Reação em cadeia

Capítulo 1 – Afinal, valeu a pena

Baile idiota. Idiota, idiota! Ela já estava arrependida de ter vindo. Achava que valeria a pena, para ajudar Neville, recusar outros convites que havia recebido. Afinal de contas, de qualquer forma teria o privilégio de estar no famoso Baile de Inverno do Torneio Tribruxo. Ah, mas como estava enganada. Definitivamente não estava valendo a pena. Primeiro: Neville dançava muito, mas muito mal. Pisava no pé dela toda hora. E o pior: os pés dele eram pesados, portanto os pisões não apenas incomodavam, mas realmente doíam. Bastante.

Segundo: Harry era definitivamente um idiota completo. E ela não aguentava mais vê-lo babando por aquela chinesa que claramente não dava a mínima para ele. Também, era óbvio, ela era o par de Cedric Diggory. Cedric Diggory! Quem em sã consciência trocaria Cedric Diggory por Harry Potter? Merlin, ela havia pensado mesmo isso? Quer dizer, ela trocaria, não é? Não. Na verdade... ela estava incomodada simplesmente por Harry ser seu amigo. Já há algum tempo desistira daquela paixonite idiota, não queria mais que Harry olhasse para ela como há algum tempo atrás. Mas era ultrajante vê-lo ali, sem ao menos dançar com Parvati, por causa da Chang. Ela gostaria de falar com ele para acordar para a vida, mas... como dizer isso sem fazê-lo pensar que ela estava querendo uma chance? Ninguém, nem mesmo Hermione, acreditava que ela não queria mais nada com Harry. E... ai, droga, mais um pisão! Chega! Ela daria um basta nisso! Já era bastante ruim ver Harry olhando para aquela garota sem ter que aturar também os pisões de Neville!

- Hum... Neville? Eu estou um pouco cansada agora, quero me sentar.

- Ah... agora? Mas Ginny, agora vem a melhor das Esquisitonas! E eu sei que você gosta, já ouvi você dizendo isso às meninas da sua sala! Eu ouvi você falando que era a música que você mais gostaria de dançar!

Oh, droga! Sim, ela havia mesmo dito isso, sim, ela adorava aquela música! Mas… não contava que Neville a ouviria dizer isso! Como escapar agora?

- Hum... é que...

- Ah não, Ginny, não tem desculpa, na próxima você descansa!

- Mas Neville...

- Sabe, Longbottom, eu achei que mesmo alguém descerebrado como você poderia ver o óbvio: ela não quer dançar com você. - falou uma voz arrastada atrás deles. Ginny não acreditou no que estava ouvindo. Malfoy?Draco Malfoy a estava salvandode dançar com Neville? Coisa boa não podia ser.

- Ca-cai fora, Malfoy! - disse Neville, na sua habitual voz amedrontada.

- Ca-cai fo-fora, Ma-ma-Malfoy! - debochou Draco. - Será que você não consegue falar que nem homem pelo menos uma vez na vida?

Agora Ginny havia entendido. Era óbvio. Malfoy não a estava defendendo, estava simplesmente se divertindo em debochar de Neville, como sempre.

- Obrigada, Malfoy, mas eu não pedi a sua ajuda. - disse ela, com frieza.

- Hum... não pediu a minha ajuda, Weasley? Então você admite que precisa de ajuda para se livrar do Longbottom?

Agora Neville parecia ofendido. Ginny se apressou em tentar corrigir:

- Claro que não! Neville, não é isso, é que...

- Claro que sim, Weasley. Pensa que eu não vi a sua cara de sofrimento por ser obrigada a dançar com esse desajeitado pisando no seu pé de dois em dois minutos?

Essa agora. Malfoy estava prestando atençãonela. Ela ficou sem reação por alguns segundos por essa revelação. E também por reparar de repente que Malfoy, quando erguia as sobrancelhas e curvava os lábios um tantinho para cima, do lado esquerdo, em desdém, ficava extremamente atraente. Esses segundos foram suficientes para Neville, agora extremamente magoado, se afastasse antes que ela pudesse dizer alguma coisa.

