Disclaymer: Saint Seiya pertence a Masami Kurumada
The Lost Canvas pertence a Shiori Teshiori
Lithos personagem do mangá Episódios Megumu Okada
Fic de presente de Natal para Rodrigo Ribeiro.
Temporits Actis - Reverse Tempus
Sinopse - Passados seis meses da volta dos dourados para o século XX, um objeto esquecido no passado pode acarretar em uma nova viagem temporal.
Obs: Quem não leu Temporits Actis pode ficar um pouco perdido.
...
Qualquer intervenção no tempo, por menor que seja pode altera-lo. Uma ação realizada ou não realizada desencadeia ações futuras. A ida dos cavaleiros de ouro para o século XVIII não foi de toda solucionada, a simples presença deles alterou o destino de muitos...
Depois da rápida passada no templo de Atena, apareceu num pequeno templo de onde se tinha a visão do Olimpo. Adentrou encontrando com duas mulheres uma loira e outra ruiva.
- Parece que tudo se resolveu mesmo. – disse a loira. – Bem vinda Irene.
- Obrigada Dice.
- Mas sabemos que as ações da amazona de Taça não foram totalmente consertadas. – a ruiva adiantou.
- Sei disso Eunômia. Por causa disso alguns destinos foram alterados. – Irene sentou-se num banco reclinado. – Ate Atena entrou nos sonhos do cavaleiro de Escorpião.
- Convenhamos, foram ações que não perturbam o equilíbrio já restabelecido. – disse Dice. – seis meses se passaram e nada de estranho aconteceu então deixaremos agora nas mãos das Moiras.
- Sim.
Concordaram as outras duas.
Confins do Olimpo...
Incrustado numa pedra, um pequeno templo era adornado por mármore negro, apesar de receber a luz do sol, seu interior era escuro, apenas fracas tochas é que garantiam a iluminação. No salão principal, bem ao centro, um tear, que era conduzido por uma mulher de meia idade. Sua atenção estava toda para o fio, contudo a expressão dela ficou tensa.
- Algum problema Láquesis?
- Sim...
- O que houve? - indagou a mais velha das três Moiras, Átropos.
- Irene, não resolveu todos os problemas com os homens de Palas Atena.
- O que quer dizer? - Cloto, a mais nova das três, levantou.
- Vejam esses fios. - mostrou-os. - estão entrelaçados.
Átropos franziu o cenho, marcando ainda mais suas rugas.
- Mandarei um recado a Irene.
Século XVIII...
Como Irene havia dito, assim que os cavaleiros do século XX passaram pelo portal, os antigos santos de Atena esqueceram-se da passagem deles. A vida voltava ao seu normal, ou quase...
Por conta de alguns desentendimentos, dois cavaleiros de ouro, realizavam a tarefa de limpar a biblioteca do décimo terceiro templo, como castigo, sendo supervisionados por outro.
- A culpa é toda sua, pirralho.
- Minha? Foi você que começou.
- Eu?
- Manigold e Regulus silêncio. - disse Shion de forma autoritária. - não quero ouvir uma reclamação. - abriu a porta do recinto. - vou resolver algumas coisas e quando eu voltar quero tudo limpo. - fechou a porta.
- Sujeito chato... - disse o canceriano. - até parece que ele é o mestre...
- Pare de reclamar e vamos terminar isso, quero ir para a minha casa. Estou cansado.
Mani ficou calado continuando a limpeza das prateleiras, Regulus por sua vez, foi limpar um velho baú. Ao abri-lo franziu o cenho.
- O que é isso? - pegou uma pequena caixa dourada.
- Algo que você não pode mexer. - disse o canceriano. - se Shion descobre ele te mata.
- Mas o que será que tem dentro?
- Não seja curioso.
- Conta outra, vai me dizer que não quer saber o que tem aqui dentro. - o fitou. - o templo guarda tantos mistérios.
Mani ficou calado. Nesse ponto Regulus tinha razão e mesmo sendo treinado pelo patriarca, não sabia de todos os segredos do santuário.
- Abre logo. - disse por fim.
Regulus não pensou duas vezes abrindo a caixa dourada.
- Uma faca?
- Faca? - Mani aproximou. - não é faca seu estúpido é uma adaga.
- Eu sei o que é uma adaga.
- Sabe nada. Deixe eu ver.
O cavaleiro de Câncer a pegou examinando-a.
- Interessante...
- Por que o mestre teria algo assim?
- Não faço a menor ideia e...
Os dois silenciaram quando o objeto começou a brilhar.
- Guarda logo isso! - disse Regulus com medo.
Quando o canceriano foi depositar o objeto, a luz se tornou mais forte, envolvendo-os por completo. No instante seguinte tinham desaparecido. A caixa dourada e adaga foram ao chão...
Olimpo, dias atuais...
Dice caminhava a passos rápidos, indo em direção ao templo que servia de moradia para si e para suas irmãos. Abriu a porta rapidamente encontrando-as conversando.
- Irene!
- O que foi Dice?
- Recebi um recado de Átropos.
- O que houve? - indagou Eunômia, já imaginando que uma mensagem das Moiras era sinal de problema, pois elas não tinham o costume de interagir com outros deuses.
