Recado IMPORTANTE:
Classificação M(+18): Pedofilia (Só avisando os pervertidos de plantão que NÃO VAI TER CENAS EXPLICITAS DE SEXO. Porque não sei escrever hentai ok? Contentem-se com o conteúdo da historia que em si já è pesado)
The Phantom of the Opera.
Paris, 1871-
Havia pessoas correndo e gritando por toda parte, todos desesperados por sair logo do teatro de opera que ardia em chamas após o 'acidente' com o candelabro.
A noite gélida contradizia as chamas do teatro, e em meio à multidão, um jovem casal saía da galeria do teatro. E era observado pelos olhos tristes de um homem a quem já chamaram de monstro, fantasma e demônio.
Erik estava olhando o pavor nos olhos de todos, enquanto saía do bueiro que fazia parte da passagem conectada ao espelho de seu estúdio. Ou o que restara dele.
Mas sua mente e coração estavam em frangalhos; ao ter sua amada perdida talvez para sempre, e anos e anos de trabalho e devoção jogados no lixo como se não passassem de papel velho.
O rosto disforme se contorcia com a tristeza, que ele tentava abrandar com um pensamento inútil: ao menos ela vai estar bem e feliz. Ele imaginava enquanto observava sua Christine fugir com o conde de Chagny.
Imagino que agora não haja nada a fazer.
Ao olhar em volta, passou por sua mente atormentada, um lampejo da realidade afora.
Ele tinha que fugir ou a polícia com certeza o pegaria. Teria de achar um novo lar.
Um novo domínio. Uma nova existência.
Erik POV:
Para onde ir agora? Imagino que depois desse tumulto eu não seja tão bem vindo na casa de qualquer pessoa de Paris. Mesmo que seja pra me esconder.
Isso tudo me deixou fraco... Eu devia achar um lugar pra repousar, mas quem irá querer um monstro como inquilino, ou qualquer coisa que seja? Mesmo um rato seria mais bem vindo.
Obviamente um rato não colocou o Opera Populaire em chamas. Nem possui o rosto tão medonho. E muito menos atirou um homem nos escombros para fazer de conta que era o próprio cadáver.
Será que vale a pena continuar com isso? Uma vida miserável movida a um passado de dor? Minha vida sempre foi basicamente isso. Não há amor que dure para um monstro. Christine se foi. E Annie provavelmente está desesperada com esse incêndio. Mas acho que ela foi realmente a única pessoa que nunca me traiu, ou deu as costas, embora se ela o fizesse agora seria quase que obvio depois disso.
Ah, droga! Os policiais! Melhor andar logo, ou esses incompetentes podem... AH! Porque tinha que cair uma viga no meu braço justo agora?
Gemi de dor com isso, e me pus a correr em direção a casa de minha velha amiga.
Quando, depois de um tempo, cheguei à casa, estava cambaleante, já que aquela viga deve ter causado um belo corte, a minha camisa está colando ao corpo por causa do sangue... Ah, as coisas já estão começando a girar.
Bati a porta com uma batida fraca. Meu braço bom era usado agora pra segurar a capa por sobre meu rosto desfigurado.
-Quem é a essa hora? – Ouvi-la dizer enquanto caminhava até a porta. -Por deus, já não ouve muita confusão por hoj... - Ela se interrompeu ao me ver. -Erik! - Ao dizer isso, Annie me amparou do lado do braço ferido. -Bom Deus! O que houve com você? - Perguntou com o tom preocupado.
-Imagino ter exagerado dessa vez... - Falei enquanto era levado até uma cadeira na cozinha. Ela mal me deixou lá e já foi pegar um pano com água.
-Você apenas acha? Eu quase morri de preocupação quando vocês estavam no palco! - A lembrança daquele doce momento me fez contorcer ainda mais o rosto. A lembrança era ainda pior nesse momento, misturada à dor de ter pedaços de madeira presos às suas costas... -Temi por você e por Christine. Com a possibilidade de um de vocês morrerem a qualquer momento... Foi horrível. - Annie continuou, agora limpando o ferimento, e tirando as lascas de madeira. A cada lasca arrancada eu tentava reprimir um gemido de dor.
-Sua filha não vai chegar? Imagino que ela não vá gostar de ver o fantasma assassino sentado à mesa de sua casa.
