Serei seus pés quando você não puder andar, serei seus braços quando você não puder se segurar, serei seus dedos quando você não puder mais sentir, serei seus ouvidos quando você não puder ouvir, serei seus olhos quando não puder mais olhar, serei seu coração quando ele parar [...]

Os raios de sol entravam pela janela, os olhos da Hyuuga abriram lentamente se acostumando com a claridade e logo se levantou, tratando de fechar as cortinas, estalou os pescoços e deu uma olhada na cama com os lençois brancos todos manchados de sangue, se encotrava uma loura, os longos cabelos caiam como um véu em seu corpo, que era devidamente esbelto com curvas salientes, Hinata deu a volta tratando de verificar o pulso da moça, ainda estava viva, ou quase.

Na noite passada, a Hyuuga ouviu o zumbindo em seu ouvido enquanto caçava no subúrbio de Nova Iorque, dançava freneticamente em uma boate e já tinha duas vitimas em que ela estava de olho, era tão fácil brincar com os humanos, era tão fácil seduzi-los, era tão ridiculo a cara de suplicio que eles faziam implorando para viver, era tão morbido como a Hyuuga fazia questão de arrancar cada pedaço, cada gota de sangue que a pessoa ainda tivesse para lhe dar; destruição total, esse era o lema do clã Hyuuga, sempre treinados, mesclados com os humanos, fortes, cruéis. Hinata, demorou para entender a finalidade dessa palavra, cruél, passou anos para que ela provasse o sangue humano de novo, era chamada de vegetariana entre alguns, mas depois que quase-morreu e Neji ofereçeu-a sangue humano para "retornar" a vida, ela não conseguia mais se controlar, e nem quis, os humanos não mereçiam tanto respeito assim, principalmente depois de terem matado sua mãe e sua irmã, tão jovens, tão lindas, revoltou-se completamente, não só com os humanos, mas principalmente com a clã Uchicha, fazendo uma chacina completa em acordo com o primogenito Itachi, fizeram uma ótima dupla, por pouco tempo, Itachi comanda agora Akatsuki, vampiros mestiços revoltados, Hinata fora chamada para entrar, mas trabalhava sozinha.

O zubindo persistiu.

Ela sabia o que era, normalmente quando isso aconteçia queria dizer que alguém estava fazendo um ritual, um ritual chamando por ela, por o que ela era, por Lilith, Voltaire e mais alguns demonios que começaram com a legiao de vampiros. Suspirou, vendo que teria que ser ela que transformaria a ingenua que estaria os chamando, sem ao menos saber o que queria mesmo... Não era sempre que as pessoas faziam rituais, uma vez no ano, talvez, os livros eram bem guardados e nem todos acreditavam ou faziam do jeito correto os rituais, e nem todos sobreviviam, a ordem era apenas transformar, por mais que nós vampiros-nobres ou mestiços ou até mesmo alguns que sobreviveram á transição quisessemos matar a maioria, não poderiamos - Enfim, eles acabariam morrendo de fome ou qualquer coisa assim, idiotas fazem esse ritual sem saber dos riscos e tormentos que um vampiro tem.

Foi naquela noite que ela conheçeu Ino Yanamaka.

Ela não teve vontade de mata-la, só sentia sede pelo seu sangue, a pegou no colo e a levou para sua casa, passou a noite com ela, mordendo-a e saciando sua sede, não só de sangue mas carnal também.

Não tinha um coração, mas se tivesse ele estaria entregue nas maos daquela garota; não tinha sentimentos, mas se tivesse estaria apaixonada.