- Parece que as coisas não se resolveram completamente. O tapete do destino apresentou um defeito.
Santuário de Atena...
Uma luz muito intensa brilhou na biblioteca do templo, em meio a ela, duas figuras surgiram.
O rapaz e o garoto olhavam assustados um para o outro e depois para o local que estavam.
- O que aconteceu...?
- Não faço a menor ideia, mas parece que estamos na biblioteca e...
- Ela está diferente...
Começaram a andar pelo local, notando vários objetos que não conheciam, além dos moveis estarem diferentes.
- Esse lugar está estranho...
- Tem que se preocupar é que Shion e Sage vão nos matar.
- E se nós formos embora? Agente fala que limpou tudo...
- E que saímos antes dessas coisas surgirem. - disse observando uma cadeira. - que coisa esquisita...
- Vamos dá o fora daqui.
Os dois abriram a porta, pegando o rumo da saída. Não esbarraram em ninguém e ficaram aliviados, ao chegarem ao fundo do templo. Passariam perto da estátua de Atena, pois conheciam um atalho que dava direto na casa de Câncer e assim não corriam o risco de serem vistos.
- Anda logo moleque.
- Estou indo.
Passavam pela estátua...
- Anda logo! - gritou o rapaz.
- Não amola, não vê que...
O garoto arregalou os olhos.
- O que foi? - indagou o rapaz olhando para ele.
O menino apenas apontou para frente. Quando o rapaz voltou a atenção para onde ele apontava também arregalou os olhos.
- Por Atena!
Nesse momento escutam um barulho muito forte, ao olharem para o céu, os dois se abraçam assustados.
- Que ave é aquela?
- Por Zeus! Não sabia que isso existia e que faz tanto barulho.
Era um avião que passava pelo céu do santuário.
- O que são essas construções? E por que são tão altas?
- Acho que é uma ilusão... Virgem está brincando conosco...
- Quem são vocês?
Os dois viraram para trás.
- Shion?!
O lemuriano fitou bem os dois.
- Regulus?! Manigold?!
Os dois cavaleiros correram até Shion e agarraram na túnica dele.
- Perdoe nos Shion. Prometemos que vamos ficar quietos. - disse Regulus.
- Pode até nos punir, mas fala para o Asmita parar com as ilusões... - pediu o canceriano.
- Que ilusões...? - indagou Shion que não estava entendo nada, muito menos o que eles faziam ali.
- Aquele pássaro. - apontou para o avião.
O ariano acompanhou o olhar, vendo o avião.
- Aquilo não é um pássaro, é um avião. Afinal de contas... por Atena! - olhou para os dois. - vieram para o futuro!
- O que?! - exclamaram os dois.
- Futuro? - Mani parecia não acreditar, contudo notou as vestes do ariano, eram as mesmas roupas que Sage usava. Aos poucos sua mente foi clareando. Lembrou-se da luta contra Pontos e a vinda de alguns cavaleiros do futuro para a época deles. - Zeus...
- Como chegaram aqui?
- Estávamos na biblioteca. - Mani levantou. - então o pirralho achou dentro de um baú uma caixa dourada com uma adaga... - as coisas se encaixaram. - a adaga que Saga usou.
- Do que estão falando? - indagou Regulus.
- Não se lembra da luta contra Pontos? - Mani segurou nos ombros dele. - da Lithos, Aioria e tudo que aconteceu?
O garoto ainda o fitava sem entender até que...
- Lembro! Mas aquela deusa não lançou um feitiço em nós?
- Deve ter lançado e funcionado. - Shion iniciou a fala. - mas o fato de tocarem a adaga não apenas os trouxe para o futuro como também reativou suas memórias. A adaga foi esquecida no passado.
- Quer dizer mesmo que estamos no santuário do futuro?
- Sim Mani.
- E você se tornou mestre. - Regulus sorriu. - que bom.
- Jamais pensei que viajaria no tempo. - disse Mani voltando a atenção para a cidade. - quantas mudanças em dois séculos... Rodorio cresceu tanto!
- Não é Rodorio... ele fica do outro lado, oculto aos olhos humanos, essa cidade é Athenas.
- Athenas? - Mani ficou surpreso. - nunca pensei que aquela vilazinha fosse crescer tanto. Era destruída a cada guerra...
- Se estamos no futuro, Aioria está aqui também? E a Lithos?
- Sim Regulus. Depois que eles chegaram... - Shion contou o que aconteceu. - já se passaram seis meses.
- Então o grande mestre está com a Áurea... - Mani deu um sorriso maldoso.
- É estou... - ficou vermelho.
- Fico feliz que a Lara tenha voltado para o Kanon, assim como a Selinsa, Asmita e Sísifo. Tenho meu pai e meu tio novamente.
- Regulus. - Shion o fitou seriamente. - e você também Manigold. Lara e Selinsa não podem saber do passado. Elas não tem essa memória, entendido?
- Sim. - responderam os dois.
- Outra coisa. Irene revelou apenas para nós que Aioria e Ilíada são a mesma pessoa. Em hipótese alguma deve revelar isso a Aioria. E nem comentar que Aiolos é o Sísifo.