-Não importa o que Meg vai pensar. Você é como o filho que eu não tive Erik. Mesmo que tenha errado muito, você ainda tem um bom coração. Por mais que pense que é o rosto que o faz feio, são as atitudes que contam. Se você der carinho a alguém, essa pessoa lhe retribuirá. - Ela terminava de arrancar os últimos fiapos de madeira e limpava o sangue que escorria, tentando estancá-lo com o pano em suas mãos.
Eu talvez pudesse contar com isso de carinho e compaixão... Mas que prova eu tinha que alguém ia ajudar ou ser solidário com um ser humano como eu? Bom, Annie Giry sempre foi a pessoa mais gentil, e uma das poucas q me oferecer liberdade de uma escravidão ou de uma o tormenta.
E eu lhe devia, e muito, por isso.
-Não acho que eu esteja fazendo bem em ficar aqui. Se a polícia aparecer vão poder prendê-la como cúmplice.
-Como se algum daqueles palermas da polícia pudesse me pegar! Um moleque de 20 anos como você os fez de bobos, porque uma velha astuta como eu não poderia? - Ela deu um sorriso, como que pra me animar.
Levantei os lábios levemente para agradecer à tentativa. Nesse momento ela já me ajudava a me levantar e guiava-me em direção ao pequeno sofá bege rendado na sala ao lado da cozinha.
Nesse momento a porta se abriu e sua filha, Meg, adentrou a sala no momento em que ela me ajudava a deitar.
Estava tão fraco que mal pude distinguir o rosto loiro de Meg, que me olhou assustada, e exclamou.
-O que ele está fazendo aqui? Mãe, ele é um assassino procurado pela polícia!
-Meg! Que atitude é essa? Esse homem por mais que tenha errado, merece uma segunda chance. Eu lhe ajudei antes, há muito, e agora que é necessário eu o ajudo novamente.
-Tudo bem. Apenas seja cautelosa. Se a polícia o pegar seremos presas por cumplicidade.
-Eu sei... Eu irei partir pela manhã senhorita. Não se preocupe. - Disse-lhe com a voz rouca, cambaleando um pouco para sentar-me no sofá.
-Muito bem. Mas isso não quer dizer que me agrada o fato de você estar aqui. Você causou muita dor à Christine, e eu não vou perdoá-lo tão facilmente por isso. - Ela disse virando as costas.
-Meg, se já acabou o que tinha a dizer, faça o favor de subir. É melhor você dormir. E você também Erik. Se não puder dormir, eu vou preparar alguma coisa para você comer e recuperar a energia. Deve ter perdido muito sangue.
-Certo... – Disse-lhe com a voz ainda mais fraca. Eu já sentia meus olhos se fecharem sozinhos, mas antes eu lhe sussurrei como uma criança. -Obrigado... Annie. - E caí no sono.
Meus pesadelos foram tenebrosos. Neles Christine me falava coisas horríveis. Eu ouvia como um eco na minha mente, suas palavras ásperas dirigidas a mim e as juras de amor feitas àquele conde intrometido. Eu devo ter acordado gritando algumas vezes. Por sorte, isso não chamou a atenção de ninguém.
Após alguns dias, acordei sentindo que já havia recuperado boa parte de minhas forças. Eu pude ouvir algumas batidas na porta, que era separada da sala em que eu estava por uma parede grossa, e pela cozinha. Mas mesmo assim, podia ouvir claramente o que se passava. Era a polícia.
-Madame Giry, fomos informados que um homem com uma camisa branca e uma capa preta foi visto semana passada, vagando por esse bairro. Você por acaso teria mais informações a respeito? Esse homem é um assassino que precisa ser detido.
-Um homem por aqui? Bom, não cheguei a ver nada. Estava voltando do teatro com minha filha. Nós nos demoramos, pois houve um horrível incidente com o candelabro.
-Sim, e nós procurávamos o culpado. Se o vir, peço que nos avise imediatamente!
-Mas é claro delegado. Sem dúvida o farei, se o vir. - Ela disse com tanta inocência que se eu não fosse o homem procurado, poderia jurar que Annie estava dizendo a mais pura verdade.
Logo depois ela se dirigiu à cozinha e me trouxe um prato de mingau quente.
