Oi! Bem-vindo! Esta história tem um começo lento, eu sei, mas não poderia ser diferente, porque esta é a introdução da personagem Dee Hartford na louca trama de Sobrenatural. Paciência e boa leitura.
MEU NOME É ...
PARTE 1
Era madrugada quando a limusine estacionou na frente da mansão. O motorista correu para abrir a porta do carro, sabia que a demora poderia custar seu emprego.
Imediatamente, uma adolescente saiu rapidamente do carro e passou pelo motorista sem sequer olhá-lo. Ela era alta, cabelos negros e longos e seu corpo ... ela era simplesmente linda, mas sua arrogância destruía toda a sua beleza.
A "garotinha" mimada, entrou em seu quarto e olhou em volta para se certificar de que a empregada havia preparado o quarto da forma como ela gostava. "- Bom para aquela criatura insignificante.", pensou enquanto caminhava para o seu enorme banheiro.
Dee Hartford era o nome daquela arrogante garota, todos se arrastavam aos seus pés e tudo o que desejava era imediatamente providenciado, mas ela iria descobrir da pior maneira possível que seu dinheiro não iria comprar o bem mais precioso: sua própria vida.
Dee Hartford sentiu uma lágrima quente escorrer em sua face, levou sua mão na face e sentiu um líquido viscoso, ela olhou para a palma da sua mão e ficou horrorizada. "- Uma fortuna em maquiagem para nada ..", disse ela, irritada ao ver manchas negras na palma de sua mão.
Dee se olhou no espelho e se assustou ao ver que um líquido negro viscoso escorria de seus olhos, de suas orelhas, olhos e nariz. Ela correu para a porta, mas estranhamente a porta não se abriu, em desespero, ela virou fortemente a maçaneta da porta sem sucesso algum.
Ao ouvir um som estranho, virou-se e olhou ao redor, e os olhos dela se arregalaram ao ver uma intensa fumaça negra que avançava rapidamente em sua direção, dentro da fumaça havia algo, parecia a figura de uma pessoa. De repente Dee começou a tossir, parecia que algo a estava sufocando, ela segurou seu pescoço com ambas as mãos, sentindo fortes dores. Ela dobrou o corpo ao sentir vontade de vomitar e sentiu algo saindo de sua garganta, apertou seu ventre e vomitou coágulos de sangue que se espalharam pelo chão.
Dee caiu de joelhos, mal conseguia respirar, olhou para cima e seus olhos arregalaram-se, ela gritou alto ao ver o que estava dentro da fumaça, não acreditou em seus próprios olhos, estava muito surpresa. – Vo... você? – Sussurrou suas últimas palavras antes de cair morta, o medo estampado nos olhos arregalados sem vida, o rosto pálido e todo o seu sangue esparramado pelo chão.
Imediatamente, todo o sangue e líquido negro viscoso pareceram ganhar vida própria e num piscar de olhos arrastaram-se pelo chão e retornaram ao corpo sem vida. Pobre menina rica!
Horas depois
O grande número de carros tornou a outrora tranqüila rua em uma total confusão. Pessoas da alta sociedade desfilavam suas melhores jóias. A alegria que demonstravam não parecia adequada para o momento, fazendo com que alguns desavisados pensassem que aquele era mais uma festa dos ricos e famosos, porém, o forte cheiro de velas e flores ao redor da sala e principalmente, a garota deitada no caixão caro colocado bem no meio da grande sala era incompatível com o clima festivo.
Dee Hartford, dezessete anos, ao contrário dos "convidados" não usava jóias, estranho, porque quando viva, os brilhantes eram a sua paixão. Mesmo morta Dee continuava com postura elegante e esnobe, a maquiagem exagerada para a sua idade, talvez para disfarçar a palidez acentuada, não maculou sua elegância natural, com longos cabelos negros e um elegante vestido vermelho, continuava linda e perfeita.
Na primeira fila de cadeiras à frente do caixão estavam as únicas pessoas da família de Dee, seu pai Leonard Morrison, a madrasta Katherine Morrison e sua meia-irmã de Pamela Morrison. Leonard não queria prolongar o momento doloroso, portanto, decidiu antecipar o funeral, não se importando com os comentários das pessoas que estranharam o enterro após algumas horas depois da morte de Dee.
Leonard se levantou, tomando o seu lugar na frente do microfone, virou-se, colocou a mão esquerda sobre o caixão da filha, e, gradualmente, todos os presentes ficaram em silêncio.