- Está certo... - murmurou Regulus.
- Venham, vou apresentar a Atena.
- Shion em que ano estamos?
- 2009.*
Foram conduzidos até o templo, no caminho perceberam que não havia tanta diferença do templo do século XX com o do século XVIII. Atena estava em seu escritório cuidando de alguns papéis da fundação. O santuário estava tão tranquilo que se permitia trabalhar em paz e dar férias para alguns cavaleiros, o que era o caso de Afrodite, Miro, Kamus, Shura, Aldebaran, Marin e Asmita, Saga e Mu, todos tinham viajado. Dohko e Iara ajudavam-na.
- Entre. - disse ao escutar batidas a porta.
- Com licença Atena.
- Shion.
- Temos problemas.
Ela franziu o cenho assim como o libriano. Shion entrou dando passagem para os outros dois. Dohko levantou da cadeira.
- Manigold? Regulus? - esfregou os olhos achando que era miragem.
- Dohko! - exclamaram.
Trocaram apertos de mãos.
- Mas o que fazem aqui?
Atena os observava. Então era aquela razão de sentir o cosmo agitado.
- Sejam bem vindos. - disse.
Os dois ajoelharam. Nem precisa apresentação, o cosmo que emanava da garota por si só indicava quem ela era.
- É um prazer conhecê-la Atena. - disse Mani.
- Como vieram parar aqui?
O cavaleiro de Câncer contou como tudo aconteceu.
- Compreendo. Terei que entrar em contato com Irene. Ela saberá o que fazer.
No fundo da sala Iara os fitava com atenção, não conheceu tantas pessoas assim na vida, mas aqueles dois lhe eram familiares.
- Aioria vai ficar muito feliz em te ver Regulus. - disse Dohko.
- Também ficarei. - o garoto fitou o fundo da sala vendo a jovem. - Lara... - murmurou.
Ao escutar o nome Manigold se virou arqueando a sobrancelha.
- Lara?
- É Iara... - murmurou. - eu não conheço vocês?
- Creio que não. - disse Mani lembrando das palavras de Shion. - desculpe se confundimos os nomes. - sorriu. Era bom saber que ela estava bem e no santuário.
- Tudo bem.
- Vem rapazes. - Dohko os puxou. - vamos fazer uma surpresa.
Saíram. Atena levantou-se.
- Shion cuide deles, vou ao Olimpo.
- Sim.
Dohko os conduziu pelas doze casas, até chegarem a sétima. Virgem. No pátio, atrás da casa, Shaka treinava Lisa. Era notável que a garota guardava resquícios de sua vida anterior como Selinsa. O cosmo ficava cada vez mais fortalecido, numa velocidade impressionante.
- Bom dia Shaka, Lisa. - cumprimentou o libriano que seguia na frente.
- Bom dia. - responderam os dois ao mesmo tempo.
Regulus e Manigold fitaram imediatamente a garota ao lado de Shaka.
- Sem dúvidas é a discípula de Hasgard. - disse Mani baixo.
- Manigold? Regulus? O que fazem aqui? - indagou um surpreso indiano.
- Consequências da sua viagem. - sorriu o leonino, que contou todos os detalhes. - nesse momento Atena foi atrás daquela deusa.
Lisa fitava o garoto.
- Já sonhei com você. - disse. - e com você também... - apontou para Mani.
- Deve ser alguém parecido. - disse Shaka, não querendo aflorar as lembranças de Selinsa.
- Ele tem razão. - Mani sorria, com certeza Hasgard ficaria bastante orgulhoso. - é a primeira vez que piso aqui.
- Estão indo a Leão?
- Sim Shaka. -respondeu Dohko. - por acaso viu Aiolos?
- Ele e Lithos passaram a pouco rumo a casa. Áurea também está lá.
- Então vamos. - o libriano voltou a caminhar sendo seguido pelos dois.
Lisa continuava a olhar para eles.
- O que foi Lisa? - Shaka colocou a mão no ombro dela.
- Uma sensação estranha... eu já os vi, tenho quase certeza.
- Impressão sua. Vem, vamos voltar a treinar.
Olimpo...
Atena foi conduzida até o templo de Irene, encontrando a deusa.
- Atena.
- Irene.
Trocaram um abraço afetuoso.
- Foi providencial a sua vinda, temos um problema. - disse a morena conduzindo a outra a um divã.
- Eu sei.
- Sabe?
- Dois cavaleiros do passado apareceram no santuário.
- Como?
- A adaga que Saga usou, ficou no passado. - disse Atena.
- Então foi esse o motivo... - Irene sentou ao lado dela. - as Moiras me disseram que havia problemas no tapete. Foi isso então.
- E o que faremos? Eles não podem ficar no santuário. Afetaria todo o passado.
- Eu sei. Vamos até o templo das Moiras, talvez elas tenham alguma ideia.
Quinta casa...
Aioria, Aiolos, Lithos e Áurea assistiam um filme. Shion dera aquele dia de folga aos cavaleiros e eles aproveitavam juntos. Com Shion repleto de obrigações, Áurea juntara-se ao grupo.