- Essa não! Malfoy, olha só o que você fez! - esbravejou Ginny, afugentando os pensamentos anteriores da cabeça como se enxota um animal indesejado.

Mas Draco, obviamente, não se intimidou pela reação furiosa dela. Pelo contrário, estava se divertindo muito.

- Acabei de te salvar, Weasley. E ainda vou te fazer mais um favor: vou te dar a honra de dançar sua música favorita comigo.

- E quem disse que eu quero dançar com você?

- Vamos ver se não quer. - e a puxou para dançar.

Ai, droga, pensou Ginny, estou ferrada. Meus irmãos e Harry vão fazer picadinho de mim por magoar o Neville e ainda dançar com o Malfoy. Pensando nisso, ela já ia automaticamente se afastando, quando de repente pensou, com um sobressalto: Ah, peraí! E quem disse que meus irmãos mandam em mim? E o Harry idiota olhando pra Chang, quem é ele pra falar qualquer coisa?E, num surto de rebeldia, ela se virou outra vez para Draco, e falou:

- Está bem, Malfoy. Vamos ver se você sabe mesmo dançar.

É… não dava pra negar que ele sabia. Guiava-a pela pista de dança com destreza, realizando os giros com facilidade, e alguns passos que ela sequer conhecia, mas que, com ele, pareciam fáceis. E o melhor: ele não pisava nos pés dela. Como ela também sabia um pouco de dança, a coisa ficava ainda melhor, permitindo aos dois uma bela sincronia.

Bom, é uma coisa muito agradável observar um casal que sabe dançar. Assim, os dois começaram a atrair olhares pelo Salão Principal. Muitos olhares. Até demais. Ron estava entre furioso e estarrecido, finalmente esquecendo a raiva de Hermione e Viktor Krum. Harry conseguiu finalmente esquecer Cho Chang. Os gêmeos finalmente esqueceram sua dança exuberante e pareciam perfeitamente capazes de matar. Percy estava sem reação, aparentemente sem saber se deveria fazer o papel de assistente pessoal do Sr. Crouch e fingir que nada estava acontecendo ou o papel do irmão furioso. Os grifinórios estavam furiosos por ver Ginny dançando com um sonserino, principalmente sendo esse sonserino Draco Malfoy. Os sonserinos estavam furiosos por ver Draco dançando com uma grifinória, principalmente sendo essa grifinória uma Weasley. Mas os demais estavam se divertindo em olhá-los. E Draco e Ginny estavam simplesmente alheios a toda essa atenção.

Dançavam como se não houvesse nada ao redor deles, concentrados em apenas uma coisa: continuar dançando. Acabou essa música e eles dançaram outra. E outra. E mais uma. Sem ter a menor ideia do quanto Hermione estava se esforçando para que Harry ou algum dos Weasleys não fosse lá e acabasse com aquela festa. E do quanto Blaise Zabini estava se esforçando para que garotas raivosas da Sonserina não rasgassem o vestido de Ginny. Até que começou uma música mais lenta, as luzes baixaram e eles ficaram por alguns instantes sem saber o que fazer. Foi Ginny que, bem mais descontraída depois de dançar quatro músicas com Draco, quebrou o breve silêncio.

- Bom, não vamos parar agora, não é? Todos já me viram nesse vexame de dançar com um Malfoy, e quero ver se você também é capaz de dançar sem girar e pular o tempo todo. - ela disse, em tom divertido.

- É melhor não fazer pouco caso de mim, Weasley. Você nem tem ideia de tudo o que eu sou capazde fazer. - ele respondeu no mesmo tom.

- Só a dança, por enquanto, obrigada.