-Aqui está. Melhor comer rápido. O tempo não vai ajudar, com esse frio...
-Muito obrigado mesmo. Eu realmente me sinto melhor, e tenho certeza que se você não tivesse me ajudado, eu teria morrido lá fora. Tanto ontem quanto a 16 anos. - Disse, enquanto pegava o prato e comia devagar.
-Pode contar comigo sempre Erik. Mas o pretende fazer quando sair daqui? Vai permanecer em Paris? - Ela sentou no sofá ao meu lado ao dizer isso.
-Imagino que sim. Não conheço muito do mundo para sair por aí e esperar uma vida muito diferente. Minha música é minha alma, e pretendo continuar com o que faço. Claro, não no mau sentido. Eu quero dizer que vou procurar um novo teatro para ficar.
-Bem, isso parece uma coisa boa. Só quero que me prometa uma coisa. É o único pedido que eu vou lhe fazer.
-Depois de tudo o que você fez por mim, é mais do que justo que você tenha ao seu pedido atendido. - Disse-lhe olhando nos olhos.
-Eu quero que você... Encontre uma nova pessoa pra você. Para finalmente conseguir dar paz a você e a Christine. Existem pessoas por aí que podem enxergar alem das máscaras Erik. - O tom dela era tão solene que quase me fez acreditar que aquilo podia acontecer.
-Eu... Prometo tentar. Mas não será fácil. Isso tudo... Eu realmente não sei porque eu não surtei. Era pra eu ter surtado, mas... Não. É como se fosse uma reação que a minha mente se recusa a ter. Por mais que me doa lembrar, falar ou pensar nisso...
-Isso é o jeito do seu... Inconsciente dizer que não é o fim. - Ela completou com um sorriso. Eu terminei o prato de comida, e olhei pela cortina. Parecia escuro. Por quanto tempo será que eu havia dormido?
-Que horas são?
Annie inclinou-se para o lado, e estreitando os olhos viu as horas no relógio da cozinha.
-São quase seis horas da tarde. - Respondeu ela calmamente.
-Tão tarde assim? Eu já devia ter partido há horas! - Exclamei, pondo-me de pé num salto. Não posso ficar nem mais um minuto.
-Hey, espere! Você precisa de roupas, ou pretende sair com uma camisa branca suja de sangue no meio da rua quando ainda está claro?
-Certo... Mas onde você sugere que eu arranje roupas novas?
-Eu... Acho que ainda devem ter algumas camisas limpas do Louis. Vou pegar algumas pra você. Com certeza tem algumas que vão lhe servir. - Annie correu escada acima.
Depois me deu roupas limpas e uma bolsa com alguns biscoitos e água (e dinheiro obviamente, algumas economias minhas que eu consegui com o meu salário no opera Populaire).
-Deus te abençoe. - Ela disse apertando minha mão. Eu logo lhe dei um abraço bem forte. Como se fosse minha mãe. Ah, quem me dera...
-Boa sorte Annie. Com tudo. Talvez um dia nós voltemos a nos ver... – dei-lhe um esboço de sorriso. E então, com uma máscara (que ela tinha guardada) e um chapéu escuro de abas largas, eu saí de sua casa, pelos fundos. Indo em direção ao primeiro teatro que pudesse encontrar.
Começar do zero. Aprender tudo desde o começo.
Eu andava calmamente nas ruas, como se não percebesse o olhar estranho que as pessoas lançavam sobre mim. Mas percebia. E minha vontade era de apenas enforcar, cada uma das pessoas que me lançavam aquele olhar queimante como fogo.
Após alguns minutos andando, eu resolvi perguntar a uma senhora que limpava a entrada de um bar, a informação que desejava. Porém eu tinha que ser sutil. Não podia dar a localização exata para ninguém do lugar aonde iria.
-Com licença. Poderia me informar quais são os teatros da cidade? Eu sou estrangeiro, cheguei há pouco. Poderia me dizer quais os teatros mais frequentados por aqui?
-Bom meu jovem, tem um chamado Marechal Deodato, a algumas quadras daqui. Um teatro de um grupo de italianos. O Teatro Ampliei, que fica no centro, do lado de um cabaré, e outro que pegou fogo ontem, chamado Opera Populaire.