- Dee Hartford, minha filha, você será sempre lembrada por sua alegria, sua partida prematura me causa revolta, pois meu desejo era tê-la sempre ao meu lado, a sua presença ... - Leonard interrompeu seu discurso, ficou irritado ao ouvir pessoas falando em um momento tão solene, o canto de seus lábios se repuxaram em sinal de irritação e por um momento ele inclinou a cabeça, e depois de se acalmar, olhou para os presentes a tempo de ver algumas pessoas se levantando e saindo rapidamente, aqueles que permaneceram em seus lugares estavam pálidos olhando todos para a mesma direção.
- Acalmem-se! - Leonard implorou desnecessariamente. Ele virou o rosto na direção em que todos olhavam a tempo de ver Dee sentada em seu caixão, abrir lentamente os grandes olhos azuis e gritar: - Queridos, cheguei !!!!
Aquilo foi a gota d'água, os que ainda permaneciam na sala correram para a porta da capela funerária, se acotovelando e empurrando um aos outros, esquecidos completamente das boas maneiras aprendidas desde o berço.
***
Dois meses depois
- Dean, sua gravata ... - Sam avisou.
Dean olhou para baixo e balançou a cabeça, ignorando os conselhos de seu irmão.
- Ouça, eles são bilionários, se notarem algo estranho ... - Sam disse, tentando convencer Dean, mas foi logo interrompido pelo irmão.
- Ouça Sam - a voz de Dean não deixou dúvidas de como ele estava furioso. - Concordei em deixar escondido o meu carro e dirigir aquilo – disse ele, apontando para o carro novo, alugado apenas para compor o disfarce. - E agora você implica com a minha gravata?
Sam suspirou, precisava ser paciente, balançou a cabeça de um lado para o outro e voltou a caminhar em direção à mansão. Dean passou rapidamente na frente de Sam, que estava prestes a tocar a campainha e a tocou primeiro. Sam murmurou baixinho: - Criança!
- Eu ouvi isso! -Dean, disse, enquanto retirava do bolso do terno uma carteira preta.
A breve discussão foi interrompida por uma senhora alta e vestida de azul e branco.
-FBI – disseram os irmãos, enquanto mostravam rapidamente suas carteiras.
- Boa tarde. Meu nome é Rachel, por favor, entrem! - Raquel os levou para o salão principal, grande e luxuoso como tudo na mansão. - A família está viajando, em que posso ajudar?
- Onde podemos encontrar Dee Hartford ? - Sam perguntou, olhando suas anotações.
- Dee viajou e até agora não nos deu notícias, por isso vocês estão aqui, não é? - Rachel disse, segurando a ponta do avental branco.
- É. Quando ela desapareceu? - Dean perguntou andando pela sala, observando tudo distraidamente.
- Não sei, talvez cinco ou sete dias, não tenho certeza.
- E você não sabe para onde ela foi? - Sam perguntou, olhando para o irmão impaciente. - Você notou algum comportamento suspeito ou aconteceu algo estranho?
- Dee nunca diz onde vai - Raquel abaixou a cabeça, pensativa - Você sabe ... - Ela continuou. - Eu não deveria comentar, mas Dee depois do que aconteceu, bem ..., ela ficou diferente.
- Ela ficou violenta, má - Sam estava ansioso pela resposta porque Dean não acreditava que aquele fosse um caso a ser investigado.
- Ao contrário. Vocês não podem imaginar como ela era antes, depois de tudo o que aconteceu ela se tornou um verdadeiro anjo - disse Rachel, apertando as mãos em oração, antes de continuar: - Dee era insuportável, ela gostava de humilhar, não poupou nem a família, também com tanto dinheiro ...
- E por que o pai dela não fez nada? - Sam perguntou.
- Porque toda a família depende do dinheiro dela para continuar a viver no luxo. Todos sabem que Dee é a única herdeira da fortuna do avô, por isso ela adotou o sobrenome da família da mãe. Sua mãe era a única filha de Stuart Hartford e quando ela morreu tão jovem, Dee herdou tudo quando o avô morreu. Ela herdou do avô a astúcia nos negócios e ele a admirava muito e mesmo ela sendo tão jovem ele deixou o controle parcial da fortuna, o pai dela só controla a metade da fortuna e mesmo assim, somente até Dee completar dezoito anos. Ela vai controlar tudo e a família vai depender totalmente da boa vontade dela.
Dean levantou os ombros e deu o caso por encerrado. - Obrigado por sua informação – disse Dean, caminhando para a porta, tinha certeza de que não era um caso sobrenatural que merecesse ser investigado.
Raquel acompanhou-os até a porta, parecia indecisa.
