LET'S RIP

LET'S RIP!

Cap. 1: A notícia

Tyson vinha correndo pelo corredor, esbarrando em pessoas e derrubando alguns móveis.

T: Desculpa ai, falo! – mas nem virava pra ver quem tinha derrubado. – Cheguei galera! – entrou derrubando uma porta no fim do corredor.

K: Atrasado de novo. – repreendeu Kai do canto da sala.

T: Já vi que está de bom humor! – falou irônico, o que era um milagre ele entender uma piada – Bom dia gente! Oi senhor Dinkenson!

D: O Kai está certo Tyson, eu marquei com vocês há quase uma hora atrás. – novamente repreendido, mas dessa vez pelo senhor Dinkenson, Tyson resolveu ficar quieto.

T: Foi mal, galera. Eu não podia sair sem tomar café. – forçou um sorriso amarelo e sentou no sofá ao lado de Max.

D: Como eu estava dizendo, chegou essa carta ontem à tarde, falando sobre um novo torneio que ocorrerá na Inglaterra, daqui a duas semanas. A reunião é pra decidir se vocês irão participar dela. Tenho que enviar uma resposta no mais tardar amanhã de manhã.

T: Eu topo! – bradou levantando – Se é pra lutar beyblade eu to dentro. – e olhou para os colegas esperando o mesmo ânimo.

R: Eu tenho que ver com os White Tigers. – comentou Ray entristecido - Não quero ser acusado de traição novamente.

M: E eu tenho que falar com minha mãe, nós planejávamos uma viagem, já que ela está de férias.

K: Eu topo. – disse simplesmente.

QUEEEEEÊ? – todos olharam espantados para o garoto.

K: Não estou a fim de lutar ao lado dos Demolition Boys, e também preciso praticar um pouco – após dar a explicação ele caminha até a porta e sai.

Alguns minutos de atordoamento e eles voltam a conversar normalmente.

D: Eu ligo pra vocês mais tarde pra ver o que decidiram. Quero mandar a resposta o mais breve possível.

Saíram do prédio e caminharam juntos por alguns instantes. Na esquina tomaram rumos diferentes, mas apenas para decidirem se seus caminhos seriam iguais nas próximas semanas.

Kai chegou a sua mansão e dirigiu-se para o quarto. Não queria encontrar o avô perambulando por aí e perguntando o que ele estava fazendo com a vida dele.

K: Eu vou viajar e sair daqui, seja com a equipe, seja sozinho. – disse para si mesmo.

Enquanto isso na casa do Max...

M: Mas mãe! É um torneio e eu quero competir!

J: E nossa viagem? Max... Meu filho, eu preparei tudo pra gente passar um tempo juntos, num lugar maravilhoso e você quer ir lutar? Será que também não pode tirar férias do beyblade?

M: A gente não pode ir outro dia?

J: Pra aparecer outro torneio? Aí terei que viajar sozinha? – ela já estava perdendo a calma – Você quem sabe Max... Já está bem grandinho, pode fazer suas próprias decisões. – e sai de casa.

M: A mamãe está com algum problema... Ela não costuma ficar brava assim... – ele se entristece – Acho melhor não ir...

Na casa do Ray a situação era bem diferente.

R: Vocês também vão competir? – ele estava ao telefone discutindo sobre o torneio com o Lee – Mas isso vai ser ótimo!

L: E você vai ao lado dos Blade Breakers? – indagou mesmo já sabendo a resposta.

R: Vou sim, eles são minha equipe.

Tyson por outro lado nem perguntava se teria algum problema sair assim do nada e viajar. Pouco importava se tinha condições para tal ou se alguém o impediria.

T: Vovô o que tem pro almoço? – dirigiu-se para a cozinha logo que chegou em casa – Eu to morrendo de fome!

V: AHHHH – atacou o garoto com a espada de kendô – Está achando que sou sua babá? – perguntou sem deixar de atacar – Prepare sozinho.

T: EIIII! – gritou se desviando a tempo do primeiro golpe – É assim que recebe seu neto querido? – mas não conseguiu evitar o segundo, sendo golpeado na cabeça – Essa doeu!

V: Então levante e lute como homem! – colocou a espada em posição novamente.

T: Agora não vovô. – abriu a geladeira – O senhor Dinkenson nos chamou porque terá um novo torneio daqui duas semanas. Vou me preparar pras lutas, então vou parar um pouco com o kendô.

V: Novo torneio é? E está preparado? – olhou-o nos olhos analisando atentamente – Você não luta faz um bom tempo. Deverá se preparar muito bem.

T: Eu consigo vovô – colocou alguns petiscos na boca – Só preciso praticar e volto a ficar em forma.

V: O que está realmente precisando ha ha ha – saiu rindo.

O telefone tocou na sala...

T: Eu atendo – e correu até o aparelho. – Alô?

M: Tyson... Avisa pro senhor Dinkenson que eu não vou nesse torneio, coloquem outra pessoa no meu lugar – e desligou o telefone tão rápido quanto deu a mensagem.

T: Max? Oi? Alô?

V: O que houve?

T: Acho que o Max está com problemas. Já volto vovô – e saiu de casa.

Meia hora depois, chegou até a casa de Max acompanhado por Ray. Foram para o quarto do garoto para conversarem melhor.

R: Sua mãe não deixou você participar?

