu pai, eu pretendia ficar no sofá esperando, mas Kaguya começou a reclamar e chorar, chequei a fralda e rapidamente levei ela para o quarto, enquanto eu limpava ela meu pai e minha irmã chegaram.
-Bem vindos - eu ouvi Toneri.
-Onde ela está? – eu ouvi a voz empolgada da minha irmã.
-No quarto da Kaguya, primeira porta a direta – eu ouvi ela vir correndo, Hanabi usava uma blusa marrom e saia da mesma cor.
-Kede? – ela me olhava ansiosa.
-Aqui - chamei ela enquanto terminava Hanabi veio e vi seus olhos brilharem.
-OOOOOOH meu deus que bolinho mais lindinho – ela falou acariciando a cabeça de Kaguya.
-Filha essa é a sua titia Hanabi - quando terminei de limpar ela Kaguya olhou para Hanabi e em um momento deu um sorriso para tia oque foi suficiente para Hanabi ficar toda derretida.
-Aiiiii meu coração – ela falou quase caindo pra trás com as mãos no peito, ela riu e me encarou – você tá a cara da mamãe.
-Eu queria que ela estivesse aqui para conhecer a Kaguya – eu falei colocando Kaguya no colo.
-Ela tá vendo – Hanabi sorriu, mas logo trocou a expressão para uma cara travessa – eu sempre soube desde o primeiro dia que o primo Toneri chegou em casa que vocês dois iriam ficar juntos um dia.
-Pra você ver menina, igual quando eu vi você e o neto do senhor Hiruzen – ela avermelhou.
-Ei – ela falou irritada, mas logo começou a ri e concordou – é verdade – ela falou com malicia no sorriso.
-Te cuida foguinho, se o pai já ficou pistola comigo que já sou maior imagina você que tem dezessete – antes que continuássemos Toneri entrou no quarto sendo seguido pelo meu pai.
-Filha – meu pai me chamou e eu me virei.
-Oi pai – nunca tivemos uma relação muito próxima, mas ali realmente parecíamos estranhos um com o outro desviando olhares.
-Posso ver ela? – ele veio lentamente.
-Claro – eu me aproximei também e ele conseguiu ver a neta, nesse momento eu vi meu pai chorar foi à primeira vez desde o dia da morte da minha mãe.
-Pai o senhor quer pega-lá? – eu falei fazendo ele me encarar, meu pai nunca foi de muitas palavras, ele apenas estendeu os braços e pegou a bebê.
-Ela é linda – meu pai não parava de chorar, ficou ainda mais forte quando Kaguya segurou um dedo dele com mão – meu deus você fez a mesma coisa Hinata.
-Pai – eu também me emocionei, nesse momento o alarme do celular de Toneri tocou.
-Gente desculpa, mas eu tenho que ir – Toneri falou já se curvando em despedida.
-Você trabalha com oque Toneri? – meu pai se recompôs um pouco e olhou para ele.
-Vigia noturno, eu saio agora e volto às oito da manhã – meu pai se surpreendeu.
-E como você estava estudando com essa rotina, suas aulas não começam às oito e meia? – Toneri coçou a nuca.
-Eu chegava as oito, pegava a Hina e ia para faculdade, dormia umas quatro horas e ia trabalhar de novo.
-Hinata pode segurar ela agora – meu pai me deu Kaguya e logo depois se prostrou na frente de nos dois – eu pensei que vocês dois eram duas crianças, mas agora vejo que são verdadeiros adultos, eu quero que me desculpem por ter feito vocês passarem por tanta dificuldade a partir de hoje nada vai faltar para minha neta – eu não soube oque sentir com aquilo.
-Pai não falta nada para nossa filha, nos batalhamos duro, mas faltar não falta nada – ele se levantou.
-Filha vocês moram nesse cubículo, o carro de vocês parece uma armadilha de tétano e seu esposo quase nunca está em casa sempre trabalhando como um condenado, essa vida não é digna de vocês – eu me irritei, mas primeiro pus Kaguya no berço tirei todos do quarto.
