Disclaimer
Todas as personagens pertencem à Queen, J.K. Rowling. Se por acaso alguma música/ trecho de música/ álbum/ livro/ o que quer que seja for referido ao longo da fic, é óbvio que isso pertence a quem quer que tenha escrito/cantado. Por alguma razão a música That Girl, dos McFly fez-me querer escrever esta fic. A fic é totalmente UA.
Isto é apenas mais uma das mil e uma vezes em que a história de Lily Evans e James Potter é contada.
CHAPTER ONE
Sexta-feira à noite. Férias de Verão. Pais fora de casa. Festa na praia, ou seja, raparigas e bebidas com que se divertir pela noite fora. Tudo o que um adolescente dito 'normal' mais quer.
James Potter, um dos nossos protagonistas, sentia que nessa noite a sorte iria estar do lado dele, embora não soubesse bem o porquê deste sentimento.
Tinha combinado com Sirius, um dos seus melhores amigos e constante companheiro em fazer coisas idiotas e potencialmente perigosas, saírem de casa em direcção à festa por volta das oito e meia dessa noite. Entretanto, não por estar cansado mas para matar tempo até serem horas de sair de casa, James ligou o rádio e deitou-se na cama no seu desarrumado quarto. Devia fazer uma limpeza a isto, pensou, mas não hoje. Talvez amanhã. Ou no dia a seguir.
Concentrou-se, então, na batida da música que passava na rádio local. Enquanto se sentia empurrado para o sono, James pensava no quanto a casa estava calma e silenciosa e em como sentia falta dos pais quando eles estavam fora. Dessa vez, para comemorarem o seu 20º aniversário de casamento, tinham ido fazer uma espécie de interrail pelo Sul da Europa durante duas semanas. Não passavam mais de dois dias sem se falarem, mas ainda assim ouvir as discussões ocasionais e divertidas dos pais fazia-lhe falta.
Sirius divertia-se imenso a vê-los discutir e não resistia em dar a sua opinião durante estas, muitas vezes incitando a uma nova discussão cujo assunto não tinha nada a ver com o da discussão anterior. Divertia-se ainda mais quando no fim das discussões os pais de James não conseguiam ficar mais de dez minutos sem se falarem.
Sirius Black tinha tudo menos uma história familiar pacífica. A família Black era considerada uma das mais antigas e ricas famílias de toda a Grã-Bretanha e, aparentemente, era exigido um certo tipo de comportamento e atitudes dos membros desta. Este incluía tratar pessoas que não pertencesse a um certo círculo social, o seu, como se elas fossem lixo e como se nem sequer fossem dignas de partilhar o ar que eles respiravam. Desprezível. Comportamento que Sirius e mais alguns renegados da família (como a sua prima Andromeda ou o seu tio Alphard) se recusavam a ter, sendo por isso riscados da árvore genealógica da família. Não que algum deles se queixasse, muito pelo contrário.
Depois de mais uma discussão acalorada com a sua odiosa mãe, um Sirius, com 16 anos feitos há pouco mais de um mês, tinha aparecido em casa de James acompanhado de uma mala com alguns dos seus pertences perguntando se não podia ficar por lá por uns dias até que ele decidisse o que fazer a seguir. Foi aceite e convidado a ficar por mais do que apenas alguns dias, tornando a sua estadia um pouco mais permanente. A verdade é que Sirius passava tanto tempo em casa dos Potter que já passava por um habitante da mesma.
Enquanto divagámos pela vida de Sirius, o sono tinha finalmente vencido James Potter.
-x-x-x-
No outro lado da pequena cidade de Hogsmeade, num apartamento junto da praia onde a festa que iria juntar os nossos protagonistas estava prestes a começar, Lily Evans sentia que aquela seria uma noite longa e aborrecida, pois ao contrário das suas colegas de apartamento, não gostava nada de festas.
Na opinião dela as festas eram apenas uma desculpa que a maioria dos adolescentes aproveitava para se embebedarem até não conseguirem ficar de pé, para acordarem no dia seguinte com uma enorme ressaca. Não via a piada que esse tipo de vida tinha. Esta e muitas outras atitudes parecidas por parte deles faziam Lily perguntar-se qual seria o futuro da sua geração.
Lily tinha-se trancado no seu quarto no apartamento que partilhava com Alice e Dorcas. Estava ligeiramente aborrecida por ter de ir à festa mas como ia ser na praia, sítio que Lily adorava desde pequena, abriu uma excepção.
A sua estadia em Hogsmeade apesar de curta estava a ser fantástica. Paz, calma e Sol, exactamente como Alice lhe tinha prometido. Não podia esquecer-se de lhe agradecer mais tarde.
Alice Hamilton, futuramente Longbottom, tinha 21 anos e fora ela que convencera os pais de Lily a deixarem-na vir passar o último mês de férias com ela à sua terra natal. No início eles não tinham gostado da ideia de se separarem de Lily por um mês, mas Alice acabou por convencê-los com o facto de, apesar de elas irem para um apartamento, os seus pais estavam a menos de cinco minutos de distância.