-Certo. Muito obrigado minha senhora. - Disse, cumprimentando-a com a cabeça.
Muito bem. Agora eu preciso escolher qual deles eu devo me instalar. Talvez a escolha mais inteligente seja o teatro que é mais longe daqui. Afinal, se perguntarem a essa mulher se alguém passou e perguntou-lhe sobre isso, irão pensar que fui ao teatro que era mais próximo. Sem falar que nenhum policial pensa em procurar embaixo do teatro. Esse é o motivo da incompetência deles.
* * *A algumas quadras do teatro Ampliei* * *
O teatro deve ser por aqui... Até que não demorou tanto para chegar. Imaginei que seria um pouco mais longe. A mulher disse que era próximo a um cabaré.
Olhei em volta e pude avistar um estabelecimento iluminado de cores forte, e que tinha vários... Hãm... Sons, vindo de dentro. De todos os tipos. De musicas até gritos e gemidos.
É, o teatro não deve estar distante.
Mas, quando ia me aproximando, pude ouvir melhor a parte dos gritos. E não pareciam ter nada a ver com gritos de prazer de prostitutas.
Era mais como uma garotinha, que pedisse socorro.
-Para! Para seu nojento! Socorro! Arhg! Me largaa! - Uma garotinha gritava desesperada, enquanto um homem com três vezes o seu tamanho a atacava.
Por um momento aquilo me relembrou meu passado. Adultos me batendo e se aproveitando de mim.
Logo depois me lembrei do que Annie me disse, sobre retribuírem a compaixão e o carinho.
Embora isso pareça insanidade, ao ouvir a menininha gritar de novo, dessa vez de dor, eu não estava mais nem me lixando pra se isso ia ser bom ou ruim. Se ia ter retribuição ou não.
Peguei a corda que estava ao lado de um barril na rua, corri a distancia que me separava deles, e enlacei o pescoço daquele maldito com precisão.
-É melhor largar a garota. - Disse com a voz fria e dura. Apertei bem a corda contra o pescoço suado e grosso. Pude ver que a menina que antes era quase enforcada pelas mãos grandes do homem, caiu no chão e correu pra perto de mim, agarrando-se às minhas pernas.
-Q-Quem é você? - O maldito balbuciou, enquanto tentava inutilmente desamarrar a corda do próprio pescoço. Eu a apertei mais. Ele soltou um guincho.
A garotinha ainda agarrava minhas pernas. Os seus soluços eram baixinhos e audíveis, mas não parecia ter a ver com o fato de eu estar matando o seu estuprador lenta e dolorosamente.
-Eu? A ultima pessoa que você vai ver na vida, seu bastardo. - Concluí, dando um fim aos sons engasgados dele. O cadáver caiu no chão como um boneco. Eu me abaixei na altura da garotinha que ainda me apertava com força.
Obviamente eu nunca tinha lidado com crianças, então acho que minha voz não saiu gentil, ou qualquer coisa do tipo quando perguntei a ela.
-Você está bem?
-Ah... Sim. Só que aquele homem me arranhou. E ta ardendo. - Ela soluçou novamente.
Sem saber direito o que fazer, peguei-a no colo, e ela soltou um pequeno grunhido.
-O que foi?
-Ele me arranhou nas costas. - Ela disse saltando do meu colo, virou de costas e levantou a blusa pra que eu pudesse ver os machucados.
Meu Deus.
Havia arranhões, vergões e hematomas por toda parte! Alguns até sangravam ainda. Não era a toa que ela estava com dor.
Uma onda de carinho e solidariedade passou por mim quando vi o quanto ela se parecia comigo. Uma criança sozinha e com dor, que foi maltradada por adultos porcos e repulsivos.
-Onde está a sua mãe? - Perguntei, tentando visualizar seu rosto coberto por vários fios de cabelo emaranhados e escuros. Isso misturado ao escuro da noite não ajudavam na minha visão.
-A mamãe ta lá dentro. - Ela apontou para o cabaré. Onde uma mulher seminua dançava no palco com um monte de porcos (homens como o que havia machucado minha 'mais nova amiguinha') a aplaudindo e dizendo sacanagens. -Ela disse que eu tenho que vir, ou eu não janto em casa. E hoje eu estava com muita, mas muita fome mesmo. Aí vim aqui. Quando eu vi o palco no meio da sala, eu subi lá pra ver como era e... Aquele homem... - Ela começara a chorar de novo.
