Eu observava o topo das arvores da floresta proibida se curvarem ao vento. Por alguns minutos, deixei que minha mente vagasse pelas sombras escuras. Larguei a pena sobre o pergaminho e estalei os dedos. Nem me lembrava á quanto tempo estava enterrada nos livros, fazendo meu dever de transfiguração. Dois rolos de pergaminho sobre animagia, que era para a semana seguinte, mas é claro, que eu, a "irritante sabe-tudo" já tinha que estar com o dever pronto. Já passava da meia-noite, meus amigos estavam dormindo, meu namorado estava dormindo, e apenas eu ocupava a sala comunal.
Em alguns momentos eu queria ser outra pessoa. Um pouco mais... relaxada, estar enroscada pelos corredores com Rony, ao invés de envolta por livros. Ser uma adolescente normal. Pelo amor de Merlin, eu tenho 19 anos e ainda sou virgem! Isso é, no mínimo, patético.
Confio absolutamente no Rony, sei que posso me entregar pra ele. E é isso que eu vou fazer. Hoje!
Joguei minhas coisas na mochila o mais rápido que pude. Antes que a vontade e a coragem me abandonassem, subi as escadas do dormitório masculino. Eu estava na porta do quarto onde Rony dormia, quando me lembrei que ainda tinha que fazer a ultima ronda. - Droga!
Patrulhei os corredores o mais rápido que pude. Dois garotos da sonserina estavam abrindo uma garrafa de Wiske de fogo no banheiro, a qual eu confisquei antes de manda-los de volta para as masmorras. Um casal de namorados trocava caricias no corredor, me apressei para manda-los dormir, mas quando cheguei perto reconheci seus rostos. Corei. Alvo e Minerva estavam mesmo juntos á final. Quem diria. Eles não notaram minha aproximação, então aproveitei para fugir.
Eu já estava voltando para a torre da Grifinória quando ouvi.
Os Gemidos passavam pela porta entreaberta da sala de aula. Eram tão quentes que até senti um pouco de inveja da garota. O que só me fez ter mais pressa em voltar para a torre e me entregar á Rony.
Abri a porta abruptamente, pronta para dar uma bronca. Mas o que vi me deixou sem palavras.
Sentada em uma das mesas estava uma garota de longos cabelos negros, com as pernas entrelaçadas á cintura de um garoto de cabelos cor de cobre.
–Mais forte Rony! Mais forte. - Só consegui assistir enquanto Rony obedecia e a estocava com mais força. Ele mordeu os lábios dela e enterrou uma das mãos nos cabelos negros. Eu estava em choque.
Pensei em gritar, mas o que gritaria ? Fiquei tonta. Só ai lembrei que era importante respirar. Romilda olhou pra mim por sobre o ombro de Rony, sorriu e o beijou com os olhos abertos. Sempre me fitando. Provocando. Minhas mãos voaram em direção á varinha, só então me lembrei que á havia deixado sobre a mesa com a minha mochila.
Então eu corri. Como se minha vida dependesse disso. As lagrimas deixaram minha visão turva , acabei tropeçando em alguma coisa, eu cai. A garrafa de vidro rolou para o chão ao meu lado. Mas não quebrou. Me sentei e fiz uma coisa que nunca havia feito antes. Bebi.
Como Rony pode fazer isso comigo ? Depois de todos esses anos, e tudo pelo que passamos juntos... Como ele pode ser tão.. tão...
Eu suava. Então prendi os cabelos em um coque. Passou-se mais ou menos meia hora, é difícil saber, só voltei a realidade quando ao entornar a garrafa, percebi que estava vazia.
E me disseram que isso era forte. Eu nem estava tonta. Me levantei e quase cai outra vez.
Ok. Talvez fosse um pouquinho forte.
