Bom pessoas, esse é meu primeiro fanfic de Inuyasha. Geralmente eu escrevo para o anime Saint Seiya, mas resolvi começar a me dedicar a esse outro anime que eu também adoro. Escolhi falar do Sesshoumaru por que ele é meu personagem preferido da série. Essa fic inicia logo após a tentativa de Naraku de pegar o último fragmento da jóia que estava no túmulo do pai do Inuyasha, ou seja, ela está seguindo a cronologia do anime segundo sua exibição no cartoonnetwork.

Sesshouamru pertence a mim, embora uma tal de Takahashi Rumiko insista em dizer que tem direitos autorais sobre ele. Brincadeirinha, todos os diretos de Inuyasha e personagens adjacentes pertencem a ela.

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Sora Hime – Capitulo 1

Era uma manhã de verão. Por toda a ilha o sol brilhava intensamente no céu azul sem nuvens. Uma jovem humana acabava de tomar o seu desjejum e seguia para cumprir suas tarefas. Primeiramente, ela colheria frutas silvestres pela redondeza e saia de casa com esse objetivo. Quando já estava afastada de sua cabana uma voz chamou por ela:

- Hana! Hana–chan, cuidado menina! Não se afaste muito do vilarejo. Muitos youkais estão atacando nossa região. Não adentre muito na floresta! – Uma senhora de mais de sessenta anos, cabelos grisalhos e corpulenta chamava a atenção da jovem.

- Não se preocupe, Sakura-san! Eu voltarei logo. Faremos deliciosas tortas de frutas esta tarde – A menina respondeu dando à anciã o mais belo dos sorrisos e voltou a andar na direção da floresta.

Hana era uma jovem de beleza descomunal se comparada com a das mulheres que habitavam o Japão medieval. Elas eram, em sua maioria, mulheres de cabelos escuros com tons variando entre o castanho escuro e o preto, os olhos pequenos quase sempre eram negros. Já ela era dona de uma cascata de fios vermelhos que por vezes lembravam sangue, a pele clara, corpo perfeitamente desenhado, como se fosse esculpido e os olhos eram de um azul estonteante. Muitos chagavam a confundi-la com youkais por ser tão diferente, mas nem mesmo as youkais mais exóticas se aproximavam da beleza jovem.

A garota estava tão acostumada com a vida que levava no vilarejo desde que fora acolhida por Sakura em uma terrível noite de tempestade, ha quase seis meses, que realizava suas tarefas com agilidade e precisão. Ela quase nunca se afastava das casas, mas essa tarde, em especial, ela estava terrivelmente distraída e, colhendo as frutas que estavam caídas no chão, nem viu o quanto já estava embrenhada na floresta.

- Nunca vi nenhuma humana assim, ela não á comum. Como pode ter uma aparência tão diferente? – Falou um dos youkais que se encontrava em cima de uma das árvores e que observa a jovem ha algum tempo.

- Não me importa nem um pouco o porquê dela ser diferente. O fato é que ela é exatamente o que precisamos para seguir como os nossos planos. Como é bela. Confesso que humanas nunca fizeram meu tipo, mas essa garota é um prato perfeito até para o youkai mais exigente, como é o caso do meu sobrinho – respondeu o outro youkai que era mais velho que o primeiro. Ambos tinham a aparência humana o que demonstrava serem completos e poderosos. Eram inuyoukais – Vamos Fukuyama, precisamos convencer a bela dama a participar do nosso joguinho.

- Mas como nós vamos fazer isso, pai? – perguntou o outro descendo da árvore e seguindo o mais velho.

- Como uma imbecilidade como você pode ser meu filho? Somos youkais, idiota! O que uma humana pode fazer contra nós? Iremos força-la, não é evidente?

- Mas o senhor disse que a gente ia tentar convencê-la!

- Da forma que nós, youkais, convencem humanos a fazer o que queremos, seu beócio!

- Hãã bom! Então vamos logo pegar ela, né pai?