-Assim como a maioria das famílias no mundo, nos dois trabalhamos duro e sacrificamos todos os nossos privilégios para ter nossa filha, porque é isso que pais fazem o senhor deixou bem claro que mão nos ajudaria em nada e eu quero que continue assim, nos não precisamos do senhor para dizer oque é ou não é digno – meu pai me olhou irritado.
-Toneri escute a razão e fale oque é certo para esposa – Toneri veio e me abraçou.
-Eu concordo com a Hina – meu pai arregalou os olhos – nada vai faltar para Kaguya, o senhor já paga a faculdade de dois adultos casados, não tem necessidade de mais nada, pessoas comuns na nossa situação teriam largado a faculdade, o senhor já nos ajuda muito, eu gastava com tanta besteira antes de saber que seria pai, mas depois eu e Hina viemos para cá e com ela e Kaguya eu aprendi nesses meses oque é ter responsabilidade, não sou o playboy mimado de antes vi como é bom conquistar as coisas com trabalho duro.
-Vocês dois querem viver uma vida assim? – eu olhei bem no fundo dos olhos deles.
-É melhor doque ser um rico mesquinho que acha que pode concertar tudo com dinheiro, só eu sei oque foi sentir o pai dizer que não aceitava sua neta em casa – meu pai engoliu seco.
-Você é igual a sua mãe cabeça dura – eu ri nervosa.
-Que bom que herdei a melhor característica dela – meu pai nos olhou e suspirou.
-Eu fico contrariado, mas não triste com essa decisão – ele se sentou e pediu que todos sentássemos – eu respeito oque vocês decidiram, mas como pai e avô eu vou ajudar.
-Pai não precisa – eu falei irritada.
-Calma filha, vou dar um emprego melhor para o Toneri, onde ele não trabalhe tanto e fique livre para termais tempo com vocês duas e também para você quando decidir voltar a trabalhar, alem de que vou contratar ma babá para te ajudar quando voltar para faculdade.
-Pai nos não queremos a sua ajuda, podemos nos virar sozinhos – ele suspirou e tocou minha mão.
-Filha eu fiz muitas coisas erradas na vida, mas me deixa acertar aqui, me deixa ajudar vocês, por favor.
Hinata – Atualmente.
Com o tempo eu aceitei a ajuda do meu pai, e depois de alguns messes conseguimos nos aproximar mais, depois disso o tempo voou, nos formamos e começamos a trabalhar como engenheiros civis na firma do meu pai, o senhor Hayashi acabou se aposentando dos projetos e ficando só com a presidência da empresa, oque deu tempo dele se tornar o "bobô duruja" como Kaguya falava aos quatro anos, falando nela Kaguya é nossa pequena gênia aos seis anos parece um adolescente falando e falando, já dominando dois idiomas diferentes. Saimos depois daquele banho depois de uma boa ducha, se é que você me entende e fomos para nossa cozinha preparar o café logo Kaguya iria acordar.
Mencionei que mudamos de apartamento? Depois que terminamos a faculdade a nosso contra gosto meu pai nos deu um lugar bem maior que o nosso antigo, mas essa era uma promessa de antes da Kaguya se tivéssemos notas perfeitas na faculdade ele iria dar para cada um carro novo, bem os carros viraram um apartamento, ele até tentou nos dar um carro, mas o nosso xodó fica conosco.
-Amor pega o queijo – falei estendendo a mão.
-Aqui – assim que ele me entregou o queijo ouvimos passinhos vindo pelo corredor, de canto de olho vimos Kaguya se escondendo atrás do sofá – querida eu acho que tem um bichinho atrás do sofá
-É mesmo? – brinquei.
-Deixa eu ir ver – assim que ele foi Kaguya pulou para o colo dele.
-Ataque definitivo Kaguya – ela pulo rindo, nossa filha é fan de animes – você perdeu papai.
-Aaaaahhhhh não a grande Kaguya me pegou – ele deitou com ela no sofá – estou morrendo – senti um calafrio com oque ele disse e meu pelos se eriçaram.
-Vamos parar de brincadeira besta e vamos comer – eu peguei ela no colo e Kaguya se debateu um pouco.