Tentei andar, foi engraçado. O chão estava se mexendo sob meus pés. Só percebi que ria, quando o som das minhas risadas ecoou pelas... Masmorras ? Como eu chegara lá ? Bom, nunca é tarde para uma excursão. Talvez algum sonserino bonitão poderia me dar o que Rony estava dando á Romilda andares á cima. Na verdade, nem precisava ser bonito. Podia ser o Filch. Qualquer um.. o primeiro que aparecesse, a ideia me atraiu. Pensar na cara de Rony quando descobrisse que eu tinha me deitado com outro, me fez sentir um pouco melhor.
–Ora, ora. O que temos aqui ? - Uma voz rouca e sensual chegou aos meus ouvidos. Virei-me e encarei o homem alto , de vestes negras que me fitava com um olhar frio. Severus Snape. Uau. Eu estava mesmo bebada, achando a voz de Snape sensual. Isso é que é necessidade Hermione. - O que a sabe-tudo faz fora da cama á essa hora ? - Ele perguntou cheio de veneno. Posso apostar a minha vida como ele estava pensando em quantos pontos podia tirar da Grifinória.
–Bom,- Eu ri do som da minha voz. Ela repicava como sinos.- Veja bem querido professor, estava sozinha e desamparada naquela torre horrorosa da...da
–Grifinória ?
–Eu ia dizer Rapunzel. Quem é Grifinória ? - Ele deu um sorriso torto.
–Você esta bêbada. - Nem ao menos era uma pergunta. Mas eu não estava bêbada.
– é claro que não. - Lhe assegurei. Tive um ataque de risos em seguida, o que com certeza, me entregava. Ele resmungou alguma coisa, mas eu não prestei atenção. Cantei enquanto ele me levava pelo braço para os próprios aposentos. Ele ordenou que eu me sentasse num sofá e se virou para uma estante cheia de poções. - Acho que devo ter algo aqui, que á traga de volta á si Granger.
Não. Eu não queria "voltar a mim". Não agora. Não antes de... Bom, Snape era um homem. E eu uma mulher. Quem não tem cão caça com... morcego ? [N/a: pelo amor de Deus, ignorem isso]
–Severo ? - Eu o chamei. Ele me olhou de soslaio e fingiu não ter ouvido. Mas ele não iria me ignorar. Não mesmo. Tirei a capa e soltei o cabelo. Andei até ele, que estava de costas para mim, o abracei e me estiquei para beijar seu pescoço. Ele se esquivou como uma cobra, quando abri os olhos ele estava do outro lado da sala.
–Severo. - Eu sorri, balancei o dedo em negativa. - isso não se faz. -
–Fique onde esta Granger- Ele disse frio, quando tentei me aproximar.
–Não diga que não me quer Severo. - Provoquei. Mas me mantive afastada.
–Quem se interessaria por você? - A frieza na voz dele me incomodou mais do que de costume. - Uma menininha sem graça...
– Sem graça ? - Eu o interrompi. Sorri de maneira maliciosa e comecei a me livrar das minhas roupas. Sem pressa. Snape me fitava, mas não demostrava nenhuma reação. Ele estava fazendo com que eu explodisse por dentro. De repente, tinha se tornado um jogo para mim, vê-lo entregue a mim. Me desejando, me possuindo.
Ele ainda me fitava no canto oposto da sala, e eu só tinha sobre meu corpo a calcinha e a gravata vermelha e dourada. Percebi que ele arfou quando dei o primeiro passo em sua direção. Sorri. Eu teria aquele homem.
Ela andou até mim de maneira graciosa. Os seios estavam escondidos sob o cabelo cacheado, agradeci a Merlin por isso. Hermione Granger, estava bêbada e sem roupa em minha sala, quem diria. Eu deveria tê-la enfeitiçado, força-la a beber a poção restauradora que estava em minha mão, entretanto, não o fiz.
Apenas consegui admira-la. Observar as mudanças que o tempo teve sobre ela, seu corpo curvilíneo ainda era inexplorado, disso eu tinha certeza. Se não fosse minha aluna, se não fosse virgem, se não fosse Hermione... eu a agarraria no mesmo momento.
Mas ela era a irritante-sabe-tudo. E ainda assim, meu corpo estremeceu com seus lábios carnudos no meu pescoço. Claro, nunca admitirei em voz alta para ela ou para ninguém, mas eu a desejava naquele momento.