- Não! Ela vai precisar de uma dissuasão maior. Vamos atacar o vilarejo. Uma linda garotinha como ela, não vai permitir que todo o seu povoado seja destruído por youkais malvados, sendo que está nas mãos dela evitar todo esse massacre – Takayushi, o youkai mais velho, falava cinicamente e ria ao imaginar o sofrimento que iria impelir aos moradores do vilarejo de Hana – Não basta ameaçar a vida dela, muitas preferiam morrer ao passar pelo que faremos ela passar, mas se tivermos a vida dessas pessoas como garantia, ela agirá segundo a nossa vontade, sem pensar duas vezes.

- Nossa, papai! o senhor é tão esperto!

- Não sou tanto assim, não! Cometi a burrice de me casar e ter um filho como você, que é mais inútil e débil que um youkai planta!

Terminada a seção: declarações de amor entre pai e filho - os dois inuyoukais seguiram em direção ao vilarejo, onde iniciaram um ataque impiedoso. Eles queriam fazer as pessoas gritarem de desespero, para que assim os gritos chagassem aos ouvidos da mulher que logo correria para lá, caindo na armadilha dos perversos.

Hana continuava distraída com a coleta das frutas quando foi surpreendida por gritos. Ela não demorou a perceber que eles vinham do vilarejo e, largando a cesta que carregava, correu até o local. As imagens que surgiram perante seus olhos eram inimagináveis até em seus piores pesadelos, tamanha a crueldade. As casas estavam em chamas, corpos dilacerados por todos os lados, alguns decapitados, crianças chorando sobre os corpos de seus pais. Os olhos da jovem encheram-se de lágrimas, sua vontade era de gritar e tentar fazer algo, mas o que ela poderia fazer contra aquilo tudo?

Ela passou a correr saltando os corpos a as vítimas feridas. Seu coração só conseguia pensar em uma pessoa: a velha que a acolhera com tanto amor. Que Deus não permitisse que algo acontecesse a ela. Ao chagar no casebre em que ela e a Sakura moravam, ela parou na porta, vendo que um youkai a segurava pelo pescoço, pronto para ceifar sua vida.

- Por favor! Parem com isso! Por que atacam a vila? Somos pessoas de paz, que interesse nossa desgraça pode ter para vocês? Ela é uma senhora de idade, nada significa para vocês, deixe-a! – Hana implorava pela vida de Sakura, que para ela era como uma mãe.

- Ela realmente não nos interessa em nada, menina... mas você sim! – Uma voz masculina sussurrou no ouvido da jovem que gelou ao perceber que um outro youkai encontrava-se tão próximo que ela podia sentir a respiração em sua nuca.

- O que quer dizer com isso? – a voz de Hana saia trêmula, seu medo era evidente.

- Não é o que te apavora. Não te vejo como uma fêmea apreciável, não nas circunstâncias em que nos encontramos, mas em outra situação seu corpo seria um agradável brinquedo – Dizendo isso, Takayushi lambeu a face da jovem que não conseguiu conter a cara de nojo ao sentir o toque da língua do youikai – Tenho planos para você, garotinha, se concordar, esse derramamento de sangue acaba agora mesmo. Se não, acabaremos com esse vilarejo bem lentamente, causando uma terrível dor para todos aqui, a começar pela velha que é refém do meu filho. O que me diz? Temos um acordo?

A garota sequer conseguia falar, tamanho era seu pânico, ela apenas concordou balançado a cabeça.

- Ótimo! Como somos uma menininha esperta, não? Largue a velha, Fukuyama. Temos muito o que fazer, a diversão acabou! – Ordenou Takayushi, sendo logo obedecido pelo filho.

Assim que caiu no chão, Sakura fitou Hana. O lamento era grande em seus olhos, ela já perdera três filhos para as guerras, e agora iria perder aquela que trouxera grande alegria para sua triste vida.

- Não faça isso, Hana. Eu já vivi muito, minha filha, não estrague sua vida se entregando a esse miserável! – Sakura gritava desesperada, mas Hana fingia que não ouvia as súplicas da velha e apenas seguia, silenciosa, os dois youkais enquanto saiam da vila.