- Esse filme é muito bom. - disse Lithos aconchegando-se nos braços do marido.
- Realmente.
- Viu como tenho bom gosto. - Aioria trazia uma tigela com pipocas.
- Seu convencimento me assusta Aioria. - brincou Áurea.
- Boa tarde. - a voz de Dohko ecoou pela sala.
- Dohko! Junte-se a nós.
- Tenho uma surpresa.
Ele deu passagem a Manigold e Regulus.
- Regulus?! - exclamaram Aioria, Lithos e Áurea.
- Aioria!
O garoto correu ate o leonino o abraçando.
- Senti sua falta.
- O que está fazendo aqui?
- Uma visita. - sorriu. - Lithos!
- E que visita. - a garota o aconchegou. - que saudades de você.
- Eu também. Áurea.
A grega também ganhou um abraço.
- Faço das palavras da Lithos as minhas.
- Nesse ponto ainda bem que Irene apagou nossas memórias, morreria de saudade.
- Também estou aqui. - disse Manigold.
- Estou surpreso. - Aioria estendeu lhe a mão. - como vai?
- Levando. Oi meninas.
Elas acenaram.
- Será que podem me contar como vieram parar aqui?
Enquanto Mani e Regulus contavam, Aiolos não parava de olha-los. Sentia que conhecia-os, principalmente ao garoto loiro. Um saudosismo apossou-se dele.
- E é isso.
- Chronos continua fazendo estrago até hoje. - disse Lithos.
- É o que parece.
Regulus desviou o olhar para Aiolos. Com exceção da coloração dos olhos e de Sísifo ter os cabelos mais claros, sem dúvida tratavam da mesma alma. Sísifo tinha o olhar mais sério, enquanto Aiolos um olhar mais terno.
Mani também o fitava, realmente estava diante de Sísifo de Sagitário.
- Regulus, Mani esse é meu irmão.
- Oi. - acenou os dois.
Aiolos continuava a fita-los, demorou alguns segundos até ele falar.
- Prazer, meu nome é Aiolos.
- O prazer é todo nosso. - Mani estendeu-lhe a mão, prontamente correspondido.
Regulus sorria. Era bom saber que estava diante do pai e do tio, só era uma pena não poder expressar.
- Se me derem licença gostaria de visitar a casa abaixo. - disse Mani.
- Sabe o caminho? - Aioria brincou.
- Sim.
- Eu vou voltar para o templo, talvez Shion precise da minha ajuda. - disse Dohko.
- Vou com você. - pronunciou Áurea.
Despediram se.
- Realmente a minha casa está bem diferente. - Regulus olhava ao redor, quando deu um pulo, os olhos arregalaram. - aquelas pessoas estão presas!
- Que pessoas? - indagou Lithos.
- Relâmpago de plasma!
Tudo que viram foram a TV de Aioria virar pó. O leonino mais velho arregalou os olhos, Aiolos franziu o cenho e Lithos abriu a boca.
- Pronto agora elas estão livres... cadê elas?
- Minha TV... minha TV novinha... - os olhos encheram de água. - minha TV...
Câncer...
Ao se aproximar da casa, Mani sumiu com seu cosmo, entrando sorrateiramente. Mask estava deitado no sofá, com uma garrafa de cerveja ao lado. Estava com o pensamento longe que nem percebeu uma presença atrás de si.
- O que pensa que está fazendo cavaleiro? - Mani simulou a voz de Shion.
O canceriano deu um salto.
- Posso explicar mestre. - a voz saiu tremida.
A expressão de medo foi mudando para enfurecida, para variar Manigold rolava de rir.
- Continua o mesmo capacho idiota!
- Filho #%$!
- A covardia não te abandonou.
- Isso vai ter volta! E... - parou de falar se dando conta. - o que você está fazendo aqui? Como veio parar aqui?
- Longa história. - Mani deitou no sofá. - que coisa macia. - pegou a garrafa no chão tomando um longo gole. - cerveja boa. Tem mais?
- Como veio parar aqui?
Mani tomou todo o conteúdo da garrafa numa golada só. Colocou a garrafa no chão e contou toda a história.
- Atena está procurando uma maneira de nos mandar de volta. Enquanto isso, traga mais cerveja. - ajeitou-se no sofá.
Mask olhou incrédulo.
Leão...
- Cadê as pessoas?
- O que você fez? - Aioria o fitou possesso.
- Salvei aquelas pessoas. - disse inocente.
- Aquilo era uma TV Regulus. - disse Lithos.
- O que é TV?
- É um aparelho que transmite imagens. Ninguém estava preso.
- Uma caixa mágica? - ficou surpreso. - usa cosmo?
Aiolos sorriu.
- Não Regulus. Não tem nada de magia. - disse o sagitariano.
- Lembra das coisas que eu falei que tinham no meu mundo? - indagou Lithos. - pois então, essa era uma das coisas.
- Seu mundo é surpreendente. - sorriu ao se lembrar de algo. - tem microfondas?
- Micro o que? - nem a própria entendeu.