–Granger! – comecei em meu tom professoral. – Se der mais um passo, serei obrigado a azarar você. Ela sorriu da minha ameaça e continuou andando lentamente em minha direção. Jogando os quadris de um lado para outro de forma sensual.
–Isso seria ruim. – Ela sussurrou. –Se quer me castigar professor – Ela jogou os cabelos para trás. Tentei não reparar em seus seios. Falhei, é claro. – eu tenho uma ideia muito melhor. – Ela chegou perto. Perto demais. Segurei-a pelos braços com força desnecessária. Ela gemeu, não de dor, mas pelo meu toque.
–50 pontos serão descontados da Grifinória. – Ela lutou. Não para se afastar, mas para aproximar-se ainda mais de mim. Percebi que era inútil tentar segura-la, ela estava bêbada demais para se importar. Então soltei seus braços e deixei que ela se atirasse nos meus. A maneira como ela se encaixou em mim, me fez estremecer. Mas mantive a minha mascara de frieza.
Hermione Granger começou a distribuir beijos pelo meu pescoço, suas mãos tateavam em busca dos botões das minhas vestes, não me mexi.
–Me beije. – Ela pediu docemente, entreabriu os lábios e esperou. Mas é claro, eu nunca a beijaria. Vi o desapontamento passar em seus olhos castanhos, e em seguida não vi mais nada. Ela pressionou os lábios contras os meus. Tive que exercer de todo meu controle para não entregar-me a ela. A língua dela pedia passagem entre meus lábios. Mas eu não cedi. Ela tentou por mais alguns segundos, e então finalmente, desistiu. Merlin sabe que eu estava a ponto de me deixar levar por ela.
Ela se afastou, com a cabeça baixa. Cambaleou em direção ao sofá e vestiu apenas a capa sobre o corpo. Depois sentou-se e começou a chorar com as mãos no rosto. Revirei os olhos. Essa garota não iria embora nunca? Bom, o jeito era falar com ela, faze-la voltar para a torre. Ela não parecia mais uma ninfomaníaca, então achei seguro me aproximar.
Me sentei no sofá, o mais longe que o espaço me permitia.
–É... – aquele momento constrangedor que você não sabe o que dizer.- Você está bem ?
–Eu não sou bonita ? – Ela me perguntou olhando-me nos olhos. Desviei do olhar... e da pergunta.
– Acho que você está bem. Volte para cama, sim ?- Ela se ajoelhou no sofá, bem ao meu lado. Senti o cheiro perfumado dos cabelos dela me assaltarem. Suspirei.
–Porque você não me quer?
–Granger. Você. Esta. Completamente. Bêbada. – Lhe contei.
– E qual o problema disso ? – Ela ainda chorava, então me pegou de guarda baixa. Se sentou sobre mim, e se mexeu sugestivamente sobre o meu sexo. Eu tinha que fazer alguma coisa agora. Ou ela acabaria tendo o que queria.
–Severus, - Ela soluçou. – Me deixe dormir com você. Não quero voltar para a torre da grifinoria e...
–Absolutamente, não! – Eu quase gritei. É o que me faltava.
–Mas... ninguém vai saber. – Ela sussurrou perto dos meus lábios. – Por favor. – Provavelmente foi minha alma sonserina, mas vê-la implorando por mim me excitou. (Ainda mais) Quando ela tentou me beijar desta vez, eu correspondi. A boca de Hermione tinha um gosto de hortelã e álcool. Era bom. Logo eu estava tão entregue ao beijo, que nem percebi que minhas mãos passeavam pelas costas dela. Assim que tomei consciência, me lembrei de que somente a capa dela cobria seu corpo. Me apressei em tira-la.
Nada podia se comparar a vê-lo corresponder as minhas caricias. Quando ele tirou minha capa, suas mãos começaram uma expedição pelo meu corpo. Foi maravilhoso sentir aquelas mãos firmes me apertando. Separei nossos lábios para prestar absoluta atenção no que eu estava fazendo. Desabotoando as vestes negras do morcegão. Do MEU morcegão. Ri do meu pensamento.