E continuaram. Sim, Draco também sabia dançar sem girar e pular. Sabia guiá-la com a mesma destreza, e ela dançava com ainda mais graça. E foi aí que o clima descontraído se desfez. As luzes baixas, a música romântica e as dezenas de casais se beijando fizeram Draco e Ginny ficar subitamente sérios. Não, não sérios... alertas, talvez. De repente, não havia mais espaço para piadas ou provocações. Eles dançavam muito próximos, agora, e essa proximidade já começava a atrapalhar o raciocínio dos dois.

Draco não conseguia mais pensar. Os cabelos vermelhos dela, brilhantes e perfumados, tocavam suavemente o pescoço dele, deixando-o arrepiado. E ainda havia as mãos dela em sua nuca... acariciando, mas pareciam também estar convidando. O corpo dela estava próximo demais. Próximo demais...

Ginny não conseguia mais pensar. As mãos dele em sua cintura poderiam tanto significar proteção, como posse. O perfume dele parecia vinho... era delicioso, inebriante. Ela sentia os cabelos tocando o pescoço dele, e isso a deixava arrepiada. O corpo dele estava próximo demais. Próximo demais...

Os dois experimentavam algo novo. A parca experiência que a pouca idade permitia que tivessem tido até então não os deixava compreender o que era isso. Mas, no momento, sentiam uma quase necessidade de não se separarem.

Mas de repente a música parou e eles voltaram à realidade. E com ela o embaraço. O constrangimento. Um Malfoy e uma Weasley... era só o que faltava! Separaram-se rapidamente, e saíram, ela para o lado grifinório, ele para o sonserino, sem dizer uma palavra um ao outro.

Enquanto Draco ouvia a histeria das garotas sonserinas esbravejando com ele, sem nem ao menos saber o que estava ouvindo, Ginny foi se aproximando de seus irmãos e dos outros grifinórios, e soube que estava em maus lençóis. Ou melhor... saberia se seus pensamentos não estivessem longe dali.

- Muito bem, mocinha. Agora pode ir se explicando. - disse Fred, parecendo incrivelmente um pai, o que não combinava nada com ele.

- E o que é que eu tenho que explicar pra vocês? Se eu devo uma explicação a alguém, é ao Neville. Nev, - ela disse, virando-se para o garoto, que parecia bem chateado - me desculpe. Eu realmente não queria te ofender, e com certeza não tinha a intenção de dançar com o Malfoy. - isso pelo menos era verdade.

- Não queria, né? Claro, você parecia realmente estar sendo forçada nas últimas cinco músicas! - resmungou ele, aborrecido.

- Eu só comecei a dançar com ele porque... - ela pensou no que dizer - não queria causar tumulto no meio do Salão, nós já estávamos atrapalhando os outros casais. Mas depois...

- Nós vimos o que aconteceu depois. - disse Ron, furioso.

- É, e não gostamos nem um pouco! - completou George.

- Como você pôde fazer isso, Ginny? - Harry, por algum motivo, parecia ainda mais furioso que os outros - Deixar Neville fazer papel de bobo na frente do Malfoy, dançar com aquele idiota e ainda... ainda dançar daquele jeito?

- O que... escutem aqui! - o estado em que se encontrava deu coragem a Ginny para enfrentar todos os irmãos e Harry - Quem vocês pensam que são para gostarem ou não do meu par de dança ou da maneira como eu danço com ele? Façam-me o favor! Cuidem da vida e dos pares de vocês, ou no seu caso - disse ela virando-se para Harry - da vida e do par dos outros, mas me deixem em paz! Será que vocês pensam que eu vou ser criança a vida toda?

Ela já ia saindo, aproveitando o estado de choque em que todos estavam, quando a voz de Hermione a fez voltar.

- Ah... então você confirma que estava dançando com o Malfoy de um jeito diferente! Eu impedi esses garotos de irem lá causar o verdadeirotumulto enquanto vocês dançavam, e estava pronta pra te defender outra vez, mas já que você não nega...

- O quê? Escutem, eu... eu estava dançando com ele, só isso. Porque ele dança bem. Mais nada! Do que é que vocês estão falando?