Alice era natural de Hogsmeade, mas fora estudar para Cambridge quando terminara o ensino secundário em Hogwarts. Os pais de Lily hospedaram Alice uma vez que eram amigos de longa data dos pais dela e também porque tinham um quarto vago pois Petunia, a filha mais velha do casal Evans, se tinha mudado para Londres para viver com o noivo, Vernon Dursley.
Na universidade Alice conheceu Frank Longbottom, o seu actual noivo. Namoraram por três anos até que, no mês anterior, Frank a pedira em casamento. No início Alice achara o pedido um pouco precipitado afinal só tinham 21 anos, mas sinceramente não conseguia imaginar partilhar a sua vida com ninguém a não ser ele.
Lily deitou-se na cama, ligou o seu iPod e começou a ler um livro aleatório enquanto esperava que Alice e Dorcas voltassem do centro comercial da cidade vizinha, que era o único centro comercial num raio de 20km.
Lily sentia que estava prestes a adormecer. Com um súbito sentimento de pânico olhou para o relógio na sua mesa-de-cabeceira apenas para ver que o relógio marcava 19h37. A Alice depois acorda-me, pensou enquanto punha o livro na mesa-de-cabeceira e se punha debaixo dos cobertores.
Foi ao som de Stolen Dance, dos Milky Chance que Lily se deixou levar pelo sono.
-x-x-x-
Sirius Black entrou em casa dos Potter anunciando a sua presença com um grito de dor. Tinha tropeçado em Snuffles, o grande e amigável labrador retriever negro à responsabilidade dele e de James. E aparentemente o cão também se queixava de dores. Quando Sirius se tentou aproximar dele para ver se estava tudo bem, o labrador pôs-se em fuga em direcção ao jardim.
– Snuffles! Snuffles anda cá amigo! Foi sem querer! Juro Snuffles! – gritou Sirius na esperança de evitar o olhar de traição que o cão provavelmente lhe daria.
Snuffles pareceu recuar na sua decisão de fugir para o jardim e andou até Sirius com o esperado olhar de traição. Sirius apenas se baixou ao pé dele e começou a dar festinhas na cabeça de Snuffles.
– Desculpa amigo. Foi mesmo sem querer. Prometo que não volta a acontecer. Perdoas-me?
Snuffles pareceu considerar por um momento e depois lambeu a cara de Sirius com se dissesse que por agora estava desculpado.
– Nem sei como é que o James não veio a correr ver o que se passava. – Sirius continuou a falar com o cão como se ele percebesse tudo o que ele lhe dizia.
Dirigiram-se então para o quarto de James, encontrando-o a dormir. Sirius dirigiu-se mais uma vez a Snuffles.
– Como é que havemos de acordar este nosso querido amigo, Snuffles? Com um balde de água gelada, com música no máximo ou apenas um gritos? – e calou-se como se esperasse uma resposta do cão – Tens razão caro Snuffles, hoje estamos bonzinhos e música alta deve bastar. Experimentamos a água gelada noutro dia. – disse Sirius como se o labrador lhe tivesse respondido à pergunta.
Sirius dirigiu-se à prateleira onde sabia que James tinha todos os seus CDs guardados, organizados alfabeticamente tendo em conta o nome da banda ou cantor. Só dois minutos depois pareceu encontrar o CD que pretendia. Pôs o CD na aparelhagem e o volume quase no máximo e escolheu a faixa que pretendia. Carregou no play e em cinco segundos Smoke On The Water, dos Deep Purple podia ser ouvido pelos vizinhos mais próximos.
James, que até ao momento dormia pacificamente, acordou sobressaltado quando ouviu os primeiros acordes de Smoke On The Water a virem num volume excessivamente alto da sua aparelhagem. Sentiu-se um pouco desorientado, não sabia sequer onde estava. Segundos depois sentiu um corpo a saltar-lhe para cima fazendo uma espécie de Macarena em cima das suas costas. Quando se virou viu que era Snuffles que lhe tinha saltado para as costas e viu também que era Sirius quem controlava o som da aparelhagem.
– Sirius importaste de diminuir a porcaria do som?!
Sirius fez o que lhe era pedido/ordenado e respondeu a James com um bocado de dramatismo excessivo.
– Desculpa lá se não quero perder o que pode ser uma festa muito proveitosa. Caso te tenhas esquecido foste tu que quiseste sair de casa às oito e meia. Aconselho-te a olhares para a porcaria do relógio. – e dirigiu-se para a porta do quarto mas antes de sair ainda disse – Ah e sou eu que conduzo hoje! Vê lá se te despachas, Bela Adormecida! Vou mandar uma mensagem ao Moony a avisá-lo que talvez cheguemos um pouco atrasados. Vou pôr as culpas todas em ti.
James revirou os olhos perante o tão conhecido dramatismo de Sirius. Olhou para o relógio e viu que de facto Sirius tinha razão. Já eram 20h17. James levantou-se e trocou o CD dos Deep Purple que Sirius tinha deixado na aparelhagem por um CD dos Led Zeppelin.