- Sua vida irá mudar completamente de agora em diante, onna! – O youkai mais velho começou a explicar seus planos, pouco tempo depois de deixarem o vilarejo - A começar pelo seu nome. Esqueça que um dia você se chamou Hana, seu nome foi e sempre será Sora. Sora-Hime.

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Uma garotinha de aproximadamente oito anos vinha cantando e saltitando pela estrada. Para olhos mais desatentos, a menina estava sozinha e desprotegida, mas a menos de vinte metros a suas costas estavam três youkais que lhe faziam a guarda.

Muito desatenta com a tarefa de colher flores, Rim só percebeu por onde andava quando bateu com a cabeça em algo. Inicialmente, a criança não conseguiu identificar do que se tratava, ela olhou para cima percebendo que trombara nas pernas de um homem. Era um homem alto de curtos cabelos verde-musgo, bem arrepiados, usava um traje finíssimo que indicava a sua nobreza e em sua testa havia um sinal de meia lua. Era um youkai e sorria para ela. Dando pequenos passos para trás e virando-se em seguida, a menininha pôs-se a correr.

- Sesshoumaru-sama! Um youkai AHAHAHAHAHAH – Ela gritava enquanto corria na direção do seu protetor escondendo-se atrás de suas pernas, segurando no tecido da calça com firmeza, olhando para o visitante com muita desconfiança.

- Jaken! Pegue Rim e a leve para outro lugar junto com Ah-Uh. E quanto a você – disse olhando para o youkai de duas cabeças – Ataque qualquer ser que se aproximar, não hesite de forma alguma.

- Sssim Sssessssshoumaru-sssama , já vou obedecer lhe meu senhor! – O youkai sapo pegou a garotinha pela mão e começou a caminhar com ela sendo seguido por Ah-Uh – O que ssserá que ele quer com o meu sssesshor? Os parentess de Ssesshoumaru nunca o procuram.

- Quem é ele, senhor Jaken? – Rim perguntou, curiosa.

- É o ssenhor Takayushi, tio do Ssessshoumaru- ssama. Um taiyoukai muito poderoso.

- Eu não sabia que o senhor Sesshoumaru tinha parentes, Jaken. Por que será que ele mandou a gente sair de perto?

- Eu não ssei Rim, mass deve sser por ele percebeu que Takayushi-Ssama poderia fazer-lhe algum mal, ou tenha algum assssunto importante para dissscutir com ele. Vamoss essperara como o ssenhor mandou!

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- Pelo que vejo, meu sobrinho, os boatos são verdadeiros. Você realmente vem mantendo uma garotinha humana em sua companhia. O que ela significa, Sesshoumaru? É, por um acaso, um tipo de bichinho de estimação, assim como aquele servo inútil do Jaken?

- Sou eu que decido quem é inútil eu não para estar ao meu lado. Você é um exemplo de inutilidade muito maior que os dois, então pare de dizer tolices fazendo com que eu perca o pouco de respeito que tenho por você. Fale logo o que quer? – respondeu o Senhor das Terras do Oeste com a frieza que lhe era peculiar. Sesshoumaru não admitia ser questionado em suas decisões e não suportaria tal invasão nem mesmo de seu tio.

- Onde estão seus modos, Sesshouamru, isso não é jeito de se dirigir a mim? Que sou o irmão mais velho de sua falecida mãe. Mas não estou aqui para discutir a sua falta de respeito, sempre foi assim, não é mesmo? Porque sempre soube que seria o herdeiro de tudo e chefe de nosso clã, ainda que mal cumpra essa função.

- Você continua a vomitar besteira e evita chagar ao assunto que realmente o trouxe aqui! Não gaste o tempo de seu mestre com palavras levianas, vá direto ao ponto – Sesshouamru começava a demonstrar sua impaciência com o tio. Se ele não falasse logo o que queria, não conseguiria falar nada por um bom tempo.