- É micro-ondas, Regulus. - disse Aioria, mais calmo, afinal de contas ele não sabia. E quando foi ao passado quase colocou fogo na casa dele, ao tentar acender o fogão a lenha. - vem.
Aioria o conduziu para o interior da casa, mostrando todas as coisas modernas que Leão tinha. Regulus escutava tudo impressionado.
- Regulus, isso é micro-ondas.
- Oh... - olhou admirado. - essa caixa esquenta comida?
- Sim. Quer ver? - foi até o armário e pegou pipocas de micro-ondas. - abre-se aqui.
Abriu a porta, quando a luz acendeu o garoto deu um salto.
- Tem sol aí dentro?
- Não é sol, é a luz. - disse Lithos. - que te expliquei.
- Ah...
- Bom, agente coloca isso e espera por dois minutos. - apertou o botão "on".
- Faz um barulho legal. - Regulus sorriu achando aquilo tudo um máximo.
Contudo, o milho começou a estourar e claro que Regulus levou um susto.
- Zeus! Tem alguém nos atacando. - ficou em alerta.
- Não Regulus. - Aioria o segurou, antes que ele mandasse o aparelho pelos ares. - o barulho vem do micro-ondas, é normal.
- Certeza?
- Sim.
Dois minutos depois, Aioria retirou o pacote, despejando o conteúdo numa tigela.
- Pipoca pronta.
- Pipoca? O que é?
- Prove, mas cuidado que está quente. - disse Lithos.
O garoto pegou uma, assoprou e comeu.
- Gostoso. Posso pegar mais?
- Claro.
Encheu as mãos e praticamente comeu tudo.
- Isso é muito bom!
- Vou fazer mais e aí você nos conta como estão os outros.
Aioria fez mais três pacotes e ainda apresentou refrigerante ao garoto e como toda "criança" adorou.
Câncer...
Manigold e Mask no mesmo local, era certo que sairia muitas brigas e a bola da vez era a decoração da casa. Detalhe, os dois estavam bebendo.
- Não sei como Atena permite isso! Pintar a casa de preto! Parece um cemitério!
- A casa é minha e pinto como quiser!
- Você é um estúpido!
- E você um idiota!
Leão...
- Aioria, desculpe pela TV.
- Tudo bem Regulus. - Aioria soltou um suspiro. - eu compro outra.
- Quando eu cheguei eu vi um pássaro muito grande.
- Pássaro? - Lithos estranhou.
- Sim. - tomou o refrigerante de uma vez. - quero mais. - estendeu o copo. - Shion falou que se chamava avião.
Aiolos não aguentou começando a rir.
- Não é um pássaro Regulus. É um meio de transporte. Vocês não usam carruagens?
- Sim.
- É como se fosse, mas é pelo ar.
- Uma carruagem que voa?
- É... mais ou menos isso.
- Quantas coisas legais vocês tem! Carruagem que voa, caixa mágica que mostra as pessoas, caixa que faz comida, essa bebida que tem bolinhas. - olhou para o copo. - Eu quero morar aqui.
- Você continua um fofo! - Lithos o abraçou.
O celular da grega tocou, ela pegou o aparelho.
- Caixinha de música.
- Não Regulus é um celular. - disse Aioria.
- Um o que?
- É um aparelho que usamos para conversar com alguém que está longe.
- Usa cosmo?
- Não Regulus...tome converse com a Áurea.
Lithos passou o aparelho para ele. Regulus o pegou meio ressabiado.
- Alô.
- A Áurea esta aqui dentro? É a voz dela! - fitou o aparelho.
- Só fala alô, está bem. - disse Aioria meio impaciente.
- Alô...
- Oi Regulus.
- Áurea... estou escutando a sua voz.
Do outro lado da linha a grega ria.
- Está tudo bem aí?
- Sim... estou comendo pipoca e bebendo um liquido muito gostoso. Refrigerante. Ele tem bolinhas.
- É muito bom mesmo. Posso falar com a Lithos?
- Pode.
Regulus passou o telefone para a grega, que saiu de perto para conversar melhor.
- Eu posso levar um desses para o santuário?
- Infelizmente não Regulus. Não vai funcionar na sua época. - respondeu Aiolos.
- Por que não temos luz?
- Sim. - era melhor ser objetivo.
Durante todo o dia, os irmãos mostraram a tecnologia para Regulus que ficou encantado. Na casa abaixo, depois das inúmeras brigas, Mani e Mask conversavam de maneira amigável. O álcool fez efeito.
Confins do Olimpo...
Atena, Irene e as Moiras tentavam encontrar uma solução para a distorção do tempo que trouxe os dois cavaleiros.
- O que faremos? - indagou a morena.
- É necessário que a adaga volte para o futuro. - disse Átropos. - mas temos que busca-la. Ela é a responsável por tudo.
- Mas como vamos para o passado? - indagou Atena. - só Chronos tem esse poder.
- Tem uma maneira.
Elas olharam para onde vinha a voz.
- Ananké?!** - exclamaram.
- Pontos e Chronos fizeram um grande estrago. - era uma mulher de meia idade, os cabelos negros desciam até o chão. Tez clara e olhos amarelados. Era a mãe das Moiras.