Com cuidado, para não machucá-la, eu encostei sua cabecinha em meu peito (que já tinha se cicatrizado quase completamente) e acariciei os cabelinhos escuros.
-Não precisa falar disso se não quiser. Eu posso cuidar de você, se você está brava com a sua mãe... - Disse numa vã esperança de conseguir companhia. Ha, até parece que uma garotinha vai querer andar ao lado de um monstro.
-Se a minha mãe deixar, eu posso ir com você... - Ela ia enxugando o restante das lagrimas com as mangas da blusa branca e me puxando pela mão, para entrar naquele ambiente sujo, com cheiro de bebida e vômito.
Quando senti sua mão na minha, também confesso ter sentido uma felicidade única, que havia experimentado apenas quando Christine desmaiou em meus braços, e senti que tinha uma esperança de amor. Logo ao meu alcance.
-Mamãe! - A menina chamou a mulher que estava se enroscando com um homem que era tão fedido quanto o cadáver daquele verme lá fora do cabaré. - Eu encontrei esse moço, e ele disse que eu podia morar com ele. A senhora deixa? - Perguntou, de maneira como se pedisse pra dormir na casa de uma amiguinha.
Eu olhava um pouco indignado para a mãe bêbada que mal ouvia o que a filha dizia. Provavelmente ela estava prestando mais atenção nas sacanagens que o seu cliente estava fazendo questão de quase gritar.
-O que? Ah garota, é você. Esse homem quer você? Olha aqui... Ah!... Você tem que pagar pela sua vez. O cara lá de fora já terminou com você Jude? - A mulher estava tonta, mas eu não podia acreditar no que estava ouvindo.
-Você vendeu a sua filha, num lugar como esse? - Eu quase sentia o gosto da adrenalina na minha língua. Eu queria de verdade que essa cadela pagasse pelo que tinha exposto à própria filha.
-Tudo bem. - Ela disse, segurando minha mão com mais força. Senti o calor emanar mais forte ainda de sua mãozinha delicada. -Posso mãe? Ele quer ficar comigo de verdade. Você não vai precisar mais me ver. - A menina concluiu sem nenhum pesar.
-Sério? - A mulher parecia incrédula. -Pode ficar com ela... - Sua voz estava completamente... Como a voz de uma bêbada. -É até mais fácil porque eu pago só as MINHAS contas! Hahhahahahhahahahaa! - Ela e o homem que a estava agarrando começaram a rir como maníacos.
-Vamos embora daqui. Eu vou perder a paciência com esse lugar. - Disse-lhe antes de afastá-la pra fora daquele lugar imundo. -Agora, qual o seu nome? - Bom, pode não ter sido o jeito mais gentil de perguntar, mas eu precisava dessa informação.
-Juliet Bolsoire. Mas todo mundo me chama de Julie. E o seu? - Ela já estava com um tom de voz animado. Como se estivesse conhecendo tudo sobre a vida do melhor amigo.
Isso realmente me fez sorrir.
-Erik. Mas tenho vários nomes diferentes.
-Serio? Uau. Eu queria ter apelidos diferentes... Hm... As pessoas te chamarem de putinha é um apelido? - Perguntou com tanta inocência que eu praticamente engasguei com a minha própria saliva.
-Hã... Não exatamente. - Eu estava um pouco constrangido perto dela. Eu definitivamente não sei lidar com crianças. -Olhe, Julie, tem algumas coisas que você precisa saber antes de decidir se quer mesmo ficar comigo.
-O que?
-Que eu morava num teatro até muito recentemente. Mas... Por motivos bem complicados, ele acabou pegando fogo. E agora eu estou procurando um novo lar. Que seria o teatro que é a algumas quadras daqui.
-Não acredito! Um teatro? Que lindo! Eu adoro as dançarinas e as cantoras. Principalmente as que têm a voz bem fininha... Eu quero cantar num teatro cheio um dia. Igual a minha prima. Minha mãe diz que ela é a cantora principal de várias peças, porque a voz dela é a mais linda de Paris. Eu quero ter uma chance de ser igual a ela... - Mesmo no escuro, pude ver que seus olhinhos, pretos como a noite, brilhavam com a idéia. Realmente, essa garota é impressionante, e irradia tanta alegria que é quase involuntário ficar encantado com o que ela diz. Eu... Quero fazê-la brilhar. Com a mesma ânsia que tinha em fazer minha Christine a estrela no antigo teatro. Eu agora estava recomeçando. Com uma nova chance que parece ter tudo pra dar certo!