Logo pude ver o peito de Snape pela primeira vez. Nunca me esquecerei de como me senti. Todas aquelas cicatrizes... Eu arfei. Por um momento imaginei Voldemort o torturando. Tremi. Comecei a beijar todas elas. Todas as marcas de dor. De repente, me dei conta do grande homem que estava sob mim. De tudo que ele teve coragem de passar, apenas para proteger Harry. Me dei conta de que Severus Snape era um homem maravilhoso. E eu estava feliz por estar nos braços dele.
Ele rasgou minha gravata, mas eu não me importei. Nada importava. Apenas os lábios finos deslizando pelo meu pescoço, a língua quente no vão entre meus seios antes de abocanha-los cheio de vontade, e a sensação eletrizante que percorria meu corpo.
Ele se levantou. Por um momento pensei que me rejeitaria outra vez. Mas então ele me pegou no colo, e me levou até uma porta que antes eu nem tinha reparado. Eu estava ocupada demais beijando cada parte do corpo dele que minha boca alcançava para reparar na decoração de seu quarto. Ele me jogou na cama e se deitou sobre mim. Fui ao céu quando senti seu membro rijo dentro da calça.
Por um momento ele afastou o rosto e me observou. Provavelmente, estava pensando na loucura que estávamos cometendo. Provavelmente, estava pensando em voltar atrás. Mas eu não deixaria que ele o fizesse.
Enlacei minhas pernas ao redor da cintura dele e o puxei para mim. Pedi a Merlin que meu beijo transparecesse todo o desejo que eu estava sentindo.
O desejo no beijo dela era quase insuportável. De repente eu estava faminto. Faminto por ela. E sabe lá Merlin quando minha fome se saciaria. Meu membro pulsava, clamando por liberdade. Liberdade essa concedida por Hermione, que despiu minha calça sem nenhum pudor. Ela acariciou minha ereção, e voltou a me beijar. Tudo aquilo era terrivelmente errado. E eu sabia disso. Mas eu simplesmente não podia me afastar. Que homem se afastaria ?
Pela manhã, estaríamos ambos arrependidos. Mas agora ? Agora éramos apenas um homem e uma mulher, tomados pelo desejo mais profundo.
Com cuidado, tirei a calcinha preta que ela vestia. A observei completamente nua e entregue a mim por um momento. A visão era divina demais para ser descrita.
Me inclinei sobre seu corpo, e distribui beijos em sua barriga, fui descendo até que meus lábios provaram o gosto de seu sexo. Ela arfou.
Eu estava consciente de que tinha uma virgem em minhas mãos. Ela separou as pernas, como um convite para que eu aprofundasse as caricias. O que eu fiz com absoluto prazer.
Quando a Granger se tornara tão, terrivelmente, deliciosa ?
Coloquei dois dedos dentro dela. Com cuidado, comecei um vai e vem. Ela ficou rígida por um momento, mas logo relaxou, então eu a estimulei com mais vontade enquanto minha boca percorria os grandes lábios.
Ela começou a se contorcer, impulsionando o corpo contra mim. Implorando por mais. Aquilo me deixou louco. Meus lábios não eram gentis. Não tinha controle sobre minha língua, que queria desesperadamente adentrar mais fundo em Hermione.
Se eu tivesse que descrever Snape naquele momento, eu o definiria em uma só palavra : Deus. Um Deus pagão do prazer, que estava me levando ao paraíso.
Ele mordiscou o meu clitóris e então começou a chupa-lo com vontade. Seus dedos faziam movimentos circulares dentro de mim, me levando a um estado de transe.
Eu estava fora de mim. Tomada pelo desejo. Esqueci minha boa educação e puxei os cabelos negros e lisos com força. Ele me olhou e sorriu maliciosamente.
Era a primeira vez em que eu realmente via Snape. Sem mascaras. Sem respostas afiadas. Sem sombras no olhar
Apenas Severus Snape.