- Qual maneira? - indagou Atena.
- Se tivermos algo que pertença a época deles poderemos fazer uma troca.
- O santuário inteiro é da época deles. - disse Atena.
- Tem que ser objetos construídos exatamente na época deles. De preferência na época que seus cavaleiros de hoje estavam no passado.
- Mas... - Atena estava tensa. Que objeto poderia ser? - o rosário de Asmita?
- Não. É o mesmo que Shaka usa.
- Vamos para o santuário. Temos que procurar. - disse Atena.
Câncer...
Só pararam de beber porque o estoque de Mask tinha acabado. Ao todo beberam dez garrafas long neck. Não estavam tontos, apenas um pouco alegres. Os dois assistiam TV e Mani estava impressionado com a "caixa".
- Esse mundo de vocês é legal.
- Agora entende porque ficamos desesperados.
- Entendo. - abanou-se. - que calor, o santuário não era assim tão quente.
- Bem vindos a era das máquinas e do aquecimento global.
- Aquecimento o que?
- Nada. Segunda porta a direita. Vá tomar um banho, já está fedendo.
- Eu não estou fedendo!
- Não existe desodorante na sua época!
- Deso... o que?
- Vá logo!
Foi, mais porque estava com muito calor, do que para obedecer. Ele contudo não entrou na segunda porta a direita, passou direto indo para a cozinha. Se a casa era a mesma, aquele local não tinha mudado.
- Oh... - disse ao ver a cozinha. - que coisas engraçadas.
Deu nos ombros abrindo um dos armários, a procura de uma panela grande.
- Essa será suficiente... agora... onde fica a bica de água?
Procurou próximo ao chão e não encontrou. Voltou para a sala.
- Onde pego água?
- Para que?
- Dá para falar?
Mask levantou desanimado, Mani o seguiu.
- Para beber?
- Não. - respondeu, mas sem entender a pergunta.
- Aqui. - o italiano abriu a torneira da pia.
- Uma coisinha desse tamanho tem água? - via o liquido jorrar. - Onde fica o poço?
- Não temos poço, e ...- não queria explicar. - ta aí.
- Obrigado sem mal educado. - colocou a panela para encher.
- Para que essa água?
- Vou tomar banho. Eu preciso encher a bacia.
Mask o fitou sem entender.
- Que bacia? - indagou.
- Para tomar banho criatura! Você não toma na bacia? É assim que todo mundo se banha!
De espantado passou a rir, na verdade a gargalhar.
- Haha, não sei qual a graça. - Mani fechou a cara.
- Esqueci que você é da pré história. - limpou as lagrimas. - temos chuveiro. Larga essa panela e vem cá.
Mask o conduziu ate o banheiro.
- Isso é um banheiro.
Mani ficou surpreso.
- E o que isso faz?
- É a mesma coisa que aquelas casinhas... - não queria explicar em detalhes. - só que são mais eficientes. Aquilo é uma pia, com água. - apontou. - aquilo é onde... aliviamos... é quando se aperta isso. - apertou o botão da descarga. - leva tudo embora.
- Sério? - ficou espantado.
- Sim. E isso... - abriu o box. - é o chuveiro. Tem água quente e fria. É só girar isso.
Quando Mask abriu o chuveiro, Mani arregalou os olhos.
- Bom banho.
Mask saiu rindo.
- Ainda bem que nasci nessa época.
Do lado de dentro, Mani olhava a água descer. Primeiro colocou uma das mãos, notando a água morna.
- Esquenta sozinha...
Não pensou duas vezes tirando a roupa depressa, entrando debaixo do chuveiro.
Leão...
- Quero mais!
- Desse jeito você vai passar mal Regulus. - disse Lithos. - já chega de tomar refrigerante.
- Mas é muito bom. - suplicou. - e nunca mais vou poder tomar. Por favor!
- Vai ter uma overdose de refri. - disse Aioria.
- Por favor...
- Está bem...venha.
Lithos e ele foram para a cozinha.
- Ele tem um cosmo muito poderoso. - disse Aiolos.
- Tem sim. Sísifo o treinou muito bem.
- Ele deveria ser bem forte. - disse baixo.
- Você também é, irmão. Vocês devem ter a mesma força.
Seguiu alguns segundos de silêncio.
- Obrigado. - disse Aioria de forma séria.
- Pelo que? - indagou Aiolos.
- Por ter cuidado dele. - o fitou, os olhos estavam sérios. - quando eu partir.
- Senti sua falta, quando foi embora do santuário. - Aiolos esboçou um leve sorriso.
- Tive medo pelo o que poderia acontecer a ele. A guerra santa se aproximava.
- Você fez o que qualquer pai faria.
- Mas abandonei Atena e você também... ainda era um garoto. Eu na qualidade de irmão mais velho tinha que cuidar de você.
- É passado Ilíada. - o sagitariano sorriu. - Atena te deu uma nova oportunidade. E me deu também pois tenho a Lithos e você. Viemos como irmãos novamente.
- Tem razão Sísifo. - sorriu. - vamos aproveitar a oportunidade.
