Disclaimer: Coração de Tinta / Mundo de Tinta pertencem a Cornelia Funke, não a mim. Mas Dustfinger (Dedo Empoeirado) é MEU e eu estou disposta a sair no tapa por ele è.é
Deixe as Chamas Começarem
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Que vergonha, nós nos tornarmos coisas tão frágeis e quebradiças
Uma lembrança permanece
Apenas uma faísca
Vou dar todo o meu oxigênio
Para deixar as chamas começarem, então deixe as chamas começarem
Oh, glória, oh glória
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Aquele não era o lugar dele. Mesmo quando ele acendia suas tochas e fazia seus truques, mesmo quando ele via o seu fogo dobrar-se à sua vontade, ele não se sentia em casa.
As pessoas ainda o aplaudiam. Ainda se admiravam com o que ele era capaz de fazer. Mas não era a mesma coisa. Onde estavam suas fadas, seus duendes? Onde estavam aquelas criaturas que ele tanto amava? Não estavam em parte alguma – ele estava sozinho.
Antes de ir para aquele mundo de máquinas e fumaça, ele tinha medo de morrer. Muito medo. Mas então, ele descobriu algo muito mais apavorante do que a morte: a solidão. E era só o que ele encontrava naquele mundo. Ali não era o seu lugar. Lá, as pessoas passavam por ele, como se não o enxergassem. E não enxergavam mesmo. Só viam um saltimbanco. Ninguém que olhasse para ele veria Dedo Empoeirado, amigo de fadas, duendes e martas com chifres. Ninguém via um domador exímio de fogo – só um cara que sabia fazer malabarismos com tochas.
E aquela também não era sua vida. Não podia viver do jeito que gostava. Não podia viver as histórias que nasceu para viver. Não podia realizar seu destino. Por mais que andasse e vagasse pelo mundo, não conseguia encontrar algo que fosse seu, algo com o que se identificasse.
Lá as pessoas eram tão diferentes dele, ele era só um estranho – literalmente estranho. Não conseguia compreender as pessoas e suas maneiras de pensar. Não era capaz de entender as atitudes que elas tomavam. Viviam fechadas em seus mundos, em suas vidas, e aquilo era completamente diferente do que ele estava acostumado. Se acostumara a conhecer todos, se acostumara a saber se a pessoa era boa ou não só de olhar para o rosto dela. Mas ali, tudo era diferente – porque ali, só o que ele via, em todos os rostos, era um vazio imenso. E, aos poucos, aquele vazio começou a se refletir nele mesmo.
Quando ele via seu reflexo em algum lugar – na vitrine de alguma loja, em algum espelho, na água – ele enxergava apenas o vazio. Apenas a falta de vontade de viver. Já não se importava mais se viveria ou não, contanto que pudesse deixar aquela solidão. Parou de se importar com a própria vida. Foi morar com Capricórnio e seus homens, mesmo sabendo o tipo de monstro que eles eram, apenas porque era lá que estava o livro.
Só o que lhe importava era o livro. Porque aquela era a única porta para sua casa. A única escapatória da solidão.
E só o que o fazia sentir como se tivesse um lugar no mundo.
N/A Sinceramente, eu não entendo porque esse fandom é tão inexistente assim. Então, eu sei que se eu for receber UMA review vai ser daqui a 294.378.454 de anos, mas eu não estou nem aí.
Essa fic foi feita para o amor da minha vida, Dustfinger s2 É a minha homenagem a ele. Porque eu não poderia deixar de homenagear o personagem mais maravilhoso, perfeito, hot, gostoso, sexy, tudo-de-bom e por-aí-vai do mundo s2 s2 s2 s2 O amor da minha vida merece u.u Ah, sim. A música usada foi "Let The Flames Begin", do Paramore. TUDO a ver com ele n.n
Bom, se alguém ler isso, pode deixar review. Mas, como eu acho que ninguém vai ler, eu nem vou ficar esperando .-.
Beijos e té mais o/
PS: pretendo vir mais vezes para esse fandom. Então, se mais alguém além de mim gostar do livro, me aguardem ò.o9