Ele soube o que eu queria, sem que precisasse pedir. Mesmo assim, quando ele começou a me beijar, eu guiei o membro dele com uma das mãos até minha cavidade.
Com uma calma que me incomodava, ele começou a me penetrar. Doeu. Doeu muito. Mas os beijos dele compensavam a dor muito bem. Quando ele estava inteiro dentro de mim, parou de me beijar e apoiou as duas mãos na cama. Eu segurei seus braços, e assenti com a cabeça para que ele continuasse.
Movi o quadril gentilmente no começo, para que ela não sentisse tanta dor. Mas logo os gemidos de dor, se tornaram gemidos de prazer. Então me movi mais livremente. Entrando e saindo de seu corpo com cada vez mais velocidade. Se a machuquei, ela não reclamou. Ela fincou as unhas no meu braço, e começou a se mover também.
O único som, era o de nossos gemidos entrecortados e nossos corpos se batendo. O quarto exalava luxuria.
Eu estava quase no ápice, e ela também. Na verdade, ela estava tendo seu primeiro orgasmo. Seu corpo se contorcia em meio aos espasmos e ela gemia de uma maneira que faria anjos caírem. Se ela soubesse o poder que tinha sobre mim naquele momento... eu estaria perdido. Percebi ali, enquanto me derramava dentro dela, que aquilo se tornaria um vicio. Que todas as noites não seriam o suficiente para que eu estivesse satisfeito.
–Severus...- Ela gemeu. Reclamei a boca dela para mim, cheio de fome. Mas logo os beijos se tornaram cheios de ternura. Era ai que morava o perigo. Eu não queria complicações, quer dizer, eu não queria mais complicações do que ter transado com Hermione Granger... Merlin! Eu transei com Hermione Granger! Eu estava f*****
Em um segundo estávamos nos beijando carinhosamente, como amantes de longa data. E no outro, ele estava me olhando de forma assustadora.
–Está tudo bem ? – Lhe perguntei.
–Claro, claro.- Ele disse simplesmente, antes de rolar o corpo para o lado. Suspirei, e repousei a cabeça sobre seu peito. Não demorou muito para que eu pegasse no sono.
Quando acordei, não abri os olhos. Repassei em minha mente tudo o que havia acontecido na noite passada. Foi impossível não sorrir. Tateei a cama ao meu redor, buscando por ele. Não o encontrei.
Abri os olhos, e me encontrei em uma cama absurdamente grande. O quarto era amplo e bem decorado. Com vários detalhes em verde, é claro. Uma janela encantada, mostrava o dia chuvoso lá fora. Uma porta á minha direita dava acesso a um banheiro, outra á minha esquerda, devia me levar de volta ao escritório particular de Snape. Era tudo muito silencioso e frio.
–Snape ? – Chamei insegura. Não obtive resposta. Ele havia fugido. Ótimo! Mas também, o que eu esperava ?. Que ele me trouxesse café na cama ? Ele é Severus Snape. A noite passada não devia ter significado nada para ele... Na verdade, devia ter significado sim. Uma grande piada.
Eu não queria pensar nisso. Não agora, quando eu estava tão atrasada para o café da manhã.
Me levantei, e sai em busca das minhas roupas.
Quando sai correndo pelas masmorras, alguns pescoços se viraram para me encarar, oque só me fez correr mais rápido.
Quando cheguei ao dormitório, encontrei uma Gina completamente furiosa á minha espera.
–Onde você estava Hermione ? Eu fiquei morrendo de preocupação... – Ela falava sem parar nem para respirar, eu a ignorei e comecei a me trocar. -... o Filch me pegou fora da cama depois do horário. Eu ganhei uma detenção por você, e isso minha amiga, NÃO VAI FICAR ASSIM.- Finalmete ela respirou.
–Melhorou ? – Lhe perguntei com um sorriso. Ginevra e seus ataques eram parte do meu dia-a-dia.
–Muito. – Ela suspirou. – Então, onde você estava ?- Perguntou-me calmamente.
–Depois Gina. Estamos atrasadas. – Não esperei que ela contestasse. A puxei pelo braço para fora do quarto.