A não ser pelo fato de ela ainda não ter visto o meu rosto.
Bem, tecnicamente, eu também não vi direito o rosto dela. Só pude perceber que seus olhos eram escuros, do mesmo jeito que os cabelos. Bom, nunca se sabe a reação de uma criança ao mostrar um rosto como o meu.
Ou melhor, a reação é totalmente previsível. Ela vai sair chorando e correndo pra o mais longe que puder de mim.
Quanto mais eu puder adiar isso melhor. Julie é uma boa companhia. Ela me faz sentir em paz, com relação aos meus fantasmas turbulentos.
-Por aqui. - Eu a guiei até a fachada do teatro, que era iluminada por vários holofotes brilhantes. Hoje era uma noite de estréia. Parecia uma ópera com a história de um conto de fadas, pela capa infantil, com o nome da peça.
'Anastásia'
-Uau... - Os olhos dela começavam a brilhar ao olhar para o cartaz. Uma senhora bem gorda e velhusca nos empurrou da escadaria.
-Aprendam a ficar em seus devidos lugares! - Ela gritou enquanto girava, e seu chapéu emplumado esvoaçava para o rosto de varias pessoas. E por fim sussurrou em tom audível. -Mendigos nojentos.
Eu realmente não me arrependo de não ter saído do teatro por tantos anos. Esse mundo é realmente podre. Principalmente as pessoas.
-Não liga pra ela não. Mulheres velhas têm inveja das pessoas jovens. Sejam homens ou mulheres.
-Onde você ouviu isso? - Perguntei curioso.
-Minha tia-avó me falou isso. Ela é uma mulher muito gentil. - Julie sorriu, mostrando os dentinhos brancos.
-Ela deve ser mesmo... E imagino que você vá gostar de viver no teatro. Com isso vai poder assistir a todas as peças que quiser! - Disse tentando animá-la. Eu sorri ao ver seu sorriso se expandir.
-Sério? Isso seria... Nossa! Incrível! - Eu observava a felicidade radiante da menina ao meu lado, enquanto andávamos para a lateral do teatro. Eu procurava uma espécie de alçapão que ficasse rente ao chão. Seria o jeito de entrar sem chamar muita atenção. -Hm... Erik?
Julie me chamou com um pouco de incerteza na voz.
-O que foi? - Disse, olhando-lhe.
-Você é um herói? - Ela me encarou ao fazer a pergunta. E me olhou de modo tão fixo e penetrante que pensei que ela podia ler a minha mente. Por outro lado uma ponta de orgulho me atingiu. Herói? Eu passava bem longe disso. Embora pensar o contrário me agradasse profundamente.
-Eu não diria um herói... Você teria outro jeito pra me descrever? Olhe bem pra mim. -Disse. Mas na verdade queria o contrário.
Quanto menos visse de mim, provavelmente mais tempo eu poderia estar perto da sua presença apaziguadora.
-Hum... - Ela fez o que lhe pedi e olhou atentamente o meu rosto mascarado com a meia mascara branca. -Você parece um anjo. Ainda mais com essa capa. Parecem asas escuras. É mesmo muito lindo! - Comentou da forma mais inocente que seria possível imaginar de uma criança.
Por Deus! De onde havia saído essa menina? Com certeza era alguma forma de redenção que o destino havia me reservado. E... Aquela palavra. Lindo. Nunca alguém havia usado-a para descrever a mim...
Claro. Uma parte obscura e terrivelmente realista de minha mente me falou. Ela ainda não viu o seu rosto. Porém, isso não me impedia de saborear cada vez mais o sentimento de alegria que se expandia a cada palavra de carinho vinda daquela criaturinha fantástica.
-Um anjo? Bom esse é um dos jeitos que costumavam me chamar. - Disse, enquanto abria a pequena abertura, parecida com uma janela. Pus Julie para dentro com cuidado. Peguei-a no colo logo que desci e a coloquei ao meu lado no chão.
