Disclaimer: Essa história não tem nenhum fim comercial. Todos as personagens pertencem à JK Rowling. Nada é meu.
N/A: Bom, essa é uma das minha fics guardadas. Ela é curtinha, mas ultimamente pensei bastante em postá-la e aqui está. Espero que gostem.
xXx
Harry sentia-se preso. Preso naquela vidinha, naquele sentimento que não era mais amor.
Talvez nunca fora amor.
Podia ser paixão, tesão, obsessão, mas amor provavelmente não era.
Disso ele estava certo. Cem por cento certo.
A relação começara bem...
Os dois transavam como coelhos e tudo seguia seu curso.
Depois veio o silêncio incômodo, seguido pelas conversas monossilábicas.
Mas com o tempo tudo melhorou.
A convivência já não era mais esquisita e tudo se amenizou.
Então, mudaram-se. Juntos.
E por que não?! Eram adultos, tinham trabalhos estáveis, uma relação agradável...
Conseguiram se manter por seis meses em uma rotina tranquila.
Mas como tudo não é perfeito, começaram os problemas.
As contas que apareciam sem serem pagas, os gritos causados pelo pote de maionese aberto, o silêncio depois do sexo, o cansaço da vida a dois.
De repente, Harry percebeu que a situação estava péssima.
E Draco, definitivamente, não ajudava.
O loiro queria apenas sair de casa quando tudo piorava. Ele viajava, tirava folga da relação deles.
Que pessoa tira folga de seu relacionamento?! De sua vida?!
Draco gritava, esperniava e depois ia embora. Voltava como se nada tivesse acontecido.
Como se o fato de que ele fora encontrar uma pessoa para confortá-lo não estivesse estampado em sua testa.
O moreno desistira de tentar, desistira de conversar, de ver como as coisas poderiam ser consertadas.
A melhor coisa a fazer era desistir.
No começo, Harry sentia raiva. O peito apertava, o suor começava, as coisas giravam e a visão ficava vermelha. Agora, era só um vazio. Um vazio que parecia eterno.
O engraçado era que ele nunca buscara outra pessoa. Talvez não acreditasse mais na possibilidade de um relacionamento decente.
Draco fora tudo para ele. E mesmo assim, o sentimento não foi o suficiente para mantê-los em harmonia.
Sem olhar para trás, o moreno empacotou suas coisas, trancou a porta e deixou a chave embaixo do tapete de entrada.
E sem nem mesmo olhar mais uma vez para a casa em que vivia, abandonou aquela sensação de angústia.
É... talvez ainda houvesse tempo para aprender a ser feliz.