-Mamãe chata – eu olhei ela firme ela arregalou os olhos e me abraçou – não mamãe legal
-Isso mesmo senhorita – coloquei ela na cadeira e comecei tomar café da manhã, Toneri se juntou a nos, minutos depois eu recebi uma mensagem no celular – droga.
-Oque foi? – Toneri me olhou.
-Perderam as copias das plantas dos prédios da corporação Kiri – querem que eu vá lá levar as originais para fazerem copias e dar uma olhada na obra, Humph – eu ia me levantando.
-Fica em casa e aproveita à folga, eu faço isso em dois tempos, eu sou um dos engenheiros da obra então posso ir senhora engenheira chefe – ele falou se levantando.
-Tem certeza? – ele olhou para mim.
-Sim vou aproveitar e ir comparar os ingressos para final do mundial de clubes o óbito falou que tem um time brasileiro trazendo uma imensidão de torcedores, então vou adiantar – ele falou indo para o quarto.
-Bom então hoje vai ser dia de preguiça para mim e para Kaguya, filmes? – olhei para minha filha.
-FILMES – ela gritou com a boca cheia.
Toneri foi se arrumar para sair e eu peguei nossa filha e fui para sala, abri o catálogo da netflix e pus Spirit o corcel indomável, meu filme de animação preferido por sinal, estávamos bem no começo quando Toneri saiu com uma calça social e uma camisa branca sem gravata.
-Vou indo hime – ele me deu um beijo enquanto eu tampava o olho da nossa filha – se comporte em senhorita – ele beijou a bochecha de Kaguya.
-Até mais tarde – falei enquanto ele descia as escadas, senti aquela sensação ruim de novo desci rapidamente e o abracei – volta logo.
-Vou voltar – ele sorriu e me deu mais um beijo.
Meu coração se acalmou um pouco, mas mesmo assim aquele aperto no meu peito estava lá, mas logo nem tive tempo para pensar, sendo puxada para sala por uma Kaguya impaciente, ela estava já bicuda e eu a peguei deitando no sofá e ficando com ela encostada a mim também deitada de lado, soltei o filme e nos voltamos a assistir.
Depois de um tempo comecei a notar a demora de Obito, já eram mais de cinco da tarde ele já demorava demais para oque tinha ido fazer, se tem algo que sei sobre Toneri é que quando ele fala estarei lá, ele vai estar na hora marcada, mas agora estava demorando, deixei Kaguya assistindo e peguei o celular liguei para ele e nada caixa postal, liguei para meu pai e ele não fazia ideia de onde meu esposo estava, Obito nada, Madara nada, liguei para obra e ele tinha saído de lá as duas, comecei a ficar nervosa, peguei o telefone da bilheteria do estádio Internacional de Yokohama perguntei por alguém parecido com ele, mas ninguém soube me informar, meu desespero só aumentava, até ouvir batidas na porta, meu coração aliviou, "É ele" eu pensei respirando fundo.
-Amor porque vo... – estavam a minha porta dois policiais.
-Senhora Õtsutsuki? – o mais velho falou.
-Sim – meu coração parecia estar sendo esmagado naquele momento, minha garganta ficou seca.
-Hoje mais cedo recebemos uma chamada de um garoto sobre uma batida de carro, infelizmente venho dizer que seu marido é uma das vitimas.
-Meu Deus como ele está? – eu pus as mãos no rosto.
-Mamãe cadê o papai? – Kaguya abraçou minhas pernas eu a agarrei e comecei a chorar agachada
-Onde meu marido está? – o policial mais novo desviou o olhar e disse.
-Senhora talvez seja melhor levar a menina para dentro – eu me irritei.
-ME DIGAM LOGO ONDE ELE ESTÁ – o mais velho se agachou.
-Itachi leve a menina para dentro – o delegado me fez atender o pedido e me fez entender oque viria, depois que o mais novo entrou e levou Kaguya para longe eu falei.
-Não, não, não – eu me sentei e agarrei os joelhos.
-Não tem uma maneira melhor de falar isso seu esposo morreu o corpo esta a caminho do necrotério local.
-NÃO, NÃO, ELE NÃO, TONERI!
Continua...