Rony tentou falar comigo durante toda a manha. Mas eu não queria falar com ele. Ele me traíra. Quantos anos apaixonada por ele... quantos anos confiando nele, sonhando, esperando, desejando... E agora isso?! Não era justo! Quem ele pensava que era? Pois bem, ele pode sair da minha vida com aquele estupido cabelo ruivo. Não vou sentir falta.
–Vocês estão liberados queridos. – A voz da professora de aritimância recuperou minha atenção. Ainda faltavam alguns minutos para o almoço, o que era bom. Me dava alguns minutos para pensar sozinha.
–Hemiii ? – Ou não. Gina me alcançou no corredor, os olhos dela eram curiosidade pura. – Agora você vai me contar. Onde esteve a noite toda? – Nós fomos para o salão principal e nos sentamos á mesa da Grifinória. Haviam poucos alunos no salão, e nenhum professor por perto.
–Ok. – Respirei fundo uma vez, enquanto Gina tamborilava os dedos impacientes na mesa.- Ontem eu fui fazer a minha ronda. E encontrei o seu irmão...
–E...
–Ele estava me traindo. Com a Romilda.
–Não, pera. Eles estavam se beijando?
–Eles estavam transando Gina.
–Nããão. – Ela me olhou como se eu estivesse louca. – Rony? O meeu irmão?
–É.
–Mas como. Me conta tudo o que você viu.
–Gina, não me faça entrar em detalhes ok? Era o seu irmão. E estava com outra. Fim de história.
–Fim?
–É – Suspirei. –Acabou. –Ela me abraçou.
–Eu sei que isso deve estar te matando Mione. Mas, eu estou aqui. Sempre!- Eu me sentia grata por ter Gina. Eu sabia que podia contar com ela e isso me confortava.
–Bom. Você partiu a cara deles não foi? Por isso passou a noite fora?
–Não. Eu sai correndo, tomei um porre e fui parar nas masmorras. – Ouvir as palavras saindo da minha boca, tornavam aquela noite mais real.
–E...
–E... –Fechei os olhos e senti que corava enquanto sussurrei. – Eu passei a noite com o professor Snape.
–MAS OQUE? –Ela gritou.
–Gina! Se acalme ok? – Olhei em volta pra ver se ela não tinha chamado muita atenção. Os alunos já começavam a chegar, e o som das conversas paralelas cobria a nossa. Ainda bem.
–Como assim? O Snape? Aqueeeeele Snape? – Eu tive que rir da cara que Gina fez.
–É. Severus Snape. – Lhe contei alguns detalhes da noite. Gina era uma boa ouvinte, soltava suspiros e gritinhos de animação na hora certa.
–Sabe o que isso significa? – Ela disse quando terminei de contar.
–Que os boatos sobre ele ser gay eram falsos?
–Não... É. Isso também. – Ela riu. – Mas, isso significa... – Ela se levantou, cruzou os braços e engrossou a voz. – Srt. Granger, 50 pontos para Grifinória! – Ela se desmanchou em risadas ao meu lado, e eu também não podia parar de rir. Até ouvir uma certa voz.
–O que é tão engraçado?
–ÓH! Ronald Weasley! A sensação do momento. – Me levantei e o encarei. Doía ver ele. Olhar pra ele e não lembrar dele com ...
–Mione? O que deu em você? Me evitando o dia todo e..
–Não fale. Por favor! – Eu não queria fazer uma cena no meio do salão principal, mas bem, aqui estávamos nós. – Eu vi você ontem!
–o que?- Ele tentou pegar na minha mão, então lembrei que ainda estava de aliança. Tirei.
–Eu vi você com a Romilda! – Gritei. Eu podia sentir todos os olhares sobre nós dois.
–Her..hermione, não não é o que você pensa. Eu só.. bem é que...
–Acabou Ronald! – Eu atirei a aliança por sobre o ombro e sai com passos firmes para fora do salão. Deixando pra trás toda uma vida, todo um sonho. Deixando para trás Ronald Weasley.