Agora eu via seu rosto mais claramente. Os cabelos desgrenhados caíam em vários cachos cor de cobre e brilhavam sob a luz fraca das velas que iluminavam parte da galeria encolhida. Seus olhos eram pretos. Grandes e brilhantes como pérolas negras.
O rosto de porcelana me fitava com curiosidade. Numa pergunta silenciosa que dizia claramente 'porque está me olhando desse jeito?'
A resposta era simples.
Porque eu só havia visto uma criança com uma beleza tão singular e encantadora.
Um anjo da música que havia me abandonado na escuridão.
Seria isso um sinal? De que eu devia me afastar dela enquanto havia tempo, já que isso me causaria a mesma dor exorbitante que eu senti nos últimos dias?
-Você está bem? Nós temos que continuar. Tem um corredor que vai descendo por esse caminho. - Ela apontou para a porta de madeira que se localizava ao lado de um antigo afresco religioso.
-Sim, claro. Eu imaginava, se seus machucados ainda doíam. Eu não quis machucá-la quando te peguei no colo...
-Ah! Não se preocupe com isso. - Ela riu, como um tilintar de sinos. - Eu estou tão feliz! Isso é a maior aventura da minha vida! - A saia escura rodou com os pulinhos de animação. Não pude deixar de sorrir novamente.
-Quer que eu a leve no colo novamente? Você deve estar cansada. - Disse com o pretexto de solidariedade. Mas eu na verdade queria sentir o calor que Julie me transmitia a cada sorriso e cada vez que tocava minha pele áspera.
-Eu... Sou pesada. É melhor não. E eu sou forte! Posso aguentar mais alguns... Hey! - Eu não a deixei terminar. Peguei-a e a aninhei em meus braços, como se fosse minha irmã bebê.
Nossa. Julie é tão pequena que realmente nem faz diferença o fato de aparentar quase 9 anos.
Pude sentir que ela estava com sono também.
-Pode dormir. Eu prometo cuidar bem de você. - E andava pelos corredores estreitos, enquanto suas mãos afagavam meu peito. Como se ele fosse um travesseiro.
-Promete? - Sua voz era sonolenta.
-Prometo.
-Então eu prometo nunca sair do seu lado, Erik. - Essas foram suas últimas palavras antes de adormecer.
Eu acarinhei os cachinhos castanhos, enquanto seguia os corredores mais largos para onde eu pensava ser a galeria central do teatro. Afinal todos os teatros têm uma.
E eu tenho que começar a reconstruir meus domínios o mais rápido possível. Pois o anjo da música. O anjo da noite encontrou sua nova melodia.
Juliet.
To be continued...
Transmissão ON:
Kashiri: AI MEU DEEUS EU VOLTEEI! Gente, nem eu acredito nisso n.n QUANTA SAUDADE EU SENTI DE TODAS VOCÊS MENINAS! Hehe, mas a Kah chan voltou com um presente de natal um pouquinho diferente esse ano né? kkkkkkkkkk
Sasuke: Impressionante mesmo. Você deu mais de dois meses de folga pra mim e pra Sakura! Isso è quase mais do que a gente vai conseguir pro resto da vida!
Sakura: Com certeza. Mas foi otimo voltar pra cá né Sasuke kun? - Sakura dá uma piscadinha,
Sasuke: Hn, fale só por você.
Kashiri: Pois è, com a minha nova paixão platônicatodo mundo saiu ganhando xD. Mas só esclarecendo algumas coisitas rapidinhas sobre a fic:
-Primeiro: Eu realmente estou MUITO feliz por fazer esse trabalho, até porque essa ideia me veio a cabeça pela primeira vez quando eu tinha 8 anos. De verdade, foi um sonho realizado colocar ela no papel. Até porque eu estou numa fase de completa paixão pelo fantasma da ópera *-*.
-Segundo: Essa também è a primeira vez que eu posto uma fic de um tema diferente do normal, que seria sasusaku/romance. Ou seja, è uma experiência tanto pra mim que to escrevendo quanto pra vcs que lêem as minhas fics (que aliás eu adoro muito todas vocês meninas! Esse foi o presente de natal, então tomara que tenham gostado =p kkkkkkk)
-Terceiro: Como eu mencionei, essa fic vai acabar sendo o presente de vocês meninas, porque acreditem, ela me consimiu literalmente de corpo e alma.