- É estranho você não saber se tinha acabado de confirmar! - sibilou Harry.

- Olha aqui, Harry, eu nem sei o que você disse direito, porque fiquei furiosa com vocês por se meterem na minha vida! Não tinha nada de diferente...

- Não! Ele só estava agarrando você naquela última música!

- É, e você devia estar gostando, já que não fez nada pra ele parar!

Eram Fred e George dando novamente o ar da graça. Mas agora Ginny já estava calma.

- Vocês estão loucos. - disse ela, friamente - Só porque não têm o costume de dançar com garotas, preferindo ficar se exibindo nos seus showzinhos particulares, não significa que qualquer um que dance esteja agarrando elas. - e antes que os outros continuassem o sermão, ela se adiantou - E você, Harry, quem é você pra falar alguma coisa, você que ficou o baile inteiro sem dançar nem com a garota que você trouxe pra ficar olhando a namorada do Diggory? E você, Ron, - ele quase se encolheu - só porque sua maior diversão nesse baile foi ter ataques de ciúmes da Hermione e do Krum, - tanto Hermione quanto Ron coraram furiosamente - não significa que ninguém mais possa se divertir! Agora me deem licença que eu vou para o meu quarto. Vocês me tiram do sério!

E dito isso, ela saiu pisando duro, sob os olhares chocados e magoados dos outros, e o olhar observador de Hermione.

Mas enquanto se dirigia para o seu quarto, ela já havia esquecido a raiva dos irmãos, e só conseguia pensar nela e em Draco dançando: Merlin, o que foi aquilo? O que aconteceu comigo? Ele era... o Malfoy, ora essa! Devo estar ficando louca, ou bebi vinho demais... ah não, mas eu nem bebi vinho! Claro, tinha o perfume dele... o que eu estou pensando? É, com certeza estou louca.

Draco também não teve paz total quando chegou ao lado sonserino do baile. Normalmente era muito respeitado pelos alunos de sua casa, mas muitos agora o olhavam como se ele tivesse feito algo nojento e imperdoável. Mas ele era Draco Malfoy, não era qualquer um que teria coragem de dizer isso a ele. Bom, as garotas tinham. Estavam furiosas.

- Como você pôde...

- Uma Weasley nojenta...

- Envergonhou a Sonserina...

- O que seu pai iria dizer...

- Uma Weasley nojenta!

No estado em que estava, Draco até poderia continuar ignorando, se elas não tivessem vozes tão estridentes e não gritassem tão alto.

- Calem a boca, vocês todas! - ele gritou ainda mais alto que elas, fazendo-as se assustarem – Que inferno, o que é que vocês são minhas para ficarem controlando com quem eu danço? O problema é meu, ouviram? Meu! - o modo como ele berrou essa última palavra fez com que elas se dispersassem. Apenas uma garota ainda ficou lá, a única que não havia gritado com ele, mas o olhava duramente.

- O que foi aquilo, Draco? Por acaso a garota Weasley pôs alguma coisa na sua bebida?

- Pansy, me deixa em paz você também. - ele já não gritava, mas ainda estava furioso.

- Cuidado, Draco. Eu não sou uma daquelas garotinhas imbecis. Você sabe que não.

- Mas também não é minha mãe, nem namorada, nem nada que justifique perguntas!

- Como se eu quisesse… - disse ela, com desprezo. - Ao contrário de muitas dessas idiotinhas, eu não acho você irresistível. Principalmente se você começar a se misturar com a ralé.

Nisso, Blaise Zabini, que passava pelas garotas chocadas e furiosas com um condescendente "Isso, isso, boa noite, queridas. Vão em paz.", achou que era hora de intervir antes que o embate de Draco com Pansy ficasse mais grave.

- Vamos parar com essa discussão tola e infundada? - ele disse, embora parecesse estar se divertindo um pouco - Pansy, seja boazinha, sim? Draco já está um pouco tenso com o escândalo que as garotas aprontaram. E Draco, não esgane a Pansy, ou vai criar sérios problemas pra você mesmo, companheiro.

