Fanfic: Booth & Brennan

Advertências: Sexo e violência (Se não gosta, não leia)

Classificação: M, um pouco Angst

Capítulos: Ainda não sei, vai depender das respostas dos leitores...

"O primeiro beijo."

Temperance parou diante do computador, mas realmente não sabia o que fazer. Ela e Booth tinham acabado de trocar um beijo e, mesmo que tenha acontecido na frente da Caroline e por ordem dela mesma, o beijo tinha sido bastante quente, maravilhoso mesmo, e Temperance estava sem fôlego e com o coração disparado até aquele momento. "Céus, só espero que ninguém mais tenha visto..." ela pensava. "Como vou encarar o Booth depois disso? E a Ângela, assim que colocar os olhos em nós dois vai perceber que aconteceu alguma coisa." Temperance debruçou sobre sua mesa e fechou os olhos, querendo que o expediente já estivesse no fim e ela pudesse ir para casa.

O Natal estava chegando, ela ainda não tinha comprado nada para ninguém, nem mesmo para o Booth... "Mas que droga, eu preciso tirá-lo da cabeça, ou vou enlouquecer..." ela pensava, "Na certa para ele não significou absolutamente nada, afinal somos só parceiros, só parceiros!" Temperance se levantou e decidiu ir procurar o que fazer, não agüentava mais ficar em sua sala. Encontrou com Ângela no corredor.

_ Oi, eu estava justamente indo procurá-la ! Vamos fazer compras de Natal hoje a noite? – Ângela parecia toda animada.

_ Não sei, Ângie, estou um pouco cansada, estava pensando em ir direto para casa.

_ Mas você nunca vai direto para casa? Você não vai toda noite jantar com o Booth na Lanchonete antes de ir pra casa? Não me diga que vocês discutiram de novo?

_ Não aconteceu nada, Ângie ! Eu só estou cansada, já disse. – Temperance desconversou sem encará-la.

Ângela a olhou desconfiada.

_ Querida, você pode enganar aos outros, mas a mim não. Já vi você trabalhar 100 vezes mais do que hoje e ainda ter pique para sair com o Booth. Anda, desembucha !

_ Desembucha? Que termo, Ângela ! Já disse que não aconteceu nada ! E se você me der licença eu preciso procurar a Cam, tenho que ver se ela já terminou a Autópsia para que eu possa examinar os ossos.

_ Ok, ok, você está livre de mim, por enquanto. – ela deu um sorriso malicioso. - Vou ver se descubro alguma coisa pelo Booth. Soube que ele está na sala do Hodgins.

_ O que?! – Temperance ficou vermelha feito um tomate. – Mas o que...

Ângela já tinha saído e deixou-a lá parada, em pânico. "Meu Deus, e se o Booth abrir a boca? Nunca mais a Ângela me deixa em paz!"

E na sala do Hodgins. Eles estavam discutindo sobre conspirações quando Ângela entrou, toda esbaforida.

_ Booth, que bom que eu te encontrei aqui. – Ângela foi logo puxando-o pelo braço para fora da sala. – Preciso falar com você, vamos tomar um café?

Hodgins ficou olhando a cena sem entender nada. Os dois saíram. Ângela levou Booth até a lanchonete dentro do Jeffersonian. Eles se sentaram e pediram dois cafés.

_ O que aconteceu? Você parecia um furacão na sala do Hodgins... – Booth começou.

_ É sobre a Brennan. – Ângela confessou logo.

O café foi servido e Booth esperou a garçonete se afastar.

_ O que tem a Bones?

_ Bom, você sabe que essa época é muito triste para ela, certo? Natal, festas, famílias reunidas... Pelo fato dela ter ido parar em orfanatos, e tudo mais.

_ É, eu sei...

_ Então, eu andei pensando, já que o pai dela está preso, o irmão também, bom... a gente bem que podia preparar uma festa de Natal surpresa pra ela, o que você acha?

_ Não sei não, Ângela. A Bones já combinou tudo com a Caroline e ela ficou de passar o Natal com o pai, o irmão, a cunhada e as sobrinhas na cadeia, a Caroline já arranjou tudo.

_ Ãh? A Caroline? E a troco de que ela fez isso pra Brennan? Ela nem parecia gostar dela !

Foi a vez do Booth ficar vermelho:

_ Bom...Não sei direito ! Ela deve ter se sentido culpada por ser a advogada de acusação do pai dela, ou a Bones pagou, prometeu uma cópia do novo livro, sei lá !

_ Sei... – Ângela começou a mexer no guardanapo sobre a mesa - E o "beijo caliente" que eu vi, por acaso, lá no escritório dela, com a Caroline de telespectadora, nada tem a ver com isso, certo?

Booth engasgou com o café e arregalou os olhos:

_ Você viu ??? Quem mais viu? – ele parecia mesmo perturbado.

_ Calma, Booth ! – Ângela tentou acalmá-lo – Ninguém mais viu. Era cedo e eu estava indo ao banheiro. Eu juro que estava sozinha no corredor.

Booth deu um suspiro mas não disse nada.

_ Eu não contei nem para o Hodgins ! Fique calmo. – Ângela estava curiosa. – Mas você vai ter que me contar tudo, ou vou morrer ! A Brennan não vai me contar nada, tenho certeza !

_ Não há nada pra contar, Ângela! A Caroline disse que nos acha formais demais e queria quebrar isso vendo um beijo nosso, só isso. Eu mesmo só fiquei sabendo na hora.

_ Hum... essa Caroline, hein? Ela percebeu alguma coisa entre vocês é? – Ângela o cutucou no braço.

_ Percebeu, percebeu o que? Não tem nada pra perceber, nós somos só parceiros, oras!

Booth estava cada vez mais desconfortável e nervoso, passava a mão pelo cabelo sem parar e Ângela percebeu que era hora de parar de pressionar.

_ Certo, certo ! Não está mais aqui quem falou ! – Ângela tomou um gole do café - Mas e sobre a festa? Mesmo que ela vá na prisão, lá eles tem horário, certo? Poderíamos fazer a nossa festa depois...o que você acha?

Booth pensou um pouco.

_ É, acho que não seria má idéia. O horário de visitas da prisão acaba . Vou estar sem o Parker mesmo. Ele vai com a mãe e o padrasto para Vermont. – ele sorriu – Ela com certeza vai odiar....e eu vou dizer que a idéia foi totalmente sua!

Ângela sorriu também.

_ É, coloque a culpa em mim, eu agüento! – ela estendeu a mão – Temos um acordo?

Booth apertou a mão dela.

_ É, temos um acordo, sim. Você não comenta nada sobre o beijo e eu te ajudo a organizar a festa.

_ Certo. – Ângela se levantou, deixando dinheiro sobre a mesa. – Eu vou indo, preciso trabalhar.

_ Hei ! Eu pago ! – Booth reclamou.

_ Nada disso, eu convidei, eu pago, bonitão! – ela lhe deu uma piscadela e foi embora apressada.

Booth balançou a cabeça sorrindo, Ângela não tinha jeito mesmo. E continuou bebericando seu café pensando em tudo o que ela disse.

...continua...

Fernanda