M: Deixou... Na verdade não. Ela disse para eu escolher.

T: Então por que você disse que não vai com a gente? Se ela te deixou escolher...

M: Você não entende Tyson? – levantou a voz para o amigo, mostrando-se irritado – A mamãe está triste, ela não quer que eu vá.

R: Mas aconteceu alguma coisa no serviço dela pra deixá-la triste?

M: Eu não sei. – sua cabeça estava a mil, a vontade de ir contra a vontade de ficar com a mãe. – Mas vou ficar com ela, assim poderemos viajar. Quem sabe ela melhora? – forçou um sorriso.

R: Olha cara... Segue seu coração. Faz o que achar melhor pra vocês.

T: Concordo. Se for para o bem da Judy, então fica com ela e a deixa feliz. – na hora certa ele sabia apoiar.

M: Vou fazer isso! – estava entrando em uma luta pessoal agora.

Enquanto isso atrás da porta...

J: Ah, Max... Não era pra se sacrificar assim por mim – sussurrou baixinho saindo logo dali.

D: Como assim ele não vai participar? – inquiriu preocupado.

T: É que o Max e a mãe dele já tinham planejado uma viajem, mas eu, o Kai e o Ray vamos participar – parou e pensou um pouco – No lugar deles vamos levar o Hiro o Kenny. A gente vai reunir mais tarde pra decidir.

D: Entendo... – suspirou pesadamente – Vou enviar a resposta com a confirmação.

T: Tudo bem, tchau senhor Dinkenson. Ligue avisando quando vamos partir! – desligou o telefone e saiu correndo – Estou indo encontrar meus amigos, volto mais tarde vovô.

V: Com pressa de novo? Não para mais em casa garoto? – mas não foi ouvido.

R: Quem nós vamos colocar no lugar do Max? Não queria substituir ele...

T: Mas não temos outra opção Ray – estavam os três reunidos numa praça. – Eu pensei no Hiro ou no Kenny. Quem você acha que devemos levar Kai?

K: Hunf – apenas virou a cara rabugento, pra ele não importava, ele queria apenas sair dali.

T: Kai, você podia ajudar um pouco, já que é o capitão! – levantou e parou na frente do outro garoto.

K: Tanto faz Tyson! – ele também se levantou – Com equipe ou sem equipe, estou planejando viajar. Isso é só uma desculpa pra eu sair do Japão. – começou a caminhar.

R: Voltaire está na sua casa, não é? – não era tão difícil descobrir a raiz do seu mau-humor.

K: Hunf... – parou e virou para os outros dois. – Por que não tentam convencer a Judy a vir conosco? Assim não precisam trocar o Max. Caso ela não queira, vocês decidem quem será a outra pessoa. Como já disse, eu não ligo. – voltou as costas e foi embora definitivamente.

T: Valeu pela conversa amigável. – virou para Ray procurando apoio – E agora?

R: A idéia dele é boa. Devíamos tentar falar coma Judy. – e ficou olhando para onde Kai tinha sumido.

T: Certo... Vamos pra casa do Max de novo. – e saiu para o outro lado do parque.

J: Max pode vir aqui um instante. Preciso falar com você.

M: O que foi mãe? – seu tom não era animador.

J: Sente aqui. – puxou uma cadeira ao lado da sua. – Olha, eu sei que está chateado pela competição, então...

A campainha tocou. Judy parou de falar e olhou para a porta.

M: Eu atendo. – fez menção de levantar, mas Judy segurou seu braço.

J: Deixe que toque. Max, sobre o torneio... Andei pensando e... Eu sei como você gosta de competir, e não quero tirar isso de você. – ela fez uma pausa.

A campainha tocou novamente.

M: A gente já falou sobre isso mãe. Eu vou com você. – abaixou a cabeça, era duro dizer aquilo. Ia levantar pra atender a porta e ver o que queriam – Meus amigos já devem ter arrumado alguém pra me substituir.

J: Então vá até eles e diga que vai competir. – disse autoritária.

Max olhou-a espantado.

J: A competição é só daqui a duas semanas. Nós podemos viajar e voltar em tempo de você competir. E eu ainda vou com você.

M: Sério, mãe? – seu sorriso já dizia o quanto a notícia o agradara – Obrigado! – abraçou-a fortemente.

R: Eles devem ter saído. – saía da porta da casa de Max.

T: Será que já viajaram? – olhou para trás.

R: Não. Ele não iria sem se despedir da gente.

Viraram a esquina e foram embora. Minutos depois, Max também saiu de casa, decidido a contar aos amigos a novidade. Contudo, foram pra lados diferentes.

Duas semanas depois...

Três garotos desciam de um avião, acompanhados de um senhor muito bem vestido. Olhavam tudo atentamente, era a primeira vez que visitavam a Inglaterra. Tomaram um táxi e foram para um hotel previamente reservado. Enquanto iam pelas ruas, viam as pessoas caminhando, olhando as vitrines, conversando nos parques. Tudo parecia em clima de muita alegria, como se os estivesse esperando para um torneio que abalaria todas as estruturas.

T: Finalmente chegamos! – disse descendo do táxi e parando frente ao hotel.

Kai e Ray o olharam e acenaram afirmativamente. Aquele seria o início de mais um torneio. Grandes surpresas e desafios os aguardavam. Estariam eles prontos?