- Então tira essa garota da minha frente, antes que eu me esqueça disso. - disse Draco, friamente.

- Não precisa tirar ninguém daqui, Blaise. - ela disse, com uma suavidade calculada – Realmente não está dando pra ter uma conversa racional e civilizada com esse rapaz. Boa noite pra vocês.

- Você me deve uma, falou? - disse Blaise, apontando para Draco - Por ter impedido aquela horda de garotas furiosas de lincharem a Weasley, e talvez você junto. Aliás, duas! Ainda te salvei da Pansy.

- Blaise, se você também for me encher o saco...

- Opa, opa! Calma aí! Eu estou do seu lado, esqueceu? - disse ele, divertido, erguendo as mãos em rendição.

Blaise simplesmente conhecia Draco bem demais para se intimidar com a rabugice dele de vez em quando. Draco suspirou, e ficou em silêncio. E Blaise viu que era hora de ser o amigo sério.

- Tinha alguma coisa nela, não é? Alguma coisa diferente. Fez até você esquecer por uns momentos com quemestava dançando...

- Esqueci mesmo. Completamente. Só faltava essa, não basta ser uma grifinória, tinha que ser a Weasley! O que é que deu em mim, Blaise?

- Me diga você. Normalmente é você quem deixa as garotas desconcertadas, não o contrário!

- Também não é pra tanto. Desconcertado...

- Mas sabe que olhando de longe quase dá pra entender? Vocês pareciam feitos um para o outro! Pra dançar, é claro! - ele acrescentou, vendo o olhar assassino de Draco. Blaise nunca conseguia manter a pose séria por muito tempo. - Não, Draco, de verdade, dava gosto ver vocês dois dançando. As pessoas deveriam ter mais espírito esportivo! Embora, é claro, não foi só uma dança que eu vi ali, não é mesmo?

- Do que é que você está falando? É claro que foi só uma dança!

- Não foi, não. Principalmente naquela última música. O jeito como você segurava ela... parecia que nunca mais ia soltar.

- Era só o que me faltava. Onde é que você quer chegar, Blaise? Espero que não esteja insinuando que eu esteja a fim da Weasley! - disse Draco, num tom de incrédulo deboche que só mesmo especialistas como Blaise poderiam detectar como falso.

- Eu não estou insinuando nada. Mas já que você mencionou o assunto...

- Ah, me poupa, Blaise, por favor! Ela dançava realmente muito bem, melhor do que todas as garotas com quem eu já dancei. Pronto, é isso. Qualquer coisa que você diga além disso vai ultrapassar o limite do absurdo.

- Tudo bem. Se você diz... Bem, Draco, acho que vou tirar uma daquelas princesas nervosinhas ali pra dançar. Enquanto isso, você fica aí sozinho, sem ter ninguém mais pra quem mentir. Hummmm, se bem que, conhecendo você, acho que até a si mesmo você vai querer enganar. Nossa, essa vai ser barra! - ele disse isso tudo muito rápido, e antes que Draco pudesse responder, já estava usando seu mais charmoso sorriso para uma das "princesas nervosinhas". Que em cinco segundos já estava dançando com ele.

Essa agora. Eu, interessado na Weasley! Pfff! Eu... interessado... se bem que com aquele cabelo, aquele cheiro, aquele jeito de encostar em mim... não posso me culpar, não é, qualquer um ficaria louco por ela! O quê? Draco Malfoy, o que é que você está pensando? Louco pela Weasley? Você tomou firewhisky batizado por acaso? Louco pela Weasley... com aquela pele macia, aquelas mãos na minha nuca... Merlin! Isso sim é loucura! Eu preciso parar de pensar nela agora!

E, com esse último pensamento, ele subiu para o quarto furioso, sob o olhar de Blaise, um olhar divertido de quem acabou de comprovar que estava certo!