Sakura: Porque você acham que a gente conseguiu férias por tanto tempo?
Kashiri: Pois è, foi muito recentemente que eu peguei pra terminar o cap 15 de Nunca irá acabar, e consegui inspiração pra continuar o presente de niver das minhas queridas amigas Dai chan e Cris chan. ( Amores, por favor, peço humildemente que aceitem essa fic por enquanto). Mas a parte boa ( pra quem gostou da historia, obvio) è que ela já esta com 19 capítulos prontos! Isso aí, pra serem postados os capitulos só depende das reviews \o/
Sasuke: E ela mal chegou e já começa com a cara de pau -.- Ninguém merece.
Kashiri: Sasukesinho querido, eu JÁ VOLTEI a escrever a Nunca irá acabar, e você sabe que eu planejo colocar ele em um dos capítulos mais pra frente...- A autora faz uma cara demoníaca, e Sasuke estremece.
Sasuke: Você não ousaria...
Kashiri: Experimenta, pra ver se eu to brincando.
Sakura: Sasuke kun, è melhor ficar na sua. Ela não blefa quando faz essa cara.- A Haruno se afasta um pouco da autora.
Kashiri: E não blefo mesmo. Então fica quietinho Uchiha.
Sasuke: Hn.
Kashiri: Bom galera, eu ja vou indo. E desejo um NATAL MARAVILHOSO PARA TODOS! Cheio de presentes coloridos e enormes! E um próspero ano novo! Se eu der as caras antes de 2012, podem esperar uma sasusaku ok? Tem vários projetos que eu quero muito terminar o quanto antes melhor ( e já que a minha fic do Phantom ta adiantadinha, nada melhor que tirar a barriga da miséria, ou melhor, as fic do word, e dar um natal cheio de fics pra vcs!)
Sakura: Feliz natal! Espero ver vocês antes, mas caso não aconteça FELIZ ANO NOVO TAMBÉM! \O/
Sasuke: Hn.
Kashiri: Sasuke kun, se você fizer 'Hn' de novo, eu enfio aquela roupa de papai noel em voc6e durante a noite.
Sasuke: Haha, muito engraçado. Até parece que... HEY!- O Uchiha dá um salto ao perceber que Sakura colocou um gorro vermelho em sua cabeça. - Sakura! O que você fez? Essa porra não quer sair!
Kashiri: Ah,eu acidentalmente deixei cair super bonder no gorrinho... hehehe
Sasuke: SUA MALDITA DESGRAÇADA! VOLTA AQUI QUE VOC6E VAI TIRAR ISSO DA MINHA CABEÇA AGORA!
Kashiri: Oks pessoal, até mais, e desejem-me boa sorte pra fugir desse escandaloso com cabelo de galinha. BYE!- Ela diz correndo pelo etúdio com um certo Uchiha moreno a perseguindo, e com a sakura rolando no chão de rir.
Sakura: Oks pessoal, mandem reviews pra esses dois loucos aqui. FELIZ NATAL E UM PROSPERO ANO NOVO! O/
Transmissão OFF
Notas da autora: Gente, eu sei que pode parecer estranho vindo de mim uma fic rated M, q è d pedofilia, mas por favor, eu prometo que a historia è boa, e não tem NADA de sacanagem. Isso eu prometo. Na verdade, eu mesma acho que se for uma relação que há amor, não importa a idade, mas enfin, eles não vão fazer NADA enquanto a Julie não for maior de idade ( tipo 17 anos). Sim, eu vou avançar a idade na fic. Ainda tem muuuita agua pra rolar viu? Oks, e só pra registrar, essa fic foi baseada no filme The Phantom of th Opera feito em 2004, e também no livro de Gaston Leroux que foi o criador original do fantasma *-* quem quiser ler o livro ta mais do que recomendado. E A HISTORIA È UMA CONTINUAÇÃO OK? Com os meus proprios personagens que eu criei e com alguns do filme do Fantasma da opera de 2004 ( è esse o filme, porque tem mais de uma versão).
Oks galera, beijos pra todos, e PORFAVOR não me chinguem nas reviews.