- Esperem, por favor! - Disse Rachel. - Vocês pensarão que estou louca, mas eu preciso falar - Raquel parecia envergonhada. - Uma noite eu estava arrumando o closet de Dee, ela entrou no quarto e não percebeu que eu estava lá, então ... - Raquel parou de falar repentinamente e fez o sinal da cruz em seu peito antes de continuar: - Eu vi os olhos dela, eles ficaram verdes e ela começou a falar palavras estranhas em outra língua. Eu sei o que eu vi, acreditem em mim.
Eles não riram de Rachel como ela temia, apenas disseram que a informação havia sido muito importante e não deveria comentar com ninguém mais o que acabara de narrar.
**
- Fala logo Sam! Mais cedo ou mais tarde você vai dizer - disse Dean, enquanto dirigia seu carro.
- O quê? - Sam disse despreocupadamente enquanto lia um jornal com a notícia do estranho despertar de Dee Hartford.
- "Eu não disse Dean?" - Dean respondeu, imitando Sam. - É melhor falar logo.
- Ok, eu não disse que era para investigar o caso? Se tivéssemos chegado mais cedo, iríamos encontrar a garota e o caso já estaria resolvido, agora nem sabemos onde ela está, e com todo o dinheiro que ela tem, pode estar em qualquer lugar do planeta - disse Sam, sem parar para respirar.
- Nós estávamos em um outro caso mais importante. Como eu ia saber? Eles disseram que a garota teve aquela doença... que parece estar morta, é ...
- Catalepsia - Sam completou.
- Obrigado, Dr. House - Dean provocou.
- Tá legal, você está certo. Só estou preocupado porque os olhos do demônio ficaram verdes e não pretos ou vermelhos, nós não sabemos o que estamos enfrentando - Sam parecia realmente preocupado. - E pensa bem, falamos com várias pessoas e elas disseram a mesma coisa ", Dee era insuportável e mais tarde se tornou uma santa, até chorou quando soube o que ela fazia e pediu perdão a todos.
- Isso é estranho! Mas pode ser um truque - Dean lembrou.
O resto do caminho até o hotel foi feito em silêncio, cada um tentando descobrir o poder do demônio desconhecido e suas verdadeiras intenções.
A vários quilômetros dali
- Por favor, você pode me trazer outra sobremesa? – Perguntou a jovem elegante de cabelos pretos e curtos.
O pedido surpreendeu o maitre, afinal, era difícil encontrar uma pessoa com tanto apetite e prazer de comer sem se preocupar com as calorias e, principalmente, com os preços caríssimos. Sem tempo para devaneios, apressou-se a atender a cliente especial, afinal, não poderia decepcionar Dee Hartford.
Após a refeição, a conta foi entregue para Dee e o maitre correu para a cozinha para atender o último pedido da moça. Em poucos minutos, ele retornou com um homem magro e baixo, todo vestido de branco e chapéu enorme.
- Este é o Sr. Arno, Pierre Arno, senhorita Hartford - disse o maitre apontando desnecessariamente para o homem ao seu lado .
Dee, depois de colocar o dinheiro da conta do restaurante em cima da mesa, levantou-se e abraçou Pierre e os outros funcionários que serviam.
- Estava maravilhoso - disse Dee.
Todos se entreolharam, estranhando o comportamento de Dee, mas sorriram felizes, sentindo a sinceridade do elogio.
Dee pegou sua bolsa e acenou para todos.
- Ah! Estava esquecendo ... por favor, providencie para que o dinheiro extra que eu deixei seja dividido entre todos - Dee disse.
Fora do restaurante, Dee ouviu gritos de alegria ecoarem de dentro do restaurante, os empregados nunca haviam recebido uma gorjeta tão generosa. Dee sorriu ao imaginar a cena e sentir a felicidade deles quando descobriram a grande recompensa que recebam, tinha aprendido o quanto era fácil deixar os seres humanos felizes. Mas o sorriso desapareceu quando ela se lembrou de que em breve estaria cara a cara com os irmãos Winchester.
***
- Alguma novidade? - Dean perguntou depois de ver Sam pesquisar por horas, em busca de informações sobre o demônio de olhos verdes.
O silêncio deixou bem claro que não havia nenhuma resposta.
- Esqueça! - Aconselhou Dean, depois de ver a frustração de seu irmão. –Há outros casos mais importantes, afinal, não há notícias de que ela tenha começado uma chacina, vamos dar um tempo, ela vai aparecer.
- Ok! Sam não queria admitir, mas teve que concordar - Você está certo. Nada de estranho está acontecendo, é como encontrar uma agulha num palheiro, Dee pode estar em qualquer lugar.
Era verdade, eles nunca iriam imaginar onde Dee Hartford estava naquele exato momento. Nunca!
***