- Que oportunidade? - disse Lithos entrando.
- Escutando conversa. - a expressão descontraída de Aioria voltou.
- Quero saber tudo que se passa entre meu irmão e meu marido. - fechou a cara.
- Não foi nada, Lithos. - a expressão serena de Aiolos voltou. - nada.
Regulus que tomava refrigerante apenas sorriu. Estava feliz pelos dois.
Câncer...
Quarenta minutos! Mask não parava de olhar no relógio.
- Desse jeito vai acabar com a água do planeta! - levantou indo ate o banheiro. - morreu aí dentro!? Atena vai me matar pela conta de luz!
Abriu a porta sem pudor.
- Desliga esse chuveiro!
- De jeito nenhum, tenho água morna a vontade.
- Não é um parque aquático! Desliga a droga desse chuveiro!
Mani fechou a torneira.
- Não se pode nem tomar um banho descente. - saiu do box.
- Não as minhas custas! E enrola numa toalha, não sou obrigado a te ver assim!
- Você é muito mal educado. Te hospedei por dias e agora me trata assim.
- Idiota...
Mask deu as costas saindo.
Templo...
Shion na biblioteca, estudava uma maneira de mandar os amigos de volta para o passado. Iara, Dohko e Áurea o ajudavam. Quando sentiu cosmos dentro do templo foi as pressas a sala do trono, acompanhado pelos três.
Encontrou Atena, Irene e Ananké.
- Senhoritas. - fez uma leve reverencia.
- Shion e Dohko, essa é Ananké, deusa da Inevitabilidade, mãe das Moiras.
A deusa acenou.
- É um prazer. - os dois cavaleiros reverenciaram.
- Shion chame todos. - pediu Atena.
- Entendido.
Em poucos minutos todos estavam diante das três deusas.
- E Kanon ainda não chegou? - o geminiano havia sido mandado em uma missão.
- Não senhorita.
Diante dela, Iara, Aiolos, Lithos, Regulus, Aioria, Manigold, Mask, Áurea, Dohko, Shaka e Lisa aguardavam o pronunciamento.
- Cavaleiros e meninas, essa é a deusa Ananké.
- A adaga esquecida no passado provocou alguns acontecimentos no tapete das Moiras e trouxe vocês. - olhou para o leonino e o canceriano. - era um objeto que não poderia ter ficado para trás.
- Descobriu alguma maneira de nos mandar de volta, Atena?
- Sim Manigold. Precisamos encontrar um objeto que pertença ao passado para efetuarmos uma troca.
- E qual objeto seria? - indagou Dohko.
- Esse é o problema cavaleiro. - disse Irene. - praticamente tudo nesse santuário já existia na sua época de criança.
- Se não tivermos esse objeto, não podemos voltar? - Regulus estava preocupado.
- Sim, e suas permanências aqui pode ter efeitos catastróficos.
- Atena. - Shaka tomou a dianteira. - se tiver esse objetos como os mandaria?
- Através da junção de nossos cosmos. - disse Ananké. - num processo semelhante que Irene fez em vocês.
Shaka fitou Lisa. Tinha sua amada de volta e em breve a união seria oficializada. Aquele objeto era uma lembrança muito boa do casamento dele e de Selinsa, mas precisava agir de forma racional. A permanência de Regulus e Manigold no futuro alteraria o curso da guerra santa do século dezoito.
- Eu tenho um objeto que pertence ao passado. - disse.
Todos os olhares foram para ele.
- Como assim Shaka? - indagou Dohko.
O indiano retirou a pulseira dourada que usava.
- Quando me casei com a Sel, Lara me deu isso para servir de aliança.
A própria o fitou, confusa.
- Me trás boas lembranças, mas... - olhou para a amazona. - meu maior tesouro está comigo.
Iara olhava para o objeto, várias imagens vieram lhe na mente. Áurea a fitava.
- Está sentindo alguma coisa Iara?
- Não... só a sensação de Dejavú... não é nada.
Áurea concordou, de certo ver a pulseira deveria trazer a ela lembranças de seu tempo como amazona.
- Servirá cavaleiro de Virgem. - Irene o pegou. - tem certeza?
- Sim.
- Vamos elevar nossos cosmos...
- Espera. - Regulus interrompeu Ananké. - quero me despedir.
- Tudo bem jovem.
Regulus voltou-se para Aiolos.
- Foi um prazer conhecê-lo.
- O prazer foi meu Regulus. - trocaram um abraço afetuoso.
- Vou sentir sua falta. - o garoto aproximou de Aioria. - muita.
- Eu também. - Aioria o abraçou, uma sensação esquisita apoderou-se dele. - cuide-se está bem? E obedeça ao Sísifo. - apertou ainda mais forte.
Regulus aconchegou-se ainda mais, mesmo com uma roupagem diferente, a sensação de proteção que seu pai transmitia continuava presente.
- Adeus Regulus. - Lithos trazia os olhos rasos. - vou sentir a sua falta.
- Eu também. - abraçou a garota. - obrigada por me mostrar as coisas mágicas do seu mundo. - a fitou. - cuide deles por mim.
- Cuidarei.