Pegou numa toalha e dirigiu-se à casa de banho que tinha de partilhar com Sirius. Tomou banho em tempo recorde e voltou para o seu quarto. Vestiu as primeiras coisas que viu à frente. Calções, t-shirt preta e sapatilhas. Tentou, mais uma vez sem sucesso, domar os seus cabelos negros rebeldes. Pôs os óculos graduados que era obrigado a usar desde miúdo por causa da sua miopia, desligou a aparelhagem e saiu do quarto em direcção à cozinha para comer uma sandes antes de sair.
Depois foi para a garagem esperando encontrar Sirius já pronto para sair e a reclamar do seu atraso. Nem sinal dele. Voltou a entrar em casa e chamou por ele.
– Já vou. – respondeu Sirius do seu quarto.
James sabia que o 'Já vou' de Sirius demorava pelo menos uns dez minutos, por isso mais valia aproveitar e ir comer mais alguma coisa. Dirigiu-se de novo à cozinha para beber um pouco de sumo e comer mais uma sandes. Olhou de novo para o seu relógio e viu que já eram 20h40. Para chatear um pouco Sirius, James foi até ao quarto dele, abriu a porta e disse:
– Padfoot, se não te despachas podes ter a certeza que vou ser eu a conduzir.
A resposta de Sirius foi imediata.
– Nem te atrevas Prongs! Hoje é a minha vez de conduzir!
Dito isto, Sirius saiu a correr do quarto empurrando James. Desceu as escadas e correu mais um bocado até à garagem onde entrou rapidamente pela porta do condutor. James chegou uns segundos depois e entrou calmamente no BMW conversível que partilhava com Sirius.
– Sabes que estava a brincar contigo não sabes? És mesmo mongolóide.
Antes que Sirius tivesse oportunidade de responder James acrescentou:
– Se é a tua vez de conduzir então quer dizer que é a minha vez de escolher a banda sonora. – e mostrou-lhe o último CD dos 30 Seconds To Mars, Love Lust Faith + Dreams. – Vamos embora, o Moony já deve estar farto de estar à nossa espera.
Sirius saiu em direcção da casa de Remus e James tentou recordar-se do sonho agradável que estava a ter antes de ter sido "brutalmente" acordado por Sirius e Snuffles. Lembrava-se de ter sonhado com uma rapariga ruiva e tinha a sensação de que o sonho estava a ser mesmo bom, mas não se lembrava porquê.
Os seus pensamentos foram interrompidos por um Sirius que martelava furiosamente na buzina do carro.
– Despacha-te Moony! Senão ficas a pé! – gritou Sirius enquanto torturava mais um pouco a pobre buzina.
– Já vou. – respondeu-lhe Remus com toda a calma enquanto saia de casa. – Até logo mãe. – disse dirigindo-se agora a Mrs. Lupin, que viera até à porta e acenava aos outros dois rapazes, que lhe retribuíram o aceno.
Remus caminhou calmamente até ao carro. Sirius batia impacientemente o pé no chão. Isto fez com que James sorrisse. Adorava quando Remus se aproveitava da impaciência de Sirius para o irritar até ao limite.
– Estou a avisar-te Lupin! Vais ficar a pé! – ameaçou Sirius embora os três soubessem que ele não faria tal coisa.
– Okay, okay. Não se exalte Miss Stress. – disse-lhe enquanto entrava no carro. Mal fechou a porta, Sirius arrancou em alta velocidade em direcção à praia, ao som de Up In The Air.
Remus Lupin completava o trio (que anteriormente fora um quarteto) que em Hogwarts era denominado de Marotos. Remus tinha 18 anos, tal como os seus melhores amigos. Quando tinha 9 anos tinha-lhe sido diagnosticada uma doença crónica que exigia consultas mensais para controlar o estado e possível evolução desta. Aos onze anos começara a estudar em Hogwarts, com a garantia de Dumbledore aos pais de Remus de que a condição dele seria vigiada de perto. Sempre tinha sido um rapaz um pouco introvertido, mas James e Sirius depressa mudaram isso.
Remus era uma espécie de consciência dos Marotos. Quando achava que os planos de partidas e brincadeiras deles poderiam não correr tão bem quanto esperavam, era ele quem alertava os outros e os fazia desistir, quase sempre, dos planos idiotas. Mas nem sempre os avisos de Remus foram ouvidos, o que resultou em muitas detenções e sermões dos pais.
Quando finalmente chegaram à praia a música favorita de Remus daquele álbum, The Race, chegava ao fim. Saíram do carro e viram que a festa tinha atraído imensos jovens até à praia. Com certeza que havia muitos rostos conhecidos por ali.
Mais uma ou duas horas e o encontro dos nossos protagonistas ia finalmente acontecer.
Heyy. Esta é a minha primeira fic (mais ou menos). Se gostaram digam, se não gostaram digam na mesma.
Acho que este capítulo talvez seja um pouco aborrecido pois é uma espécie de introdução de algumas personagens. O próximo vai ser mais ou menos parecido porque ainda faltam introduzir mais algumas personagens.
Eu escrevo em português de Portugal, por isso é capaz de ter algumas diferenças no que conta aos nomes e assim.
Alguma dúvida sobre o que quer que seja perguntem. :)
