Mesmo com a vitória..
- A guerra acabou, Harry. - Hermione disse com um sorriso cansado e despreocupado.
- Estava na hora, não é? - Falou o menino com um sorriso travesso em seus lábios. Um brilho passou pelas íris verdes e ele pode se sentir livre e leve pela primeira vez na vida.
.. Uma pessoa não conseguia lidar com a perda...
- Achei que você estaria comemorando, Ginny. - Hermione disse dando um sorriso e se aproximando da ruiva.
- Comemorando? - A ruiva falou secamente, nem se dando o trabalho para se virar e encarar a amiga.
- Finalmente Harry vai poder ficar com você. - Hermione disse como se fosse o fato mais óbvio, mas Ginny não deu ao menos nem um sorriso.
...De uma pessoa importante...
- Ele não gostaria de te ver nesse estado, Ginny. - Ronald falou com a voz áspera e seca.
- Fred morreu, Ronald! Não tem como saber o que ele gostaria ou não. - Ginny estava com raiva entalada na garganta e sentia que a qualquer momento explodiria e começaria a gritar todas as verdades que viessem em sua mente.
Mas, ela busca uma forma...
- Você precisa de ajuda. - Harry disse docemente, enquanto a abraçava e a tirava do chão molhado.
- Não preciso da ajuda de ninguém! Eu posso tudo! - Ginny gritou com raiva, tentando se desvencilhar dos braços do menino.
- Deixe-me te ajudar, Gin.
.. De encontrar a felicidade...
- Eu só queria poder voltar a ser feliz e sorrir novamente, mas acho que já não é possível. - Ginny disse com os olhos fechados. Ted Tonks deu uma risadinha gostosa e puxou o cabelo da menina com suas pequenas mãos.
- Dá, dá. - Ele falou, enquanto tentava bagunçar o cabelo da madrinha.
- Eu queria ser ingênua que nem você, Ted.
... E o irmão...
- Fred morreu, Ginny! Nada que você fizer ou deixar de fazer vai mudar isso! - Arthur Weasley gritou em revolta, enquanto segurava a filha pelos braços.
- Você não entende, não é? Eu preciso fazer isso com ou sem a sua ajuda. - Ela disse decidida, soltando o braço do pai e andando em direção a porta.
.. Ao mesmo tempo.
- Sinto a cada momento que estou mais perto dele. - Ginny disse com um sorriso. Suas mãos tremiam e ela suava frio. Em poucos momentos se iniciaria o grande jogo.
- Fique calma, que tudo dará certo. - Harry disse dando um abraço nela e um beijo na testa.
Um sonho...
- Eu amo voar e jogar Quadribol, por que eu não poderia tentar? - Ginny disse com um sorriso nos lábios, enquanto se levantava decidida e encarava a janela do Salão Comunal.
- Esses sonhos de meninas. - Murmurou um menino do primeiro ano que passava entre Luna e Ginny.
...Destruído pelo preconceito...
- Eu vou jogar Quadribol. - Ela disse para todos que estavam sentados à mesa. Ao mesmo tempo sua família toda começou a rir descontroladamente.
- Você está brincando, não é? - Perguntou um que praticamente chorava de rir.
- Não.
- Não? - Perguntou Molly Weasley com uma expressão intimidadora.
- Não, eu vou jogar Quadribol e nada vai me impedir.
- Você nunca vai conseguir. - Gritou o pai da menina, segurando a risada. Ela apenas o encarou em desafio e ergueu uma das sobrancelhas.
- É isso que nós vamos ver.
... E alimentado pela força de vontade..
- Eu sou forte! - Ela gritava enquanto pegava a goles e atirava nos aros com toda a força que tinha. A chuva caia sobre eles e ela chorava.
- Você não é forte, Ginevra! - Falou o pai da menina com pena estampado em seus olhos.
- Você sabe que eu posso fazer isso! - Ela gritou em desespero.
- Você não pode. - Arthur murmurou antes de dar as costas à menina e sair.
E o inesperado...
- Você tem certeza disso, Harry? - Ela perguntou com o cenho franzido e os olhos arregalados.
- Absoluta. - Ele parecia decidido e isso fez com que despertasse um desejo em Ginny, mas não era o momento de pensar naquilo.
- Quando começamos? - Ela perguntou entusiasmada.
- Agora. - Harry tinha um sorriso maroto em seus lábios que fez Ginny engolir um seco. Estava perdida.
.. Acontece...
- Eu estou tentando, Harry. - Ela falou com a voz fraca, enquanto fazia sua trigésima quinta flexão.
- Você nunca vai conseguir entrar para um time desse jeito, Ginny! - Harry disse com a voz dura. - E não me chame de Harry!
- Como eu vou te chamar então? - Ela perguntou em meio ao cansaço e a força que estava fazendo.
- Capitão.
- Certo, Har..Capitão. - Ela acrescentou rapidamente, enquanto tombava no chão de tanto cansaço.
E o amor...
- Eu nem sei como te agradecer pelo o que você está fazendo por mim. - Ginny murmurou com os olhos brilhando e com um sorriso sincero nos lábios.
- Você sabe que não precisa, Ginny. - Harry passou a mão nos cabelos em um gesto nervoso e Ginny riu maliciosamente.
- Mas eu quero. - Se aproximou dele e o beijou apaixonadamente, como se aquele beijo fosse desejado há muito tempo, e fez com que todos os sentimentos e desejos adormecidos retornassem com força total.
.. Faz com que ela volte...
- Você quer se casar comigo, Gin? - Harry disse com as mãos tremendo e suando. Ele parecia estar nervoso e temeroso, o que fez a menina sentir vontade de rir.
- Não. - Ela respondeu séria, ele apenas abaixou a cabeça e ficou quieto. Com um sorriso nos lábios ela se jogou ao lado dele e o beijou com força, como se sua vida dependesse daquilo.- Claro que eu quero me casar com você, Capitão.
.. A ser feliz.
- Fred ia adorar estar aqui a vendo tão feliz. - Hermione disse com um sorriso.
- Ia mesmo, mas tenho certeza que ele está em um lugar muito melhor.- Ginny sorriu e sentiu a primeira lágrima de felicidade escorrer pela sua face angelical.
Indomável
Em breve.
N/A: Surgiu no meio da noite e eu não me controlei. Simplesmente pensei no fato: Será que Ginny superou facilmente a morte de Fred? Aí veio o filme "Gracie" na minha cabeça e tudo se formou. Não vai ser uma fic longa e eu espero que tenha poucos capítulos, já comecei a escrever e muito em breve estará postado.
Vai ser uma história diferente do que aconteceu entre a derrota de Voldemort e o Epílogo do último livro da saga Harry Potter.
Que tal deixar um review para me inspirar e o próximo capítulo sair mais rápido?
Qualquer sugestão pode mandar pela review ou me adicione no MSN e fale comigo. Estou aberta a sugestões.
Até o próximo capítulo amores.
Beijinhos,
Ari D.