- Não gostaria de falar de um assunto tão sério em um ambiente desapropriado. Mas você demonstra uma grande relutância em usufruir as maravilhosas propriedades que lhe foram deixadas de herança... Sabe muito bem que a nobreza sempre busca manter seu poder. O matrimonio é uma das formas de manter tal poder, uma vez que é nele que são produzidos os herdeiros legítimos. Por isso, os pais escolhem, desde o nascimento, aquele que será o par ideal para seus filhos celebrando, para tanto, acordo entre famílias que não devem ser, de forma alguma, descumpridos. Em suma, o que vim lhe comunicar é que sua prometida finalmente atingiu a maturidade correta e está pronta para ser desposada.

- Eu não me unirei a ninguém. Não me importa a escolha de meus pais. O matrimônio não faz parte dos meus planos. Tenho coisas mais importantes a fazer do que me preocupar com essa bobagem.

- Mas não é para você se preocupar, seus pais já fizeram isso por você. Sesshouamru, eu confesso que para mim seria muito melhor que este casamento não ocorra. Geralmente os acordos de casamento são a condição para que o herdeiro receba sua herança, e neste caso não é diferente. Se não se casar perderá tudo que lhe foi deixado por seus pais, até mesmo a tensseiga. O clã não permitirá que uma condição de herança seja descumprida, meu sobrinho. É um youkain poderoso, disso não há duvida, mas não conseguiria vencer todo nosso clã, não é mesmo?

- Se eu me recusar, o senhor é o segundo na lista de herdeiros. Realmente me admira muito que venha até aqui tentar me convencer de aceitar minha esposa. Seria o principal favorecido com a não realização desse casamento. O que há por trás dessa sua atitude, Takayushi?

- Apenas a vontade de cumprir com o desejo de minha amada irmã e de seu pai que era um grande amigo. Creio que será um bom líder, Sesshoumaru, ainda que não acredite em mim. É sangue de Inutaisho, é o melhor. Só quero que assuma suas responsabilidades de uma vez.

- Quando deverá ocorrer o casamento? – Sesshoumaru perguntava como se perguntasse que horas são, demonstrado toda a sua empolgação com a situação.

- Em dois dias. Sugiro que siga para o castelo imediatamente. Ficou como sua responsabilidade a organização da cerimônia. Não vá se atrasar. Era tudo o que tinha a dizer. Tenho que guiar a caravana de sua noiva até o castelo, ela já está a caminho. Terá uma grande surpresa. Acho que gostará dela, é uma fêmea sem igual.

Sem dar tempo para que seu sobrinho respondesse algo, Takayushi desapareceu velozmente da mesma forma que havia aparecido.

- Jaken! – Sesshoumaru chamou pelo servo que poucos minutos depois apareceu seguido por Rim e Ah-Uh.

- Ssim Ssessshouamru-ssama! Aqui esstou.

- Vamos ao castelo. Tenho assuntos a resolver por lá. Assim que chegarmos, quero que se desdobre para organizar uma comemoração de matrimônio. Quero tudo perfeito, está entendido?

- Claro que ssssimmm – Jaken parou no meio da frase, com uma cara de bobo, só agora entendendo que seu mestre falara em casamento – O ssssnhor disssse casamento, Sesshoumaru-sama? Mas quem irá se casar?

- Eu – O youkai respondeu, simplesmente, ignorando o tombo que seu servo tomou assim que ouviu a resposta.

- Mas não é maravilhoso, senhor Jaken? Vai ter festa e vou finalmente conhecer o castelo do senhor Sesshoumaru – Rim falou alegre seguindo Sesshoumaru e também ignorando o caído Jaken. Catarolando uma música que falava algo como: Senhor Sesshouamru vai se casar olê olê olá. Toda feliz.

Jaken continuava em choque com a notícia do casório e sua cabeça parecia que rodava. Quando recuperou um pouco da consciência, percebeu que seu mestre e a garotinha já estavam a quase duzentos metros de distância. Levantando-se rapidamente ele começou a correr atrás deles.

- SSSSSESSSSSSHOMARU-SSSSAMA MATE JAKENNNNN!

CONTINUA...

Pequeno dicionário: fanfic também é cultura, minha gente!

Hana – Flor

Sora – Céu

Onna – Mulher

Mate – Espere

Hime – Princesa