Mani e Mask continuavam calados. Até que o canceriano do passado quebrou o silencio.
- Obrigado pelo banho.
- As ordens. - o fitou. - cuide-se.
- Você também.
Apertaram as mãos.
- Rapazes... - Shion aproximou dos dois. - sejam cuidadosos.
- Já sabe o que vai nos acontecer. - disse Mani.
- Mesmo assim... - disse triste.
- Estamos felizes por saber que você vai sobreviver. - disse Regulus. - cuide de todos.
- Cuidarei.
- Estão prontos? - indagou Irene.
- Sim.
- Reverse tempus. - As três deusas elevaram seus cosmos.
Uma luz dourada envolveu os dois cavaleiros, contudo nada aconteceu.
- O que aconteceu? - indagou Atena.
- Parece que esse objeto ainda não é suficiente para abrir o portal do templo. - disse Irene.
- Talvez seja por isso. - Lithos ergueu a mão esquerda, mostrando um anel de prata.
- Não é o anel que o Sísifo te deu?
- Sim Aioria. Nosso anel de casamento... - sorriu. - nosso símbolo. - olhou para Aiolos. - queria mantê-lo mas para o bem de todos... importa-se?
- Não... - o sagitariano sorriu. - é a coisa certa a se fazer.
Lithos entregou o objeto a Irene. As três liberaram novamente seus cosmos e dessa vez funcionou, os dois desapareceram.
- Vou sentir falta. - disse Lithos.
- Eles ficarão bem. - Aiolos a abraçou.
- Eles lembraram desse dia?
- Sim, Shion. Não houve a necessidade de apagar essa passagem da mente deles. Eles não contaram a ninguém. - disse Ananké.
Um pequeno brilho apareceu diante de Atena. Quando a luz dissipou viram a adaga dourada.
- Agora tudo está onde deveria está.
Século XVIII
Regulus e Manigold apareceram diante do baú. Regulus segurava a caixa dourada vazia. Em silencio ele a depositou dentro do baú, fechando-o.
- Voltamos... - murmurou o leonino.
- É o que parece... - Mani fitou o céu. - estranho pensei que fosse de tarde. Não passamos o dia lá?
A porta da biblioteca abriu.
- Shion vai brigar com vocês.
- Sísifo?
- Já terminaram daquele lado?
- Sim...
O sagitariano franziu o cenho.
- Está tudo bem?
- Cadê o Shion?
- Acabei de trombar com ele no corredor. Pediu para vigia-los. Não tem nem um minuto.
Os dois trocaram olhares. Enquanto estavam fora, passou-se apenas alguns minutos.
- Quer que o chame?
- Não. Vamos terminar logo. - Regulus pegou na vassoura, enquanto Mani num pedaço de pano.
O sagitariano estranhou o comportamento dos dois, mas não disse nada.
- Estarei lá fora. - disse.
- Sísifo. - Regulus o chamou.
- Sim?
O leão ficou calado, até notar algo pendurado no pescoço do cavaleiro.
- O que é isso? - apontou para o pescoço.
- Isso? - puxou a tira de couro, revelando uma argola prata que estava presa. - achei esse anel na minha casa. Não tive coragem de jogar fora. Ele parece ser especial.
- Então guarde-o. - disse Mani sorrindo. - vem Regulus.
Os dois voltaram a limpeza. Sísifo arqueou a sobrancelha mas não disse nada, dando nos ombros.
Alguns anos depois...
A guerra santa tinha iniciado e alguns cavaleiros de ouro já tinham sido derrotados. Shion estava em Áries quando viu um ponto luminoso seguir para o templo de Atena.
A passos rápidos já estava na casa de Câncer. Seu destino era o templo de Atena. A passos duros seguia, quando sentiu uma presença atrás de si.***
- Manigold?
O cavaleiro de ouro estava encostado numa pilastra. Pelos ferimentos Shion constatou que ele tivera uma luta feroz.
- E aí Shion? Vai para o templo?
- Você não estava tomando conta do Pegaso? - indagou o ariano. - cadê ele? E o que houve com você?
Mani sorriu, lançando algo a Shion. O cavaleiro pegou.
- Meu mestre pediu para entregar ao seu mestre. - sorriu. - cuide bem, pois um dia será seu...
O cavaleiro foi desaparecendo...
- Manigold...
Apenas dias depois, é que Shion lembrou-se dos acontecimentos ocorridos entre eles, os cavaleiros do futuro e Pontos. Jurou que esperaria por Áurea.
~~~~~ FIM~~~~
Espero que tenha gostado Rodrigo. Tinha te falado que talvez usaria o Kiki, mas acho que ficaria meio deslocado da fic.
Se tiver algum erro de português releve... consequência do Natal
* A fic original se passa em 2009.
**Namitologia grega,Ananque1ouAnankeera uma antigadeusaprimordial da inevitabilidade, mãe dasMoirase personificação do destino, necessidade inalterável e fato.
*** Episodio 17 ou 18 do TLC anime.
obs: a cena final do Manigold foi muito triste, principalmente quando ela aparece para o Tenma T.T uma das partes mais emocionantes.
Krika H.
26/12/13
